10 maio 2020

O que é uma mãe feminista? Um questionamento sobre o Dia das Mães




E aí, mulherada?! Mais um dia das mães?!

Tu és Mãe, ou Filha? Ou os dois? De onde tu herdastes esse lugar?

O Dia das Mães, assim como qualquer outra data "comemorativa", é uma invenção comercial/capitalista. Contudo, apesar de reconhecermos essa intenção, não estamos imunes às pressões sociais envoltas nessa data.

Contudo, resolvemos propor uma reflexão sobre o papel social, o lugar de ocupação social, da MÃE. Não se trata de julgamentos, só desejamos debater e ajudar a construir um lugar social mais confortável para a Mulher/ Mãe.

Nascemos mulheres! Será? Há quem diga que o gênero é uma construção social.

Mas essa condição fisiológica te faz nascer para ser, obrigatoriamente, mãe?

Acreditamos, que a única condição aceitável e devidamente considerada, deva ser a condição de nascer livre, pois somente usando a sua LIBERDADE de escolha poderão ser, ou não ser, MÃES, logo, ninguém nasce predestinada à Maternidade.

Ela é uma opção de seres LIVRES, que se acreditam na possibilidade de realização ao cuidar, amar e orientar, outro ser também livre e desejante.

Respeitamos a individualidade e a legitimidade da escola de ser ou não ser MÃE nas mais diversas construções sociais do que é e o que representa ser MÃE.

As mulheres que são mães sofrem as pressões de escolher entre uma maternidade neoliberal subordinada ao capital ou uma patriarcal sacrificada. Nessa escolha não há ganhador.

Recatada e do lar ou supermulher trabalhadora?

Nesse sentido, o ideal materno oscila entre a mãe sacrificada, a serviço da família e das crianças, e a superwoman capaz de conseguir tudo conciliando trabalho e criação dos filhos.

A forma como vamos viver a maternidade é influência do meio.

Uma maternidade que não poderemos viver livremente, se não nos rebelarmos contra o sistema para que ocupe o lugar onde sempre deveria ter estado.

Na sociedade patriarcal em que nascemos, sobrevivemos mas, que não desejamos morrer, é permitido à mulher existir assumindo papéis sociais domésticos, coadjuvantes, subalternos, de menor prestígio e de menor valia. Fomos criadas nessas bases, mesmo que isso nos desconforte e nos deixe infelizes, pois os pilares que sustentam esse modelo são exatamente a maternidade e os serviços domésticos.

O neoliberalismo subordinado ao capital sacrifica a convivência da mãe com o filho recém-nascido, dando-lhe poucos meses de convívio até o retorno ao mercado de trabalho. E isso quando o trabalho persiste, pois sabemos que a maioria das recentes mães acabam perdendo o emprego logo após o final do o período da licença maternidade.

A partir daí nasce a mãe multitarefa: a que trabalha, estuda, cuida da casa e da criança muitas vezes sem nenhuma ajuda do pai.

O exercício da maternidade é obrigatório e incondicional, determinando um lugar de culpa e frustração àquelas mulheres que por alguma razão não o exerçam.

As cobranças em relação à mãe são imensamente maiores que aquelas dirigidas aos pais, isso sem falar das mães especiais, pois para elas a sociedade é ainda mais cruel, preconceituosa, má, e ter um filho deficiente é tido como um fardo, o que faz com que muitas dessas mães especiais lutem diariamente contra a vontade de não viver mais.

As violências obstétricas que são frutos de um sistema misógino e machista que viola os direitos reprodutivos femininos, além dos julgamentos quando uma mãe amamenta seu bebê em público.

À medida que historicamente a mulher vai conquistando a igualdade formal perante o homem, a ideia de mulher maternal e o mito do “instinto materno” vai novamente ganhando força.

O controle sobre a mulher é mais que necessário nesse sistema. Esse é o grande trunfo do patriarcado, que impõe características que contemplam a suposta boa mãe: castidade, paciência, abnegação, submissão, passividade, docilidade.

Nesse sentido, compreendemos que a maternidade feminista será a que valoriza e visibiliza a importância da gravidez, o parto, a amamentação e a criança na reprodução humana e social e reivindica a maternidade como responsabilidade coletiva.

Assim, considerando mulheres livres que somos, as variáveis presentes em cada escolha e o direito de desejar, realizar e sentir, reconhecemos, respeitamos e admiramos, todas aquelas mulheres que optaram por exercer a função da Maternidade.

