21 outubro 2020

PT propõe convocação de ministro da Saúde para explicar veto de Bolsonaro a vacina contra Covid-19

 

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) protocolou hoje (21), com o apoio de toda a Bancada do PT na Câmara, requerimento em que solicita a convocação do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, para que explique a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Pasta a fim de impedir a compra da vacina chinesa Coronavac, ainda em testes, para imunizar a população contra a Covid-19. O objetivo é levar o ministro à Comissão Externa da Câmara destinada a acompanhar as ações preventivas ao coronavírus.

Por motivações ideológicas, Bolsonaro desautorizou Pazuello na terça-feira (20) a efetuar a compra da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. O ministro havia informado em reunião com vários governadores e outras autoridades que o Brasil iria adquirir 46 milhões de doses para disponibilizar à população, assim que a Anvisa autorizasse a vacina.

Desprezo à saúde pública

“Ocorre que mais uma vez o presidente Bolsonaro interfere em assuntos técnicos das áreas fins e desautoriza o ministro da Saúde por motivações ideológicas e diz que o Brasil não vai adquirir a coronavac pela sua origem chinesa”, afirma o requerimento da Bancada do PT. “Ao agir desta maneira, além de adentrar em decisões que deveriam ser meramente técnicas, o presidente ameaça a proteção da saúde de nossa população”.

Desde que o vírus foi detectado, no final de 2019, vários estudos em todo o mundo estiveram focados na descoberta de uma vacina que possa imunizar a população mundial contra o vírus. Em alguns casos a vacina já se encontra na terceira e última fase de testes para serem liberadas para aplicação em humanos, a exemplo da Coronavac.

Politicagem internacional de Bolsonaro

“O povo não pode ter negado seu direito à saúde por conta das esdrúxulas politicagens internacionais do presidente”, diz Rogério Correia. O parlamentar mineiro já requereu na Câmara a abertura da CPI da Cloroquina para investigar a superprodução do medicamento a mando do próprio governo, e o uso indiscriminado na população do medicamento- sem nenhuma eficácia no combate à Covid e com sérios efeitos colaterais.

Rogério Correia também denunciou Bolsonaro à Procuradoria-Geral da República (PGR) por iludir o povo com a cloroquina, e na terça-feira anexou à denúncia a propaganda indiscriminada do vermífugo Annita feita pelo presidente, que se especializou em praticar charlatanismo.

Presidente charlatão

“É muito importante que os deputados assinem o requerimento para abertura da CPI da Cloroquina, pois isso poderá frear os atos de charlatanismo de Bolsonaro, que age como garoto propaganda de medicamentos que não têm nenhuma comprovação científica, colocando em risco a vida das pessoas”, comenta o parlamentar. “Enquanto isso, por mero capricho e para agradar Donald Trump, Bolsonaro impede que o povo tenha acesso às vacinas validadas pelos especialistas”, complementa.

*Via https://ptnacamara.org.br/

19 outubro 2020

Vitória arrasadora do MAS evitou massacre e avanço ditatorial na Bolívia



Por Jeferson Miola*

À medida que as pesquisas apontavam a possibilidade de vitória de Luis Arce [MAS – Movimiento Al Socialismo] já no 1º turno da eleição presidencial de domingo [18/10], cresciam as especulações sobre possível virada de mesa pela oligarquia boliviana.

O bloco fascista que tomou o poder com o golpe engendrado em Washington e executado diretamente pelo Secretário-Geral da OEA Luis Almagro em novembro de 2019, estava determinado a não aceitar o resultado desfavorável no pleito.

Estavam preparados para promover uma tremenda fraude no processo de apuração, que é controlado pelos funcionários da justiça eleitoral nomeados pela usurpadora Jeanine Áñez.

Também estavam dispostos a realizar uma brutal ofensiva militar contra o próprio povo boliviano – realidade que desataria novos massacres e levaria ao aprofundamento da ditadura fascista na Bolívia.

Entretanto, a oligarquia não conseguiu executar o plano de fraude e, tampouco, avançar com nova ruptura da Constituição. O desempenho arrasador do MAS na eleição foi o fator chave para a interrupção do plano oligárquico apoiado pelos governos Bolsonaro e Trump.

De acordo com pesquisas boca de urna, Luis Arce terá cerca de 53% dos votos; ao passo que o 2º colocado, o direitista Carlos Mesa, fará ao redor de 31% – ou seja, uma diferença pró-Arce que deverá ultrapassar 1,4 milhões de votos.

