12 junho 2012

Trampolim

 Eleições 2012: centímetro por centímetro, quem ganhou destaque em Zero Hora na última semana


Porto Alegre/RS -  As eleições que tomarão o país neste ano são para as prefeituras, mas, em alguns lugares, ganham ar de pleitos nacionais ou estaduais. O começo das movimentações eleitorais em Porto Alegre, por exemplo, tem sido momento de o maior jornal do Estado, a Zero Hora, lançar sua candidata ao governo do Rio Grande do Sul para 2014, a senadora Ana Amélia Lemos (PP).

Nesta segunda-feira, o PP decidiu, em votação, apoiar o candidato do PDT e atual prefeito, José Fortunati, que deve receber logo o apoio do DEM. Optou por Fortunati em detrimento de Manuela D’Ávila (PCdoB), em uma disputa que, em Zero Hora, ganhou destaque de eleição antecipada. Tudo para colocar Ana Amélia em destaque, como veremos na centimetragem do jornal na última semana antes da definição do PP.

De uma segunda-feira a outra (4/6 a 11/6), os pré-candidatos à prefeitura foram absolutamente soterrados, na cobertura do jornal, pelas referências ao PP e, especialmente, a Ana Amélia Lemos. O PSDB, que ainda nem definiu candidato, teve 315 cm², em duas notas (9/6, 10/6). Adão Villaverde (PT), esteve como destaque em 537 cm², Fortunati em 522 cm² e Manuela em 312 cm². Parece que o PT ganhou espaço em ZH, certo? É, mas é só aparência inicial.

A verdade é que Fortunati e Manuela dividiram o destaque em outros 4304 cm², além de três chamadas na capa. Tudo por conta do PP e de Ana Amélia, verdadeiros monopolizadores do espaço do jornal no qual a senadora fez sua fama. (...)

-CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Blog Jornalismo B). 

Charge: Kayser

11 junho 2012

A 'mudança' de ZH...

  
ZH se convenceu: não houve mensalão


"O que ocorreu, de fato , foi o súbito desnudamento de um esquema de uso de caixa 2 de campanha eleitoral..." - trecho do editorial do jornal Zero Hora (que apoiou o golpe de 1964), publicado na edição do último dia 8 de junho, sexta-feira passada (fac-símile acima).

Quem é o jornal Zero Hora? Pertence ao grupo RBS (leia-se família Sirotsky), formado por um conglomerado de rádios, tevês e jornais do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Trata-se de um grupo de comunicação ilegal, porque infringe a determinação legal que proíbe o monopólio de emissoras em um mesmo território. São retransmissores da programação da TV Globo no RS e SC.

É de registrar a mudança de entendimento do grupo RBS, face ao caso conhecido como "mensalão". Durante sete anos, os órgãos de comunicação deste grupo seguiram o resto da tradicional imprensa brasileira, sempre garantindo que o primeiro governo Lula havia instituído um "esquema de mensalidade a deputados" com a finalidade de garantir plena maioria na votação de projetos do interesse do bloco no poder. Hoje, o jornal ZH volta atrás e admite que houve apenas o "uso de caixa 2 de campanha eleitoral".

Até poucos dias atrás, o grupo RBS era dirigido por um filho do seu fundador, Maurício Sirotsky Sobrinho, quando este cedeu lugar a um sobrinho seu, portanto neto do fundador Maurício. De qualquer forma, parece não haver qualquer relação de causa/consequência na mudança de entendimento sobre os fatos de 2005 e que serão julgados a partir de agosto próximo pelo STF. Ao contrário, o governo do petista Tarso Genro é atacado quase que diariamente pelos órgãos da RBS. É muito comum, as editorias da RBS cobrarem de Tarso todo o contencioso de deficits sociais e de infraestrutura acumulado ao longo de décadas de governos omissos e desinteressados dos seus deveres constitucionais. Recentemente, o jornal ZH estampou como manchete a posição de último lugar do RS no quesito qualidade do ensino médio. O dado em si está correto, entretanto, não é ético e honesto cobrar de um governo que está há poucos meses na administração estadual um contencioso tão antigo.  

O motivo desta prática militante e panfletário do grupo RBS é um segredo de polichinelo: a senadora Ana Amélia Lemos (ex-celetista da RBS) é a candidata preferencial deste misto de grupo midiático e partido político conservador ao Palácio Piratini na sucessão de Tarso Genro, em 2014.

O governador Tarso Genro, portanto, que se prepare, a investida demagógica e eleitoreira da RBS só tende a recrudescer. 

*Via Blog Diário Gauche   http://diariogauche.blogspot.com.br/

10 junho 2012

Poema



Eu Canto


Eu canto
com profundo prazer, com emoção
o povo que optou por ser livre
e que por isso sangrou.

