11 julho 2022

Parlamentares, políticos e internautas lamentam execução de tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu

Marcelo Arruda comemorava o aniversário em festa fechada quando local foi invadido por um bolsonarista armado

O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto com dois tiros à queima roupa, enquanto comemorava seus 50 anos - Reprodução/ Redes Sociais

Por Nara Lacerda, do Brasil de Fato/SP* - Parlamentares, pré-candidatos, jornalistas e defensores de direitos humanos lamentaram neste domingo o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. Ele foi morto pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu a festa de aniversário da vítima armado e gritando palavras de apoio a Jair Bolsonaro (PL).

Em nota divulgada neste domingo (10), o PT homenageou Marcelo Arruda e prestou solidariedade à família do guarda municipal. "Mais um querido companheiro se foi nessa madrugada, vítima da intolerância, do ódio e da violência política", afirmou o texto.

O partido cobrou medidas das autoridades de segurança e do Judiciário para coibir "firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade". 

"Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos", diz o texto.

Marcelo Arruda foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pelo PT em 2020. No evento onde ocorreu o crime, ele comemorava 50 anos acompanhado de amigos e familiares. A celebração privada que foi invadida por Guaranho tinha temática decorativa petista. 

De acordo com testemunhas o bolsonarista não era conhecido por ninguém que estava no local. Ele gritava que todos os petistas deveriam morrer e que Jair Bolsonaro iria ganhar as eleições. 

Saiba mais: Bolsonarista invade festa com temática petista e assassina aniversariante em Foz do Iguaçu

Pelas redes sociais, candidatos, lideranças, militantes e internautas também prestaram solidariedade à família de Marcelo Arruda e repudiaram o ato de violência.

Relembre: Três anos sem Moa do Katendê: relembre a trajetória do mestre

Não é a primeira vez que a violência de apoiadores de Jair Bolsonaro faz vítimas no período eleitoral. Em outubro de 2018, um eleitor do então candidato assassinou o mestre de capoeira Moa do Katendê, após uma discussão em um bar por causa de política.

Moa do Katendê tinha 63 anos e foi executado com 12 facadas nas costas em um bar em Salvador (BA). Preso em flagrante, o autor do crime admitiu que decidiu atacar o mestre por causa do debate sobre as eleições. 

*Edição: Sarah Fernandes -  Via Brasil de Fato

07 julho 2022

A esquerda gaúcha não entendeu o recado do ex-presidente Lula


Por Redação – Jornal Brasil Popular/RS* - Lula está se tornando cada vez mais um gênio das composições eleitorais e tudo indica que fará o mesmo no governo, pois tudo se encaminha para sua vitória em outubro. 

Lula esteve há um mês em Porto Alegre e dedicou tempo e energias para conversar com possíveis parceiros, começando pelo seu partido, o PT, para que se buscasse uma ampla aliança estadual para o governo do Estado. 

Em todo o leque de esquerda, a começar pelos petistas há reservas de aliança estadual com o candidato do PSB, Beto Albuquerque. O PSOL deixou clara esta rejeição. Mesmo com um grupo do PSOL que defendia aliança com o PT [que no RS integra uma 'federação' com o PCdoB e PV], com o seu pré-candidato ao governo passando a ser o candidato a senador. Porém, ontem [04/07], a direção do partido resolveu manter a candidatura do vereador Pedro Ruas. 

O PDT, que já vinha aqui no Estado se afastando do campo mais progressista, mantém como pré-candidato a governador, Vieira da Cunha. 

Há em andamento um abaixo-assinado pela Aliança das Esquerdas, com mais de mil assinaturas de intelectuais, dirigentes sindicais e populares. 

As pessoas postam nas redes, falam com pessoas de outras siglas, repetindo o que nos disse Paulo Wagner, militante da cultura de Taquara: “Separadas as esquerdas no RS não terão chance, correndo sério risco de não eleger senador e não ir para o segundo turno de governador. O momento histórico exige uma grande frente contra o fascismo. Temos que ter um palanque a altura da pré-candidatura presidencial de Lula, que unifique os sete partidos que hoje estão na aliança”. 