A vitória acachapante moldou o posicionamento dos observadores europeus. Ainda na noite de domingo, ante a demora na liberação das pesquisas e no início da apuração, a posição deles exigindo a publicidade dos dados inibiu os propósitos golpistas arquitetados por Washington.

Carlos Mesa, o 2º colocado que em 2019 participou do golpe, reconheceu que “o resultado é muito contundente e muito claro”.

Luis Almagro, o títere dos EUA [e, especula-se, agente da CIA] que produziu o informe falso elaborado para a perpetração do golpe de 2019, declarou “reconhecimento ao povo boliviano”. Almagro, aliás, perdeu totalmente a condição de continuar no cargo de secretário-geral da OEA; ele tem as mãos manchadas com o sangue dos massacres do regime golpista contra o povo indígena nos últimos 11 meses.

A vitória do MAS é a vitória dos povos originários; é a vitória da resistência democrática e popular à ofensiva fascista; é a vitória da soberania da Bolívia ante as interferências dos capitais multinacionais e ante a agressão estadunidense através de seus vassalos regionais – como o governo do Brasil, cuja embaixada em La Paz teve participação ativa em toda dinâmica golpista.

A vitória do MAS ensina, além disso, que para deter e derrotar o fascismo é imprescindível uma potente e radicalizada mobilização do povo unido e em movimento. 

*Via https://www.brasil247.com/

*JÚLIO GARCIA VEREADOR 13323 em Santiago/RS - Síntese biográfica e propostas de trabalho

 


Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, inscrito na OAB/RS sob o nº 91.182. É Pós-graduado em Direito do Estado pelo UniRitter. Integrou a Casa Civil do Governo do PT e da Frente Popular do RS (Governo Olívio Dutra, 1999 a 2002) e o Governo Lula (2003 a 2008). De 2011 a 2012 integrou o Governo da Frente Popular do RS (Governo Tarso Genro), também na Casa Civil. No final da década de 70, participou da Resistência à Ditadura Militar, atuando no Movimento Estudantil e Sindical. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores – PT (1980) e da Central Única dos Trabalhadores, a CUT (1983). Foi membro das Direções Municipal e Estadual do PT/RS por vários anos. Na Prefeitura de Canoas/RS, governo do BOM (PT e aliados), integrou a PGM - Procuradoria Geral do Município e o Gabinete do Prefeito, na Assessoria Jurídica Especial (2014 a 2016). Foi o primeiro candidato a vereador pelo PT de Santiago (1982). Concorreu a Deputado Federal (1990) e a Deputado Estadual (2014).
Júlio Garcia, além de Advogado, é também consultor, articulista, ambientalista e midioativista. Foi um dos fundadores e membro da direção da USPAN – União Santiaguense de Proteção ao Ambiente Natural (1989). Foi sócio fundador e Diretor do Jornal Tribuna de Santiago (1991/1994) e sócio proprietário da Livraria Pasárgada. Autor do livro Cara e Coragem - Poemas (1995). Trabalhou também como Assessor Parlamentar na Câmara dos Deputados nos mandatos do então Deputado Federal Valdeci Oliveira (1997/1998) e do Deputado Federal Marco Maia (2017/2018), ambos do PT/RS. Atualmente, edita o Portal O Boqueirão Online e o Blog do Júlio Garcia. Integra a Comissão Executiva do Partido dos Trabalhadores de Santiago/RS como Secretário de Comunicação.
Propostas:
Uma vez eleito vereador, buscarei exercer um mandato propositivo, crítico, articulado e combativo que fiscalize o Executivo e, ao mesmo tempo, contribua para a conscientização, informação e politização da maioria do nosso povo – que é constantemente alvo da desinformação, das inverdades (fake news) e das manipulações produzidas pela mídia conservadora, reacionária e golpista (em particular neste momento sombrio que vivemos no Brasil, onde a Constituição da República é constantemente violentada e as liberdades, a Democracia e o Estado de Direito correm sérios riscos). #Resistir é preciso!
Meu compromisso primeiro é com os trabalhadores e com as trabalhadoras (da cidade e do campo) na luta por seus direitos; com a juventude, assim como com os setores populares sempre excluídos e marginalizados pelas ‘elites dominantes’ que querem perpetuarem-se no poder. Estarei junto com o povo nas lutas pela conquista de suas demandas mais relevantes – especialmente dos bairros e periferias -, tais como por trabalho, moradia, educação, saúde, cultura, lazer ... assim como não medirei esforços na defesa do Meio Ambiente e da Proteção aos Animais, dentre outras questões relevantes para a nossa comunidade. #Alutasegue!!!