Os heróis e os anônimos.
A América Latina
(vulcão em atividade permanente).
O fogo descendo pelas encostas das neves andinas,
Eternas, desafiadoras, majestosas...
E madrastas.

Guevara eternizando seu exemplo
nos vales e montanhas bolivianas.
Eu canto o feito épico
de Lamarca lutando contra a fome
e as injustiças no Vale da Ribeira.

As crianças da Nicarágua
entoando suas canções sandinistas
(que falam em um porvir
com rios de leite e mel).

Eu canto a epopéia vivenciada
pelos povos, todos, de nosso imenso
e explorado continente
(do Altiplano, das savanas, dos pampas sem fronteiras,
da Amazônia infinita, das selvas colombianas...).


Eu canto

os camponeses, os índios
despojados de suas terras.
Os combatentes mortos no Peru
nas selvas do Araguaia
nas ruas de Santiago...

Toda a resistência conhecida
(ou anônima)
que houve, ou que haverá (?!) em nossa
Pátria Grande

Eu canto.

A coragem da mulher salvadorenha,
chilena, brasileira, uruguaya...
 A saga das loucas
da Plaza de mayo.

De todas as esposas/mães/irmãs/amigas
de todas as fortes, calejadas, saudosas, resistentes
companheiras dos desaparecidos latino-americanos...

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Por todo o sangue derramado
pelos povos.

Por tudo isso dito, e pelo que ficou
Ainda guardado, esperando o seu momento,
E c o a n d o :
Eu canto!

          Júlio Garcia


*Este poema recebeu a ‘Menção Honrosa’ no XXI Concurso Literário Felippe D’Oliveira (Santa Maria – RS - 1997).   -  Via  http://arquipelago.blogspot.com.br
...
Foto: Machu Picchu (em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha"), também chamada "cidade perdida dos Incas",[1] é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti.   http://pt.wikipedia.org/wiki/Machu_Picchu

09 junho 2012

08 junho 2012

Friozito de 'renguear cusco'






Seis graus negativos! O frio intenso castigou Santiago/RS -  a 'Terra dos Poetas' - esta semana.
As fotos acima falam por si.


Foto 1: Pescada do blog do Leonardo Rosado: http://leonardorosado.blogspot.com.br/
Foto 2 : Pescada do blog da Eliziane Mello: http://ecolizi.blogspot.com.br/

*Via http://o-boqueirao.blogspot.com.br/

Mobilidade Urbana



Villaverde propõe isenção na compra de bicicletas no RS

Ao finalizar o discurso alusivo ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na sessão plenária desta quarta-feira (06) o deputado Adão Villaverde (PT) anunciou que protocolou um projeto de lei propondo a isenção do ICMS na compra de bicicletas cujo valor de venda ao consumidor não ultrapasse as 60 UPF- UPFs – RS (Unidade Padrão Fiscal do RS) que totalizam atualmente R$ 779,47.

A justificativa do PL salienta que o estímulo ao uso de bicicletas no RS para enfrentar o desafio do caos no trânsito nas cidades, se insere em uma proposta de mobilidade urbana sustentável que inclui o transporte público de qualidade e compartilha outros modais - como a bicicleta, meio de transporte considerado ecologicamente correto.

"Além de auxiliar na difusão do hábito e integração da bicicleta com outras modalidades de transporte, almeja-se dar maior eficiência ao trânsito e melhor qualidade de vida para a população", acentuou, assinalando que as propostas neste sentido devem levar em consideração a sustentabilidade ambiental e a qualidade de vida.

A justificativa reforça que estimular o uso de meios de transporte alternativos aos veículos de motor a combustão oportuniza a disseminação da ideia de que é necessário ampliar as políticas de mobilidade urbana que promovam o uso compartilhado das vias e passeios públicos, por meio das chamadas “ciclovias” ou “ciclofaixas”.

Em muitos países da América, da Europa e da Ásia, as bicicletas já estão fortemente integradas à mobilidade urbana. No Brasil, da mesma forma, existem cidades em que esse meio de transporte tem destaque. Aos poucos outras cidades vão despertando para essa alternativa.

O documento afirma que primeira dimensão em que as respostas ao transporte nas cidades devem ser dirigidas é no sentido de diminuir as emissões de gases e resíduos poluentes. A segunda, e que nesse projeto assume importância central, é comprometimento da atual geração de cidadãos e cidadãs, que devem legar às futuras, modos de convivência harmônica entre seu poder de consumo de recursos com a capacidade do meio ambiente em oferecê-los, sem degradá-lo.

