17 dezembro 2016

Poema de Sete Faces















Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.


O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.


O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode,


Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.


Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.


Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
 

  Carlos Drummond de Andrade (in 'Alguma Poesia', 1930)

“Brasília virou uma cloaca”


O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo critica o Legislativo desgastado, o Judiciário desacreditado e o Executivo ocupado após o impeachment, que considera “uma tragédia” para a democracia. Tudo misturado na capital federal: “É a cidade do lobby, da prostituição política, econômica”

Foto: Luiza Sigulem

Por Luiza Villaméa, na Revista Brasileiros*

Cláudio Lembo é homem de respostas curtas, incisivas. E não parece ter dúvidas: “O Brasil é um país reacionário, conservador, extremamente retrógrado”. De acordo com sua análise, depois que a Constituição foi promulgada, em outubro de 1988, o País vivenciou “um exercício” de democracia, que funcionou enquanto a economia estava bem, mas embrenhou-se por um período sombrio quando os números passaram a ser negativos. Um dos entraves à democracia, afirma Lembo, é o fato de os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – estarem imiscuídos em Brasília, frequentando os mesmos espaços, trocando ideia dia e noite: “O maior erro do Juscelino (o ex-presidente Juscelino Kubitschek) foi transferir a capital. Destruiu o Rio de Janeiro e construiu uma cloaca”.
Outro aspecto que influencia na cristalização desse cenário é, para Lembo, o controle do poder político, da comunicação, por grupos hegemônicos que atuam em defesa exclusiva de seus interesses. Aos 82 anos, o ex-governador, professor de Direito Constitucional da Universidade Mackenzie, em São Paulo, e presidente do Centro de Estudos Políticos e Sociais (Cepes) afirma que não tem esperança de mudanças em curto prazo, mas acredita na possibilidade de reversão no futuro distante: “É claro que em longo prazo o País vai se recompor e efetivamente vencer esse grande obstáculo”.
Quanto à queda de braço entre o Legislativo e o Judiciário, ele acredita que a tendência é o arrefecimento: “A opinião pública, e particularmente a Internet, vai fazer com que todos caiam na real, percebam a forma ridícula que estão agindo.” Lembo é apontado como político conservador desde os tempos em que estreou na política, na segunda metade dos anos 1970, como secretário de Negócios Extraordinários do prefeito de São Paulo Olavo Setubal. Quando esta repórter entrou em seu escritório de advocacia, nas imediações da avenida Paulista, em São Paulo, ele acabava de ouvir, pelo celular, um áudio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E fez questão de reiniciar o arquivo do celular.
Cláudio Lembo – Não sei se você ouviu isso aqui. Está certo o Lula. Ouça a gravação: “É que você tem em Curitiba um agrupamento especial de pessoas ungidas por Deus para salvar o mundo. Eles têm noção de quanto a Operação Lava Jato já causou de prejuízo na economia deste País? Eles têm noção de quantos desempregos já causou?”. Ele está certo. Essa operação parou o Brasil.
Brasileiros – O senhor então concorda com o ex-presidente Lula?
Sim. E a Lava Jato está cometendo excessos, particularmente quando a Polícia Federal, com autorização do Poder Judiciário, realiza conduções coercitivas de pessoas. É uma agressão contra os direitos humanos.
Antes de a Operação Lava Jato começar, como funcionava no Brasil o instrumento de condução coercitiva?
Era raríssimo, muito raro, pois não se deve usar condução coercitiva. Uma testemunha não pode ser conduzida debaixo de vara. É um absurdo. Se a testemunha tem endereço, tem profissão, uma estrutura familiar, ela vai comparecer ao depoimento. Ela não vai fugir, tanto que ninguém fugiu. Portanto, conduzir coercitivamente é uma desnecessidade. Está havendo violência no Brasil.
A testemunha precisa, na verdade, ser convocada para depor?
Ser convocada, intimada. E ela vai depor espontaneamente. Só se ela não comparecer, aí sim, pode ser conduzida coercitivamente. Mas fazer uma primeira intimação de forma coercitiva é uma agressão.
É o que diz a lei?
É o que diz a lei. É também o bom senso. É o artigo quinto da Constituição, que está sendo violado a todo momento.
O que acontece que as instâncias superiores não interferem?
É o temor da opinião pública. A opinião pública está totalmente envolvida por uma ideia de vingança absoluta. Isso é complexo porque vai levar a uma paralisia total da sociedade, como já está acontecendo.
Já se detecta isso na economia, não é mesmo?
A economia parou. O País está parado. Quem correr a cidade de São Paulo vai ver que toda ela está ou à venda ou para alugar, o que é dramático. É uma situação patética. O Brasil nunca viveu algo igual. E, como eu disse, não há esperança, porque não existem instituições que mereçam o respeito da sociedade.
Como o senhor avalia essa situação?
Com muita amargura. Confesso que, na altura dos meus 82 anos, nunca vi o Brasil tão mal. Não há esperança. E a pior coisa que pode acontecer com uma sociedade é viver sem esperança.
Qual é a origem desse quadro?
Uma série de elementos. Primeiro, o desgaste dos políticos, que se desmoralizaram. Segundo, os excessos do Ministério Público, que envolve também a Polícia Federal. Tudo isso levou um ar de depressão e de fragilidade de toda sociedade. (...)
*CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