Ser MÃE proporciona a maior e melhor oportunidade de evolução moral, pois permite, que você desconstrua e volte a se construir diariamente.

Tire este domingo para você! Já que todos os outros dias são dele. Parabéns pela tua ousada e inconfundível escolha!

Feliz dia das mães.


07 maio 2020

Com Toffoli está assim. Imaginem com Fux.


Toffoli recebe Bolsonaro após o presidente marchar sobre o STF
Por Moisés Mendes*
Dois jornalistas foram agredidos no domingo, diante do Palácio do Planalto, por fascistas encorajados pela presença de Bolsonaro. O presidente do Supremo levou três dias para se manifestar e condenar as agressões.
Três dias, no tempo das urgências em que vivemos hoje, são uma eternidade. Quanto tempo Dias Toffoli levará para reagir à agressão de Bolsonaro, seus ministros e 15 empresários, não ao Supremo, mas ao Judiciário, com a invasão de hoje?
Um grupo decide, em reunião do Planalto, que é só atravessar a rua e largar a crise no colo do STF, e o presidente do Supremo senta-se à mesa com Bolsonaro e os ministros, como se tivesse sido subjugado pelos visitantes.
Os jornais estão noticiando, desde o final da visita, que outros ministros do Supremo estão descontentes com o tom de Dias Toffoli.
O ministro respondeu ao apelo de Bolsonaro para que as restrições sejam levantadas, dizendo que as decisões do Supremo respeitam a Constituição, que Estados e municípios têm autonomia para definir medidas na área da saúde e que o governo federal deve se entender com os outros “entes da federação”.
Toffoli não poderia ter dito em uma frase, uma só, que estava surpreso com aquele encontro inesperado? Não poderia ter afirmado, sem se exaltar, mas com firmeza, que as relações entre os poderes devem ser protocolares e cumprir liturgias?
Ministros de Bolsonaro que já usaram farda, e que sempre exaltam as leis, as normas e a hierarquia como condição para a manutenção da ordem, sabem que cometeram um erro hoje.
O governo não poderia ter atravessado a praça, no improviso, para surpreender o STF. Não há superioridade hierárquica do Executivo em relação ao Judiciário.
Bolsonaro, seus ministros e os empresários subestimaram a reação, não de Toffoli, que não aconteceu, mas dos outros ministros da Corte, que ainda pode acontecer.
O que corre, desde a volta da turma para o Planalto, é que Toffoli está isolado na sua tentativa de aproximação com Bolsonaro, num momento em que os Bolsonaros, o pai e os filhos, afrontam e estimulam agressões ao STF.
Bolsonaro tem questões sérias a resolver, que passam por decisões do Supremo, e não só as que se relacionam com o poder dos Estados e municípios de fixar restrições contra a pandemia.
Bolsonaro tem os filhos enrolados nas investigações sobre as fake news (motivo da troca na Polícia Federal), tem o caso de Sergio Moro, o inquérito sobre o patrocínio dos golpistas às manifestações pró-ditadura (que também pode envolver os garotos) e mais o caso Flavio-Queiroz.
Bolsonaro não atravessou a praça e marchou em direção ao STF apenas para pedir o fim do isolamento social, mas para dizer que peita o Judiciário quando quiser.
E não podemos esquecer que daqui a quatro meses Toffoli passa o comando do Supremo a Luiz Fux, que sumiu na pandemia. Então, fiquem sabendo que pode piorar.
*Jornalista- via DCM

Desabafos de Bonner, coerentes e eficazes, são oportunidade de ouro que Bolsonaro deu à Globo


