10 janeiro 2012

O Governador gaúcho em Cuba

 Tarso Genro debate intercâmbio comercial com Cuba

Havana/Cuba - O governador Tarso Genro, que se encontra em férias com a família em Cuba, aproveitou a viagem para promover encontros com autoridades do país caribenho. Nesta segunda-feira (9), Tarso foi recebido em Havana pelo ministro do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca Diaz (foto). Na oportunidade, o governador gaúcho e o ministro exploraram possibilidades de intercâmbio comercial e de outras parcerias entre o Rio Grande do Sul e Cuba. As duas autoridades assumiram o compromisso de viabilizar, em até 45 dias, a primeira missão técnica entre os governos, com a participação de entidades empresariais gaúchas, para ampliar e dar seqüência à esta nova agenda.

Entre as oportunidades já identificadas, o governador destacou a contribuição que a indústria farmacêutica cubana, que é reconhecida pelo alto grau de avanço tecnológico, pode dar para o desenvolvimento do setor no Rio Grande do Sul, especialmente em regime de colaboração com o Laboratório Central do Estado (Lacen/RS). As autoridades também examinaram as muitas possibilidades que existem de colaboração de Cuba no desenvolvimento das políticas preventivas, no sistema de medicina social no Estado.

Catástrofes naturais

Malmierca Diaz também manifestou a Tarso Genro a disposição para fornecer tecnologias e compartilhar a experiência cubana na criação de sistemas de organização e mobilização da população para enfrentar catástrofes naturais, com redução de danos e preservação de vidas. Desenvolvido para proteger os cubanos e turistas dos furacões do Mar do Caribe, que atingem a Ilha com freqüência, o sistema pode ser adaptado às necessidades de cada país, para ser aplicado em outras situações de catástrofe, como secas e inundações.

Máquinas agrícolas

O governador do Rio Grande do Sul, por sua vez, assumiu o compromisso de articular os agentes da base industrial gaúcha de produção de máquinas e implementos agrícolas, para tratativas visando ao fornecimento desses equipamentos, já que o governo cubano, buscando criar um forte setor de agricultura familiar autônoma, criou um grande mercado potencial por meio da recente distribuição de terra para cerca de 140 mil lavradores. Tarso também manifestou o interesse do Governo do RS de estabelecer mecanismos de cooperação técnica com Cuba no setor de agropecuária, a partir da experiência que acumulou em políticas para a agricultura familiar.

Tarso Genro também se dispôs a promover a aproximação com empreendedores cubanos, do setor gaúcho responsável pela produção de elevadores e equipamentos similares, com o objetivo de examinar a possibilidade de implantação de fábrica naquele país ou de algum tipo de parceria comercial com empreendedores locais.

A experiência que o Rio Grande do Sul vem desenvolvendo na Rede Escola de Governo também foi colocada pelo governador à disposição de Cuba. Foi levado em conta que o país da América Central visa responder rapidamente à demanda por qualificação técnica de profissionais para a nova rede de empreendimentos autônomos, particularmente nas áreas de serviço e comércio.

Presidente do Congresso de Cuba

Tarso Genro também foi recebido nesta segunda-feira pelo presidente da Assembléia Nacional de Cuba, Ricardo Alarcón de Quesada. Na oportunidade, o líder do órgão legislativo máximo do país caribenho destacou o papel positivo que o Rio Grande do Sul está desempenhando na integração latino-americana.

Foto: Fernando Genro Robaina/Divulgação
Texto e edição: Redação Secom (51) 3210-4305 

09 janeiro 2012

Para enfrentar a seca no RS...

Estado firma Decreto de Emergência Coletivo e União libera R$ 18 milhões para atingidos pela seca

Boa Vista das Missões/RS - Uma série de medidas para amenizar o prejuízo causado pela estiagem nas lavouras e garantir o abastecimento de água para consumo humano foram anunciadas pelo governador em exercício, Beto Grill, na manhã desta segunda-feira (9), em Boa Vista das Missões, onde assinou o Decreto de Emergência Coletivo. A medida beneficia diretamente 93 municípios. Os demais deverão ser incluídos no decorrer da semana. Durante a cerimônia, Grill recebeu ligação do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, que anunciou a liberação de R$ 18 milhões, a serem investidos na construção de açudes e cisternas, entre outras obras.

O governador em exercício disse que o Decreto Coletivo visa a agilizar o processo de liberação de verbas emergenciais junto à União. "Os municípios que ainda não decretaram emergência ou não enviaram notificação preliminar de desastre poderão encaminhar a documentação posteriormente", lembrou. Beto Grill estava acompanhado de vários secretários e autoridades estaduais, que detalharam aos prefeitos e representantes dos municípios e entidades de produtores presentes ao evento as medidas que já estão sendo tomadas.

Prejuízo às lavouras

O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, calculou em R$ 2 bilhões a perda causada pela estiagem nas lavouras de milho, soja e feijão, mas lembrou que o número não inclui os prejuízos no leite e hortifrutigranjeiros. "A seca afeta a economia do Estado como um todo, e não só a agricultura". A SDR já perfurou 120 poços, firmou convênios com prefeituras para mais de 700 microaçudes e convocou ao trabalho todos os funcionários da Emater que estavam férias, sendo que até sexta-feira (6) haviam sido elaborados 6 mil laudos técnicos de propriedades atingidas. Também foram liberados R$ 7 milhões de recursos previstos na Consulta Popular.