15 dezembro 2016

"Hoje, defender Lula é fazer a defesa da Democracia"




*"Se não conseguiram destruir a imagem de Lula, precisam inviabilizá-lo politicamente" - (Jurista Juarez Cirino dos Santos, um dos advogados do ex-presidente Lula)

Como esperado, MP age rápido e denuncia Lula após pesquisa




Na segunda-feira à noite, a Polícia Federal indiciou Lula pela história de um prédio que seria – mas não foi – destinado ao Instituto Lula e pelo aluguel de um apartamento ao lado do em que o ex-presidente reside, que funciona como apoio às suas atividades. Trata-se, como se sabe, de imóvel de altíssimo luxo, localizado em São Bernardo do Campo, região de elite só comparável a famosa Avenue Foch, em Paris.
Terça e quarta bastaram, sem nenhuma dúvida, questionamento ou diligência a mais, para os rapazes da Lava Jato produzirem hoje mais uma denúncia contra Lula dirigida ao – adivinhem? – Juiz Sérgio Moro.
O que mais é preciso dizer?
Nada, a não ser que gostaria de pegassem cada um dos procuradores  da tal Força Tarefa e distribuíssem um para cada Estado da Federação.
Os problemas de morosidade – a outra morosidade, a do atraso – da Justiça brasileira estariam resolvidos num passe de mágica. Pelo menos os que não se referissem a pessoas ligadas ao PSDB que, como se sabe, não vem ao caso.
Antigamente tinha juiz de futebol que apitava “perigo de gol”. Parece que há outros, de outro tipo, que marcam “perigo de urna”.
E vem mais por aí…
(Por Fernando Brito, Editor do Tijolaço - Fonte desta postagem)

14 dezembro 2016

Com PEC 55, Senado envolvido em corrupção joga pá de cal no futuro do país


Parlamentares ignoram solenemente protestos contra o congelamento do orçamento no país ao aprovar regime fiscal. Para o presidente da CUT, 'país está à deriva, na mão de gente irresponsável'
Por Luciana Waclawovsky e Luiz Carvalho, para a CUT*