Assim como o advogado Júlio Garcia, de Santiago, que lá da outra ponta de nosso estado também anota a gravidade da situação: “O crucial momento vivenciado no RS e no país exige, em defesa da maioria do povo, da soberania e da democracia, que a unidade efetiva dos partidos e demais setores populares, de esquerda, democráticos e progressistas se faça valer já no primeiro turno das próximas eleições.” 

Do outro lado, no campo conservador e correndo por fora temos o ex-governador, que voltou atrás e agora disputa novamente o posto. Leite e o seu PSDB voltam a pressionar o MDB para que retire a candidatura de Gabriel Souza. Esta tendência se efetivará somente se houver mais pressão da sigla em nível nacional. 

A extrema direita não se acerta e mantém as candidaturas de Heinze, pelo PP, e Ônix, pelo União Brasil. A seu favor, os discípulos do bolsonarismo que ainda hoje causam muito barulho. 

Acredita-se que no Rio Grande do Sul houve o maior número de troca-troca de partidos por políticos das mais variadas siglas. 

Pode se reverter contra os já chamados de vira-casacas, pois estas mudanças nunca foram muito bem aceitas. Mas como as coisas andam líquidas demais, talvez esta posição possa mudar também. 

O que não vai se desmanchar no ar são os estilhaços da esquerda, ou pior, que podem virar meteoritos e cair na cabeça do povo, como disse um militante dias atrás em evento pela união das esquerdas.

*Via https://www.brasilpopular.com/

06 julho 2022

A esquerda brasileira, de um século a outro

Colunista Emir Sader afirma que, se a esquerda voltar a governar o País, precisará 'democratizar o Estado, a mídia, o Judiciário, as estruturas econômicas'

Mobilização progressista e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - (Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas | Ricardo Stuckert)

Por Emir Sader, no 247*

A esquerda brasileira já tem uma longa trajetória, que já cruzou diferentes conjunturas políticas. Suas origens são nacionalistas, remetendo ao getulhismo. Uma vertente que sobreviveu a ele, com lideranças como a do Leonel Brizola. O getulhismo, que passou a ser reivindicado pelo maior líder da esquerda brasileira – o Lula.

Se tomamos as últimas décadas do século passado e as deste século, podemos encontrar pelo menos três perfis distintos da esquerda brasileira.

Ao longo dos anos 1950 e começo da década seguinte, a esquerda lutava pelo que chamava de reformas de base. Tratava-se de, no marco do processo de industrialização, promover a reforma agrária e a limitação da exportação de lucros, como objetivos imediatos, com um programa nacionalista geral para o Brasil.

Era uma esquerda nacional e popular, apoiada no movimento sindical urbano, de sindicalização rural e do movimento estudantil. Lutava, além disso, por uma política externa independente.

Uma esquerda que foi fragorosamente derrotada pelo golpe militar. Não teve capacidade de resistir e foi destruída pela ditadura, tanto nas suas organizações sindicais, como nas suas bancadas parlamentares e dirigentes populares.

A ditadura militar impôs a questão democrática como central. Houve uma tentativa de construção de uma esquerda vinculada à luta armada, com guerrilhas, que foi rapidamente derrotada e liquidada.

A partir daquele momento a oposição à ditadura passou a ser dirigida por setores liberais. A esquerda passou a fazer parte, de forma subordinada, à frente opositora, que passou a comandar o processo de transição democrática, com o fim da ditadura.

O caráter liberal – e, portanto, limitado - da democratização – que nem sequer conseguiu aprovar as eleições diretas para presidente – levou ao seu esgotamento e permitiu que a direita se renovasse e mudasse a agenda nacional. A pauta neoliberal descolocou a esquerda, que foi derrotada sucessivamente em três eleições presidenciais, sem conseguir impor uma agenda nacional distinta.