"A capacidade de uma geração transmitir à outra um planeta com tantos recursos como os que encontrou, tornar acessível e promover o uso das bicicletas como meio viável de transporte, é um passo valioso para a instituição de compromissos coletivos mais amplos. Aliado a projetos ousados de qualificação do transporte coletivo e integrá-lo aos modais complementares, como as bicicletas, é um objetivo plenamente factível e absolutamente necessário", justifica a proposta.

"Isso só vem reforçar a importância da bicicleta como meio de transporte que pode colaborar decisivamente para a construção de cidades sustentáveis, onde a população possa se movimentar com agilidade, com repercussão inclusive na saúde das pessoas, estimulando-as a desenvolver atividades físicas. Tudo isso com segurança, baixo custo e sem prejudicar o meio ambiente. Este PL visa contribuir para avançar na mobilidade urbana sustentável. E, como sabe-se, os incentivos econômicos são importantes para estimular a produção e o consumo de certos bens e serviços".

* Por: André Pereira  - Via sítio do Deputado Adão Villaverde - PT/RS 

Foto: Eduardo Quadros - Para ler na íntegra o discurso do deputado Villaverde no   dia         Mundial do Meio Ambiente, acesse http://migre.me/9nRTQ

06 junho 2012

Santiago/RS - Eleições 2012


Não terá chegado  a hora do PT encabeçar a chapa da oposição?

'Nas relações  políticas, como nas relações pessoais,  a via tem que ser de duas mãos'.

   Por Júlio Garcia*

A 'unidade da oposição' em Santiago para 'derrotar os conservadores pepistas' (sucedâneos da ARENA e do PDS)  tem sido utilizado, especialmente nos últimos tempos, como uma espécie de 'mantra'   por setores que se arvoram como os detentores únicos da 'fórmula da vitória oposicionista', mas  desde que a chapa majoritária seja integrada pelo PMDB, PDT ou PSDB (não necessariamente nessa ordem, mas sempre com os mesmos). Para esses partidos   parece que  o Partido dos Trabalhadores serve apenas para apoiá-los eleitoralmente; o inverso, pelo que temos visto,  representa  para esses setores (pelo menos até o presente momento)  uma blasfêmia. Tem alguma coisa errada nessa seara...

Se fizermos um breve retrospecto,  analisando os últimos processos eleitorais municipais, veremos que  o Partido dos Trabalhadores  deu muito mais contribuição ao dito 'campo oposicionista/progressista' do que recebeu. Vejamos:

O PT santiaguense, é sabido por quem conhece minimamente a história política local,  desde a sua fundação (1981) tem participado ativamente de todos os pleitos ocorridos no municipio.  Desde a campanha de 1982 (quando concorreu - para marcar posição e ajudar na construção do partido - com as candidaturas de Alziro Bandeira e Jorge Moleta), passando pela eleição de 1988, quando o PT já surpreendeu positivamente com  Edson Braga e Hegel Marcos da Silveira, deixando por apenas 33 votos de eleger sua primeira bancada na Câmara Municipal),  vinha então num processo de contínuo crescimento. (...)

CLIQUE AQUI para ler a postagem, na íntegra.

*Editor deste Blog e coeditor dos Blogs 'O Boqueirão' e 'O Incrível Exército Blogoleone'

05 junho 2012

Meio Ambiente



Crise global não pode impedir acordos na Rio+20, diz a presidenta Dilma

Carta Maior - Governo Dilma aproveitou Dia Mundial do Meio Ambiente para divulgar redução do desmatamento na Amazônia, anunciar um pacote de medidas relacionadas à área ambiental, abrir oficialmente a Rio+20 e começar a apresentar seu discurso no evento. “Esperamos que a crise mundial gerada pelo excesso de ganância e pela falta de controle sobre os mercados não seja pretexto para uma vitória do excesso da ganância e da falta de controle sobre os recursos naturais", disse a presidenta. (...)
CLIQUE AQUI  para ler mais.

03 junho 2012

Caronas de avião & algo mais...


Folheando para trás

Por Luciano Martins Costa*

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes desapareceu das primeiras páginas dos jornais na sexta-feira (1/6). Folheando a semana para trás, o leitor atento há de ficar atônito. Nem mesmo o ingresso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na polêmica criada com a acusação de Mendes, de que se sentiu chantageado pelo ex-presidente Lula da Silva, foi suficiente para manter aceso o interesse da imprensa no acontecimento bizarro.

Então tudo aquilo não tinha o menor sentido? Onde foi parar, de repente, a absoluta credibilidade do ministro da Suprema Corte?

Em lugar das manchetes ruidosas, os jornais publicam sobre o assunto, além de uma frase de FHC, dita durante palestra a empresários na China, apenas uma declaração de Lula, feita em entrevista a um programa popular de televisão, segundo a qual “quem inventou a história que prove”. Aquilo que era manchete desde a segunda-feira, a partir de uma declaração de Gilmar Mendes à revista Veja, se desvanece no ar.