Reprodução

Por Luiz Carlos Azenha*
Para quem não viveu a época, cabe esclarecer: o Jornal Nacional da TV Globo já marcou a hora no Brasil.
Quanto tocava a vinheta, sabíamos que eram oito da noite em ponto, nos longínquos anos 70.
De certa forma, o telejornal que a ditadura militar (1964-1985) escolheu para fazer parte essencial de seu projeto de integração nacional, fornecendo a infraestrutura enquanto Roberto Marinho providenciava o saber, sempre pretendeu ditar os limites de nossa “democracia consentida”.
Se os militares tinham um “compasso moral” da Nação, ele era exibido na Globo, na voz de Cid Moreira e Sergio Chapelin.
A menos que fosse uma epidemia de meningite, a simulação de “confronto” através da qual se eliminavam adversários do regime, o assalto aos cofres públicos na construção da ponte Rio-Niterói.
Estas notícias não cabiam no Jornal Nacional — razão pela qual se tornou famosa a frase que é mais importante o que o JN não noticia do que o que ele noticia.
Durante a ditadura e, mais adiante, no período da abertura política que precedeu a Constituição de 88, o Jornal Nacional já foi estudado da mesma forma com que especialistas se debruçavam sobre os sinais emitidos nos bastidores do Kremlin para entender o que se passava na fechada União Soviética.
Aqui, o foco era o Jardim Botânico e o humor que contava era o de Roberto Marinho. 
Dá-se nome de “espelho” ao roteiro das reportagens que serão apresentadas ao longo de um telejornal, que deve ter alguma coerência interna.
Porém, vez ou outra o doutor Roberto bagunçava o espelho com as aparições inesperadas de Antonio Carlos Magalhães, o Toninho Malvadeza, nomeado duas vezes governador da Bahia pela ditadura e amigo pessoal do dono da Globo.
Frequentemente entrevistado em sua sala de estar em Salvador, ACM não dava em si uma notícia, mas um recado de Marinho ou da própria ditadura a adversários: o limite havia sido ultrapassado e Malvadeza estava pronto para fazer alguma de suas maldades.
De lá para cá o Brasil mudou, o JN mais na aparência.
O telejornal continua sendo uma espécie de “modulador” dos limites do aceitável para o compacto de oligarquias regionais que ainda nos governa (o Centrão é a representação física delas e não é coincidência que existam no Congresso dezenas de parlamentares diretamente associados aos interesses econômicos dos Marinho).
A Globo segue sendo mais que um conglomerado de meios impressos e emissoras de rádio e TV.
Contrata milhares de artistas e intelectuais, promove eventos, gerencia museus — seu poder de determinar os limites do “aceitável” no campo da política e da cultura é imenso.
Para dar um exemplo atual, a Marielle da Globo será a negra favelada feminista que venceu na vida pelo próprio esforço — jamais a socialista interessada em taxar a fortuna e a herança dos Marinho. 
Com o PT no poder, a relação do Jornal Nacional foi peculiar.
 Entre o chamado mensalão e o petrolão, além das tubulações cuspindo dinheiro que o telespectador passou a associar todas as noites às notícias envolvendo o PT, o JN assumiu o papel de carro-chefe da oposição — conforme pregou a presidente da Associação Nacional dos Jornais, Maria Judith Brito, alegando que a oposição a Lula estava “profundamente fragilizada”.
Quatro derrotas eleitorais não tiraram da Globo o papel de cão de guarda da democracia consentida.
Um Conselho Nacional de Jornalistas, nos moldes da OAB e de tantas outras associações de classe — como proposto pelo PT — para fazer valer um conselho de ética na profissão? Não podia.
Cotas para negros em universidades, que tinham o potencial de resultar na formulação de um movimento negro fora do cercadinho cultural da própria Globo? Não podia.
Um encontro nacional de comunicação para debater a legislação arcaica do setor, da qual a Globo tira proveito justamente por ser arcaica e, portanto, inexistente? Não podia.
Com o advento das redes sociais e as profundas mudanças pelas quais passou a mídia, especialmente na última década, o poder do Jornal Nacional foi relativamente esvaziado.
A Globo só emplacou seu candidato nas eleições de 2018 por associação, quando o juiz federal tornado herói Sergio Moro aderiu ao projeto de Jair Bolsonaro.
Todos aqueles fascistas, cujos rostos a emissora hoje escancara no Jornal Nacional diante de milhões de telespectadores, para denunciá-los, já estavam lá durante o processo do impeachment de Dilma Rousseff.
Nas ruas, com as mesmas faixas e palavras de ordem.
Sim, as manifestações do período do impeachment já reuniam muitas das mesmas pessoas que hoje fazem parte dos encontros “antidemocráticos” e “inconstitucionais” denunciados pelo Jornal Nacional.
Só que, quando Dilma ainda estava no poder, elas eram descritas como “famílias” que chegavam à avenida Paulista para fazer valer seus direitos — por repórteres da Globo que atuavam como animadores de concentrações.
Agora, o desembarque do ministro da casa, Sergio Moro, do governo Bolsonaro, ofereceu à Globo uma oportunidade de renovação do Jornal Nacional que vai além da cenografia.
Com os líderes de oposição trancados em casa e claramente de olho nas eleições de 2022, sobrou para William Bonner o papel de fazer o contraponto humanista a Bolsonaro, em meio a uma pandemia que vai destroçar a economia e desacreditar ainda mais a política.
Bonner agora nos conta, em tom quase confessional, que assim que acabar o telejornal vai vestir a máscara, como aliás vinha fazendo antes de assumir a bancada.
É só por um bocadinho, diz, como se estivesse na sala de nossa casa.
Renata confirma.
Além dos rostos e bocas de desconforto cada vez mais frequentes, o âncora passou a verbalizar o seu desgosto (importante notar aqui que nem uma linha vai ao ar no Jornal Nacional sem aprovação de instâncias superiores).
Bonner faz desabafos.
Não são propriamente uma novidade na História da TV.
Âncoras tradicionais da TV americana, na qual a Globo sempre se mirou, já fizeram o mesmo papel no passado, talvez de forma mais sutil e menos caricatural: Edward Morrow, Walter Cronkite e Dan Rather, para lembrar só de alguns.
Foram elevados, por isso, ao papel de bússola moral dos norte-americanos.
É irônico que, ao eleger a TV Globo como seu principal adversário, agora, Jair Bolsonaro tenha transformado Bonner numa espécie de “consciência da Nação”.
A emissora que ajudou a produzir Bolsonaro pode se descolar dele — como que num passe de mágica.
Os desabafos do âncora, além de coerentes e emocionalmente eficazes, inscrevem-se num novo jeito de fazer TV, mais próximo do telespectador, no molde da linguagem informal do You Tube.
Ironicamente, isso acontece quando os militares estão de volta ao poder, não tão vistosamente como nos anos de chumbo, mas com um claro papel de tutelar Bolsonaro e a “democracia da Globo”. Tudo a ver?
Revigorado em seu papel histórico, o Jornal Nacional agradece. Até 2022.
*Jornalista, Editor do Viomundo (fonte desta postagem).

