30 dezembro 2023

Secom de Lula relembra 1 ano da fuga de Bolsonaro e faz pergunta inusitada

Paulo Pimenta afirma que ex-presidente deixou o país "com a mala cheia de joias" e medo de ser preso



Por Ivan Longo* 

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, relembrou que neste sábado (30) faz exatamente um ano que Jair Bolsonaro, ainda na presidência, fugiu do país rumo aos Estados Unidos para não participar da cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e entregar a faixa presidencial ao mandatário. 

Através da rede X (antigo Twitter), Pimenta ainda aproveitou para alfinetar o ex-presidente, citando indiretamente as denúncias sobre roubo de joias do acervo da União que já pesavam sobre Bolsonaro e o risco do ex-mandatário ser preso, e fez uma pergunta inusitada: qual adjetivo as pessoas dariam para o ex-chefe do Executivo que deixou o país dois dias antes do novo presidente ser empossado. 

"É difícil de escolher o adjetivo para classificar quem fugiu para os EUA para não ter que passar a faixa na posse e assistir de camarote o 08 de janeiro. Dia 30/12/22 com as malas cheias de jóia e presentes do governo brasileiro o inelegível embarcou como um fugitivo com medo de ser preso. Que adjetivo você usaria ?"

 Confira: 


É difícil de escolher o adjetivo para classificar quem fugiu para os EUA para não ter que passar a faixa na posse e assistir de camarote o 08 de janeiro. Dia 30/12/22 com as malas cheias de jóia e presentes do governo brasileiro o inelegível embarcou como um fugitivo com medo de… Show more

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Relembre

Jair Bolsonaro embarcou às 13h45 de uma sexta-feira, 30 de dezembro de 2022, no avião presidencial Brazilian Air Force 1 empreendendo fuga para a Flórida, nos Estados Unidos, após ser alertado por advogados dos riscos de ser preso após Lula tomar posse - e, consequentemente, ele perder o foro privilegiado.

Poucas horas antes do embarque, Bolsonaro terminou aos prantos a sua última live em que reconheceu a derrota para Lula e abortou o esperado golpe, causando a fúria de apoiadores. Poucos dias depois, em 8 de janeiro, radicais empreenderiam os atos golpistas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

Em frente ao quartel-general do Exército na capital federal, os golpistas à época acampados se desesperaram após o pronunciamento de Bolsonaro. Amontoados junto a caixas de som xingaram, choraram e rezaram. 

Em seguida, algumas dezenas de golpistas pegaram seus pertences e foram para casa. Outros insistiram em permanecer na área, tocaram o hino nacional e se reuniram em um misto de frustração e apatia.

*Via Revista Fórum

28 dezembro 2023

Vitória de Lula nos livrou do pesadelo que los hermanos estão enfrentando

 

 Fotos: Prensa Latina, Télam, Twitter/@NormaLopezSF


Por Ângela Carrato*

Em meio às festas de final de ano, muita gente não está acompanhando a tragédia vivida pelos nossos vizinhos argentinos.

Poucos se dão conta de que escapamos por um triz de nos tornarmos uma Argentina, transformada pelo imperialismo estadunidense e pela classe dominante local em laboratório para todas as atrocidades do neoliberalismo.

Javier Milei, o preposto do imperialismo lá, nada mais é do que uma versão portenha de Jair Bolsonaro, outra dessas figuras bizarras criadas no contexto da guerra híbrida e da desinformação, para enganar pessoas, destruir países e se apropriar de riquezas.

Se Bolsonaro e não Lula tivesse vencido as eleições de 2022, seríamos nós e não los hermanos que estaríamos nas ruas protestando e apanhando da polícia.

Uma ditadura estaria batendo à nossa porta, se já não tivesse sido implantada, com todos os aplausos da mídia corporativa. Tal como eles, teríamos um Natal triste e a lamentável perspectiva de um ano novo marcado pela pobreza, repressão e medo.

A vitória de Lula nos livrou de tudo isso. O primeiro ano do atual governo foi excelente sob todos os aspectos e como as perspectivas para 2024 são ainda melhores, a única resposta que a classe dominante consegue dar é tentar impedir que Lula seja reeleito.