Os jornais teriam se convencido, de uma hora para outra, de que o ministro da Suprema Corte mentiu, exagerou, equivocou-se? Essa possibilidade transparece no editorial publicado nesta sexta-feira pela Folha de S. Paulo, no qual há uma clara condenação da atitude de Gilmar Mendes.

Criticando genericamente alguns episódios que provocaram crises no Supremo Tribunal Federal ao longo da última década, o jornal paulista afirma que a reunião cujo teor suscitou a controvérsia da semana foi uma impropriedade cometida pelos três protagonistas: o ex-presidente Lula da Silva, o ministro do STF Gilmar Mendes e o ex-ministro Nelson Jobim, anfitrião do encontro.

Mas as palavras mais pesadas caem do lado de Gilmar Mendes: o jornal pondera que ele não deveria ter buscado essa exposição, “em face da conjuntura politicamente aquecida pela vizinhança da CPI do caso Cachoeira, centrada na figura de um senador com quem o ministro Gilmar mantinha relacionamento próximo o bastante para aceitar caronas de avião”.

O que a Folha está declarando, implicitamente, é que o ministro do Supremo Tribunal Federal tem explicações a dar sobre suas relações diretas ou indiretas com o bicheiro e que o entrevero que provocou ao acusar o ex-presidente Lula não o exime dessa responsabilidade.

O jogo virou

Não se pode adivinhar o que a Folha tem em seus arquivos que possa comprometer um ministro do Supremo Tribunal Federal e se sua direção vai ou não autorizar a publicação. Mas, a julgar pelo tom do editorial, pode-se afirmar que essa decisão saiu das mãos do editor de Política do jornal, se é que ele algum dia teve autonomia para tratar desse tipo de assunto.

Como afirmou este observador durante a semana, trata-se de mais um episódio patético que começa em crise e termina em anedota (ver aqui e aqui). Mas, ao contrário de alguns casos anteriores, a imprensa não pode agora simplesmente virar as costas e fingir que nada aconteceu.

O ministro Gilmar Mendes colecionou desafetos em número e valor suficientes dentro do próprio Supremo Tribunal Federal para poder escapar da “insinuação escrachada” no editorial da Folha de S. Paulo sobre suas relações com o senador Demóstenes Torres.

Observe agora o leitor a mudança de rumo na lógica do episódio: se de fato o ex-presidente Lula da Silva tentou negociar um adiamento no julgamento do caso chamado “mensalão” em troca de blindar o ministro do Supremo com relação ao caso Demóstenes-Cachoeira, a própria imprensa tratou de romper o véu e acusar diretamente o ministro Gilmar Mendes – não em declarações de terceiros, mas em editorial! – de manter com o senador acusado “relacionamento próximo o suficiente para aceitar caronas de avião”. Se houve, como disse o ministro do STF, uma chantagem para mantê-lo fora do caso Demóstenes-Cachoeira, o episódio acaba por lança-lo diretamente no fogo.

Virado o jogo, o que fazer, então, dos dias anteriores, que o leitor revisita quando resolve folhear os jornais para trás? Onde foram parar todas aquelas fichas apostadas na versão do ministro, agora que o seu movimento acaba por colocá-lo oficialmente entre os suspeitos de “relacionamento inapropriado” com alguém que é acusado de corrupção, formação de quadrilha e outras delinquências?

Já não se trata agora da credibilidade da imprensa, mas do respeito que se deve à Suprema Corte de Justiça.

01 junho 2012

'Como o mar sobre um barco furado'


De volta ao passado
   
  Por Mino Carta*

"Os caluniadores são, antes de mais nada, covardes. Sentem as costas protegidas pela falta generalizada de memória, ou pela pronta inclinação ao esquecimento. Pela impunidade tradicional garantida por uma Justiça que não pune o rico e poderoso. Pelo respaldo do patrão comprometido com a manutenção do atraso em um país onde somente 36% da população conta com saneamento básico, e 50 mil pessoas morrem assassinadas ano após outro. (...)"

É do conhecimento até do mundo mineral que nunca escrevi uma única, escassa linha para louvar os torturadores da ditadura, estivessem eles a serviço da Operação Bandeirantes ou do DOI-Codi. Ou no Rio, na Barão de Mesquita. E nunca suspeitei que a esta altura da minha longa carreira jornalística me colheria a traçar as linhas acima. Meu desempenho é conhecido, meus comportamentos também. Mesmo assim, há quem se abale a inventar histórias a meu respeito. Alguém que, obviamente, fica abaixo do mundo mineral.