16 outubro 2020

Pesquisas mostram potencial da esquerda em capitais e cidades importantes do país

Nomes como Manuela D’Ávila (PCdoB), Elói Pietá (PT) e Edmilson Rodrigues (Psol) lideram. Pesquisas apontam que potencial progressista resiste


Manuela D'Ávila, Edmilson Rodrigues e Elói Pietá à frente das pesquisas eleitorais


São Paulo – Por Eduardo Maretti, da RBA A um mês das eleições municipais, em 15 de novembro, candidaturas do campo da centro-esquerda em capitais ou cidades importantes do país demonstram fôlego nas pesquisas para chegar à reta final e ir ao segundo turno. Maior cidade brasileira, São Paulo assiste ao avanço de Guilherme Boulos (Psol) e Jilmar Tatto (PT), segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (15). Em relação ao levantamento anterior, de 2 de outubro, Boulos oscilou de 8% para 10%, enquanto o petista foi de 1% para 4%.

Apoiado por setores importantes do próprio PT, como o cientista político André Singer e a filósofa Marilena Chaui, além de personalidades da cultura, como Chico Buarque e Caetano Veloso, o ex-candidato à presidência da República do Psol tem como vice em sua chapa a ex-prefeita Luiza Erundina.

No mesmo campo, Jilmar Tatto (PT) tem a seu favor uma potencial possibilidade de crescimento entre o eleitorado cativo do partido. Segundo pesquisa Ibope/Estadão/ TV Globo do início de outubro, o PT é o partido que tem mais simpatizantes na capital (23%).

Embora a situação do campo progressista seja difícil em São Paulo, eventual conjunção de forças em torno de Boulos e Tatto, aliada ao esperado “derretimento” de Celso Russomanno (Republicanos), pode produzir uma surpresa na capital, levando a centro-esquerda a um segundo turno com o prefeito Bruno Covas (PSDB). Segundo o Ibope, o candidato do Republicanos foi de 26% para 25% em uma semana. Covas foi de 21% para 22% e Marcio França (PSB) está estacionado em 7%.

Tradição de Russomanno: derreter

Em 2016, no início da campanha, Russomanno liderava as pesquisas com cerca de 30% e venceria o segundo turno em todos os cenários. Porém, o candidato só chegou em terceiro lugar na eleição, vencida por João Doria no primeiro turno, seguido pelo então prefeito Fernando Haddad. Antes, em 2012, largou na frente nas pesquisas e ficou atrás de Haddad e José Serra na reta final.

No final de setembro de 2020, o cientista político Oswaldo Amaral, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), previa que Russomanno “tende a desidratar bastante”. Na ocasião, pesquisa Datafolha mostrava que o apoio do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do presidente da República, Jair Bolsonaro, mais atrapalha de que ajuda em São Paulo.

Os dados mostravam que 64% dos eleitores da capital afirmavam que não votariam em um candidato de Bolsonaro em hipótese nenhuma, enquanto 59% deram a mesma resposta em relação a Doria. Na capital paulista, o presidente apoia Russomanno. E o governador apoia Covas, embora o prefeito esteja se escondendo desse apoio. De acordo com o levantamento do Ibope desta quinta, Russomano viu sua taxa de rejeição subir de 27% para 30%.

Guarulhos

Em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, segunda cidade mais populosa do estado, com 1,4 milhão de habitantes, pesquisa do RealTime Big Data, encomendada pela TV Record, aponta Elói Pietá (PT), ex-prefeito da cidade (2001-2008), com 28% das intenções de voto. O atual prefeito Gustavo Henric Costa, conhecido como Guti (PSD), vem atrás, com 25%. Os outros candidatos, Fran Correa (PSDB), com 5%, e Adriana Afonso (PL), com 3%, estão virtualmente fora do páreo.

Fortaleza

Na capital do Ceará, as pesquisas apontam uma boa condição para a candidata de esquerda Luizianne Lins (PT). Ela tem 23% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Ibope divulgada pela TV Verdes Mares na quarta-feira (14). E segue de perto a candidatura de Capitão Wagner (Pros), que tem 28%. Além de encostar no líder, a petista conta com trunfos consideráveis. A pesquisa revela que 33% dos eleitores afirmam que aumentaria muito a chance de votar em um candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No caso do governador Camilo Santana, 20% fazem a mesma avaliação sobre um nome avalizado por ele. Ainda segundo o Ibope, a diferença entre Luizianne e Wagner diminui ainda mais quando é consultado apenas o eleitorado feminino: o candidato do Pros conta com o apoio de 25% das mulheres, contra 24% da ex-prefeita de Fortaleza.

