20 fevereiro 2024

Coletivo de judeus publica nota em apoio às falas de Lula sobre massacre em Gaza

Presidente comparou o massacre promovido por Israel contra a Faixa de Gaza ao Holocausto da Alemanha nazista


Lula comparou o genocídio palestino com o Holocausto em entrevista a jornalistas na Etiópia - Michele Spatari/AFP

O coletivo Vozes Judaicas por Libertação publicou uma carta em apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que virou alvo de críticas por suas falas sobre o ataque de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.

No último domingo (18), em entrevista coletiva antes de deixar a Etiópia rumo ao Brasil, Lula comparou o massacre promovido pelas forças militares de Israel contra a Faixa de Gaza ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista contra os judeus na Segunda Guerra Mundial. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou o presidente. 

Após a fala, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, anunciou, nesta segunda-feira (19), que Lula seria considerado "persona non grata" no país. O termo é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é bem-vindo. 

Para o coletivo Vozes Judaicas por Libertação, é impossível comparar e hierarquizar genocídios, dado que a “a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável”. Ao mesmo tempo, no entanto, "a contradição de o povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós". 

O grupo ainda afirma que “enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa”. 

Confira a carta na íntegra: 

Dando um passo além nas contínuas denúncias dos crimes cometidos por Israel contra os palestinos, o presidente Lula causou furor ao fazer uma comparação entre o que ocorre hoje em Gaza e o que Hitler fez com os judeus durante o nazismo. 

A comparação entre genocídios é sempre delicada pois a experiência vivenciada por cada povo afetado é inigualável. Cada um representa uma narrativa singular e dolorosa na história das comunidades vitimadas. Logo, não há como estabelecer qualquer hierarquia entre genocídios. É impossível estabelecer uma métrica objetiva para determinar o 'pior' genocídio da história. Categorizar historicamente vítimas maiores ou menores é uma perigosa armadilha de reprodução de racismo. 

A contradição de o povo judaico ser ora vítima e agora algoz é palpável, tenebrosa e desalentadora. Lula externou o que está no imaginário de muitos de nós. Uma comparação que causa muita dor a judias e judeus de todo mundo, que tiveram as suas vidas cindidas pelo genocídio dos judeus na Europa, e agora veem um crime similar sendo cometido, supostamente em seu nome. Enquanto coletivo de judias e judeus, temos antepassados que foram vítimas do Holocausto nazista, e entendemos que nosso imperativo ético é nos posicionarmos contra o genocídio do povo palestino e contra a utilização da nossa defesa como justificativa.  

Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos. As lideranças israelenses seguem promovendo um massacre contra palestinos e ainda ameaçam a vida de judeus e judias em todo o mundo. Israel representa hoje a maior fonte de insegurança para todos os judeus do planeta ao usar nossa identidade como fachada e justificativa para sua campanha de terror. 

Por isso, defendemos e acreditamos que as palavras de Lula são de grande importância pois levantam questões relacionadas à urgência da ação, como um chamado definitivo dirigido a todos para agir diante do que ocorre em Gaza neste momento. Frente à incapacidade da ONU e de várias organizações internacionais em conter a violência perpetrada por Israel em Gaza, destaca-se a importância vital da postura demonstrada por líderes internacionais como Lula, que levantam suas vozes contra o que é já considerado por incontáveis especialistas como um genocídio contra o povo palestino. 

As palavras têm poder. Se a forma como Lula se expressou na ocasião foi pouco cuidadosa – tropeçando justamente neste ninho de comparações forçadas – sua fala tem o objetivo de atingir a imaginação e provocar uma crise moral sobre Israel. O pedido de impeachment protocolado pelos deputados bolsonaristas é uma medida descabida, assim como as acusações de antissemitismo – cujo real objetivo é deslegitimar o governo e a diplomacia brasileira. Não acreditamos que judeus brasileiros estão em risco por causa de sua declaração. 