Não me faltaram detratores vida adentro, ninguém, contudo, conseguiu provar coisa alguma que me desabonasse. Os atuais superam-se. Um deles se diz jornalista, outro acadêmico. Pannunzio & Magnoli, binômio perfeito para uma dupla do picadeiro, na hipótese mais generosa de uma farsa cinematográfica. Esmeram-se para demonstrar exatamente o que soletro há tempo: a mídia nativa prima tanto por sua mediocridade técnica quanto por sua invejável capacidade de inventar, omitir e mentir.

Afirmam que no meu tempo de diretor de redação de Veja defendi a pena de morte contra “terrorristas”, além de enaltecer o excelente trabalho da Oban. Outro inquisidor se associa, colunista e blogueiro, de sobrenome Azevedo. E me aponta, além do já dito, como um singular profissional que não aceita interferência do patrão. Incrível: arrogo-me mandar mais do que o próprio. Normal que ele me escale para o seu auto de fé. O Brasil é o único país do meu conhecimento onde os profissionais chamam de colega o dono da casa. (...)

CLIQUE AQUI  para ler na íntegra (via Carta Capital*).

Nota do Blog: As duas capas da revista Veja, acima,  são dos anos 1968 (primeira edição) e  de 1969, quando então a semanal fazia corajosa oposição e denúncia dos crimes da ditadura militar, dirigida brilhantemente  que era pelo jornalista Mino Carta. Após a saída de Mino da revista, cuja 'cabeça' foi pedida por Armando Falcão, inquisidor-mor da ditadura no também triste período do general Geisel , a família Civita entregou-a para os braços do regime, a quem começou a apoiar sem nenhum pejo, aliás, como o fez a maior parte da 'velha mídia' (ou PiG**, como hoje é mais conhecida).  

Desde então,  a repugnante mutação de 'Veja'  transformou-a na antítese do que ela  fora, honrosa, brilhante e corajosamente, um dia.  (Júlio Garcia)

-(Atualizada às 12,15 h de 02/06/2010).  **PiG: Partido da Imprensa Golpista

Aviso


 

Aviso aos golpistas: o PT não aceita canga

    Por Francisco Rocha da Silva*
 
Rezando na cartilha da velha mídia golpista, o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), afirmou ontem com todas as letras que o PT e o ex-presidente Lula são uma “ameaça à democracia” no Brasil. Referia-se à suposta pressão que nós, petistas, estaríamos fazendo sobre o STF e o procurador-geral da República para “melar” o julgamento do chamado “mensalão”.

Ao que tudo indica, Guerra perdeu de vez o medo do ridículo. Deve estar atordoado.

Quero lembrar rapidamente, apenas para não passar em branco, que não existe, no país, partido mais democrático do que o PT, com sólidas raízes nos movimentos sociais e cujas direções são eleitas diretamente pelos filiados; que o PT é de longe, segundo todas as pesquisas, o partido mais respeitado e mais admirado pela população brasileira; e que os governos Lula e Dilma tem aprovação de 80% do povo justamente por terem promovido avanços sociais e econômicos extremamente democráticos, com distribuição de renda e combate às desigualdades, sempre respeitando as instituições, as divergências e a diversidade, disputando a opinião pública no debate e no voto.

É claro que Sérgio Guerra sabe de tudo isso e deve se lembrar de quando foi citado, justa ou injustamente, como um dos envolvidos na CPI do orçamento, também conhecida como CPI dos Anões. Ele está só fazendo política rasteira, da pior espécie, na tentativa de desviar o foco das graves acusações que pesam contra caciques do seu de outros partidos da oposição e, quem sabe, encontrar um discurso fácil para os candidatos tucanos nas eleições deste ano. Acho que está perdendo tempo. Deveria virar o disco.

Se olhar para trás, o deputado verá que seu partido não ganhou nada com isso nas últimas eleições. E, se olhar com atenção para os que estão ao seu lado, descobrirá facilmente quem são os verdadeiros detratores da democracia no Brasil, aqueles que histórica e continuamente trabalham para manter privilégios, perpetuar maracutaias e derrubar governos legitimamente eleitos. Refiro-me à velha mídia na qual Guerra se sustenta para produzir bobagens com as de ontem.

Entremos no túnel do tempo. Foi essa imprensa golpista – com Carlos Lacerda e companhia – que levou Getúlio Vargas ao suicídio, tentou impedir a posse de Juscelino Kubistchek e se engajou na campanha para derrubar João Goulart, defendendo com entusiasmo a ditadura instalada com o Golpe de 1964.