Pavan lembrou que quem tiver perda de 30% com laudo individual pode solicitar seguro. E os produtores com perda consolidada acima de 60% estão autorizados a colher para fazer silagem. O troca-troca de sementes já tem mais de 40 mil sacas de semente de milho à disposição dos agricultores. Já para acessar o troca-troca de forrageiras, com linha de crédito a juro zero por meio do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), é necessário que as prefeituras assinem convênios.

Representantes da Associação dos Municípios da Região da Produção e Associação dos Municípios da Região Celeiro lamentaram os prejuízos. Eles defenderam a construção de políticas de longo prazo, já que a estiagem deixou de ser um problema esporádico.

Entidades de produtores como a Fetag e a Fetraf pediram a construção de mais açudes, agilidade nos laudos técnicos da Emater sobre as propriedades atingidas e anistia para a dívida com sementes. O secretário Pavan afirmou ainda ser cedo para a medida, que depende de uma avaliação mais criteriosa da situação após a estiagem. Mas garantiu: "O Governo é parceiro para levar uma pauta organizada ao Governo Federal neste sentido".

Abastecimento 

O secretário de Obras Públicas, Luis Carlos Busato, recordou que em 2011 foram construídos 450 açudes no Estado, sendo dois em Boa Vista das Missões. Até o final de 2012, o Governo Tarso Genro terá concluído 1.405 novos açudes, construídos num investimento de R$ 25 milhões. "E estamos articulando junto ao Governo Federal a implementação do programa de irrigação Água para Todos", informou.

Marcel Frison
, titular da Habitação e Saneamento, disse que está sendo realizado um monitoramento de água nos municípios atingidos pela estiagem, para garantir o abastecimento humano, além da perfuração de poços em localidades do interior, para levar água potável nos casos de necessidade.

Uma característica da região afetada é a falta de locais para armazenamento de água. Para amenizar a situação, a Defesa Civil do Estado conta com caminhões pipa com capacidade para até 5 mil litros. "Também estudamos o uso de caixas d'água de 500 litros, suficientes para abastecimento de três dias por família", ressaltou o tenente coronel Oscar Moiano, coordenador da Defesa Civil no Estado. Ele pediu aos municípios cuidado na redação dos decretos de emergência, para não inviabilizar o apoio técnico a todos os que necessitem.

Também estiveram presentes à assinatura do Decreto de Emergência Coletivo deputados federais e estaduais, o presidente da Assembleia Legislativa, entre outras autoridades.

Texto: Aline Rodrigues e Redação Secom - Edição: Redação Secom (51) 3210.4305
http://www.estado.rs.gov.br/

06 janeiro 2012

Artigo



Diante dos desafios, aproveitar as oportunidades

'Vista em perspectiva, a crise mundial do capitalismo desenvolvido impôs ao Brasil acelerar todos os projetos mais ou menos delineados desde a ascensão do PT e de Lula ao governo em 2002. Graças a ela, as forças democráticas e populares voltaram a discutir as questões estratégicas do desenvolvimento nacional e da luta de classes.'
        
               Wladimir Pomar*  escreve: 

Em grande parte devido às nuvens carregadas da situação internacional, as perspectivas para 2012 variam de moderadamente otimistas a moderadamente pessimistas. A suposição de que nos países centrais haverá um capitalismo mais regulamentado pelo Estado, com regras mais severas, sobretudo sobre o setor financeiro, talvez não passe de um sonho em noite de verão.

Além disso, a ausência de união política, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, mostra justamente que tal regulamentação se choca contra os mecanismos de elevação da taxa média de lucro das grandes corporações. E é, ainda, uma demonstração de quanto o poder dessas mega-empresas sobre o Estado de seus países e sobre a economia mundial é determinante.

Para piorar, nos países capitalistas desenvolvidos há perseverança na tentativa de descarregar os custos da crise sobre os salários e o bem-estar das populações. O problema consiste em saber até que ponto suas classes dominantes estão dispostas a colocar a nu o formalismo de suas democracias, impedindo pela força, como já faz o governo norte-americano, o desencadeamento de movimentos sociais e a ampliação das reações populares que emergiram durante 2011.

No mesmo caminho de piora da situação, os falcões da indústria bélica pressionam para combinar as medidas de ajuste fiscal com planos de disseminação de guerras. O enorme orçamento militar dos Estados Unidos, assim como os novos planos estratégicos desse país e da OTAN, indicam que a opção armada está na mesa dos formuladores políticos e militares dos países centrais. Eles sequer se dão conta de que as guerras dos últimos anos talvez tenham mudado de natureza.

Antes, as guerras permitiam lucros exorbitantes aos fabricantes de armas e aos Estados que as promoviam. Os Estados Unidos, em particular, cujo território ficou livre das destruições das grandes guerras mundiais, transformaram-se em potência riquíssima e hegemônica graças a essa combinação macabra. No entanto, em especial a partir das invasões e guerras do Afeganistão e do Iraque, pode-se notar uma mudança importante nesse processo.

É lógico que os fabricantes e comerciantes de armas continuaram tendo lucros astronômicos. Mas os brutais déficits orçamentários dos Estados Unidos indicam que essas guerras causaram enormes prejuízos ao Estado e à sociedade estadunidenses. Será pedir demais, porém, que os belicistas tomem consciência dessa inversão. Portanto, não se pode descartar que os Estados Unidos, cujo foco estratégico está sendo deslocado para a Ásia, fomentem novas aventuras armadas e novos conflitos militares, tornando a situação internacional ainda mais turbulenta e perigosa, assim como aprofundando sua própria crise e as demais crises nacionais e internacionais.

No caso do Brasil, embora ele esteja em condições macroeconômicas relativamente boas para enfrentar as ondas de choque dessas crises, sua pauta econômica, social e política se tornou muito mais complexa.

