Por Caique Lima*
As recentes descobertas de investigadores da Polícia Federal e as operações desta quinta (8) acabaram com a estratégia de aliados de Jair Bolsonaro, que tentavam afastar o ex-presidente das tratativas golpistas. Provas coletadas por policiais federais mostram que ele participou ativamente do movimento.
O tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, chegou a dizer que “um monte de maluco” pedia golpe, mas o ex-presidente escutava o que tinham a dizer e “mandava tirar dali”. O vídeo da reunião de julho de 2022 acaba com essa versão, no entanto.
No encontro com ministros e assessores, o então presidente conduziu o movimento golpistas, pediu uma ruptura institucional antes das eleições de 2022 e chegou a ameaçar “entrar em campo usando o seu Exército”.
Segundo o Blog da Andréia Sadi no g1, agentes da PF apontam que Bolsonaro não poderá mais terceirizar a responsabilidade para um de seus subordinados, já que foi encontrado na cena do crime. Nos bastidores, seus aliados estão em um clima de derrota.
A corporação vai avançar contra Cid nas investigações sobre o caso. Agentes querem questioná-lo sobre o vídeo, já que não havia detalhado o teor do encontro em depoimentos e em sua delação premiada. O objetivo da PF é fechar o caso até junho deste ano.
Investigadores também querem saber se a reunião foi gravada com anuência do então presidente ou se foi um ato isolado de Cid. Caso descubra que o ex-ajudante de ordens mentiu ou omitiu fatos criminosos, ele pode perder os benefícios de sua delação premiada.
*Via DCM
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