Também do Ibope, levantamento encomendado pela TV Gazeta, divulgado na terça-feira (13), indica chance de o candidato progressista ser eleito o próximo prefeito de Vitória (ES). João Coser (PT) tem 22%, mesmo percentual do deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania).

Prefeito de Vitória entre 2005 e 2013, advogado, Coser é considerado um candidato sintonizado com o futuro e comunicativo, o que pode lhe dar fôlego e superar o adversário do Cidadania na linha de chegada.

Esquerda em Porto Alegre e Belém

Cidade mais importante da Região Sul do país, Porto Alegre também tem uma candidata da centro-esquerda como líder na corrida eleitoral, segundo pesquisas recentes. A do Ibope, de 5 de outubro pela RBS, traz Manuela  D’Ávila (PCdoB) na dianteira, com 24% das intenções de voto. Ela está 10 pontos percentuais à frente de José Fortunati (PTB). Sebastião Melo (MDB) tinha 11%, e Nelson Marchezan Júnior (PSDB), 9%.

Na capital do Rio Grande do Sul, a candidata tem como vice o ex-ministro Miguel Rossetto (PT). A disparada de Manuela provocou uma série de fake newscontra a candidata. Segundo uma delas, a comunista havia caído do primeiro para o quinto lugar.

Na região Norte, a disputa eleitoral em Belém é liderada com folga por Edmilson Rodrigues (Psol), que aparece com 39% em pesquisa Ibope divulgada no início do mês, muito à frente de José Priante (MDB), que tem apenas 10%. Na capital do Pará, as pesquisas mostram o efeito da unidade política da esquerda. Rodrigues tem como vice o deputado estadual Edilson Moura (PT).

14 outubro 2020

PT DE SANTIAGO/RS INDICARÁ O VOTO EM PAULO ROSADO, DO PDT, PARA O EXECUTIVO MUNICIPAL


PARTIDO DOS TRABALHADORES DE SANTIAGO/RS (PT) DECIDIU INDICAR O VOTO NO CANDIDATO DO PDT PARA A PREFEITURA

O Partido dos Trabalhadores - PT de Santiago/RS reuniu seu Diretório Municipal (DM) na noite desta terça-feira, 13/10, de forma virtual, com o objetivo de discutir a conjuntura política, o andamento da campanha para o Legislativo (o partido concorre com 10 candidatos à vereança nestas eleições), bem como para avaliar e decidir sua posição em relação às eleições ao Executivo Municipal (uma vez que o PT local optou por não lançar candidatura majoritária neste pleito).

Ao final dos debates, por maioria dos seus membros, os integrantes do Diretório Municipal do PT aprovaram a proposta que determina que o PT local indicará para prefeito o voto no candidato do PDT, advogado Paulo Rosado (Santiago Para Todos!), uma vez que os demais candidatos dos partidos que este ano disputam as eleições majoritárias em Santiago (do PP e do PL/PSDB) representam o campo conservador (e golpista), além de estarem alinhados com os governos estadual (governador Leite/PSDB) e federal (Bolsonaro, atualmente sem partido), ambos lesa pátria e que se posicionam, via de regra, contra a Democracia, os trabalhadores, a juventude e a maioria do nosso povo.

           Secretaria de Comunicação do PT de Santiago/RS

09 outubro 2020

‘Boi Bombeiro’ é só mais uma das burrices do gado bolsonarista

 

Por Fernando Brito*

A defesa feita hoje pela Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, de que é a “queda” no tamanho dos rebanhos bovinos na região do Pantanal uma das responsáveis pelo recorde de incêndios naquele bioma, pois bois e vacas estariam deixando de “podar” o capim e, assim, facilitando a ignição da palha seca é mais uma das bobagens criadas pelo bolsonarismo, sem qualquer base científica, para procurar justificar a predação ambiental em nome da atividade econômica.

Não existe em lugar algum no mundo, salvo na cabeça de um técnico da Embrapa, que resolveu criar esta tese pró-ruralistas, nada que sustente esta visão. Até os materiais do Ministério da Agricultura que tratam de recuperação de matas e pastagens nativas apontam como um dos principais custos dos programas de restauração de vegetação a instalação de cercas para evitar a entrada de gado em áreas que estão sendo ou que se pretende recompor, porque eles destroem as mudas pequenas.

Ao contrário, a formação de pastagens já abrange mais da metade das áreas de cerrados e para implantá-las uma das técnicas é a de atear fogo à cobertura nativa, uma prática perigosa, que exige cuidados e autorizações oficiais e, ainda assim, é inadmissível na estação seca que a região atravessa. Mas, exatamente por ser mais fácil, queima-se no período seco e quente para abrir áreas a pastos formados.