A questão chave dessa pauta talvez consista em elevar rápida e firmemente as taxas de investimento para aumentar a capacidade industrial e técnico-científica do país. A rigor, o Brasil necessita alcançar taxas de 25% a 30% do PIB para realizar um desenvolvimento sustentável. O que só pode ser feito se contar com investimentos diretos estrangeiros.

Essa dependência de capitais externos para uma industrialização mais rápida e sustentável coloca o país, por outro lado, diante da necessidade de bloquear o fluxo de capitais de curto prazo, incentivar os investimentos externos diretos na produção, estabelecer uma política clara dos setores que devem merecer prioridade nos investimentos e trabalhar no sentido de que tais investimentos abram a possibilidade de estruturar empresas nacionais, privadas e estatais, nesses setores.

Em outras palavras, o Brasil pode se aproveitar da crise internacional para forçar os capitais estrangeiros a investirem fundamentalmente nos setores produtivos e para reforçar a presença de empresas nacionais, em particular nos ramos hoje oligopolizados pelas multinacionais. Há inúmeros mecanismos políticos, econômicos e administrativos que podem induzir os capitais externos a realizarem associações com empresas nacionais, de tal forma que estas ganhem autonomia após algum tempo e constituam um setor industrial nacional. (...)

-Leia ao artigo, na íntegra, clicando AQUI

*Fonte: Correio da Cidadania - http://www.correiocidadania.com.br

03 janeiro 2012

Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR)

SDR e Emater assinam convênio de R$ 153 milhões para ações em 2012

Porto Alegre/RS - Um convênio assinado na última quinta-feira (29) entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e Emater/RS-Ascar prevê investimentos de R$ 153 milhões a serem aplicados em 2012. A proposta do convênio é desenvolver ações e programas de Assistência Técnica e Social e de Extensão Rural (Ater) no período de quatro anos, de 2012 a 2015, na mesma vigência dos Planos Plurianuais, com planos de trabalho e orçamentos aditados anualmente.

O secretário da SDR, Ivar Pavan, reconheceu que as condições de trabalho melhoraram desde que assumiu a Pasta. No início do governo, a secretaria contava com uma mesa, quatro cadeiras e quatro funcionários. "A assinatura do convênio entre SDR e Emater consolida a Assistência Técnica e Social e de Extensão Rural como a principal política pública de desenvolvimento rural do Governo do Estado e dá estabilidade ao trabalho executado pela Emater para os próximos anos", destacou. 

Segundo Pavan, a SDR realizou contratações, promoveu cursos de capacitação, reconquistou o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas/Filantropia) pela Ascar e assinou este convênio. "Isso demonstra que nosso discurso combina com nossas ações e práticas", afirmou. Pavan agradeceu a contribuição da Emater/RS-Ascar na elaboração das políticas e programas da SDR.

Presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar, Lino De David disse que a parceria tem tudo para deixar maior e mais qualificada a capacidade operacional da Emater no atendimento das demandas junto à agricultura familiar. "O impacto desse convênio é muito importante, pelas perspectivas e pelo compromisso de governo de fazer da Ater (Assistência Técnica e Extensão e Rural) a principal política pública do Estado. Estamos com o planejamento pronto e, portanto, mais preparados para enfrentar 2012".

Além do secretário Pavan, do presidente da Emater/RS e do secretário-adjunto da SDR, Ronaldo de Oliveira, participaram do ato de assinatura diretores da SDR, gerentes estaduais e assessores da Emater/RS-Ascar.

Convênio

O objeto principal do convênio é a cooperação, integração e complementação de esforços entre o Estado e a Emater/RS-Ascar, visando promover o desenvolvimento rural. A parceria tem como prioridade o fortalecimento das economias de base familiar e cooperativa, envolvendo melhoria de renda, qualificação tecnológica e sustentabilidade social e ambiental, através da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), de acordo com o previsto no art. 186 da Constituição Estadual.

Para 2012, os objetivos da Emater/RS-Ascar são desenvolver e fortalecer ações de Ater junto a agricultores familiares, assentados da Reforma Agrária, pescadores artesanais, aquicultores, indígenas, quilombolas e agroindústrias familiares, através de programas e projetos de fortalecimento das cadeias produtivas locais e regionais nas economias de base familiar, irrigação e usos múltiplos da água.

Também estão entre as prioridades da Emater a reforma agrária, ordenamento fundiário e apoio às comunidades quilombolas e indígenas; soberania e segurança alimentar, abastecimento e erradicação da pobreza extrema no meio rural; e outras atividades produtivas (agrícolas e não-agrícolas), ambientais e sociais para o desenvolvimento rural sustentável, além de prestar assessoria à SDR em programas e projetos. A meta é atender, no ano, 200 mil famílias, equivalendo a uma média de horas técnicas por família/ano, conforme o Plano de Trabalho.

O segundo objetivo é o Desenvolvimento do Cooperativismo Rural, com apoio à gestão e educação para cooperativas, entre outras ações para o desenvolvimento do cooperativismo. Para 2012, a meta é atender a 80 cooperativas. Já o terceiro grande objetivo é a produção e divulgação de informações conjunturais e estruturais e preços pagos e recebidos pelos agricultores, com levantamento de eventuais perdas agropecuárias.

Justificativas

Entre as justificativas expostas no convênio, está a importância do rural no desenvolvimento do Rio Grande do Sul, já que as cadeias produtivas vinculadas ao campo representam metade do PIB do Estado e as cadeias produtivas vinculadas à agricultura familiar representam 27% do PIB gaúcho. Além disso, as matérias-primas mais nobres da indústria gaúcha vêm da agricultura (carne, leite, grãos, frutas, fumo, cana e madeira).