Apoiamos as colocações do presidente Lula e cobramos que a radicalidade de suas palavras seja colocada em prática. Seria um gesto diplomático de relevância gigantesca romper todas as relações entre o estado brasileiro e Israel, em especial as relações militares que também fortalecem a barbárie em terras brasileiras, com a compra de armas e tecnologias de controle social que são usadas para atingir a vida do povo negro nas favelas. Convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv foi um passo ainda insuficiente nessa direção.

Por fim, convidamos a todas e todos, mas principalmente ao governo brasileiro a atender as demandas do movimento internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), liderado pelas bases da sociedade civil palestina. O povo palestino tem pressa e nossas ações têm poder." 

Edição: Lucas Estanislau

*Via BrasildeFato

19 fevereiro 2024

A guerra chegou ao Brasil. Lula precisa de apoio e mobilização

Lula ousou dizer a verdade inconveniente: o Ocidente promove e financia um genocídio comparável ao holocausto

    Lula na Cúpula Africana (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Por Leonardo Attuch*

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo na Etiópia, em que ele comparou o genocídio promovido pelo estado de Israel contra o povo palestino ao holocausto nazista, é, além de correta, algo que já vem sendo dito com frequência por rabinos ortodoxos judeus, como pode-se ver abaixo:

A questão é que, mesmo estando correta, a declaração desencadeou um movimento extremamente perigoso no Brasil. A extrema-direita fascista, que vê seu líder Jair Bolsonaro à beira da prisão, se aproveita do caso para apresentar pedidos de impeachment do presidente Lula. Governadores de oposição, como Ronaldo Caiado, tentam surfar no caso para herdar o espólio do fascismo. E o advogado de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, promete mobilizar a bancada evangélica numa guerra santa contra o presidente Lula.

A instabilidade favorece ninguém menos que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que, com pedidos de impeachment nas mãos, poderá aumentar seu poder de barganha em relação ao governo federal. O bolsonarismo poderá também renovar suas juras de amor ao Império e a Israel para tentar sair das cordas e, quem sabe, evitar a prisão e cancelar a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

Após as declarações de Lula, o Brasil passou a estar no centro da geopolítica global. Não por acaso, nos próximos dias, o governo brasileiro receberá visitas do chanceler russo, Sergei Lavrov, e do chefe do Departamento de Estado, Anthony Blinken. Ou seja: Lula será pressionado pelas duas forças mais poderosas que disputam os destinos da humanidade. 

Numa análise mais ampla, que vê a floresta, e não apenas as árvores isoladas, o massacre em curso na Palestina é apenas um fragmento da grande guerra do Império e seus vassalos contra o mundo multipolar, do “Ocidente” contra o Sul Global, dos colonizadores contra os povos oprimidos do mundo, da minoria privilegiada contra a maioria despossuída. 

Com sua fala deste domingo, Lula se tornou o principal líder do Sul Global. É uma posição nobre, mas que implica riscos evidentes, uma vez que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que hoje comanda uma das mais poderosas máquinas de guerra e espionagem do mundo, está babando de ódio. Lula precisa de todo apoio dos brasileiros comprometidos com o Brasil e com a paz mundial. E também de muita mobilização social.

*Fonte: Brasil247

18 fevereiro 2024

'SINTA-SE EM GAZA' - II

Nesta quinta-feira, dia 15/02, à tarde, estive visitando a exposição "Sinta-se em Gaza", no Clube de Cultura, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre/RS (vide postagem abaixo).

Recepcionado que fui pelo amigo, companheiro e conterrâneo Neltair Rebes Abreu, o grande Santiago (do "Macanudo Taurino", dentre - muitos - outros ...), tive o prazer de conversar longamente com ele, assim como com o também grande cartunista Edgar Vasques (criador do "Rango", dentre também - muitos - personagens!) e com sua esposa, a jornalista, radialista e revisora Clea Motti.