Também não é verdade que a ausência dos “bois bombeiros” pudesse se dever a questões ambientais. Primeiro, a queda no rebanho foi ínfima – 0,4% no Centro-Oeste, que soma mais de 52 milhões de cabeças. Para se compreender mais facilmente, significaria haver 99 bois onde havia 100 e, é claro, ele não fará diferença no volume de massa verde da região, a menos que o boi faltante seja o próprio “bombeiro”. Segundo, porque ela se deu pelo aumento do abate provocado pela elevação do preço e das exportações de carne.

Teresa Cristina apenas repetiu bovinamente o que o “boiadeiro” Ricardo Sales disse ao ser “entrevistado” pelo filho do presidente, em agosto, dizendo que o criador de gado que o solta para engorda – e não raramente sobre áreas de preservação – “está sendo perseguido”.

Falta pouco para que esta gente acabe provocando movimentos internacionais de boicote à carne brasileira.

*Via Tijolaço

05 outubro 2020

LIBERDADE E LUTA - Diretores assinam manifesto contra Bolsonaro no festival ‘É tudo verdade’

“É preciso cada vez mais buscar novas formas de produzir e registrar a nossa memória. Um país sem imagens de si mesmo é como alguém que não sabe o que é”, afirma grupo de 21 diretores no manifesto


Dirigido pelo estreante Diógenes Muniz, “Libelu – Abaixo a Ditadura” foi eleito como vencedor da Competição Brasileira de Longas ou Médias-Metragens e recebeu R$ 20.000 e troféu

Por Redação RBA*

São Paulo – Ao encerrar o festival de documentários ‘É Tudo Verdade’ na noite deste domingo (4), 21 diretores divulgaram um manifesto contra o presidente Jair Bolsonaro e a paralisação da produção cinematográfica provocada pela suspensão dos recursos públicos em seu governo. No texto, o grupo alerta para o crescimento do desemprego no setor de audiovisual e chama seus trabalhadores para uma mobilização permanente, que busque novas formas de produzir e registrar a memória.

“Manifestamos nosso total desacordo com os rumos da política cultural do país. O governo de extrema direita do Jair Bolsonaro age desde o início para atacar e silenciar os brasileiros que fazem da cultura e da arte como seus inimigos”, afirmam os diretores.

“A atividade audiovisual está paralisada desde março, com a suspensão de todos os recursos públicos para a produção de filmes e séries. Isso tem provocado uma taxa crescente de desemprego. São muitas as empresas que estão falindo, cineastas passando necessidade e a ameaça de paralisia total do setor. Isso sem falar da cinemateca brasileira, com seu acervo histórico que corre o risco de total destruição”, dizem ainda no manifesto contra Bolsonaro.

“Eles têm medo de nós. A situação é gravíssima. Por isso convidamos as realizadoras e realizadores do audiovisual a se voltarem, mais uma vez, para a realidade. E, acima de tudo, não se intimidarem. É preciso cada vez mais buscar novas formas de produzir  e registrar a nossa memória. E nunca parar e nem silenciar. Um país sem imagens de si mesmo é como alguém que não sabe o que é. É um país com alzheimer”.

Confira os nomes dos diretores que assinaram o manifesto: Aurélio de Michiles, Bernardo Vorobow, Bruno Moreschi, Carlos Adriano, Carol Benjamin, Clarice Saliby, Cláudio Moraes, Diógenes Muniz, Guga Millet, João Jardim, Jorge Bodanzky, Marcelo Machado, Mari Moraga, Mariana Lacerda, Paschoal Samora, Rafael Veríssimo, Roberto Berliner, Rubens Rewald, Silvio Tendler, Tali Yankelevich, Toni Venturi.

Filme vencedor

Com o encerramento do festival na noite deste domingo foi divulgado o filme vencedor desta 25ª edição. Dirigido pelo estreante Diógenes Muniz, “Libelu – Abaixo a Ditadura” foi eleito como vencedor da Competição Brasileira de Longas ou Médias-Metragens e recebeu R$ 20.000 e Troféu É Tudo Verdade.

O filme focaliza uma tendência estudantil universitária surgida em 1976 que, impulsionada por uma organização clandestina [O.S.I.], ganhou fama por ser o primeiro a retomar o mote “abaixo a ditadura”, enquanto o AI-5 ainda vigorava. Para o júri formado pelo escritor Ignácio de Loyola Brandão, pela cineasta e roteirista Cristiana Grumbach e pelo cineasta e curador Francisco Cesar Filho, o longa-metragem toca “em uma ferida nunca cicatrizada da esquerda brasileira“.