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Freitas: "Não nos resta outra alternativa a não ser sair às ruas para barrar esse retrocesso”
São Paulo – Não faltou enfrentamento, é fato. Das ruas vieram gritos de 'não à PEC 55', desde antes de ser aprovada no Congresso, ainda como PEC 241, para congelar investimentos públicos em educação e saúde durante os próximos 20 anos.
Nesta terça-feira (13), vários estados promoveram mobilizações contra a proposta de emenda à Constituição que, a título de ajuste fiscal, prioriza a saúde e a educação privadas e sucateia os serviços públicos, já com dificuldades de atender a demanda do povo brasileiro.
Ainda assim, o Senado, envolvido até o pescoço em denúncias de corrupção, aprovou a PEC 55 e, com isso, jogou uma pá de cal em quem acreditava na possibilidade de um ensino público de melhor qualidade, atendimento em hospitais em condições dignas e creches para pais que precisam trabalhar, mas não têm com quem deixar os filhos.
Em inúmeros seminários e encontros, a CUT apontou o retrocesso e a verdadeira razão de ser do projeto: manter o lucro do capital financeiro,  que ganha com o pagamento dos juros, os mesmos que encarecem as dívidas do cidadão comum e impedem os empresários, especialmente os menores – aqueles que mais empregam –, de tomarem empréstimos.
A bancada da oposição também fez sua parte. Foram em torno de 15 audiências públicas nas Comissões de Direitos Humanos, de Assuntos Econômicos, de Constituição e Justiça, de Educação.
Uma emenda pediu o referendo sobre a PEC 55, com 28 assinaturas,  a maneira mais democrática de decidir sobre o tema. Além de dois mandados de segurança, levando à apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF) três pedidos de liminar. Foram ainda duas emendas à PEC, pedindo a retirada do texto sobre o salário mínimo e do texto sobre educação e saúde.
Nada disso foi capaz de sensibilizar os nobres parlamentares da base do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, a situação caótica nada mais é do que o resultado de uma gestão ilegítima, incompetente, sem projeto para o país, baseada apenas em interesses pessoais, como bem demonstrou o caso Geddel Vieira Lima, ex-ministro que mobilizou Temer e o ministro Elizeu Padilha em torno de uma obra embargada onde ele tinha um apartamento.
"A inabilidade do golpista Temer, mais acostumado a agir nas sombras, gera uma crise política que resulta no aprofundamento da crise econômica, que deixa o país à deriva e nas mãos de gente irresponsável, que parece não fazer a menor ideia do estrago que está causando aos trabalhadores, especialmente os mais pobres. E aos brasileiros que mais precisam de políticas públicas para sobreviver com o mínimo de dignidade. Não nos resta outra alternativa a não ser sair às ruas para barrar esse retrocesso", disse o dirigente.
Para Freitas, não resta outra saída senão eleições diretas para determinar qual caminho os brasileiros desejam para um país em que a maioria se declarou contra a PEC 55, mas não foi ouvida.
O dirigente acredita que a economia só reencontrará seu rumo quando, ao invés de um governo que prega o corte sem limites de investimentos, se aposte na retomada do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
"O que precisamos é recuperar a indústria, elevar o crédito, financiar o crescimento, não o contrário. Temos hoje no comando gente que não acredita no Brasil, aqueles mesmo que entendiam o país como algo pequeno e que governaram antes do ex-presidente Lula".
*Via http://www.redebrasilatual.com.br/

13 dezembro 2016

Aprovada a PEC da Morte: Veja quem são os senadores que votaram contra os pobres, a educação e a saúde públicas, a favor dos bancos e dos mais ricos


SEnado  PEC 55
Na  fotomontagem acima, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), que atropelou as normas para votar nesta terça-feira (13/12/2016) a PEC 55 e, assim, cumprir o acordão para ficar à frente da Casa. Ou seja, agiu contra a população brasileira. E outros nove senadores que também votaram contra o povo, a favor dos mais ricos: Marta Suplicy (PMDB-SP), Cristovam Buarque (PPS-DF), Ana Amélia (PP-RS), Álvaro Dias (PV-PR), José Agripino (DEM-RN), Fernando Coelho (PSB-PE) e os tucanos Aécio Neves (MG), Aloysio Nunes (SP) e Antonio Anastasia (MG). Todos repetiram o voto do primeiro turno. 
Da Redação
Nenhuma surpresa.
Por 53 votos a 16, o Senado aprovou há pouco em segundo turno a PEC da morte, apoiada vivamente pela mídia.
Golpe de classe contra a população mais pobre, a educação e a saúde públicas, a favor do capital financeiro, dos mais ricos.
Votaram 69 senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se absteve.
O resultado representa oito votos a menos a favor do governo usurpador de Michel Temer na comparação com a primeira votação, em novembro, quanto 75 senadores votaram (61 a favor e 14 contra).
Por ser uma emenda à Constituição, a medida precisava de 49 votos para ser aprovada.
Agora, só nos restam as ruas
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VEJA A LISTA COMPLETA DA VOTAÇÃO 
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*Fonte: Viomundo