-Abaixo, alguns registros fotográficos do evento:













*Clique no meu face para ver mais. A exposição vai até o dia 29/02. Participe!

16 fevereiro 2024

SINTA-SE EM GAZA!

 


Não é necessário ser um humanista militante para repelir o terror genocida do regime nazi-sionista de Apartheid em Gaza. 

Basta, para isso, ter um sentimento mínimo de humanidade e aspirar a uma decência minimamente aceitável para este “mundo que conhecemos e padecemos”, como dizia Galeano.

Não há nenhuma justificativa sobre as atrocidades israelenses contra os palestinos que seja eticamente aceitável. Não há mesmo! (...) 

Menos ainda o pretexto cínico do “direito de defesa de Israel”. Na verdade, é o direito ao livre assassínio. Serve como salvo-conduto sionista para o assassinato de uma criança palestina a cada 13 minutos.Quem defende, justifica ou relativiza o genocídio do povo palestino perdeu o sentido comum de humanidade; perdeu a noção elementar de uma humanidade humanizada. Outros o fazem por serem assumidamente nazi-sionistas ou extremistas de direita. Ou, ainda, por cálculos econômicos e geopolíticos. (...)

*CLIQUE AQUI para ler na íntegra a postagem do companheiro Jeferson Miola (com o Blog O Boqueirão Online, via Brasil247).

15 fevereiro 2024

ORCRIM BOLSONARISTA - Gleisi diz que ato de Bolsonaro na Paulista é inconstitucional: "Não podemos flertar com o perigo"

Presidenta nacional do PT diz que Bolsonaro se traveste de democrata para continuar atacando a democracia no ato convocado por ele "em defesa do estado democrático de direito".

Em um longo texto divulgado na manhã desta quinta-feira (15), a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), se coloca contra o ato que está sendo convocado por Jair Bolsonaro (PL) para o próximo dia 25 na avenida Paulista, em São Paulo.

"Não há legitimidade nesse ato. Ele é contra a Constituição! O Brasil superou recentemente uma tentativa de golpe e sabemos bem o risco que corremos. Não podemos flertar com o perigo", diz Gleisi, em um apelo para que o ato seja proibido.

Para a presidenta do PT, Bolsonaro se traveste de democrata para continuar atacando a democracia e não para "se defender" - como o ex-presidente tem dito sobre a manifestação, capitaneada pelo "pastor" Silas Malafaia". (...)

*CLIQUE AQUI para ler na íntegra a postagem do jornalista Plinio Teodoro (via Revista Fórum)

14 fevereiro 2024

CARNAVAL E LIBERDADE - Após retratar repressão policial, Vai-Vai reage a críticas e lembra 'altíssima mortalidade da população preta'

Escola retratou Choque com chifres em alusão ao Carandiru; policiais demandam corte de verba e pedido de desculpas

Maior campeã do carnaval paulista, Vai-Vai retratou repressão policial na década de 90 - Divulgação/Vai-Vai

O desfile da Vai-Vai, maior campeã da história do Carnaval paulistano, desagradou policiais e políticos de direita, que exigiram um pedido de desculpas e pediram o corte de verbas públicas da escola.

O motivo foi que na noite de sábado (10), no Sambódromo do Anhembi, uma ala retratou a tropa de choque da Polícia Militar (PM) com traços demoníacos, fazendo alusão à repressão policial em alta na década de 1990.

Em nota enviada ao Brasil de Fato, a Vai-Vai reafirmou o conteúdo da alegoria e disse que tem "liberdade" para encená-lo.

"Na década de 90 a segurança pública no estado de São Paulo era uma questão importante e latente, com índices altíssimos de mortalidade da população preta e periférica", disse a Vai-Vai. 