Confira a lista de filmes premiados e menções honrosas do festival.

*Rede Brasil Atual

04 outubro 2020

SANTIAGO/RS - ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020

 


*Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, inscrito na OAB/RS sob o nº 91.182, é Pós-graduado em Direito do Estado pelo UniRitter. Integrou a Casa Civil do Governo do PT e da Frente Popular do RS (Governo Olívio Dutra, 1999 a 2002) e o Governo Lula (2003 a 2008) trabalhando na CGTEE. De 2011 a 2012 integrou o Governo da Frente Popular do RS (Governo Tarso Genro), também na Casa Civil. 

Na Prefeitura de Canoas/RS, governo do BOM (PT e aliados), integrou a PGM - Procuradoria Geral do Município e o Gabinete do Prefeito Jairo Jorge, na Assessoria Jurídica Especial (2014 a 2016). Foi o primeiro candidato a vereador pelo PT de Santiago (1982). Concorreu a Deputado Federal (1990) e a Deputado Estadual (2014). 

Júlio Garcia é também consultor, articulista, ambientalista e midioativista. Foi Diretor do Jornal Tribuna de Santiago (1991/1994). Autor  do livro Cara e Coragem - Poemas (1995). Participou da Resistência à Ditadura Militar, atuando no Movimento Estudantil e Sindical. Foi um dos fundadores do PT (1980) e da CUT Nacional (1983), do PT de Porto Alegre (1980) e do PT de Santiago/RS (1981). Foi membro das Direções Municipal Estadual do PT/RS por vários anos. 

Trabalhou também como Assessor Parlamentar na Câmara dos Deputados nos mandatos do Deputado Federal Valdeci Oliveira (1997/1998) e do Deputado Federal Marco Maia (2017/2018), ambos do PT/RS. Atualmente integra a Comissão Executiva do Partido dos Trabalhadores de Santiago/RS como Secretário de Comunicação.

03 outubro 2020

SOBERANIA NACIONAL- Dilma Rousseff: "A privatização da Petrobras é uma traição ao Brasil e ao povo"

Ato contra plano do governo de venda de estatais contou também com a presença de Lula e líderes de movimentos sociais

Políticas de privatização do governo Bolsonaro evidenciam a subordinação ao liberalismo e aos interesses dos EUA, afirma Dilma Rousseff durante ato virtual em defesa da soberania nacional. - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Em comemoração aos 67 anos da Petrobras e em defesa das empresas estatais e dos serviços públicos, foi realizado neste sábado (3), por meio de redes sociais, o ato “Em Defesa da Soberania Nacional e Pelo Povo Brasileiro”.

Organizado pelo Comitê de Luta Contra as Privatizações, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, o ato contou com participação dos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, de parlamentares, lideranças de movimentos sociais como João Pedro Stedile e Guilherme Boulos, além de representantes de centrais sindicais. 

:: Petrobras completa 67 anos; entenda os riscos da privatização da empresa ::

O impacto da agenda de privatizações do governo federal sobre o aumento do desemprego, o preço dos combustíveis e dos alimentos, além do aumento da degradação da meio ambiente e dos direitos sociais, foram os principais temas tratados pelos participantes no evento. 

O ato ocorreu dois dias depois da votação do Supremo Tribunal Federal (STF) que reafirmou a liberação da venda de refinarias da Petrobras por parte do governo sem aval do Congresso.

:: Clique aqui para assistir a transmissão online na íntegra ::

Um dos primeiros a falar, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância da luta em defesa da Petrobras, maior empresa estatal do país, que já vendeu mais de 16,2% de suas ações, desde 2018. 

“A Petrobras é símbolo da defesa da soberania porque é uma empresa que nasceu por responsabilidade do povo brasileiro que teve coragem de dizer que o Brasil tinha petróleo. E acabou se tornando uma empresa que tem capacidade e conhecimento tecnológico como nenhuma outra empresa no mundo”, afirmou Lula.

A submissão do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao governo norte americano, também foi ponto destacado por Lula. “Quando você tem um presidente da República lambendo as botas do governo americano, que que é tão troglodita quanto a nossa, [vemos que] o país está correndo o risco”, afirmou o ex-presidente. 

:: Coluna | Privatizar refinarias da Petrobras: um atentado à razão::

Lula também destacou que soberania diz respeito à possibilidade da construção de um país que cuida de sua população. “Soberania quer dizer defender nossas fronteiras, mas também cuidar das nossas florestas, nossa água, cuidar do índio, cuidar do negro. E o Estado deve assumir a responsabilidade pelo bem estar social de 110 milhões de brasileiros, e não permitir a interferência de nenhum outro país.” concluiu Lula.