Dos 441.467 estabelecimentos rurais existentes no Estado, 378.546 são de base familiar (85,7%). De um total de 496 municípios, 396 (79,8%) têm menos de 20 mil habitantes e 331 (66,7%) têm menos de 10 mil, nos quais a economia de base familiar é determinante para o desenvolvimento e onde os empreendimentos urbanos encontram-se profundamente vinculados às atividades rurais.

A concepção de desenvolvimento rural do Governo do Estado está focada na elevação da qualidade de vida, na segurança e soberania alimentar, na produção de alimentos de qualidade, na agricultura familiar como um modo de vida - com o fortalecimento das áreas rurais - e no fomento à cooperação. "Esse objetivo tem sido cumprido pela nossa secretaria e pela executora das políticas públicas de desenvolvimento rural, que é a Emater", explicou Pavan. 

O artigo 186 da Constituição Estadual estabelece: "O Estado manterá serviço de extensão rural, de assistência técnica e de pesquisa e tecnologia agropecuárias, dispensando cuidados especiais aos pequenos e médios produtores, bem como a suas associações e cooperativas".

* Por Adriane Rodrigues (Emater) e Roger da Rosa (SDR)
Foto: Kátia Marcon/Emater
   -   Fonte: http://www.estado.rs.gov.br/

02 janeiro 2012

Entra 2012 e o PiG não se emenda...


 
* 'Telejornal' -  Charge do Kayser

PiG: Partido da Imprensa Golpista, na precisa  definição do PHA

29 dezembro 2011

Cássia Eller



* Partido Alto - de Chico e MPB4 - com Cássia Eller (saudades!)

A Privataria e o pacto de silêncio do PiG...



*Charge do Maringoni, via Carta Maior

     PiG: Partido da Imprensa Golpista

Fórum Social Temático


CONVOCAÇÃO
Fórum Social Temático - Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental
24 a 29 de janeiro de 2012 - Porto Alegre e Região Metropolitana
 
Preparatório para a Cúpula dos Povos da Rio+20

Os povos se colocam em movimento. Occupy Wall Street se espalha pelos Estados Unidos. Protestos e mobilizações indígenas produzem uma grande efervescência na usualmente tempestuosa região andina. Um nível inusitado de atividade de movimentos de massas atinge até mesmo países conhecidos por sua estabilidade social. Em 15 de outubro tivemos manifestações em quase mil cidades de 82 países.

A indignação com as desigualdades e injustiças políticas e sociais aparece como uma marca comum à maioria destes movimentos que questionam o “sistema” e “poder”, se confronta com sua destrutividade e rompem com a passividade das décadas neoliberais. A política de austeridade promete mais miséria e levam os jovens a se mobilizarem por seu futuro. Em todos os continentes, setores antes apáticos se colocam em movimento de forma pacífica, democrática, pluralista, unitária e autônoma em relação ao poder.
Estes movimentos nascem das necessidades e aspirações do presente, depois de três décadas de globalização neoliberal. São mobilizações portadoras de valores como a empatia pelo sofrimento alheio, a solidariedade, defesa da igualdade, busca de justiça, reconhecimento da diversidade, critica a supremacia do mercado sobre a vida, valorização da natureza – ideias centrais para a urgente reconstrução de um novo mundo possível.  

A mensagem é uma só: Precisamos reinventar o mundo. Nenhuma resposta efetiva parece estar emergindo dos poderes estabelecidos. A crise ambiental está sendo ignorada pela ONU e pelos grandes poderes e arrasta a humanidade para um cenário catastrófico. A mercantilização da vida e a apropriação de parcela crescente da biomassa do planeta exerce uma pressão cada vez mais destrutiva sobre os diferentes ecossistemas e reduzem rapidamente a biodiversidade. O agravamento da crise social nas economias centrais e a indignação contra a desigualdade crescente não encontraram nenhuma resposta senão mais privatizações e a defesa dos privilégios por parte de governos e empresas multinacionais. O avanço do extrativismo e a compra de terras continuarão a alimentar as lutas de resistência em defesa da natureza, dos bens comuns e dos modos de vida. Aumenta o número de pessoas que acredita ser impossível enfrentar estas questões separadas de uma resposta global para um sistema cuja crise atinge toda humanidade. Se trata de mudar o sistema para defender 99% da humanidade dos 1% que quer jogar sua crise sobre as costas dos demais. Precisamos reinventar o mundo.

Este parece ser um momento único para resgatarmos o acúmulo do altermundialismo e do Fórum Social Mundial. Avançamos em Belém, em 2009, para a busca de alternativas ao desenvolvimentismo e ao consumismo a partir do terreno socioambiental. Mas agora a luta social é oxigenada e enriquecida pelo movimento em busca de autonomia e controle do poder no mundo árabe e pelas vastas expressões da indignação com o capitalismo financeiro e as corporações na Europa e Estados Unidos. Se outro mundo é possível, o será a partir da convergência destes sujeitos políticos, favorecendo que criem um sentido de propósito comum, identidade e visão de futuro.