12 dezembro 2016

REQUIÃO DIZ QUE SENADO NÃO TEM LEGITIMIDADE E É SUSPEITO PARA APROVAR PEC E REFORMAS


O senador Roberto Requião {PMDB/PR} afirmou nesta segunda-feira (12), no plenário, que as últimas delações das empreiteiras envolvidas em esquemas de corrupção tornam o Senado suspeito e retira da Casa qualquer legitimidade para aprovar a PEC 55, a securitização da dívida pública e a reforma da Previdência.
Segundo o senador, da mesma forma que as empreiteiras compravam Medidas Provisórias é legítimo suspeitar que o mercado financeiro e as empresas de previdência privada negociem hoje a aprovação de projetos de seu interesse.
Requião revelou ainda os resultados de uma pesquisa que fez com as dezenas de milhares de brasileiros que o seguem o twitter, comprovando o desgaste das instituições públicas.

A seguir, vídeo e texto do discurso.
*Via http://www.robertorequiao.com.br/

11 dezembro 2016

Recordamos histórico discurso del Che en la ONU hace 52 años (+ Video)


El 11 de diciembre de 1964, el revolucionario Ernesto “Che” Guevara pronunció un célebre discurso en la sede la Organización de las Naciones Unidas donde abogó por la paz y la independencia de los pueblos, especialmente por el respeto a la soberanía de Cuba, atacada por el imperialismo norteamericano.  -Via http://www.cubadebate.cu/
Para recordalo, aquí está el video:

General, com todo o respeito, maluco não anda em penca




Por Fernando Brito*
É bom que o general Eduardo Villa Boas, comandante do Exército, tenha dito hoje, ao Estadão, que  há “chance zero” de setores das Forças Armadas, principalmente da ativa, mas também da reserva, se encantarem com a volta dos militares ao poder,.
E melhor ainda que tenha acrescentado que ““nós (os militares)  aprendemos a lição. Estamos escaldados”.
De fato, nada fez mais mal à Forças Armadas que o regime em que, afinal, como dizia Leonel Brizola, “amarraram a vaquinha para  outros mamarem”.
Mas o general, talvez por prudência, não é sincero ao dizer que os apelos à intervenção militar é obra apenas de “tresloucados”.
Maluco não anda em penca, não é, general?
É claro que existe uma articulação, vinda não se sabe de onde, para que aconteçam coisas assim.
O próprio Villas Boas dá pistas de que a situação não é tão tranquila, ao dizer que “a reserva (é), sempre mais arisca, mais audaciosa”, mas “até o momento está bem, sob controle”.
Sob controle, sim, mas cheia de gente que se empolga com um movimento sedicioso de militares, uma loucura – aí sim – que não se sustenta, no século 21, nem em países como o Egito e Turquia.
E que, na absurda hipótese de acontecer, atrairia para as Forças Armadas um rancor pela perda de Democracia na qual, até agora, ela não tem participação demeritória alguma.
É certo que dentro das Forças Armadas, por uma herança obtusa, há muita “força cega”. Mas não falta, em oposição, inteligência, a mais importante arma militar.
Oficiais superiores que compreendem que sem desenvolvimento e investimento, não há força que se adeque à sua missão de defesa da nação.
Missão que, aliás, é impossível quando se abdica de um projeto nacional.
*Jornalista, Editor do Tijolaço.
**Nota do Blog: Art. 142 da CF 1988 - As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (JG)