Quem está por fora do que acontece na Argentina, também não sabe dessa nova jogada da oposição brasileira, onde um bando de políticos ambiciosos, corruptos e falsamente cristãos articula medida nesse sentido.

A mídia corporativa brasileira, aliada de primeira hora dos golpistas de lá e dos de cá, esconde e naturaliza as atrocidades que Milei está fazendo.

Esconde e minimiza todos os avanços do governo Lula.

Torce e trabalha para que Lula não possa se reeleger, pois percebeu que não há como impedi-lo de fazer um excelente governo, apesar do cerco que lhe foi e continua imposto pela maioria no Congresso Nacional, por setores militares e pelo Banco Central comandado pelos interesses dos rentistas internacionais.

Em menos de 15 dias de desgoverno, Milei baixou 300 decretos, todos retirando direitos da população e possibilitando que o capital estrangeiro passe a mandar no país.

As maldades são requintadas.

Diante, por exemplo, das resistências dos funcionários das Aerolíneas Argentinas, a competente e conceituada estatal aérea, Milei autorizou que todas as companhias privadas estrangeiras possam oferecer viagens domésticas, num exemplo da devastação econômica que o “estado mínimo” proposto por ele poderá produzir.

Como se não bastasse, suas medidas de desregulação provocaram aumentos estratosféricos em todos os preços.

A inflação que era de 140% ao ano, bateu em 100% ao mês.

Os salários, claro, ficam como estão, mas os alugueis, o preço dos combustíveis, dos alimentos e de todos os serviços dispararam.

Canais de TV que apoiam Milei nem se fazem de rogados e sugerem que a população, para enfrentar a crise, “opte” por uma única refeição ao dia!

A Argentina mergulhou num abismo que pode nem ter volta. Infelizmente não se descarta o suicídio de uma nação, cuja maioria acreditou no canto de sereia de um suposto “libertarismo” que é, na prática, sentença de morte para a maioria da população.

Acreditou que todos os políticos eram iguais e preferiu eleger uma figura patética, que se guia pelo clone de um cachorro morto e que tinha como emblema de campanha a motosserra.

Vê-se que não é difícil enganar uma sociedade e fazê-la de otária, mesmo os argentinos sempre tendo sido cultos e combativos.

Também já vivemos, enquanto sociedade, nossa época de otários, com o tal Mensalão Petista, a Operação Lava Jato, as chamadas Jornadas de Junho de 2013 e as denúncias falsas contra Lula.

Até setores pensantes da esquerda caíram nestas armações que se diziam anticorrupção e nada mais fizeram do que destruir nossas empresas, destruir a economia e emponderar o que há de pior.

Sabiamente, em 2022, a maioria dos brasileiros mostrou que aprendeu a lição.mídi

Apostou no que deu certo, na seriedade e competência de Lula. O resultado é que o Brasil, em menos de um ano, saltou duas posições no ranking internacional, ultrapassando o Canadá e se tornando o 9º PIB mundial.

Foi sorte, diz a extrema-direita e os golpistas de plantão na mídia.

Foi competência política e muito trabalho, é preciso rebater.

Mesmo diante do sucesso de Lula e do Brasil, a mídia corporativa não se dá por vencida. Faz cara de paisagem e desconversa.

A manchete da Folha de S. Paulo deste sábado (23), por exemplo, é “Pela 1ª vez, parcela maior da população se declara parda”, um assunto frio para esconder as realizações do governo Lula.

O Estado de S. Paulo segue na mesma toada, enquanto O Globo, de olho apenas no próprio faturamento, faz de sua capa uma enorme chamada publicitária.

Se tivéssemos uma mídia corporativa minimamente séria, ela deveria estar mostrando como Lula conseguiu, apesar de todas as amarras deixadas pelos golpistas, destravar a economia, colocar dinheiro nas mãos dos mais pobres, trabalhar pela despolarização da sociedade, além defender a justiça e a paz no mundo.

Mas não. Esta mídia segue especialista em intrigas, em atuar contra os interesses da maioria e em fazer o jogo do inimigo.