Porto Alegre e Região Metropolitana podem, em 2012, ser o ponto de encontro d@s indignad@s, das expressões dos povos originários e dos movimentos anti-sistêmicos de todos os quadrantes, capaz de afirmar uma saída para a crise, construindo as diretrizes e campanhas globais. Mais ainda, isso só será efetivo se conseguirmos afirmar e transmitir um paradigma alternativo de sociedade, se construir um vocabulário comum capaz de articular as demandas difusas de grande parcela das populações. Por ser temático, o FST pode construir uma reflexão estratégica e programática, capaz também de ser apresentada por ocasião da Rio+20 que, em maio e junho de 2012, atrairá multidões para o Rio de Janeiro.

Considerando estes objetivos, nós convidamos a todas e todos que compareçam ao Fórum Social Temático - Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental que se realizará em Porto Alegre e Região Metropolitana nos dias 24 a 29 de janeiro de 2012.

Um Fórum diferente que se vê como processo. Para isso, estabelecemos Grupos Temáticos num processo capaz de acolher a multiplicidade de experiências e contribuições dos diversos sujeitos sociais em torno destes temas abrangentes e mobilizadores capazes de articular atores dos mais variados movimentos. Os Grupos Temáticos estão sendo constituídos dos temas relacionados com a agenda da sustentabilidade e da justiça social e ambiental; da existência de redes em condições de facilitar política e operacionalmente os debates e de sistematizar a discussão realizada nos fóruns eletrônicos; viabilizando as discussões em diferentes línguas para seus participantes, tornando-as abrangentes. Os Grupos Temáticos se encontrarão em Porto Alegre nos primeiros dias (25 e 26 de janeiro de 2012) para a sistematização dos debates do FST e nos dias seguintes (27 e 28 de janeiro de 2012) haverá uma articulação dos vários diálogos entre si ao redor de quatro eixos transversais, quais sejam:
  1. fundamentos éticos e filosóficos: subjetividade, dominação e emancipação;
  2. direitos humanos, povos, territórios e defesa da Mãe-Terra;
  3. produção, distribuição e consumo: acesso à riqueza, bens comuns e economia de transição;
  4. sujeitos políticos, arquitetura de poder e democracia.
Todo este processo será facilitado pelo Comitê Organizador (GRAP + Comitê Local) e pelos facilitadores dos grupos temáticos. A este coletivo caberá tomar as decisões sobre a organização do FSTemático e os desdobramentos da metodologia. Outras iniciativas apoiarão esta elaboração coletiva, tais como, um painel sobre a conjuntura e a sistematização de indicadores.

A plataforma www.dialogos2012.org estará no ar no dia 20 de novembro, com subsídios iniciais para o debate dos vários grupos temáticos e aqueles que se inscreveram nos grupos temáticos poderão acompanhar as discussões nas quatro línguas do Fórum: inglês, espanhol, francês e português. Até esta data, estaremos recebendo as propostas de inscrições dos grupos temáticos através do e-mail grupostematicosfst@gmail.com. Após a verificação do cumprimento das pré-condições e eventuais aglutinações, enviaremos um e-mail confirmando a formação do GT e disponibilizando a plataforma para uso do grupo.  

Informe-se sobre o processo de preparação do Fórum Social Temático, inscrições de atividades autogestionárias e outras questões no site www.fstematico2012.org.br ou escreva para fstematico2012@gmail.com. Participe e prepare-se para vir a Porto Alegre e Região Metropolitana.

Vamos continuar reinventando o mundo!

COMITÊ ORGANIZADOR

CLIQUE AQUI para saber mais sobre o Fórum Social Temático

28 dezembro 2011

Artigo


 
Tecnologia e democracia
 
        Por Vinícius Wu*

Talvez você não saiba, mas, atualmente, uma silenciosa (e saudável) disputa é travada entre governos do mundo inteiro no campo do desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação (TICs), voltadas ao aperfeiçoamento da democracia e da participação cidadã.

Sim, estamos falando de softwares, aplicativos e até mesmo jogos eletrônicos desenvolvidos especialmente para estimular a participação dos cidadãos nas decisões públicas.

Naturalmente, não estão envolvidos os bilhões de dólares das disputas entre a Microsoft, a Apple, entre outros. Mas há uma crescente mobilização de recursos para ações dessa natureza. Diversas cidades do mundo, como Nova York, Barcelona e Londres, investem nessa área, além de vários governos nacionais, como Alemanha e EUA.

E, para os gaúchos, uma boa notícia: o Rio Grande, seguramente, está na vanguarda entre os Estados brasileiros, tendo recebido em 2011 cinco prêmios nacionais pelo desenvolvimento de softwares destinados à promoção da cidadania. A Procergs (Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul) assumiu a dianteira, principalmente, a partir do lançamento do Gabinete Digital do governador Tarso Genro. E com uma vantagem: sua plataforma é desenvolvida, desde sua primeira linha de códigos, em formatos livres, o que reduz custos e torna acessível a qualquer outro governo a apropriação dessas novas tecnologias de participação cidadã.

A experiência gaúcha, recentemente, chamou atenção de um dos mais renomados pesquisadores da área nos EUA, que chegou a afirmar que o Rio Grande do Sul está superando, nesse terreno, os EUA de Barack Obama, um político reconhecido pelo uso constante de redes sociais em sua trajetória recente. A análise de Matthew Salganik, da Universidade de Princeton, pode ser lida em https://freedom-to-tinker.com/blog/mjs3

As tecnologias da informação e comunicação (TICs) são utilizadas atualmente em praticamente todas as áreas da administração pública: segurança, saúde, educação, planejamento e gestão, defesa, entre outros. Seguramente, a área do estímulo à participação é a que menos recebe investimentos. Talvez por isso seja também uma das que mais se abrem ao desenvolvimento de plataformas livres, no qual o envolvimento de hackers é constante. Hackers são, simplesmente, especialistas em tecnologia que compartilham códigos de conduta baseados em reconhecimento pelos sistemas que desenvolvem, a partir da transparência e acesso ao conhecimento produzido.