10 dezembro 2016

Assim a Odebrecht destituiu o Governo Golpista! (PHA*)


Delação de Claudio Leite Filho nem o Moro conseguirá ignorar. Nem o Moro!
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Conversa Afiada cumpre o doloroso dever de divulgar o trecho da delação do Vice-Presidente de Suborno da Odebrecht, que encerra a breve carreira de um Presidente Traíra, e Breve.
Com ele, dirigem-se à cadeia o Eliseu, que o ACM chamava de "Quadrilha", o gatinho angorá, o essa porra Jucá e aquela turma que invadiu o Palácio de Governo.
Conversa Afiada teve acesso a esse documento histórico graças a desinteressado vazamento do destemido Rogério Correia, do PT, líder do anti-aecismo na Assembléia Legislativa de Minas:

 

ARY VANAZZI (PT) SERÁ NOVAMENTE PREFEITO DE SÃO LEOPOLDO/RS


Ary Vanazzi, prefeito eleito de São Leopoldo/RS


NOTA AO POVO DE SÃO LEOPOLDO

1. No final da tarde de hoje 09/12/2016, sexta feira, recebemos a grata notícia que a Ministra Rosa Weber, em decisão monocrática, deferiu nosso recurso junto ao TSE e, portanto, referendou o registro da candidatura do companheiro Vanazzi a prefeito de São Leopoldo. 

2. Na prática, tal decisão confirma o resultado das urnas na nossa cidade que, por maioria, escolheu Vanazzi e Paulete como prefeito e vice-prefeita de São Leopoldo.

3. A vontade do povo de São Leopoldo prevaleceu. (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo (via 'O Boqueirão Online')

Nota dos advogados do ex-Presidente Lula sobre denúncia da operação Zelotes




A denúncia ofertada hoje (09/12/2016) pelo Ministério Público Federal contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho Luis Claudio Lula da Silva, dentre outras pessoas, baseia-se em procedimentos que tramitavam de forma oculta e sem acesso à Defesa. 
 
Nem mesmo após a divulgação da denúncia, por meio de nota, foi permitido que a Defesa tivesse acesso ao teor da acusação. Essa recorrente forma de atuação do Ministério Público Federal, de transformar a denúncia em um espetáculo midiático em detrimento da defesa, abala a cada dia o já sucumbindo Estado Democrático de Direito no País, além de impedir, neste momento, o enfrentamento dos fundamentos utilizados pelos Procuradores da República que subscrevem o documento. (...)


CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

*Via http://www.lula.com.br/ 

09 dezembro 2016

Coluna C&A (via 'O Boqueirão Online')




Crítica & Autocrítica  - nº 112

“Os Golpistas sabem que não valem nada - Lava Jato só se sustenta com o uso da força” -  O artigo do professor Wanderley Guilherme dos Santos, no Blog Conversa Afiada, editado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim (PHA) sintetiza, de forma muito contundente – mas apropriada -, a situação caótica vivenciada por nossa frágil democracia (hoje, como visto está, praticamente nos seus estertores): 

“Toda a equipe da Lava Jato está comprometida com atos e declarações que a tornam incapacitada para concluir com isenção e sucesso a investigação.