Sem qualquer pudor, defende que é ruim a Petrobras se fortalecer, que é ruim a desconcentração da riqueza, que é ruim trabalhar pela soberania, pela justiça social e pela paz.

Se dependesse dela, programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular e tantos outros nunca teriam sequer existido.

Se dependesse dela, o governo deveria apoiar os juros nas alturas do Banco Central dito independente e deixar o preço dos combustíveis como estava.

Se dependesse dela, o Brasil estaria agora passando vergonha ao lado dos Estados Unidos e de muitos países europeus, que não sabem como sair do atoleiro em que se meteram com a guerra na Ucrânia.

Uma guerra, na realidade, por procuração e provocação dos Estados Unidos para com a Rússia.

Se essa mídia fosse minimamente séria, estaria mostrando como as posições belicistas de Joe Biden podem lhe custar a reeleição e jogar o país novamente nos braços do extremista de direita, Donald Trump.

A população estadunidense está indignada por Biden argumentar que não há dinheiro para programas sociais, mas ter enviado bilhões de dólares para uma guerra absurda, ao mesmo tempo em que dá carta branca para o genocida primeiro-ministro de Israel, Benjamin Nethanyaru, assassinar mulheres e crianças palestinas.

Essa mídia é tão patética que, para combater Lula, aceita até perder espaço para o que há de mais reacionário na sociedade brasileira atual: uma infinidade de ditos templos neopentecostais, que não passam de arapucas para manipular e tomar dinheiro de gente ingênua.

Refiro-me à aprovação, na surdina e sem qualquer debate público, do decreto-lei que possibilita a ampliação do número de outorgas de rádio ou TV, por sociedades de qualquer natureza jurídica, inclusive a unipessoal.

A nova legislação amplia de 10 para 20 o limite máximo de emissoras de rádio e de TV que essas sociedades podem ter.

A proposta foi apresentada pelo deputado Marcos Pereira, do Republicanos de São Paulo, e atende aos interesses da Igreja Universal do Reino de Deus (leia-se Edir Macedo).

O texto vai à sanção presidencial e Lula tem a possibilidade de vetá-lo, evitando que a radiodifusão brasileira se torne ainda mais nociva à democracia.

Mesmo optando pelo veto, o risco dele ser derrubado pelo Congresso Nacional é grande. Ninguém pode se esquecer de que no Legislativo estão oportunistas, disfarçados em tementes a Deus, que não fazem outra coisa a não ser trabalhar contra o povo brasileiro.

Prova disso é que a legislação sobre radiodifusão no Brasil data de 1962 e já passou da hora de ser alterada, levando-se em conta o interesse da maioria e a democratização na área.

No entanto, a maioria do Congresso Nacional se recusa a qualquer mudança que implique pluralidade, transparência e democratização do setor.

Um dos ódios da mídia corporativa brasileira em relação a Lula é que ele, mesmo timidamente, criou a TV Brasil, a nossa primeira TV Pública.

Implantou, também regras técnicas para a distribuição das verbas de publicidade do governo federal que, em tese, deveriam agradar a todos. Nem assim essa mídia se deu por satisfeita, deixando claro que o seu problema é o ódio de classe.

Nesse terceiro mandato, Lula tem sido o mais solicito possível com essa mídia.

É para ela, em especial o Grupo Globo, que se destina a parte do leão das verbas publicitárias oficiais.

Edir Macedo, que pôs seus tempos-empresas na campanha eleitoral contra Lula, não gostou e o troco está aí.

Não acredito que apenas o enfrentamento entre dois monopólios anti-Brasil e antipovo brasileiro seja suficiente para mudar o triste cenário reinante na mídia corporativa.

Muito terá que ser feito para termos uma mídia próxima do que existe em países ditos liberais como Estados Unidos e Inglaterra. Em ambos, a propriedade cruzada na mídia continua proibida e a aprovação de um decreto como esse jamais teria lugar.