O Rio Grande está fazendo sua parte e já conta com know-how acima da média brasileira. Em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), estão sendo desenvolvidas aqui experiências que atestam o enorme potencial do uso das novas tecnologias da informação e comunicação para o fortalecimento da democracia.

Que os governos, de todo o mundo, estejam cada vez mais empenhados nessa benévola disputa e invistam ainda mais nesse tipo de tecnologia. Certamente, terão mais valor para a humanidade do que os bilhões investidos, anualmente, em inovações destinadas à promoção da guerra e da morte.

O Estado democrático está desafiado a absorver, cada vez mais, tecnologias para a promoção de um futuro de democracia e liberdade acessível a todos os cidadãos.

*Vinícius Wu é Secretário chefe de Gabinete do governador do Estado do Rio Grande do Sul  e coordenador do Gabinete Digital.

Fonte:   http://www.estado.rs.gov.br/

Coluna C&A**



Crítica & Autocrítica – nº 85

* O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com a presença do governador Tarso Genro, lançou na noite de 21/12,  o projeto Conexões Globais 2.0, no Palácio Piratini. O evento é uma promoção das Secretarias de Cultura e de Comunicação Social e Inclusão Digital.    Segundo os organizadores, 'o Conexões Globais 2.0 acontecerá durante o Fórum Social Mundial Temático 2012, de 24 a 29 de janeiro de 2012, na Casa de Cultura Mario Quintana. A proposta é transformar a CCMQ em uma referência da cultura digital a partir do evento, oferecendo uma programação diversificada, com debates, oficinas, serviços multimídia e diversas manifestações artísticas'. Fui convidado pelo Governador - na qualidade de blogueiro e twitteiro - e estive lá para conferir. (...)
...

* Fiquei extremamente feliz ao receber um gratificante presente de Natal e Ano Novo do  meu amigo virtual, ‘cumpadi’ e companheiro Prof.  Diafonso,  combativo blogueiro e professor pernambucano: trata-se nada mais, nada menos do que um ótimo  DVD com  um muito bem produzido documentário sobre o poeta e repentista cearense
Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (fotos acima).
...

* Segundo nos informa o Wikipedia, Patativa do Assaré (Assaré, Ceará, 5 de março de 19098 de julho de 2002) foi “‘uma das principais figuras da música nordestina do século XX. Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença. Com a morte de seu pai, quando tinha oito anos de idade, passou a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, frequentava a escola local, em qual foi alfabetizado, por apenas alguns meses. A partir dessa época, começou a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes. Por volta dos vinte anos recebeu o pseudônimo de Patativa, por ser sua poesia comparável à beleza do canto dessa ave.
Patativa do Assaré obteve popularidade a nível nacional, possuindo diversas premiações, títulos e homenagens (tendo sido nomeado por cinco vezes Doutor Honoris Causa). No entanto, afirmava nunca ter buscado a fama, bem como nunca ter tido a intenção de fazer profissão de seus versos. 

Patativa nunca deixou de ser agricultor e de morar na mesma região onde se criou (Cariri) no interior do Ceará. Seu trabalho se distingue pela marcante característica da oralidade. Seus poemas eram feitos e guardados na memória, para depois serem recitados. Daí o impressionante poder de memória de Patativa, capaz de recitar qualquer um de seus poemas, mesmo após os noventa anos de idade.A transcrição de sua obra para os meios gráficos perde boa parte da significação expressa por meios não-verbais (voz, entonação, pausas, ritmo, pigarro e a linguagem corporal através de expressões faciais, gestos) que realçam características expressas somente no ato performático (como ironia, veemência, hesitação, etc.). A complexidade da obra de Patativa é evidente também pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). Ele próprio diferenciava seus versos feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia-a-dia (denominada por ele de poesia "matuta").” (...)
...

*O vereador e Presidente do PT da capital gaúcha, Adeli Sell, será o coordenador geral da campanha do deputado Adão Villaverde à prefeitura de Porto Alegre nas eleições 2012 pelo Partido dos Trabalhadores.
...

*Já em Canoas o PT deverá lançar o prefeito Jairo Jorge à reeleição, repetindo a  ‘dobrada’ com a vice-prefeita Beth Colombo (PP), apoiados por um amplo leque de partidos. Jairo Jorge desponta como fanco-favorito para continuar à frente do Paço Municipal (a oposição – leia-se PSDB e DEM - está em frangalhos e o governo hegemonizado pelo PT tem o apoio de mais de 70% da população, segundo última pesquisa realizada pelo Instituto Methodus). (...)

CLIQUE AQUI para ler a coluna, na íntegra. 
...

**Crítica & Autocrítica: coluna que mantenho (i)regularmente no Blog 'O Boqueirão' Jornal Correio Regional.

27 dezembro 2011

Enquanto isso...



*Flagrante da espiral nebulosa Barnard 3,  cercada por brilhantes nuvens de poeira verdes e vermelhas. Esse pó interestelar funciona como um "berçário" onde nascem as estrelas. (Clique na foto para ampliar).

Foto: Nasa,JPL-Caltech,UCLA / Divulgação - via Clic Rbs

26 dezembro 2011

O ano da Privataria

 2011, o ano em que a mídia demitiu ministros. 2012, o ano da Privataria

'A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.'