05 maio 2020

FNDC: Nenhum presidente vai calar a boca da imprensa!



Nenhum presidente vai calar a boca da imprensa!

Em mais uma demonstração do seu desprezo com a democracia e com a liberdade de imprensa, Jair Bolsonaro atacou o jornal Folha de S. Paulo e mandou os jornalistas calarem a boca na manhã desta terça-feira, 5 de maio, em frente ao Alvorada.

A agressividade do presidente, um dos mais autoritários que este país já teve, cresce na medida em que ele e sua família tornam-se alvo de denúncias e investigações, envolvendo ações ilegais como a organização e comando de um gabinete de ódio – responsável por disparar mensagens em massa de conteúdo mentiroso que contribuíram para a eleição de Bolsonaro e continuam em funcionamento para manter agregada a base de apoio bolsonarista. Além disso, há indícios de envolvimento da família com a milícia carioca e inclusive com o assassinato de Marielle Franco.

A medida que crescem as denúncias, Bolsonaro atua para blindar seus filhos e ele próprio. Estimula e participa de atos contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, alimentando uma grave crise política e institucional. Tudo isso, durante a pandemia do Coronavírus, que já tem consequências profundas tanto na vida das pessoas, como na economia.

Os ataques violentos contra a imprensa ocorrem neste contexto. É uma tentativa desesperada de intimidar a imprensa livre e tentar acuar veículos e jornalistas para deixarem de noticiar os fatos envolvendo Bolsonaro, e de outro lado é uma forma de desqualificar o trabalho da imprensa e insuflar sua base de apoio a promover ataques a estes veículos.

Governantes e autoridades de instituições de Estado que não respeitam a liberdade de imprensa, não estão à altura para ocuparem cargos públicos.

Governantes e autoridades de instituições do Estado que não se subordinam aos princípios e diretrizes fundamentais expressos na Constituição Federal deveriam ser imediatamente afastados.


#ForaBolsonaro

#CalarJamais


Forum Nacional pela Democratização da Comunicação - FNDC

04 maio 2020

#LUTO: FALECEU ALDIR BLANC



Como se não bastasse tudo  de ruim que tem acontecido em nosso país, especialmente no último período, recebemos  hoje outra notícia muito triste, que nos deixa ainda mais deprimidos: a perda de um dos grandes nomes da música popular brasileira, Aldir Blanc

Além de grande poeta e compositor (parceiro de João Bosco imortalizado principalmente nas gravações da gaúcha Elis Regina, em particular durante o período da famigerada ditadura militar), é mais um guerreiro em defesa da democracia e da cidadania que se vai precocemente devido ao ataque do maldito vírus Covid-19 (a maioria já sabe - salvo alguns dementes e irresponsáveis - que não é apenas "uma gripezinha"). Estamos todxs de luto!