É óbvio que a correlação de forças no Brasil hoje não é favorável aos setores progressistas, mas não se deve perder de vista que o governo federal dispõe de muitos mecanismos para apoiar e estimular a mídia independente, as TVs e rádios comunitárias e universitárias, além da prerrogativa em conceder novas outorgas de rádios e TVs.

Dito de outra forma, passou da hora de o governo Lula entender que não será com timidez e nem fugindo do problema que os inimigos vão se retrair.

Para ser feliz, como diria os Titãs, o povo brasileiro precisa de comida, bebida, diversão e arte.

Chega de essa velha mídia impor o que assistimos, o que sentimos e o que pensamos. Chega desta mídia safada, que usa o nome de Deus e de Cristo, só ganhar dinheiro e manipular os mais simples.

Muito do que aconteceu de ruim tanto aqui quanto na Argentina se deve ao peso da mídia tradicional e também das redes sociais, ambas usinas de mentiras e desinformação.

Não por acaso, Milei está tentando de todas as formas acabar com a Ley de Medio, a legislação que democratizou a mídia e criou a TV Pública, em 2009.

Não por acaso Milei e a classe dominante argentina odeiam Cristina Kirchner e o peronismo, sempre atentos ao poder da mídia.

Aqui, como não temos legislação democrática no setor, a mídia, oligárquica e comercial quer evitar qualquer avanço. Por isso, seu alvo é Lula.

É por essas e outras que temos muito que comemorar neste primeiro ano do terceiro mandato de Lula.

Comemorações que devem sempre nos lembrar que escapamos por um triz de nos tornarmos uma Argentina e que não podemos e nem devemos deixar a luta em defesa da democracia apenas a cargo do governo.

Passou da hora de os movimentos sociais brasileiros irem para as ruas, em apoio a Lula, à democracia e a ampliação de direitos, inclusive os envolvendo uma mídia democratizada.

Nesse sentido, precisamos fazer do próximo 8 de janeiro, quando comemoraremos a vitória sobre o golpismo, uma data inesquecível.

Precisamos mostrar para todo o mundo que o Brasil optou pela democracia e que não aceitamos retrocessos de quaisquer espécies.

Nesse sentido, los hermanos têm o que nos ensinar.

E nós também podemos ajudá-los nesse momento difícil, colocando a extrema-direita brasileira, que anda meio assanhada e fustigando-os, no seu devido lugar.

*Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG

**Fonte: Viomundo

JJ Garcia - ADVOGADOS ASSOCIADOS

 


SANTIAGO-RS

17 dezembro 2023

2023: Brasil tem alta no PIB e quedas na inflação e no desemprego

 


Por Fernando Miller*

Economistas indicam que, com a queda do desemprego, o crescimento econômico e a redução da inflação, o ano de 2023 aponta para um saldo positivo na economia brasileira. Com informações do G1.

A taxa de desemprego, atingindo o menor índice desde fevereiro de 2015, encerrou o trimestre móvel de outubro em 7,6%, com projeção de fechamento anual em 8%. O PIB deve fechar em 2,9%, enquanto a inflação está estimada em 4,2%, abaixo dos 5,6% registrados em 2022, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Silvia Matos, coordenadora do “Boletim Macro” da FGV, e Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, destacam a perspectiva positiva para a economia em 2023, superando as previsões iniciais.

 Redução da Inflação

A diminuição da inflação é atribuída a fatores como o ” choque de preços” das commodities, a política econômica do governo e a valorização da moeda nacional. A supersafra e o aumento na oferta de alimentos também impactaram positivamente na redução do índice.

Mudança no PIB

O cenário do PIB em 2023 difere de 2022, com o agronegócio e as atividades de extração respondendo por mais da metade do PIB, ao contrário de 2022, onde a indústria e os serviços tiveram maior contribuição.

A política monetária, mantendo os juros elevados, afetou a indústria e os serviços, enquanto o agronegócio prosperou devido às condições climáticas favoráveis.

Perspectivas para 2024

Para 2024, prevê-se um crescimento menor, influenciado pelo consumo e investimento devido à redução dos juros. As projeções para a inflação variam entre 3,5% (Warren Investimentos) e 4,1% (FGV), com preocupações sobre a inflação de alimentos devido a fenômenos climáticos adversos.