A tendência, dada a total ilegalidade do sistema institucional brasileiro desde o impedimento de Dilma Rousseff, indica a multiplicação de arbitrariedades e conflito entre os participantes do golpe, na medida em que cada um sabe que os demais perderam legitimidade desde o assalto que promoveram juntos.
Cada um se comporta como melhor lhe aprouver e os demais justificam a aberração com novos estupros constitucionais.
Nenhuma instituição dos três poderes vale coisa alguma, hoje, e se sustenta pela ameaça (implícita) do uso da força.”
***
*Diálogo Nacional Itinerante (I) – Na noite de 25/11 foi realizada (conforme tínhamos aqui nesta coluna anunciado, cartaz acima)  a Plenária convocada pelo Diálogo e Ação Petista – o DAP (articulação supra tendencial do PT nacional), em Porto Alegre, na sede do PT Municipal. Dentre outros pontos, foi analisada a atual conjuntura a nível de país, o enfrentamento ao governo golpista, bem como a necessidade de aprofundar a discussão sobre a 'Reconstrução do PT' (na linha de"Agir como o PT Agia") e as tarefas pertinentes à preparação ao III Congresso do partido que ocorrerá no próximo mês de março. (Leia mais sobre as propostas do DAP  Clicando Aqui).  (...)
-Continue lendo a coluna clicando AQUI

Mil Carmens Lúcia não dão uma Dilma Rousseff

carmen e dilma
Por Luís Carlos Bolzan, especial para o Viomundo*
Em menos de 48 horas o Judiciário brasileiro desce ao seu mais profundo degrau na história do país.
Em foto de rara de felicidade, imagem eterniza momento de cumplicidade entre juiz Sérgio Moro e senador Aécio Neves (PSDB/MG).
Aos sorrisos e muito à vontade, cena simboliza a mais constrangedora demonstração de promiscuidade entre juiz e político delatado inúmeras vezes, sendo o juiz responsável por processo que apura delações contra vários políticos, entre eles o próprio senador Aécio Neves. A pretensão de isenção sucumbe diante da imagem explícita de afinidade entre ambos.
Não bastasse isso, nessa quarta-feira (07/12), outro fato inusitado e escandaloso atinge a República.
Após liminar do ministro do Marco Aurélio Mello pelo afastamento de Renan Calheiros (PMDB/AL) da presidência do Senado,  a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, pauta para apenas 48 horas depois o julgamento pelo plenário da decisão monocrática do seu colega.
Em decisão divergente de julgamento anterior de mesma matéria, ainda não findado pelo pedido de vistas de Dias Tóffoli, três ministros mudam seus votos e decidem com outros três (6 x 3) que Renan pode ser mantido na presidência do Senado, mas fica fora da linha sucessória da presidência da República.
A decisão deixa dúvidas em vários aspectos:
Por que réu pode assumir presidência de um Poder da República e não de outro?
Senado é menos importante?
É ninho de corruptos e por isso não sofrer com presidência sem prestígio?
Senado é galinheiro ou pocilga desprezível?
Como ficará outra votação sob pedido de vistas que ainda não se encerrou?
Ministros que mudaram seus votos já divulgados mudarão seus votos? Ou manterão “um voto lá e outro cá”, completamente divergentes?
Fato espantoso é que toda mídia nacional alardeava resultado desde a manhã da quarta-feira, portanto antes de começar sessão e mais de 8 horas antes do término da votação, demonstrando que todos já sabiam como votariam ministros do Supremo.
A sequência fica ainda mais sinistra e deprimente pela divulgação por meio da imprensa de medida adotada pelo Senado durante sessão do STF, retirando urgência de projeto de lei do senador Renan Calheiros, que trata de punições a agentes públicos, inclusive, juízes, promotores e policiais, quando cometem crimes por abuso de autoridade.
Acordo entre STF e Senado para livrar Renan ou infeliz coincidência dos tempos políticos e judiciais?
Sim, Papai Noel está chegando e parece que nos altos escalões do poderes da República ele veio mais cedo.
Seria este realmente o motivo?
Há quem diga maldosamente que as capas pretas não seriam togas, mas mantos de verdugos prontos a assassinar a democracia em troca de aposentadoria integral sem ter que trabalhar 50 anos, bastando para isso a certeza de cometer abusos crimes para gozar da regalia que demais trabalhadores assalariados do país não têm.