"Além disso, é de conhecimento público que os precursores do movimento hip hop no Brasil eram marginalizados e tratados como vagabundos, sofrendo repressão e, sendo presos, muitas vezes, apenas por dançarem e adotarem um estilo de vestimenta considerado inadequado pra época", prosseguiu a escola

Entenda o enredo

Com o samba-enredo "Capítulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop: um manifesto paulistano”, o desfile prestou homenagem ao álbum “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MC’s, um dos mais marcantes do gênero. Lançado em 1997, o disco retratava a onda de brutalidade policial pela qual passava São Paulo na década de 1990.

O caso mais conhecido da época foi o massacre do Carandiru, em 1992, a maior chacina já registrada em um presídio. O episódio sombrio foi registrado pelos Racionais na música “Diário de um detento”, que pertence ao álbum homenageado pela Vai-Vai e, consequentemente, foi parar no desfile de 2024. 

Policiais e políticos atacam

Os delegados de polícia de São Paulo divulgaram uma nota de repúdio. Em tom áspero, o sindicato que representa a categoria (Sindpesp) disse que a Vai-Vai "tratou com escárnio a figura de agentes da lei", "afrontou as forças de segurança" e desrespeitou "profissionais abnegados".

Os deputados federais Capitão Augusto e Dani Alonso, do PL, mandaram um ofício ao prefeito de São Paulo (SP) Ricardo Nunes (MDB) e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), pedindo que a Vai-Vai não receba mais dinheiro público em 2025. 

Leia a nota da Vai-Vai na íntegra:

"Neste contexto, foram feitos, ao longo do desfile, uma série de recortes históricos, como a semana de arte de 1922 e o lançamento do álbum “Sobrevivendo no Inferno”, dos Racionais MCs, em 1997. “Sobrevivendo no Inferno” é o segundo álbum de estúdio do grupo, lançado pelo selo da gravadora Cosa Nostra em 20 de dezembro de 1997.

É considerado o álbum mais importante do rap brasileiro. Em 2007, figurou na 14ª posição da lista dos 100 melhores discos da música brasileira pela Rolling Stone Brasil. Em 2018, o álbum foi incluído pela Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Universidade Estadual de Campinas) na lista de obras de leitura obrigatória para o vestibular da Unicamp a partir de 2020. Meses depois, a obra virou livro, publicado pela Companhia das Letras, tamanha sua relevância.

Segundo a Revista Rolling Stone Brasil, que ranqueou o álbum na 14ª posição da lista dos 100 melhores discos da música brasileira, "Sobrevivendo no Inferno colocou o rap no topo das paradas, vendendo mais de meio milhão de cópias. Racismo, miséria e desigualdade social — temas cutucados nos discos anteriores — são aqui expostos como uma grande ferida aberta, vide ‘Diário de um Detento’, inspirada na grande chacina do Carandiru".

Ou seja, a ala retratada no desfile de sábado, da escola de samba Vai-Vai, à luz da liberdade e ludicidade que o carnaval permite, fez uma justa homenagem ao álbum e ao próprio Racionais Mcs, sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação, mas sim uma ala, como as outras 19 apresentadas pela escola, que homenageiam um movimento.

Vale ressaltar que, neste recorte histórico da década de 90, a segurança pública no estado de São Paulo era uma questão importante e latente, com índices altíssimos de mortalidade da população preta e periférica. Além disso, é de conhecimento público que os precursores do movimento hip hop no Brasil eram marginalizados e tratados como vagabundos, sofrendo repressão e, sendo presos, muitas vezes, apenas por dançarem e adotarem um estilo de vestimenta considerado inadequado pra época. O que a escola fez, na avenida, foi inserir o álbum e os acontecimentos históricos no contexto que eles ocorreram, no enredo do desfile."

*Edição: Matheus Alves de Almeida -  Brasil de Fato

10 fevereiro 2024

PT, ano 44

 


Por Milton Alves*

O Partido dos Trabalhadores (PT) completa 44 anos neste sábado (10), um momento de celebração e reflexão para o maior partido de esquerda da América Latina. Uma trajetória que foi forjada nas lutas do povo trabalhador por democracia, direitos sociais e econômicos. É a marca do partido, e também a vocação, defender a classe trabalhadora e o povo pobre do Brasil.