A expectativa de uma safra menor e condições climáticas desfavoráveis no final de 2023 levanta preocupações sobre uma possível queda no agronegócio em 2024. A redução no crescimento do agronegócio pode impactar negativamente o PIB, com a projeção atual da FGV indicando um crescimento de 1,4% em 2024, quase metade do previsto para 2023.

*Fonte: DCM

15 dezembro 2023

Bella Ciao



Querida Adeus


Esta manhã, eu acordei

Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus!

Esta manhã, eu acordei

E encontrei um invasor


Oh, membro da Resistência, leve-me embora

Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus!

Oh, membro da Resistência, leve-me embora

Porque sinto que vou morrer


E se eu morrer como um membro da Resistência

Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus!

E se eu morrer como um membro da Resistência

Você deve me enterrar


E me enterre no alto das montanhas

Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus!

E me enterre no alto das montanhas

Sob a sombra de uma bela flor


E as pessoas que passarem

Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus!

E as pessoas que passarem

Me dirão: Que bela flor!


E essa será a flor da Resistência

Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus!

E essa será a flor da Resistência

Daquele que morreu pela liberdade


E essa será a flor da Resistência

Daquele que morreu pela liberdade

....


*CLIQUE AQUI para saber mais sobre a história de 'Bella Ciau'

14 dezembro 2023

Parte, aos 75 anos, Avelino Ganzer, fundador da CUT e defensor dos trabalhadores rurais

“Perdemos um lutador, um formador, um organizador e um grande estrategista. Uma das maiores lideranças que o movimento sindical cutista teve”


Aos 75 anos, o dirigente sindical e trabalhador rural Avelino Ganzer perdeu a luta contra um câncer raro na medula e partiu nesta quarta-feira (13), em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Pará.

Defensor dos direitos trabalhistas, Avelino Gazer, ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores (CUT), da qual foi o primeiro vice-presidente nos anos 1980, e o Partido dos Trabalhadores (PT). Sua trajetória de luta inclui resistência à ditadura militar e defesa dos trabalhadores rurais, com especial atuação na região Norte do país.

Nota de pesar da CUT:

A classe trabalhadora perde um de seus maiores líderes: Avelino Ganzer

O colono gaúcho que rompeu fronteiras para lidar com a terra no Pará foi um dos precursores do movimento de luta por direitos que deu origem à CUT, onde foi vice-presidente e organizou os trabalhadores e as trabalhadoras rurais no Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da CUT (DNTR) e na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

Forjado nas lutas pela terra e na concepção libertadora das comunidades eclesiais de base, incansável na defesa dos ideais de justiça, igualdade e solidariedade, sempre teve um olhar de fraternidade e delicadeza, mesmo nas horas mais difíceis e como denominam alguns de seus companheiros “um lutador que soube dar sentido à vida”. Assim foi a trajetória e o sentimento de quem vivenciou lutas e enfrentamentos com Avelino.

Mesmo nos últimos dias, acometido de uma grave doença, emanava serenidade e esperança. E fez uma linda homenagem nos 40 anos da CUT. Em seu texto, a convicção e o sentido de classe que o acompanhou em toda a militância, ecoou forte ao contar do primeiro congresso, de fundação da CUT: ”os trabalhadores rurais do país inteiro e agricultores familiares, em busca de um grande sonho, sair da luta, tipo de uma categoria (trabalhador rural, médico, dentista, metalúrgico, professor da universidade), que é uma coisa corporativa, cada um olhando para seu próprio umbigo, para dar um passo adiante no sentido de compreender que unificar a classe trabalhadora como um todo, respeitando a particularidade de cada categoria e ao mesmo tempo buscando construir diversidade de categorias da classe trabalhadora era o melhor caminho”.

Perdemos um lutador, um formador, um organizador e um grande estrategista. Uma das maiores lideranças que o movimento sindical cutista teve. Nesse momento de perda e dor, a CUT reverencia a jornada de Avelino Ganzer e seu legado e envia os sinceros pêsames para a família e a comunidade em que viveu suas lutas e seus últimos dias.