Em 2005, quando começaram a aparecer resultados da política de compensação de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva – a melhoria na distribuição de renda e o avanço do eleitorado “lulista” nas populações mais pobres, antes facilmente capturáveis pelo voto conservador –, eles eram mensuráveis. Renda é renda, voto é voto. Isso permitia a antevisão da mudança que se prenunciava. Tinha o rosto de uma política, de pessoas que ascendiam ao mercado de consumo e da decadência das elites políticas tradicionais em redutos de votos “do atraso”. Um balanço do que foi 2011, pela profusão de caminhos e possibilidades que se abriram, torna menos óbvia a sensação de que o mundo caminha, e o Brasil caminha também, e até melhor. O país está andando com relativa desenvoltura. Não que vá chegar ao que era (no passado) o Primeiro Mundo num passe de mágicas, mas com certeza a algo melhor do que as experiências que acumulou ao longo da sua pobre história.

O perfil político do governo Dilma é mais difuso, mas não se pode negar que tenha estilo próprio, e sorte. As ofensivas da mídia tradicional contra o seu ministério permitirão a ela, no próximo ano, fazer um gabinete como credora de praticamente todos os partidos da coalizão governamental. No início do governo, os partidos tinham teoricamente poder sobre ela, uma presidenta que chegou ao Planalto sem fazer vestibular em outras eleições. Na reforma ministerial, ela passa a ter maior poder de impor nomes do que os partidos aliados, inclusive o PT. Do ponto de vista da eficiência da máquina pública – e este é o perfil da presidenta – ela ganha muito num ano em que os partidos estarão mais ocupados com as questões municipais e em que o governo federal precisa agilidade para recuperar o ritmo de crescimento e fazer as obras para a Copa do Mundo. (...)

Mais sorte que arte, a reforma ministerial começa no momento em que a grande mídia, que derrubou um a um sete ministros de Dilma, se meteu na enrascada de lidar com muito pouca arte no episódio do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Passou recibo numa denúncia fundamentada e grave. Envolve venda (ou doação) do patrimônio público, lavagem de dinheiro – e, na prática, a arrogância de um projeto político que, fundamentado na ideia de redução do Estado, incorporou como estratégia a “construção” de uma “burguesia moderna”, escolhida a dedo por uma elite iluminada, e tecida especialmente para redimir o país da velha oligarquia, mas em aliança com ela própria. Os beneficiários foram os salvadores liberais, príncipes da nova era. O livro “Cabeças de Planilha”, de Luís Nassif, e o de Amaury, são complementares. O ciclo brasileiro do neoliberalismo tucano é desvendado em dois volumes “malditos” pela grande imprensa e provado por muitas novas fortunas. Na teoria. Na prática, isso é apenas a ponta do iceberg, como disse Ribeiro Jr. no debate de ontem (20), realizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, no Sindicato dos Bancários: se o “Privataria” virar CPI, José Serra, família e amigos serão apenas o começo. (...)

CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo (postado originariamente no sítio *Carta Maior)

Foto: Blog Maria Frô

24 dezembro 2011

Poema


Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinícius de Moraes

22 dezembro 2011

PIB gaúcho cresceu 5,7%


Crescimento do PIB gaúcho foi de 5,7% em 2011

Porto Alegre/RS -  O ano encerra de forma positiva para a economia gaúcha. Nesta quinta-feira, 22, a Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) do estado e o crescimento foi de 5,7% em relação ao ano passado. O valor per capita foi de R$ 24.846 e se deve ao setor agropecuário e de construção civil. Apesar da preocupação do governo estadual em não depender da oscilação das safras, a agricultura foi mais uma vez o principal impulsor do PIB gaúcho. Os números foram comemorados pelo governador Tarso Genro, que considerou também a influência da política ao não desacelerar o setor da indústria e a atração dos investimentos para o estado, diferentemente do restante do país. “Foi um crescimento chinês”, brincou.

Em números, o setor da indústria não apresentou uma elevação considerável. “O crescimento foi de 2,5%, o que, se comparado com média nacional é positivo”, afirmou o secretário de Planejamento e Gestão, João Motta. “Mudamos o Fundopen, retomamos o Badesul, criamos uma Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento. São mecanismos que nos dão margem para atrair as indústrias e segurar investimentos no RS”, avaliou. (...)

-Clique Aqui para ler a  íntegra da postagem (por Rachel Duarte, via Sul21).

21 dezembro 2011

Lançado o projeto Conexões Globais 2.0



Tarso realiza balanço positivo do 1º ano de governo  e lança projeto Conexões Globais 2.0

Porto Alegre/RS - Na foto acima, o  Governador Tarso Genro durante encontro com Blogueiros, Tuiteiros e Ativistas Sociais realizado na noite de  hoje no Galpão Crioulo do  Palácio Piratini. Após a realização do balanço do 1º ano de governo, de lançar o projeto Conexões Globais 2.0  e de responder as questões formuladas pelos integrantes da blogosfera (blogueiros, tuiteiros e jornalistas), foi oferecido um delicioso coquetel para os presentes.

Este blogueiro foi convidado (vide post abaixo) e também esteve lá prestigiando o lançamento do Conexões Globais 2.0. Outro blogueiro que lá compareceu foi o  companheiro Marco Weissheimer, do  blog RS Urgente. (Clique Aqui  para ler a postagem que ele realizou sobre o evento). 

Foto: Caco Argemi

*Atualizada em 22/12/2012

20 dezembro 2011

'Conexões Globais 2.0' no FSM - Convite



 Governo do Estado lança Conexões Globais 2.0

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul lança, nesta quarta-feira (21), às 18h30, o Conexões Globais 2.0, no Palácio Piratini. O evento é uma promoção das Secretarias de Cultura e de Comunicação Social e Inclusão Digital, e contará com a presença do governador Tarso Genro.