Nestes 44 anos, o PT teve uma presença marcante e decisiva nos diversos embates do povo brasileiro por uma vida digna, com justiça e inclusão social, enfrentando os poderes das classes dominantes, a perversa herança escravista e autoritária — que ainda moldam o estado brasileiro.

A construção original do PT, que reuniu o sindicalismo combativo dos anos 70, marxistas de diversos matizes e milhões de lutadores sociais, garantiu o continuado protagonismo político, o prestígio eleitoral e a capilaridade de um partido de massas nacionalmente organizado. O PT é mais uma façanha histórica da classe trabalhadora brasileira.

Ao longo de mais de quatro décadas acumulamos vitórias e duras derrotas. O PT sofreu e sofre o ataque sistemático dos inimigos do povo trabalhador, o ódio de classe dos que se julgam donos do país.

O PT, ao mesmo tempo, viveu e vive toda sorte de pressões para abrir mão de seus princípios fundadores. É um desafio presente em cada jornada na trajetória do partido. Ilusões institucionais, acomodação ao parlamentarismo burguês, convivem com a saudável e combativa militância popular do partido. Os militantes e apoiadores do PT em cada território e segmento de atuação são as antenas de referência e as nossas raízes mais profundas.

Nos últimos anos, enfrentamos uma campanha odiosa contra o PT, que tinha por objetivo a destruição e a desmoralização político-ideológica do partido aos olhos do povo trabalhador. Instrumentos persecutórios como a Ação Penal 470, que prendeu parte da direção histórica do partido, a operação Lava Jato, o golpe contra o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff e a prisão de Lula foram parte dessa ofensiva criminosa. Resistimos!

Em 2022, nas eleições presidenciais, enfrentamos e vencemos o liberal-fascismo na disputa eleitoral, mas a extrema-direita bolsonarista, o empresariado neoliberal e a casta militar travam uma acirrada guerra contra o mandato de Lula — sabotam o governo, vide a mega espionagem da Abin e a intentona do 8J –, e operam tentativas de desestabilização política no Congresso, como as ameaças do jagunço Arthur Lira, de subtrair os poderes do presidente Lula.

A derrota definitiva do bolsonarismo e do neoliberalismo exige a mobilização popular e uma clareza de objetivos na defesa de um programa de transformação e a permanência da identidade de esquerda, socialista.

O PT precisa combinar o apoio institucional ao governo com a pressão da rua, de massa, por baixo, contribuindo para a auto-organização do povo, evitando as armadilhas e as trapaças institucionais da “democracia” dos ricos.

Nas próximas eleições municipais, o PT, novamente, é chamado a levantar sua bandeira vermelha em todo o país para defender cidades humanizadas e democráticas, mobilidade urbana, moradia digna, fortalecimento do SUS nos territórios, o acesso do povo à cultura e ao lazer, entre outras demandas do povo trabalhador. Para isso, é fundamental que os nossos candidatos – prefeitos e vereadores – tenham uma trajetória de compromisso com as pautas populares e de esquerda.

O Partido dos Trabalhadores tem pela frente imensos desafios para ajudar o governo do presidente Lula na tarefa de reconstruir e transformar o país, consolidar uma democracia mais participativa, assegurar um novo curso econômico de desenvolvimento e distribuição de renda e contribuir para a integração da América Latina.

Vida longa ao PT! Salve, salve, a combativa militância do PT!

*Milton Alves é jornalista 

-Com o site Brasil247

09 fevereiro 2024

Apesar de Você ...

 


*Chico Buarque - super atual!!!