A relação entre o desmonte de empresas estatais e a soberania alimentar foi tema tratado pelo representante do Movimento Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stedile. Segundo o dirigente, a alta do preço dos alimentos é exemplo explícito do impacto que as políticas privatistas do governo nas condições de vida do povo. 

“A alta dos dos produtos alimentícios que estamos vendo hoje, não é por falta de produção, e não é porque os agricultores estão ganhando mais, mas sim porque não há nenhum controle estatal sobre eles. O governo não controla o estoque e com isso as empresas fazem especulação e colocam o preço que quiserem. E o governo do capitão genocida faz isso porque está se lixando para a fome e o preço dos alimentos, porque ele é representante do interesse dos bancos e das corporações", pontuou Stedile.

::Leia mais: Lucros altos, investimentos baixos: como o desmonte da Petrobras impacta na sua vida::

Empresas públicas como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Caixa Econômica, que também estão sob ameaça de privatização, têm influência na capacidade de produção do agricultor. Segundo Stedile, são empresas que fazem a “retaguarda de apoio aos agricultores, e mesmo na habitação popular.” 

A condição atual de importante empresa nacional, como os Correios, e a luta dos trabalhadores da estatal contra seu sucateamento foi fato lembrado Atnágoras Lopes, representante da CSP Conlutas. 

“Acabamos de vivenciar a heróica greve dos Correios, de 35 dias, em que foram retirados mais de 50 direitos históricos dessa categoria, tudo com isso para responder a sanha desse governo privatista. Por isso é importante lembrar que esse um dia para fortalece a unidade dos trabalhadores para enfrentar e inclusive botar para fora esse governo”; destacou Lopes.

Liderança do Movimento Negro Unificado, Vania Vieira, enfatizou como o desmonte do Estado em processo, defendido principalmente pelo ministro da economia Paulo Guedes, impacta a vida de todos os brasileiros, principalmente às mulheres negras e periféricas.

“Enquanto mulher negra que lutou a vida inteira pelos direitos das mulheres, da juventude e da população negra em geral, nós somos os que mais perdemos com a venda das riquezas e perda de soberania do país. Por isso chamamos todos a fazer parte dessa luta contra a venda das empresas nacionais”, defendeu Vieira.

:: Coluna | Privatizar refinarias da Petrobras: um atentado à razão ::

Finalizando o ato, a ex-presidenta Dilma Rousseff, denunciou as políticas neoliberais do governo Bolsonaro, alertando para o fato de que suas medidas desastrosas não são fruto somente de incompetência, mas representam um método e ação sistêmica.

“Essas políticas de privatização evidenciam que, subordinado ao liberalismo e subserviente aos interesses dos EUA, esse governo age deliberadamente para desnacionalizar nossas riquezas. Tudo isso é uma traição ao Brasil e ao nosso povo.” afirmou Rousseff.

Concluindo sua fala, ela trouxe a importância de uma mobilização nacional constante contra o governo, que tenha como foco a defesa da Petrobras. “Os defensores da privatização devem ser enfrentados e combatidos energicamente onde quer que possamos lutar contra eles, pois diante de um governo que produz tanta devastação, não há outro caminho senão lutar para tirá-lo do poder. O futuro do Brasil será tão mais desastroso quanto mais impunemente Bolsonaro continuar agindo contra a Petrobras.” concluiu.

Privatizações em curso

O Executivo já realizou 51 leilões desde o início do mandato e ainda contém no catálogo uma lista com mais de 100 ativos que pretende vender por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Leia mais: Petrobras coloca à venda ao menos 382 ativos durante a pandemia

Desde 2018, o governo já se desfez indiretamente de 16,2% das ações ordinárias (com direito à voto) da Petrobras – a Caixa vendeu R$ 9,6 bilhões e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) R$ 22 bilhões. Com isso, o Estado passou a deter apenas 50,2% da petroleira, o limite para manter seu poder de decisão.

Maioria da sociedade é contrária

Dois em cada três brasileiros são contrários a qualquer tipo de privatização. Essa estimativa equivalente a 67% foi verificada no último levantamento realizado sobre o tema pelo Instituto de Pesquisas Datafolha, em agosto do ano passado. No caso da Petrobras – a maior das estatais -, 65% dos entrevistados se opõem à sua venda.  