O acumulo de descontentamentos com as políticas neoliberais favoreceu, finalmente, que o PT lograsse convencer a maioria dos brasileiros que o problema fundamental do Brasil não é a inflação, mas a desigualdade social. Foi com esse projeto que o PT finalmente conseguiu eleger o presidente do Brasil e reelegê-los sucessivamente.

A nova esquerda no Brasil, a esquerda do século XXI, é uma esquerda antineoliberal. Uma esquerda que propõe a prioridade das políticas sociais no lugar da prioridade dos ajustes fiscais, do neoliberalismo. Que propõe os processos de integração regional e intercambio Sul-Sul, ao invés dos Tratados de Livre Comercio com os Estados Unidos. E que se propõe a resgatar o papel ativo do Estado, no lugar do Estado mínimo e a centralidade do mercado, para induzir o crescimento econômico e colocar em prática políticas sociais de redistribuição de renda.

Essa esquerda conseguiu, pela primeira vez no Brasil, governar o País ao longo de três mandatos, com mais de 10 anos de governos, eleitos democraticamente. Conseguiu diminuir grandemente as desigualdades sociais e regionais no País.

É uma esquerda que teve sucesso nos seus governos. Conseguiu realizar seus objetivos imediatos, cortando a disseminação generalizada do neoliberalismo. Mas tem um desafio maior agora, caso consiga efetivamente eleger o Lula de novo.

Não bastará o restabelecimento da democracia liberal. Será necessário democratizar o Brasil, a sociedade brasileira no seu conjunto. Democratizar o Estado brasileiro, os meios de comunicação, democratizar o Judiciário, democratizar as estruturas econômicas, democratizar a vida cultural.

Além de que, terá que colocar em prática não apenas um programa antineoliberal, mas pós-neoliberal. Não apenas de resistência e negação do neoliberalismo, mas pós-neoliberal, de superação do neoliberalismo.

Tratar-se-á de uma nova fase da história da esquerda brasileira.

*Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros - via https://www.brasil247.com/

05 julho 2022

Ato Nacional pela “Constituinte Com Lula”

 

Compromisso de 2 de julho de 2022

A situação do povo brasileiro é muito grave. Em três meses, teremos eleições nacionais.

Desde o cínico esbulho do mandato da presidente Dilma Roussef pelo impeachment, na tentativa de cerco e aniquilamento do Partido dos Trabalhadores, e pela prisão arbitrária de sua principal liderança, o ex-presidente Lula, foi interrompido o ciclo aberto com a força do povo nos governos petistas.

Parecia elevar-se o patamar de civilidade e de desenvolvimento da nação. Mas as conquistas foram sendo eliminadas pela direita ultraconservadora articulada com o capital internacional, até fazerem chegar à presidência da República um ex-militar expulso das Forças Armadas, estúpido defensor da tortura e saudosista da ditadura militar de 1964.

Hoje, tudo pode ser resumido à constatação de que 33 milhões de cidadãos do povo passam fome. Campeia a violência, como nas chacinas e no assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips. O Brasil foi esbulhado e bestificado. Recuamos um século no atual governo: reacionário, genocida, vulgar e irresponsável.

Contudo, apesar das dificuldades e das ameaças golpistas, as forças populares hoje avançam para a vitória eleitoral de Lula em outubro.

Mas não podemos ficar alheios ao absurdo estado de coisas no qual o inominável colocou o país.

O que reserva o futuro ao Brasil e aos brasileiros?

Como deve se comportar o PT e a sua aguerrida militância na campanha eleitoral? E depois, no governo Lula?

Deve se empenhar apenas na vitória eleitoral? Ou também lutar por uma verdadeira democracia?