Provas descobertas pela PF acabam com estratégia de Bolsonaro e seus aliados; entenda

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Foto: Alan Santos/PR


Por Caique Lima*

As recentes descobertas de investigadores da Polícia Federal e as operações desta quinta (8) acabaram com a estratégia de aliados de Jair Bolsonaro, que tentavam afastar o ex-presidente das tratativas golpistas. Provas coletadas por policiais federais mostram que ele participou ativamente do movimento.

O tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, chegou a dizer que “um monte de maluco” pedia golpe, mas o ex-presidente escutava o que tinham a dizer e “mandava tirar dali”. O vídeo da reunião de julho de 2022 acaba com essa versão, no entanto.

No encontro com ministros e assessores, o então presidente conduziu o movimento golpistas, pediu uma ruptura institucional antes das eleições de 2022 e chegou a ameaçar “entrar em campo usando o seu Exército”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante reunião golpista em julho de 2022. Foto: Reprodução

Segundo o Blog da Andréia Sadi no g1, agentes da PF apontam que Bolsonaro não poderá mais terceirizar a responsabilidade para um de seus subordinados, já que foi encontrado na cena do crime. Nos bastidores, seus aliados estão em um clima de derrota.

A corporação vai avançar contra Cid nas investigações sobre o caso. Agentes querem questioná-lo sobre o vídeo, já que não havia detalhado o teor do encontro em depoimentos e em sua delação premiada. O objetivo da PF é fechar o caso até junho deste ano.

Investigadores também querem saber se a reunião foi gravada com anuência do então presidente ou se foi um ato isolado de Cid. Caso descubra que o ex-ajudante de ordens mentiu ou omitiu fatos criminosos, ele pode perder os benefícios de sua delação premiada.

*Via DCM

08 fevereiro 2024

ORCRIM BOLSONARISTA - Bolsonaro já tinha carta para ler após o golpe; PF encontrou documento na sede do PL

Texto se dirige ao povo brasileiro, abusa de jargões do ex-presidente como a expressão “dentro das quatro linhas” e justifica GLO e decreto de estado de sítio


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já tinha uma carta redigida e pronta para ser lida em suas famigeradas lives - além da televisão e do rádio - após um eventual sucesso do seu plano de golpe de Estado. O então mandatário anunciaria ao povo brasileiro a necessidade de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e a decretação de estado de sítio, que colocariam as Forças Armadas sob o controle das ruas do país e o manteria no poder à revelia dos resultados eleitorais.

carta de Bolsonaro aos brasileiros após o golpe foi encontrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (8), na sede do seu partido, o Partido Liberal, em Brasília, durante operação de busca e apreensão. De acordo com a investigação, o documento não estava assinado. (...)

*CLIQUE AQUI para continuar lendo a postagem assinada por 

PF determina apreensão do passaporte de Bolsonaro para impedir sua fuga

Agentes da Polícia Federal também apreenderam celulares de assessores de Bolsonaro em sua casa em Angra dos Reis


247* - O próprio Jair Bolsonaro (PL) está entre os alvos da Polícia Federal na operação desta quinta-feira (8). Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, "a PF foi à casa dele, em Angra dos Reis, e apreendeu celulares de assessores. Determinou também que Bolsonaro entregasse o passaporte. Como o documento não estava na residência, os policiais deram 24 horas para que ele o entregue".

Bolsonaro reagiu alegando ser alvo de uma "perseguição implacável". "Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável. Me esqueçam, já tem outro governando o país". 

>>> Urgente: PF vai para cima de Heleno e Braga Netto

Nesta quinta, a Polícia Federal também efetuou a prisão de Marcelo Câmara e Filipe G. Martins, ex-assessores de Jair Bolsonaro. A operação também mira Braga Netto, Augusto Heleno, Valdemar Costa Neto e outros.

Nota da Polícia Federal – A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8/2) a Operação Tempus Veritatis para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.

Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas. Policiais federais cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.

Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

*Fonte: https://www.brasil247.com/