Leia também: Petrobras: demissões, salários menores e aumento de jornada são realidade na pandemia

*Edição: Lucas Weber - Fonte: Brasil e Fato

ENTREVISTA: ‘A LIBELU MOSTRA A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NA LUTA POLÍTICA’, DIZ CINEASTA DIÓGENES MUNIZ

Diretor de documentário sobre movimento Liberdade e Luta, que abrigou expoentes da política, analisa a esquerda ontem e hoje



Por Tatiana Dias, no The Intercept Brasil*

QUANDO O CINEASTA Diógenes Muniz começou a pesquisa para o documentário “Libelu – abaixo a ditadura”, Dilma Rousseff ainda não tinha caído. Lula não havia sido preso. Ainda que polarizados e imersos na crise política incendiada pela Lava Jato, ainda estávamos muito longe do cenário sombrio que viria a eleger Jair Bolsonaro. Enquanto mergulhava em entrevistas com ex-militantes de esquerda e arquivos sobre a resistência à ditadura, Muniz via o caminho contrário acontecer do lado de fora: a meteórica ascensão da extrema direita rapidamente começou a corroer as conquistas democráticas daquela geração que ele estava investigando.

A ideia de documentar a Libelu (como ficou conhecido o movimento trotskista Liberdade e Luta) começou, Muniz conta, por curiosidade. Muitos membros do movimento, surgido dentro da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a ECA, se tornaram jornalistas e professores de jornalismo conhecidos, como Eugênio Bucci, José Arbex Jr e Laura Capriglione. Mas foi quando cruzou com a onda violenta de protestos estudantis de 1977 que ele, atravessado pela experiência de junho de 2013, resolveu pesquisar o assunto.

A Libelu era diferente das outras correntes de esquerda: mais artística, libertária e irreverente. Também era considerada menos séria – o próprio nome veio do tom pejorativo como membros de outras correntes de esquerda se referiam aos “libelus”. Mas o movimento venceu as eleições para o DCE, o Diretório Central de Estudantes da USP, se expandiu pelo interior de São Paulo e pelo país; chegou à capa da IstoÉ, revista relevante na época (que o simbolizou com dois bottons, um de Caetano e outro de Trótski); e foi citado pela poeta Ana Cristina César. Foi até tema de um poema de Paulo Leminski: “Me enterrem com os trotskistas/na cova comum dos idealistas/onde jazem aqueles/que o poder não corrompeu”.

No filme, a história da Libelu é narrada por vários ex-membros, entrecortada por preciosas imagens de arquivos. Uma delas é o curta-metragem “O Apito na Panela de Pressão”, registro dos próprios estudantes dos violentos protestos de 1977. E o outro é uma entrevista de Mino Carta na TV Tupi com dois estudantes da Libelu que o diretor conseguiu na Cinemateca Brasileira, pouco antes do órgão ser desmontado pelo governo Bolsonaro. No programa, em uma cena emblemática do documentário, Carta pergunta aos dois militantes: “vocês se consideram burgueses?”. Eles negam veementemente. (...) 

“Quando pergunto se eles acreditam na revolução ou se sentem que o sistema os engoliu após a experiência na militância, não espero que haja uma resposta certa”, diz o diretor do documentário. Segundo ele, o que mais fascinou a equipe – que fez questão de se mostrar trabalhando nas imagens para evidenciar o choque de gerações – foi como cada um formula a questão política para si mesmo. “São balanços da própria vida e da sua relação com aquele mundo que você gostaria de transformar. Mesmo os que seguem na militância 40 anos depois precisam passar por isso”, diz.

Enquanto o filme ia tomando forma, o regime de extrema direita de Bolsonaro também se consolidava – com direito a marchas pedindo a volta do AI-5. “Cada um segue sua própria elaboração. Há incredulidade, raiva, cansaço, mas também há quem defenda e trabalhe na construção de uma alternativa ao capitalismo”, diz o diretor. Para ele, um dos maiores méritos da Libelu foi ter conseguido retomar a palavra de ordem “abaixo a ditadura”, proferida pelo ex-líder Josimar Melo, hoje crítico gastronômico da Folha. “Eles souberam ler o momento e sintetizar em palavras”, diz Muniz. (...)

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02 outubro 2020

ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 - Resolução nº 23.610/2019 - TSE

 

Iniciada a campanha eleitoral relativa às Eleições Municipais que serão realizadas no próximo dia 15 de novembro (e, também, no dia 29/11 nos municípios que  tiverem que realizar segundo), é de bom alvitre que todos(as) os(as) candidatos(as), eleitores(as) e demais interessados(as) estejam a par do que determina  a Resolução nº 23.610/2019 do TSE  (que dispõe sobre propaganda eleitoral, utilização e geração do horário gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral).

CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

*Fonte: site do TSE