O Conexões Globais 2.0 acontecerá durante o Fórum Social Mundial Temático 2012, de 24 a 29 de janeiro de 2012, na Casa de Cultura Mario Quintana. A proposta é transformar a CCMQ em uma referência da cultura digital a partir do evento, oferecendo uma programação diversificada, com debates, oficinas, serviços multimídia e diversas manifestações artísticas. 

O primeiro Fórum Social Mundial, realizado em 2001, em Porto Alegre, estabeleceu uma nova fase de conexão entre os movimentos sociais emergentes nos cinco continentes. Estava inaugurada a era de movimentos sociais globais articulados em redes via internet. De lá pra cá, este novo fenômeno de articulação e mobilização social, tendo a internet como plataforma, se aprofundou, evoluiu e seus protagonistas não são os mesmos.

Acompanhamos recentemente - especialmente via web - as revoltas árabes e as manifestações globais em todo mundo, do Chile a Wall Street e por toda a Europa, que questionam os limites da democracia representativa e o sistema econômico global.

Assim como os pioneiros do FSM de 2001, estes novos protagonistas por câmbios globais reafirmam em seu lema 99% vs 1%: os 99% da população mundial não podem ficar submetidos a sacrifícios e destruição para manter a ganância e privilégios do 1% que gestiona e domina todo poder econômico global.

Esse contexto impulsiona também transformações no âmbito do Estado, principalmente no que diz respeito ao uso da internet como instrumento de transparência e criação de canais de diálogo e sistemas participação. Os desafios do aquecimento global, as alternativas para a sustentabilidade e a preservação da água também despontam como temas centrais dos movimentos sociais na atualidade.

O Conexões Globais 2.0 propõe que estes novos movimentos estejam no eixo-central do FSM e que a organização do FSM-temático inicie esta conexão criando espaços e plataformas de diálogos, utilizando a internet e a cultura digital como elementos de identidade cultural de nossa época.  (por Clarissa Pont, da Secom)

(Clique no convite para ampliar)

19 dezembro 2011

ULD, a nova tendência do PT/RS

  
 Fundada a  ULD - Unidade e Luta Democrática do PT/RS

Porto Alegre/RS - Com o lançamento da Unidade e Luta Democrática - ULD, ocorrido neste sábado, 17/12, foi oficializada a mais nova tendência  interna do  Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul, resultado da fusão  entre a  corrente petista Unidade na Luta (UL) com setores oriundos da extinta Ação Democrática (AD).

O evento - que teve a presença de mais de 700 militantes do PT gaúcho -  ocorreu no Ritter Hotel, centro de Porto Alegre, e contou na sua abertura com a presença do governador  Tarso Genro,  além dos  secretários João Motta e Ivar Pavan e do presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato do PT ao Paço Municipal de Porto Alegre, deputado  Adão Villaverde (estes três últimos também integram os quadros da nova tendência), assim como de  lideranças sindicais, comunitárias, estudantis  e  representantes das várias correntes do PT do RS.

Segundo seus fundadores, a ULD  - que no PT  Nacional integra o 'campo político' Construindo um Novo Brasil -  se propõe a 'fortalecer o diálogo interno do PT, sintonizar o partido com os processos de âmbito nacional e reafirmar o compromisso com os trabalhadores, juventude e movimentos sociais'.
 

O governador Tarso Genro (que na ocasião recebeu dos organizadores um exemplar do livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr), ao saudar  a criação da nova tendência, enfatizou que 'na última década passamos de um partido de lutas de classe para um partido de governo e esta transição não é nada fácil. Demonstramos que a Esquerda numa coalizão política pode governar na democracia, o que nos permite vislumbrar no horizonte a regeneração dos ideiais libertários do socialismo.Quero saudar esta nova corrente e a proposta de fortalecer a comunicação interna do partido em nome do nosso projeto maior que é o PT.'

Já o  Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, definiu o lançamento da ULD como um dia especial e ressaltou o papel da militância. “Este novo grupo já começa com uma militância histórica. Estamos construindo uma nova trajetória e nos orgulhamos de cada passo dela”.

Para João Motta, Secretário Estadual de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã,  a ULD veio para ajudar a alinhar o governo estadual ao trabalho realizado pelo ex-presidente Lula e atualmente pela presidenta Dilma. “Temos uma tarefa a fazer e é inevitável: colocar o Rio Grande do Sul no caminho do desenvolvimento”, informou Motta. 

Integram ainda a nova tendência os deputados estaduais Valdeci Oliveira e Marisa Formolo,  o 1º suplente de Deputado Federal e membro da direção nacional do PT,  Paulo Ferreira, o vice-prefeito de Passo Fundo, Rene Cecconello, o presidente da CUT Estadual, Celso Woyciechowski, a vice-prefeita de Alegrete, Preta Mulazzani, pelos vereadores  Adeli Sell, Mauro Pinheiro, Engº Comassetto, Sérgio Kumpfer, Lauro Brum, Tania Ferreira  e Neucir Benetti, por Paulo Accinelli (Subprefeito da Região sudeste de Canoas),  Vilmar Galvão, Nilvia Pinto, Inácio Benincá (SDR),  Valério Lopes (FEGAM), assim como por este blogueiro, dentre outros militantes do PT gaúcho.

*Foto: Eduardo Quadros, do sítio Sul 21 
**Com informações oriundas da Revista Voto, Sul21  e do PT/RS

(Atualizada às 19,54 h de 19/12/2011