Nós, do Diálogo e Ação Petista, consideramos que devemos lutar desde hoje pela reconstrução do país, mas também, e principalmente, pela sua transformação, com medidas de emergência e outras estruturais:

  • Aumento geral dos salários
  • Tabelamento dos preços da cesta básica
  • Despejo Zero
  • Recomposição das verbas e revitalização dos órgãos da Educação, Saúde, Cultura e Meio Ambiente
  • Revogação do teto de gastos
  • Revogação da reforma da Previdência
  • Revogação da reforma trabalhista
  • Revogação da reforma do ensino médio
  • Reestatização da Eletrobras
  • Volta do monopólio da Petrobras
  • Reforma urbana, moradias populares, transporte público e saneamento público estatais
  • Demarcação das terras indígenas sem restrição
  • Titulação dos quilombos urbanos e rurais
  • Reforma agrária com financiamento, assistência e distribuição
  • Desmilitarização das PMs; Fim da tutela militar (artigo 142, CF)
  • Direito à Autodeterminação dos Povos; Não à guerra na Ucrânia

Não basta ganhar eleições. Com as regras institucionais atuais, um governo Lula vai ser engessado. Por isso, é preciso transformar em profundidade as caóticas estruturas do Estado brasileiro.

Continuam em vigência as resoluções do 6º e do 7º Congressos do PT: é preciso a convocação de uma Assembleia Constituinte Soberana. Uma vez Lula eleito, um processo constituinte deve ser aberto pelo governo, juntamente com as suas forças de apoio democráticas e populares.

O Brasil é hoje um país desorganizado. A Constituição de 1988 foi, desde então, emendada 120 vezes e adulterada. Está desfigurada e inviabilizada.

Agora, o inominável fez votar no Senado a PEC do “Estado de Emergência” a pretexto de benefícios sociais paliativos, temporários e eleitoreiros. De uma só penada, ele atropelou a Lei eleitoral, o Teto de gastos de Temer e a Lei de Responsabilidade Fiscal de FHC, até então tidas como monumentos de virtude.

O país não pode mais conviver com essa balbúrdia institucional.

O Poder Judiciário legisla sobre tudo. O Poder Legislativo o faz em causa própria, vide o “orçamento secreto” negociado pela família aboletada no Planalto, e que se projeta, inclusive, para o próximo governo. Os ministérios sociais, de cujos programas o povo precisa para viver com um mínimo de dignidade, estão esmagados. Por fim, acima de todos, o conjunto é tutelado pelos generais, brigadeiros e almirantes.

É inegável que essa desordem não interessa ao governo Lula e, principalmente, ao povo brasileiro. A instabilidade atual afronta a soberania popular, e só favorece os golpistas, saudosos da tirania militar.

Por isso, o povo brasileiro – não só o próximo governo Lula – vai precisar de um novo contrato social, materializado numa Assembleia Constituinte Soberana, livre e democrática.
















Que fique claro: não propomos dar poderes  constituintes ao congresso a ser eleito em outubro, mas, sim, a uma assembleia originária, soberana, depositária do poder que emana do povo, exclusivamente eleita, unicameral, proporcional, com voto em lista e financiamento público exclusivo, além de cota indígena.

Portanto, é um debate a fazer com a sociedade. Se não, é o quê? Reverter uma a uma 120 emendas com 3/5 dos votos, neste Congresso? Não haverá milagres, não há outro caminho: a Constituinte Soberana é necessária. Só o povo salva o povo.

E só assim – pela democracia – é que o povo brasileiro vai poder mostrar a sua força; vai poder ampliar os seus direitos; vai defender o governo Lula e derrotar a política venal dos exploradores e opressores.

Em vésperas do bicentenário da luta pela Independência nacional, neste dia, nós aqui reunidos, vindos dos diferentes quadrantes deste grande país, nos dirigimos a todos aqueles que em suas vilas, fábricas, comunidades e nas escolas se dispõem a lutar para reconstruir e transformar o Brasil.

Nós nos dirigimos às companheiras e companheiros do PT e dos partidos democráticos e populares, a seus candidatos e aos comitês, à CUT e às centrais sindicais, aos sindicatos, movimentos e entidades, da juventude, do campo e da cidade, para abrir um debate sobre como avançar com este “Compromisso”.