Executiva Nacional da CUT

13 de dezembro de 2023

*Via ContrafCUT

...

**Nota: Este Editor registra que também teve a honra de ter conhecido pessoalmente (durante o Congresso de Fundação da CUT, em São Bernardo do Campo/SP, em agosto de 1983) o bravo companheiro Avelino Ganzer. 

Perdemos um grande lutador, uma grande liderança, mas que deixa um grande legado à Classe Trabalhadora, especialmente.

-Companheiro Avelino Ganzer: Presente!!! #Alutasegue! (JG)

13 dezembro 2023

Sob críticas da oposição, governo Leite aprova projetos que afetam educação no RS

Deputados destacaram ainda que governo planeja investir em educação no próximo ano menos do que é estipulado pela constituição

Os deputados estaduais do Rio Grande do Sul votaram na tarde desta terça-feira (12) os projetos de educação enviados à Assembleia Legislativa em regime de urgência pelo governo de Eduardo Leite (PSDB). O primeiro deles a ser apreciado e aprovado, por 38 votos a 14, foi o Projeto de Lei Complementar 517, que busca instituir o “Marco Legal da Educação Gaúcha” e é visto pela oposição como uma forma de agilizar o processo de municipalização do ensino fundamental, já em curso pelo governo estadual. (...)

*CLIQUE AQUI para ler na íntegra a postagem de Luciano Velleda no Sul21.

08 dezembro 2023

Moro no banco dos réus: Ex-juiz foge de perguntas e se complica no TRE do Paraná (vídeo)

O relator da ação que pode levar o Judiciário a cassar o mandato do senador manifestou estranheza com contrato milionário celebrado com advogado


                               Sérgio Moro (Foto: Agência Senado)

Por Joaquim de Carvalho*

Sergio Moro sentou no banco dos réus, ao prestar depoimento nesta quinta-feira como investigado na ação que apura caixa 2 e abuso de poder econômico na campanha para o Senado.

O relator da ação, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, insistiu num ponto: o contrato de R$ 1 milhão de reais entre o União Brasil, partido de Moro, e o advogado Luís Felipe Cunha, que é suplente do senador.

Carrasco Falavinha estranhou o valor do contrato e também o fato de que o advogado eleitoral de Moro era outro profissional, Gustavo Guedes.

Como suplente, Felipe Cunha poderia ter prestado trabalho voluntário, como doação. Só que recebeu R$ 1 milhão, embora não tivesse experiência na área eleitoral.

O site do escritório dele foi alterado na véspera da assinatura do contrato, para incluir serviços na área eleitoral, como pontuou na audiência o relator da ação.

Moro também fugiu das perguntas dos advogados do PT e do PL, autores da ação. O advogado Luiz Eduardo Peccinin considerou que Moro foi covarde. 

E entende que o relator deu uma pista do caminho que segue: a suspeita de que o contrato com Luís Felipe Cunha pode ter sido fictício, para fazer frente a outras despesas de Moro.

Veja o vídeo:


*Fonte: Brasil247

02 dezembro 2023

COP 28: Lula anuncia investimento em economia sustentável enquanto Brasil negocia entrada na Opep+

Presidente afirmou que as metas do Acordo de Paris não estão sendo perseguidas com o devido afinco

Lula e a primeira-dama Janja da Silva com Isabel Prestes da Fonseca, do povo munduruku, que falou na abertura da COP28: presidente mencionou mitologia indígena em seu discurso - Ricardo Stuckert/PR

Brasil de Fato - Redação* - Ao mesmo tempo em que avalia uma possível entrada do Brasil na Opep+, que reúne os integrantes da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e produtores aliados, o governo brasileiro apresenta na COP28, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em Dubai, ações concretas e um discurso enfático sobre a necessidade de investir em energias renováveis, reduzir o uso de combustíveis fósseis e promover desenvolvimento sustentável.

