31 outubro 2024

Isolados, apenas EUA e Israel aprovam bloqueio contra Cuba

Com 187 votos a favor, resolução contra o bloqueio reforça a posição contrária da comunidade internacional à medida

Essa votação foi uma das mais significativas em repúdio ao embargo, evidenciando o isolamento dos EUA no tema. Foto: ONU

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou hoje (30), por ampla maioria, uma nova resolução que condena o bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba. As restrições duram mais de seis décadas. Com 187 votos a favor, a resolução reforça a posição contrária da comunidade internacional à medida. Apenas Estados Unidos e Israel votaram contra o documento, enquanto a Moldávia se absteve. O embargo sufoca o povo cubano, dificultando e impedindo o comércio global com a ilha. 

Essa votação foi uma das mais significativas em repúdio ao embargo, evidenciando o isolamento dos EUA no tema. Países tradicionalmente aliados de Washington, como as nações europeias, Japão e Austrália, também apoiaram a resolução. O Brasil, que, durante o governo de Jair Bolsonaro, havia se posicionado ao lado dos Estados Unidos, retomou, sob o governo Lula, o apoio ao fim do embargo.

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, reforçou a posição do Brasil, apelando para que o governo norte-americano retire as sanções. “O Brasil sustenta firmemente que as únicas sanções legítimas no âmbito do direito internacional são aquelas adotadas pelo Conselho de Segurança, nos termos do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas”, afirmou Vieira durante o debate na ONU. “A persistência da medida afeta diretamente o exercício dos direitos humanos do povo cubano, limitando o acesso a bens essenciais, como medicamentos e tecnologias indispensáveis ao desenvolvimento.” (...)

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