Façam-nos chegar as suas conclusões.

Vamos Juntos!
Pela vitória de Lula!
Pela Assembleia Constituinte Soberana com Lula!

2 de julho de 2022

A mesa do Ato Nacional pela “Constituinte Com Lula”, Casa de Portugal, São Paulo
...

02 julho 2022

Ode ao Dois de Julho - Castro Alves

 

A batalha do Pirajá
Era no dois de julho. A pugna imensa
Travara-se nos cerros da Bahia…
O anjo da morte pálido cosia
Uma vasta mortalha em Pirajá.

"Neste lençol tão largo, tão extenso,
"Como um pedaço roto do infinito…
O mundo perguntava erguendo um grito:
"Qual dos gigantes morto rolará?!…"
...

Debruçados do céu… a noite e os astros
Seguiam da peleja o incerto fado…
Era a tocha — o fuzil avermelhado!
Era o Circo de Roma – o vasto chão!
Por palmas – o troar da artilharia!
Por feras – os canhões negros rugiam!
Por atletas – dous povos se batiam!
Enorme anfiteatro — era a amplidão!

Não! Não eram dois povos, que abalavam
Naquele instante o solo ensanguentado…
Era o porvir – em frente do passado,
A Liberdade – em frente à Escravidão,
Era a luta das águias — e do abutre,
A revolta do pulso – contra os ferros,
O pugilato da razão — com os erros,
O duelo da treva – e do clarão!…

No entanto a luta recrescia indômita…
As bandeiras — como águias eriçadas —
Se abismavam com as asas desdobradas
Na selva escura da fumaça atroz…
Tonto de espanto, cego de metralha,
O arcanjo do triunfo vacilava…
E a glória desgrenhada acalentava
O cadáver sangrento dos heróis!…

Mas quando a branca estrela matutina
Surgiu do espaço… e as brisas forasteiras
No verde leque das gentis palmeiras
Lá do campo deserto da batalha
Uma voz se elevou clara e divina:
Eras tu— Liberdade peregrina!
Esposa do porvir-noiva do sol!…

Eras tu que, com os dedos ensopados
No sangue dos avós mortos na guerra,
Livre sagravas a Colúmbia terra,
Sagravas livre a nova geração!
Tu que erguias, subida na pirâmide,
Formada pelos mortos de Cabrito,
Um pedaço de gládio — no infinito…
Um trapo de bandeira — n'amplidão!…
...

Nota:

O poeta Castro Alves

O poeta Castro Alves (1847-1871)  escreveu três poemas em homenagem à vitória dos brasileiros na guerra da independência na Bahia – esta Ode aqui reproduzida, declamada em São Paulo, em junho de 1868 e o poema ”Ao Dois de Julho”, escrito na Bahia em 1867, ambos para o livro Espumas Flutuantes. O outro, o soneto “Ao Dois de Julho”, escrito no Recife em 1864, foi publicado na obra póstuma Hinos do Equador (1921), livro onde consta também outro poema que comemora a independência do Brasil: “Ao Dia Sete de Setembro”, escrito na Bahia, em 7 de setembro de 1861.

Escolhi reproduzir aqui a “Ode ao Dois de julho”, de 1868, pela homenagem que presta a todos os brasileiros que pegaram em armas pela independência mas cuja epopeia ficou oculta pela tese dominante de que a independência não resultou da luta dos brasileiros, tendo sido uma “doação” da Coroa Portuguesa. Ao saudar a “liberdade, esposa do porvir”, o poeta condoreiro saúda aqueles que lutam pelo Brasil e ajuda a desmentir as róseas fábulas que descrevem conquistas sem luta (José Carlos Ruy).

Do livro História Poética do Brasil. História do Brasil Narrada Pelos Poetas. Jamil Almansur Haddad (seleção e introdução). São Paulo, Editorial Letras Brasileiras, 1943.

*Fonte: https://vermelho.org.br/

Lula a banqueiros: ‘para que acumular tanto dinheiro, imbecil?'