A sincronia do tempo jurídico e da necessidade política se faz presente também nas súplicas governamentais divulgadas à exaustão pela mídia amiga, desde um dia antes, dada a pauta do Senado marcada para dia 13 de dezembro, sobre PEC 55, também conhecida como PEC da morte.
Calafrios percorreram Palácio do Planalto e redações da grande mídia ao se darem conta de que, com afastamento de Renan, quem assumiria seria um senador do PT, Jorge Viana (AC).
Ou seja, poderia colocar em risco a certeza da vitória de seu saco de bondades para rentistas detentores de títulos da dívida pública.
Com a decisão do STF tudo seguirá como planejado pelo golpismo.
O governo poderá entregar ao “mercado” de especuladores seu primeiro trunfo: a morte do SUS, da educação e de outras políticas públicas para deleite de donos do capital vadio viciado em dinheiro público.
Vício que hoje já consome cerca de R$500 bilhões por ano do orçamento público, aproximadamente 5 vezes mais que orçamento do SUS federal.
Mas o corte tem que ser em políticas públicas essenciais para população e preservação da despesa inútil de juros?
STF demonstrou concordar com caminho dada a precisa sincronia de sua decisão e necessidade do governo.
E pensar que muitos criticaram Lula quando este se referiu ao Supremo como acovardado? Talvez não fosse covardia, mas simples vilania?
Carmen Lúcia exigiu respeito aos juízes depois que Renan se referiu a um juiz de primeira instância como “juizeco”. Parece que a ministra não se deu conta que respeito se conquista, e o STF definitivamente jogou o pouco respeito que ainda tinha junto ao povo brasileiro pela janela.
Também foi a Ministra Carmen Lúcia que protagonizou frase festejada por setores da sociedade Brasileia em 2015. Disse ela:
Na história recente de nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós brasileiros, acreditou no mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com ação penal 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece que se constatar que o escárnio venceu o cinismo.
Uma frase não poderia ser mais precisa para o momento atual. Sim, ministra, o escárnio venceu o cinismo nestas últimas horas, “como nunca antes na história desse país”.
Apesar das frases de efeito, a ministra Carmen Lúcia mostrou seu real e diminuto tamanho, assim como do STF que preside. Não basta fraseologia. A república precisa de atitude. Não se curvar diante do poder da corrupção nem de interesses espúrios.
Dilma Rousseff não se curvou. Enfrentou e não cedeu. Foi golpeada.
Carmen Lúcia com sua fraseologia vergou e sucumbiu e ficou. Pagar o preço da permanência é o sinal da morte moral.
Mil Carmens Lúcia não dão uma Dilma Rousseff.
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PS do Viomundo: A presidenta Dilma Rousseff foi eleita uma das 10 mulheres de 2016 pelo pelo jornal Financial Times, por sua capacidade de resiliência em meio ao processo de impeachment.

Numa longa entrevista conduzida pelo jornalista Joe Leahy, chefe da sucurasal brasileira do FT, Dilma fala sobre o golpe que a tirou da Presidência, sobre crise econômica, seu passado militante e seus passeios matinais de bicicleta.
Dilma afirma: “Por que não poderia ceder à tentação de amarrar-me a uma das colunas do Palácio? Porque nesta fase, a melhor arma é a crítica, a conversa, o diálogo, o debate.”
Dilma aparece ao lado de figuras como Hillary Clinton, primeira mulher candidata à presidência dos EUA, e a cantora e ativista Beyonce.
Simone Biles, ginasta norte-americana
Jean Liu, presidente da Didi Chuxing, maior empresa de transportes da Cinha
Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil
Mary Berry, apresentadora da BBC
Maria Grazia Chiuri, primeira mulher a dirigir a Dior
Njideka Akunyili Crosby, artista plastica nigeriana
Margrethe Vestager, líder do partido Social-liberal da Dinamarca
Phoebe Waller-Bridge & Vicky Jones, autoras da série Fleabag
Hillary Clinton – primeira mulher candidata à Presidência dos EUA
Beyonce – cantora, ativista e ícone
*Viomundo - Fonte desta postagem