O tempo passou, o povo foi para as ruas, o regime começou a se abrir, os militares foram voltando para a caserna, mas os golpistas civis, cada vez mais atuante nos grandes meios de comunicação, não perderam o vicio e estão soltos por aí. Tentaram fraudar a eleição de Leonel Brizola para governador do Rio em 1982, manipularam escandalosamente o debate entre Lula e Collor às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 1989 e apoiaram sem reversas (como ainda apóiam) a privataria tucana que dilapidou o patrimônio nacional e desmontou o Estado. Desde a primeira eleição de Lula, em 2002, trabalham diariamente para inviabilizar o projeto de mudanças iniciado a partir dali – projeto que, repito, tem apoio de 80% da população.

A democracia defendida por Sérgio Guerra e seus capangas (na política e na imprensa) é um sistema fechado e apoiado por uma pequena elite. Nela não cabem, por exemplo, nem movimentos sociais (que precisam ser atacados e criminalizados) nem direitos trabalhistas (que devem ser eliminados).

Mas a democracia tem avançado, apesar deles. As instituições brasileiras foram fortalecidas com os governos do PT, ganharam corpo, estrutura e, sobretudo, independência. Hoje há mais controle, transparência, fiscalização e investigação. A impunidade não é mais uma característica do sistema político brasileiro.

Os que ainda não perceberam isso esquecem que, somente no governo Lula, a Polícia Federal fez mais de mil operações, com 14 mil presos, sendo 1.700 servidores públicos – além de muita gente graúda como empresários, juízes, policiais e políticos, inclusive do PT. Perguntem ao deputado Sérgio Guerra quantas operações a PF fez no governo FHC. Se ele não souber responder, eu respondo: 28, apenas 28. Várias delas não se sabe o resultado. Perguntem ao procurador geral da época.

Diante desse quadro, a oposição, sem rumo e sem propostas alternativas para o Brasil, alia-se aos golpistas de plantão. Toda vez que se aproxima o período eleitoral, ou quando ambos (oposição e mídia) são pegos com a boca na botija, como agora, eles saem que nem loucos por aí gritanto “mensalão, mensalão”.

Não vai funcionar. No caso específico – o da máfia comandada pelo bicheiro Cachoeira, com tentáculos no meio empresarial, na política, no Judiciário, no governo de Goiás e em grandes veículos de imprensa, como a Revista Veja – não existe tática diversionista capaz de encobrir o que já foi apurado pela PF e que certamente, com todo o empenho da base de apoio aliada, será aprofundado na CPMI que está instalada no Congresso Nacional.

Quanto ao julgamento do chamado “mensalão” no STF, nada tememos. O PT sabe que o “mensalão” não existiu e confia na Justiça brasileira. Certamente, houve irregularidades na manipulação de recursos para campanhas eleitorais. Mas a alegada compra de votos de deputados, para a aprovação de projetos do governo, jamais foi comprovada. Como não foi comprovada a participação, no suposto esquema, de figuras centrais do processo, entre eles o ex-ministro José Dirceu.

É bom lembrar que dizem que houve compra de votos para aprovar a emenda que propunha a reeleição, patrocinada pelo governo FHC.

O PT não tem por que pressionar o STF e a Procuradoria Geral da República (PGR), mas o PT, com a responsabilidade de quem governa o Brasil há 10 anos, tem a obrigação, o dever, de apurar e levar às últimas consequências as graves denúncias e suspeitas que atingem tanto o Procurador-Geral Roberto Gurgel como, agora também, o ex-presidente do STF Gilmar Mendes. Não é o “mensalão” que está em jogo. É a integridade e a credibilidade de duas das maiores instituições brasileiras.

Os que se apressam em gritar “mensalão” querem na verdade colocar uma canga no PT e tentar tirar o principal assunto do momento do foco das atenções. Mas podem tirar o cavalo da chuva. Não vão conseguir. 
 
*Francisco Rocha da Silva, o Rochinha (foto), é dirigente nacional do PT e Editor do Blog Mandacaru  http://mandacaru13.blogspot.com.br/  - fonte desta postagem.

31 maio 2012

'Brasília, eu vi'...



A Idade Mendes

Por  Leandro Fortes*

No fim das contas, a função primordial do ministro Gilmar Mendes à frente do Supremo Tribunal Federal foi a de produzir noticiário e manchetes para a falange conservadora que tomou conta de grande parte dos veículos de comunicação do Brasil. De forma premeditada e com muita astúcia, Mendes conseguiu fazer com que a velha mídia nacional gravitasse em torno dele, apenas com a promessa de intervir, como de fato interveio, nas ações de governo que ameaçavam a rotina, o conforto e as atividades empresariais da nossa elite colonial. Nesse aspecto, os dois habeas corpus concedidos ao banqueiro Daniel Dantas, flagrado no mesmo crime que manteve o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda no cárcere por 60 dias, foram nada mais que um cartão de visitas. Mais relevante do que tudo foi a capacidade de Gilmar Mendes fixar na pauta e nos editoriais da velha mídia a tese quase infantil da existência de um Estado policialesco levado a cabo pela Polícia Federal e, com isso, justificar, dali para frente, a mais temerária das gestões da Suprema Corte do País desde sua criação, há mais cem anos.