Nesta quinta-feira (30), em encontro com membros da Opep+, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil deseja se tornar membro. "Esperamos nos juntar a este distinto grupo e trabalhar com todos os 23 países nos próximos meses e anos". Nesta sexta, o Brasil anunciou investimentos de quase R$ 21 bilhões em áreas voltadas ao desenvolvimento da economia sustentável brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as metas do Acordo de Paris não estão sendo perseguidas com o devido afinco e apontou dois problemas centrais: falta de ação e de ambição.

Leia mais: Lula mantém compromisso de desmatamento zero na Amazônia até 2030; confira na íntegra o discurso na COP28

"Temos um problema coletivo de inação, outro de falta de ambição. As NDCs atuais não estão sendo implementadas no ritmo esperado. E, mesmo que estivessem, não conseguiriam manter a temperatura abaixo do limite de um grau e meio", afirmou o presidente em seu segundo discurso do dia na COP28, referindo-se às Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), cujo objetivo é evitar que a temperatura global se eleve acima de 1,5 graus em relação à era pré-industrial.

"O Brasil ajustou sua NDC e se comprometeu a reduzir 48% das emissões até 2025 e 53% até 2030, além de atingir neutralidade climática até 2050. Nossa NDC é mais ambiciosa do que a de vários países que poluem a atmosfera desde a Revolução Industrial no século 19", disse Lula. O presidente reiterou o compromisso em cuidar da Amazônia, porém, numa perspectiva de um problema que depende de uma ação coletiva para ser sanado. "Mantemos o firme compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. A Amazônia está atravessando, neste momento, uma seca inédita. O nível dos rios é o mais baixo em mais de 120 anos. Nunca imaginei que veria isso no lugar onde estão os maiores reservatórios de água doce do mundo. Mas o futuro da Amazônia não depende só dos amazônidas".

:: COP28 aprova fundo climático de perdas e danos para países vulneráveis 

No mesmo dia em que Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza, um dia após um atentado reivindicado pelo Hamas matar três pessoas em Jerusalém, o presidente brasileiro voltou a criticar o gasto em armamentos e ações bélicas. "Somente no ano passado, o mundo gastou mais de 2 trilhões e 224 milhões de dólares em armas, quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres famintas?"

Transição energética em cinco editais

Os investimentos brasileiros fazem parte do programa Mais Inovação Brasil. “São cinco editais, todos focados no debate da transição energética. Nós não temos como enfrentar o aquecimento global, a mudança climática, sem ciência e sem tecnologia”, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Juntos, os cinco editais representam um investimento de R$ 20,85 bilhões e serão destinados ao financiamento de projetos nas áreas da transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. Outra iniciativa apresentada na COP28 é a plataforma SIRENE Organizacionais, ferramenta pública que vai receber os inventários de emissões de gases de efeito estufa de organizações públicas, privadas ou do terceiro setor de todos os segmentos econômicos. O objetivo é atender uma demanda do setor produtivo por um sistema nacional de relato, mensuração e verificação das emissões de carbono no Brasil, segundo o Palácio do Planalto.

(Com informações do Palácio do Planalto e da Folha de S.Paulo).

*Edição: Leandro Melito - Via BrasildeFato

LANÇAMENTO DOS LIVROS DO PROFESSOR, ESCRITOR E HISTORIADOR PAULO PRESTES EM SANTIAGO/RS - Registros

 







Caras/os amigas/os: 

Este é o meu livro mais recente, escrito em parceria com Sônia Corrêa. Trata da biografia de João Corrêa, [santiaguense] herói da 2a Guerra Mundial.

Além das vivências do biografado, às vezes divertidas, às vezes dramáticas, o livro analisa inúmeros pontos da história do século XX, como o surgimento do nazi-fascismo, as razões da 2a GM, a formação e os problemas da Força Expedicionária Brasileira (FEB), 1954, 1961, 1964, o regime militar,  a redemocratização e os governos do país até 2010. 

Além da bibliografia, o livro cita filmes e documentários sobre os temas. (Paulo Prestes)


*Nota deste Editor: Quem quiser adquirir esse livro (e/ou outros) do companheiro professor e historiador Paulo Prestes pode contatar diretamente comigo através do fone/whatts 55.98459-5009. (Júlio Garcia)