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista

    Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Diego Vara)

247* - O ex-presidente Lula fez a crítica mais contundente da pré-campanha presidencial ao setor financeiro. Em entrevista à Rádio Metrópole (Bahia) nesta sexta-feira, 1, Lula se referiu a banqueiros usando o termo "imbecil" e defendeu a distribuição de riqueza. 

“Essas pessoas não podem ser ignorantes de querer só acumular riqueza. Ah... o fulano de tal é o mais rico do mundo, tem 50 milhões de dólares, outro tem 70 milhões. Pra quê? Você vai gastar no quê? Pra que você quer acumular tanto dinheiro, imbecil? (...) Distribua um pouco do seu salário. Distribua com alguns benefícios”, defendeu, após afirmar que, durante seus governos, promoveu a inclusão de milhões de pessoas no sistema financeiro através da elevação do poder de compra.

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista. Essa classe não busca o desenvolvimento do país e se acostumou ao capitalismo entreguista e parasitário, decorrente das políticas neoliberais pós-golpe de 2016. 

“Na cabeça dessa gente não existe pobreza, não existe fome, não existe gente dormindo na rua, gente dormindo na sarjeta, não tem criança morrendo de desnutrição. Essa gente só fala em teto de gastos, em política fiscal”, criticou o petista, cobrando dos representantes do setor discussões sobre políticas sociais. 

“Parece que eles vivem em uma redoma de vidro em que o mundo gira em torno deles e dos interesses deles”, disse, ao final da entrevista ao programa Jornal da Bahia.

*Fonte: https://www.brasil247.com/

29 junho 2022

Por que defendemos uma Constituinte com Lula?*

 

*Markus Sokol, membro da Executiva Nacional do PT, fala sobre a crise das instituições e a necessidade de uma Constituinte com Lula.

28 junho 2022

Brasil: Lavando nossa Bandeira!


O Lavado da Bandeira é um ritual inspirado nos atos realizados pelos peruanos contra o governo de Alberto Fujimori.

O sentido do evento organizado pelo "Núcleo de Vivencias, Estudios y Luchas en España" é lavar o preconceito e as atitudes neofascistas do governo Bolsonaro, que tomou posse das cores e dos símbolos nacionais como seus. A estratégia fascista de tomar posse dos símbolos nacionais sempre foi utilizada por governos com caráter nazista, este fato deriva a que o resto da população passe a rejeitar ditos símbolos para evitar ser confundidos com fascistas. Por isso o objetivo deste performance é resgatar a bandeira que cada vez tem sua imagem associada a grupos autoritários e reacionários.

O ato será [foi] realizado no sábado, dia 25 de setembro [2021], às 19h, em frente ao stand da FIRMES, na Festa Anual do PCE, em Rivas-Vaciamadrid (Comunidade de Madrid), Espanha.

A performance é de autoria de Beth Firmino, Doutora em Artes Cênicas, atriz e arte educadora, da plataforma MOV Brasil Madrid – Diversidad, Democracia y Derechos.

*Via YouTube

24 junho 2022

PF avalia que Lula sofre risco máximo e segurança do ex-presidente será a maior dentre todos os candidatos

Avaliação da Polícia Federal é de que Lula está no máximo de uma escala que indica a possibilidade de o candidato ser alvo de uma tentativa de ataque



     Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Diego Vara)

247* Em uma escala que varia de um a cinco, a Polícia Federal classificou em cinco o risco de o ex-presidente Lula (PT) ser alvo de alguma tentativa de ataque durante a campanha eleitoral deste ano.

Desta forma, o petista receberá o maior contingente de policiais para fazer sua segurança. Serão pelo menos 27 agentes, informa Guilherme Amado, do Metrópoles. Nenhum outro candidato a presidente terá tamanha equipe de segurança.

Os agentes da PF se juntarão aos militares que, cedidos pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, já trabalham ao lado de Lula. O petista tem direito à proteção fornecida pelo GSI por ser ex-presidente.

*Via Brasil247