Num prazo de pouco menos de dois anos, Mendes politizou as ações do Judiciário pelo viés da extrema direita, coisa que não se viu nem durante a ditadura militar (1964-1985), época em que a Justiça andava de joelhos, mas dela não se exigia protagonismo algum. Assim, alinhou-se o ministro tanto aos interesses dos latifundiários, aos quais defende sem pudor algum, como aos dos torturadores do regime dos generais, ao se posicionar publicamente contra a revisão da Lei da Anistia, de cuja à apreciação no STF ele se esquivou, herança deixada a céu aberto para o novo presidente do tribunal, ministro Cezar Peluso. Para Mendes, tal revisão poderá levar o País a uma convulsão social. É uma tese tão sólida como o conto da escuta telefônica, fábula jornalística que teve o presidente do STF como personagem principal a dialogar canduras com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

A farsa do grampo, publicada pela revista Veja e repercutida, em série, por veículos co-irmãos, serviu para derrubar o delegado Paulo Lacerda do comando da PF, com o auxílio luxuoso do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que se valeu de uma mentira para tal. E essa, não se enganem, foi a verdadeira missão a ser cumprida. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via 'Blog 'Brasília, eu vi' - 23/04/2010).

30 maio 2012

O conservadorismo nativo num beco sem saída...



A pretensão de pautar as urnas de 2012


  Por Saul Leblon*

Qualquer brasileiro tem o direito de dizer que considera inconveniente atropelar o processo eleitoral de 2012 com o julgamento do chamado mensalão. Não se pode subtrair a um líder político como Lula, que combateu a ditadura, liderou greves históricas, disputou, perdeu e ganhou eleições presidenciais, tendo sido conduzido duas vezes ao cargo máximo da Nação, a prerrogativa de externar idêntico ponto de vista.

Mais que um direito, mais que uma avaliação com a qual muitos democratas concordam, é um dever de Lula contribuir para a ordenação da agenda política nacional. Outra coisa é se o ex-presidente acertou em participar de um encontro a três, sendo os outros dois quem são, Gilmar Mendes e Nelson Jobim.
A resposta a essa questão pertinente não avaliza a indisfarçável sofreguidão dos que querem pautar a democracia brasileira, impondo como prioridade fazer o julgamento do chamado 'mensalão' incidir na campanha de 2012.

Reduzir as eleições municipais em 5.560 municípios a um plebiscito em torno desse episódio controvertido contempla forças que não se consideram habilitadas para enfrentar o debate municipal com propostas e, mais que propostas, com o legado de suas escolhas estratégicas pesado e medido pelo veredito da história recente.

A manifestação democrática de Lula nesse sentido, se houve, incomoda muito; mas é legítima.

Derivar daí um enredo fantasioso, desmentido por testemunho insuspeito, de chantagem e ofertas de capangagem política é uma narrativa que ademais de caluniosa excreta o suor frio do desespero. Embora provoque desconcerto pela audácia, no fundo há coerência na tentativa de pautar a democracia brasileira.

A trajetória de certos personagens e veículos que se notabilizaram como a corneta mais estridente do conservadorismo nativo atingiu um beco sem saída. A dobra da história não lhes é favorável. A esmagadora eleição de Dilma Rousseff derrotou , pela terceira vez consecutiva, a aposta na manipulação midiática da opinião pública como receita de sucesso eleitoral. O stress dos materiais é evidente no almoxarifado conservador. (...)

CLIQUE AQUI pra ler a íntegra da postagem (via 'Blog das Frases', in Carta Maior*)

Velha Mídia




*Charge do Kayser: (sobre o "fato" da semana)

28 maio 2012

Lula, Jobim e Sepúlveda desmentem Veja/Gilmar




Lula nega versão da Veja sobre encontro com Gilmar Mendes

Em nota oficial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta segunda 28 a suposta conversa reservada entre ele e o ministro do STF Gilmar Mendes. A conversa, segundo a publicação da Editora Abril, seria uma sugestão de proteção a Mendes na CPI do Cachoeira em troca de apoio para adiar o julgamento do Mensalão – Mendes tem relações com Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), senador lobista do bicheiro Carlinhos Cachoeira no Congresso Nacional.

Diz a nota da assessoria do ex-presidente: “Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.”

O encontro com Mendes ocorreu fortuitamente no escritório do ex-ministro de Lula, Nelson Jobim, mas, segundo as partes envolvidas, a discussão levantada pela Veja nunca existiu.

No sábado 26, ao ser questionado pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre o episódio, Jobim reagiu: “O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso. O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão.”