Abaixo, reproduzo a postagem do companheiro jornalista Fernando Brito, no seu Tijolaço, que sintetiza muito bem o que sentimos com a notícia da morte do nosso grande Aldir Blanc. (Júlio Garcia)

Acreditar na existência do sol, o recado do Aldir 


Minha geração – que abençoada! – teve muitos monstros sagrados da poesia e da música a nos ajudarem a pensar.
Um havia, porém, que era pessoalmente muito pouco conhecido pelo rosto, mas tanto pelo que criou, Aldir Blanc foi o mais perto de Noel Rosa que o Rio criou como poeta popular.
Não cabe fazer a lista imensa de seus clássicos, desde o triste “Amigo é pra Essas Coisas” até o hino da Anistia, com o “O Bêbado e a Equilibrista”.
Mais uma vítima desta doença horrorosa, que nos rouba o ar e a esperança
Os sites e TVs, hoje, tocarão várias pérolas do carioca do Estácio, criado na Vila Isabel e depois abancado, até o fim de sua fértil vida na Rua dos Artistas, antes Aldeia Campista, hoje agregada à Tijuca.
Eu tomo a liberdade, porém, de escolher uma, do início dos anos 70, para mim um hino de valentia que o Aldir, com o seu eterno parceiro João Bosco e a voz sem igual da Elis, certamente nos daria nesta hora de sermos fortes.

03 maio 2020

VAILA




Vaila Ednardo - 1976

Belo este corpo belo nu com entretelas
Te de metal levas
Cans cansado
Belo este corpo belo nu com entretelas
Te de metal levas
Cans cansado

Fetabre es esta febre solta
Fetabre es esta febre solta
Vobe turno savadale canscansada levas
Cabelos turvos

Lírica esta orgia lenta
Lenta húmus e cristal
Lírica esta orgia lenta
Lenta húmus e cristal
Zir (zsh) sisudo torto
Não, não, sisudo morno
Torto impecável mão e gesto
Lá vai, lá vai lá
Vaila
Baila
Baila
...

BOIADA PERDIDONA ...



*Charge do Quinho

02 maio 2020

DIREITA DIVIDIDA - Apoiadores de Bolsonaro e Moro se enfrentam na sede da PF

Início de conflito em Curitiba ocorreu entre apoiadores que aguardavam chegada de Moro para prestar depoimento contra Bolsonaro


Apoiadores de Moro e Bolsonaro se enfrentam: política movida pelo sentimento de ódio

São Paulo – Por Redação da RBA - O depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro na sede da Polícia Federal em Curitiba, no mesmo prédio em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mantido preso por 580 dias, rendeu imagens na manhã deste sábado (2) que permitem antever um racha na base eleitoral das forças conservadoras do país, depois que Moro deixou o governo de Jair Bolsonaro.
Grupos de manifestantes que apoiam Moro e Bolsonaro tiveram um início de conflito e as imagens dominaram as redes sociais. “Que cena patética! Apoiadores de Bolsonaro e Moro se enfrentam na porta da PF em Curitiba. Parece briga de irmãos gêmeos querendo provar que não se parecem…”, afirmou o ex-candidato à presidência pelo Psol e coordenador do MTST Guilherme Boulos, em sua conta no Twitter.
“Moro vai ser conduzido coercitivamente? Teremos transmissão ao vivo do depoimento? Vai ser interrompido acusado de estar fazendo política? Ou o padrão Lava Jato só vale para os inimigos?”, indagou ainda Boulos.
No conflito entre os apoiadores, um cinegrafista RIC TV, afiliada da TV Record no Paraná, foi agredido. Os manifestantes foram contidos pela polícia.
O depoimento de Moro começou às 14h deste sábado. O ex-ministro teria preparado um dossiê com o histórico de 15 meses de conversas no Whatsapp para provar as denúncias de interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal.
O inquérito corre no Supremo Tribunal Federal (STF), aberto por iniciativa do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que quer saber se o ex-ministro fez denúncia caluniosa contra o presidente Bolsonaro.
Confira o vídeo da TV Bem Paraná: