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Petistas apoiarão partidos da base do governo federal nas outras capitais; Lula entrará na campanha em áreas polarizadas
Por Igor Carvalho*
A politica de respeito às alianças partidárias que compõem a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser mantida nas eleições municipais em 2024. Para evitar o confronto com aliados e acomodar os interesses de todas as legendas, os petistas já admitem que devem ter candidaturas próprias disputando as prefeituras de apenas 13 capitais do país.
Os petistas escolhidos para disputar as capitais já estão praticamente definidos. Impasse, apenas em Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB). O diretório do PT do Ceará deverá escolher seu candidato entre seis nomes que brigam para representar o partido nas urnas. Entre os postulantes, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que já governou a cidade e que neste momento aparece à frente dos demais concorrentes.
Já em João Pessoa, a disputa está mais fechada. Os deputados estaduais Luciano Cartaxo e Cida Ramos disputam uma guerra interna pela vaga de candidato do partido à prefeitura. O primeiro já governou o município em duas oportunidades.
A corrida de candidatos pela presença de Lula em suas campanhas deve se repetir em 2024. Porém, o presidente da República priorizará capitais onde houver polarização evidente com candidaturas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Este será o cenário de algumas cidades. Entre elas, Goiânia (GO), onde a deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO) enfrentará o seu colega de parlamento Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), duas das principais forças do bolsonarismo no Congresso Nacional. Os três aparecem próximos nas pesquisas recentes.
Em Porto Alegre (RS), o atual prefeito Sebastião Melo (MDB), terá em sua chapa o atual vice-prefeito, Ricardo Gomes (PL), e terá o apoio de Bolsonaro na busca pela reeleição. Na outra ponta, os petistas apostam na deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que deve receber Lula em seu palanque. O emedebista e a petista lideram as principais pesquisas divulgadas até o momento.
A deputada federal Camila Jara (PT-MS), filha de assentados do MST, enfrentará a sanha do agronegócio, bem representada por André Puccinelli (MDB), ex-governador sul-mato-grossense, na disputa pela prefeitura de Campo Grande (MS). A petista precisará do apoio de Lula para alavancar a sua candidatura, que nas primeiras pesquisas aparece entre as preferidas do eleitor.
Além de Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Porto Alegre e Campo Grande, o PT lançará candidato próprio em Belo Horizonte (MG), com a chapa encabeçada pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG); em Vitória (ES), com o deputado estadual João Coser (PT) à frente da candidatura; em Florianópolis (SC), o escolhido foi o ex-vereador Vanderlei Lela (PT); em Cuiabá (MT), os petistas serão representados pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT).
No nordeste, região onde Lula conseguiu a maior parte de seus votos em 2022, a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) disputará a prefeitura de Natal (RN); em Aracajú (SE), Candisse Carvalho, que é ex-repórter da TV Globo, será a candidata petista; o deputado federal Fábio Novo (PT) encabeçará a chapa do PT na disputa pelo governo de Teresina (PI).
A Prefeitura de Rio Branco (AC) será a única capital do Norte que o PT disputará. O nome escolhido pelo partido é o ex-prefeito Marcus Alexandre, que está no MDB, mas era filiado ao PT até agosto de 2023. Há uma negociação para que ele retorne às fileiras petistas para disputar a eleição.
Não-petistas
Em outras 13 capitais, o PT abrirá mão de liderar as chapas que disputarão as prefeituras e apoiará candidatos de partidos que integram a base do governo federal. Isso acontecerá em São Paulo, onde os petistas não terão uma candidatura própria pela primeira vez desde a redemocratização do país.
Na capital paulista, o PT indicou a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) para ser vice, na candidatura que será liderada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Em São Paulo (SP), psolistas e petistas enfrentarão o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Há um conjunto de candidaturas apoiadas pelo PT de prefeitos que buscarão a reeleição com potencial de vitória e que são próximos do partido. É o caso do Rio de Janeiro (RJ), onde os petistas estarão no palanque do atual prefeito, Eduardo Paes (PSD).
Os prefeitos Geraldo Júnior (MDB), de Salvador (BA); João Campos (PSB), de Recife (PE); Eduardo Braide (PSB), de São Luis (MA); Edmílson Rodrigues (PSOL), de Belém (PA); estão no bloco de prefeitos que tentarão a reeleição e terão o apoio do PT em suas cidades.
*Edição: Matheus Alves de Almeida - Via BrasildeFato
CESSAR-FOGO IMEDIATO! BASTA DE MASSACRE!
Exmo. Sr. Presidente da República Luiz Inacio Lula da Silva
Exmo. Sr. Ministro das Relações Exteriores Mauro Luiz Iecker Vieira
Exmo. Sr. Ministro da Defesa José Mucio Monteiro Filho
Exmo. Sr. Ministro da Cidadania e Direitos Humanos Sílvio Luiz de Almeida
Exmo. Sr. Assessor-Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República Celso Luiz Nunes Amorim
Nós, que militamos na luta pelos direitos humanos, assistimos horrorizados desde o final de 2023, ano em que celebramos os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU (DUDH), sendo o Brasil um dos primeiros signatários, a um genocídio perpetrado pelo estado de Israel contra o povo palestino.
Perseguidos desde a criação de Israel em 1948, estado que ignora sistematicamente todas as resoluções da ONU, inclusive as fronteiras demarcadas, os palestinos têm os direitos consagrados na DUDH (direito a terra, direito a uma pátria, a liberdade, a vida, etc.) violados desde então, hoje sofrem o seu maior drama.
Quase 5 meses de ataques israelenses à Faixa de Gaza resultaram em mais de 30 mil palestinos assassinados, destes, cerca de 21 mil mulheres e crianças, aproximadamente 7 mil desaparecidos, 71 mil feridos, 17 mil crianças órfãs, 300 mil com pouca água potável e comida, 27 hospitais bombardeados. Assistimos a uma limpeza étnica.
Nós, que lutamos contra as violências praticadas contra a população brasileira, especialmente a população negra e pobre, e indígenas, nos solidarizamos com a luta do povo palestino e, nos juntamos aos milhões em todo o mundo que exigem dos seus governos um basta a esse massacre.
Presidente Lula, diante dos fatos terríveis, consideramos acertada a decisão de apoiar a África do Sul na Corte Internacional de Justiça de Haia contra o genocídio praticado por Israel, assim como, frente às declarações e provocações do governo de Israel, consideramos correto chamar de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv.
Agora é preciso avançar. É necessário romper as relações diplomáticas, cancelar todos os acordos comerciais com Israel, especialmente na área militar e de segurança, que envolve a compra de armas, equipamentos e treinamento para as policias militares e guardas municipais.
Nós estaremos ao seu lado, senhor Presidente!
Queremos com esse manifesto dar nossa contribuição a mobilização dos trabalhadores e dos povos que em todo mundo saem em defesa do povo palestino. Exigimos imediatamente:
Brasil, 29 de fevereiro de 2024.
Luis Gonzaga da Silva (Gegê) – CMP – Membro da Coord. da CMP Central de Movimentos Populares
Osvaldo Schiavinato – Coord. Setorial Municipal de Direitos Humanos – PT-SP
Adriano Diogo – Ex-deputado estadual PT-SP
Bete Mendes – atriz, Movimento direitos Humanos – MHD-RJ
Cristina Pereira – atriz, Movimento direitos Humanos – MHD-RJ
João Xavier Fernandes – Pres. Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo
Xênia Star – Executiva de Direitos Humanos e Cidadania do PV Municipal e Estadual de SP
Erli Aparecido Camargo – Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH-SC
Charles Gentil – Pres. do DZ Centro – PT SP
Gilberto Miranda – ator, Movimento direitos Humanos – MHD-RJ
Dr Rosinha – Ex-deputado federal e ex-presidente do PT-PR
Deilza Gomes Beserra – Membra do Setorial de Direitos Humanos do PT-SP e da executiva do DZ Penha
Maria Filomena Freitas Silva (Filó) – Coord. Do Setorial Municipal de Educação – PT-SP e membra da Executiva do DZ Santana
Filippe Burlamaqui Bastos – Membro do DM do PT de Ananindeua-PA
Maurílio Araújo – Vice-presidente do DZ Centro – PT SP
Andréia Teixeira Batista – Secretária Municipal de Combate ao Racismo – PT SP
Sebastião Mario Bitencourt Felipe – Pres. do DZ Santo Amaro – PT-SP
Claudi Braga dos Santos – Pres. do DZ Ermelino Matarazzo – PT-SP
Ricardo Rezende Figueira – Movimento Humanos Direitos – RJ
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Júlio César Schmitt Garcia - Advogado, midioativista, fundador do PT e da CUT, ex-Presidente do PT de Santiago/RS
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Pesquisadora afirma que a origem da data foi propositalmente dissociada da luta das trabalhadoras da União Soviética
Russas soviéticas contribuíram para estabelecer o 8 de março como o Dia Internacional das Mulheres - (Arte: Wilcker Morais)Por Lu Sodré, no Brasil de Fato*
Todos os anos, divulga-se a história de que o Dia Internacional da Mulher surgiu em homenagem a 129 operárias estadunidenses de uma fábrica têxtil que morreram carbonizadas, vítimas de um incêndio intencional no dia 8 de março de 1957, em Nova York. Segundo a versão que circula no senso comum, o crime teria ocorrido em retaliação a uma série de greves e levantes das trabalhadoras.
Embora essa seja a narrativa mais conhecida, quando se fala sobre a origem da data comemorativa, ela não é verdadeira.
O primeiro registro remete a 1910. Durante a II Conferência Internacional das Mulheres em Copenhague, na Dinamarca, Clara Zetkin, feminista marxista alemã, propôs que as trabalhadoras de todos os países organizassem um dia especial das mulheres, cujo primeiro objetivo seria promover o direito ao voto feminino. A reivindicação também inflamava feministas de outros países, como Estados Unidos e Reino Unido.
No ano seguinte, em 25 de março, ocorreu um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, que matou 146 trabalhadores -- incluindo 125 mulheres, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, entre 13 e 23 anos. A tragédia fez com que a luta das mulheres operárias estadunidenses, coordenada pelo histórico sindicato International Ladies' Garment Workers' Union (em português, União Internacional de Mulheres da Indústria Têxtil), crescesse ainda mais, em defesa de condições dignas de trabalho.
As russas soviéticas também tiveram um papel central no estabelecimento do 8 de março como data comemorativa e de lutas. Por “Pão e paz”, no dia 8 de março de 1917, no calendário ocidental, e 23 de fevereiro no calendário russo, mulheres tecelãs e mulheres familiares de soldados do exército tomaram as ruas de Petrogrado (hoje São Petersburgo). De fábrica em fábrica, elas convocaram o operariado russo contra a monarquia e pelo fim da participação da Rússia na I Guerra Mundial.
:: A Revolução das Trabalhadoras ::
A revolta se estendeu por vários dias, assumindo gradativamente um caráter de greve geral e de luta política. Ao final, eliminou-se a autocracia russa e possibilitou-se a chegada dos bolcheviques ao poder.
A atuação de mulheres russas revolucionárias como Aleksandra Kollontai, Nadiéjda Krúpskaia, Inessa Armand, Anna Kalmánovitch, Maria Pokróvskaia, Olga Chapír e Elena Kuvchínskaia, é considerada imprescindível para o início da revolução.
“A história real do 8 de março é totalmente marcada pela história da luta socialista das mulheres, que não desvincula a batalha pelos direitos mais elementares -- que, naquele momento, era o voto feminino -- da batalha contra o patriarcado e o sistema capitalista”, ressalta a historiadora Diana Assunção, integrante do coletivo feminista Pão e Rosas.
Por
"Pão e paz", mulheres deram início à Revolução Russa (Foto:
Reprodução)
A pesquisadora explica que houve uma articulação histórica para esvaziar o conteúdo político do 8 de março, transformá-lo em “uma data simbólica inofensiva” e em um nicho de mercado, apagando sua origem operária.
“No dia da mulher, compram-se flores e presentes para as mulheres. Tentam esconder o conteúdo subversivo do significado desse dia, que é questionar o patriarcado. Tentam esconder que a luta das mulheres sempre esteve vinculada à luta socialista, perigosa para o status quo”, acrescenta Assunção.
Em 1921, na Conferência Internacional das Mulheres Comunistas, o dia 8 de março foi aceito como dia oficial de lutas, em referência aos acontecimentos de 1917. A data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975.
Retornar às origens
A cada 8 de março, as mulheres trazem à tona questionamentos sobre a hipocrisia em torno das homenagens que recebem apenas nessa data. Em todos os dias do ano, o gênero feminino é o principal alvo da violência e da desigualdade.
Em resposta, trabalhadoras em todo o mundo se organizam cada vez mais pela defesa de seus direitos. Em 2017 e 2018, elas organizaram uma greve internacional com adesão de 40 países, com o lema “Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós”. Assunção comemora o “resgate de um método de luta da classe operária de enfrentamento aos patrões e aos capitalistas”.
"O que estamos vendo é justamente que a revolta e a luta de classes têm rosto de mulher a nível internacional, com a luta a que estamos assistindo nos últimos anos, com essa verdadeira primavera feminista no mundo inteiro, com enormes marchas. Mas, agora, com uma cara cada vez mais operária", ressalta. "As mulheres são metade da classe operária, e as mulheres negras estão mostrando que são linha de frente em vários processos de luta".
A historiadora avalia que é importante resgatar a verdadeira origem do Dia Internacional da Mulher, pois, segundo ela, foram as proletárias que avançaram efetivamente em medidas concretas para atacar os pilares que sustentam a opressão às mulheres. “Mais do que nunca, precisamos da organização dos trabalhadores com as mulheres à frente, mostrando que são vanguarda, inclusive da classe operária. Enfim, sacudindo os movimentos, os sindicatos, com toda força expressada internacionalmente”, enfatiza. (...)
*Essa matéria faz parte do especial Março das Mulheres, produzido pelo Brasil de Fato.
Edição: Mauro Ramos
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Mobilizações estão confirmadas em cidades de todas as regiões do país
Delegação da Marcha Mundial das Mulheres na Marcha das Margaridas 2023 - Natália Blanco
BrasildeFato* - Mulheres de todo o Brasil vão às ruas neste 8 de março, sexta-feira, em atos que marcam o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Mobilizações estão confirmadas em cidades de todas as regiões do país, não apenas nas capitais.
Em algumas cidades as manifestantes vão se reunir em pontos tradicionais de mobilização política. É o caso da Esquina Democrática, em Porto Alegre (RS); da Candelária, no Rio de Janeiro (RJ); e do MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Confira abaixo uma lista de manifestações, sistematizada pela Central de Mídia Brasil Popular e pela frente Povo Sem Medo. As entidades incentivam as participantes a se deslocarem até o local das manifestações a pé ou usando o transporte público, sempre que for possível.
*CLIQUE AQUI para ver os locais dos atos #8M. A lista poderá ser atualizada à medida que novos atos forem confirmados.
**Em Santiago/RS o Ato será na Praça Moisés Viana (Esquina Democrática), às 14h.