O ex-ministro do STF Sepúlvedas Pertence também foi citado na revista como um interlocutor de Lula junto à ministra do STF Cármen Lúcia. Diz a Veja: “Lula revelou (na reunião com Gilmar Mendes) que encarregaria o amigo Sepúlveda Pertence de conversar sobre o processo com a ministra Cármen Lúcia, do STF.” A conversa teria o objetivo de pressionar também Cármen Lúcia a adiar o julgamento do Mensalão até que este prescrevesse.

Nesta segunda-feira, também Sepúlvedas Pertence negou ao site Direito Global ter recebido qualquer pedido do tipo de Lula. “Particularmente sobre matéria da revista Veja, o ex-presidente da República jamais me falou sobre o chamado processo do “mensalão”: ele sabe que eu não me prestaria a fazer pedido à ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, nem ela aceitaria qualquer conversa minha a propósito. Por esse respeito mútuo, é que somos tão amigos”, diz Pertence.

Abaixo, segue a nota de Lula aos jornalistas:

“NOTA À IMPRENSA

São Paulo, 28 de maio de 2012

Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.

2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.

3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.

4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula.”

*Fonte: sítio da revista Carta Capital  http://www.cartacapital.com.br

Edição final e grifos deste blog

Diálogos com Porto Alegre



*Diálogos com Porto Alegre segue hoje, discutindo Segurança Pública. Amanhã o tema é Direitos Humanos. Sempre às 18,30 h na AFOCEFE Sindicato (Rua dos Andradas, 1234/21º andar - Porto Alegre/RS.

(Clique no cartaz para ampliar).

27 maio 2012

Conspiração contra o Estado brasileiro



Cachoeira grampeou o Supremo?

 Luis Nassif*  escreve:

À medida em que as peças do quebra-cabeça Cachoeira vão se juntando, vislumbra-se um quadro inédito na história do país. Tão inédito que ainda não caiu a ficha de parte relevante da opinião pública e, especialmente, do Judiciário. O desenho que se monta é uma conspiração contra o Estado brasileiro (não contra o governo Lula, especificamente), através de três vértices principais.

Havia o chefe de quadrilha Carlinhos Cachoeira. Sua principal arma era a capacidade de plantar matérias e escândalos, falsos ou verdadeiros, na revista Veja – o outro elo da corrente.

Durante algum tempo, graças ao Ministro Gilmar Mendes, seu principal operador – o araponga Jairo Martins – monitorou o sistema de telefonia do Supremo. E Cachoeira dispunha da revista Veja para escandalizar qualquer conversa, fuzilar qualquer reputação.

Essa é a conclusão objetiva dos fatos revelados até agora.

O que não se sabe é a extensão das gravações. Veja demonstrou em várias matérias – especialmente no caso Opportunity – seu poder de atacar magistrados que votavam contra as causas bancadas pela revista.

A falta de discernimento das denúncias, o fato da revista escandalizar qualquer conversa, a perspectiva de virar capa em uma nova denúncia da revista, seria capaz de intimidar o magistrado mais sólido.

A dúvida que fica: qual a extensão das conversas do STF monitoradas e gravadas por Jairo? Que Ministros podem ter sido submetidos a ameaças de denúncia e/ou constrangimento?

Gilmar colocou a mais alta Corte do país ao alcance de um bicheiro.
...

* Luis Nassif é jornalista, Editor do  sítio  Luis Nassif OnLine (fonte desta postagem)-

** Edição final e grifos deste blog - Foto: Min. Gilmar Mendes com o sen. Demóstenes Torres (ex-DEM).

26 maio 2012

BlogProg - III Encontro Nacional


“Blogueiros sujos de uma imprensa limpa”: nada além da Constituição!

O auditório ainda se agitava com as histórias sobre o trânsito infernal em Salvador, na sexta-feira à noite, quando Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé, deu por iniciado o III Encontro Nacional de Blogueiros, chamando os primeiros convidados à mesa.
 
Em meio ao burburinho (e não era Stanley) que vinha dos corredores, Miro pediu que os presentes (quase 300 blogueiros de todo o Brasil) prestassem atenção à mensagem em vídeo que seria exibida no telão. O barulho, de repente, cessa - diante da voz conhecida. É Lula que surge na tela, numa saudação que ele – pessoalmente – decidira gravar. O ex-presidente lembra a participação dele no II Encontro, em Brasília, e ressalta o papel dos blogs para a construção de uma Comunicação com mais diversidade. “A Comunicação não pode estar concentrada em poucas famílias no Brasil”, diz o ex-presidente. A voz rouca ecoa pelo auditório. (...)

CLIQUE AQUI para ler a íntegra da postagem do companheiro  Rodrigo Vianna (Blog O Escrevinhador).