07 agosto 2017

GOERING FICARIA ORGULHOSO: CONTINUAM OS VIOLENTOS ATAQUES DA EMPIRICUS A LULA NOS MEIOS "EMPRESARIAIS"



Por Mauro Santayana*


Um dos fenômenos mais impactantes do processo histórico vivido pelo país neste momento, é a extensão, profundidade e complexidade alcançadas pelo amplo esquema de contrainformação fascista montado nos últimos anos.

Voltado para atingir não apenas o público geral, mas também segmentos específicos da opinião pública, como a juventude, as igrejas (católicas e evangélicas) os ruralistas e os empresários urbanos, ele tem operado, desde 2013, praticamente sem contestação.

Na ausência de planejamento tático, estratégia, determinação ou articulação, a esquerda, que poderia servir de alternativa a esse discurso, reage, junto com o campo nacionalista e democrático, de uma forma tão lamentável e errática, que as derrotas vão se sucedendo, umas sobre as outras, com grande rapidez e facilidade, como ocorreu com o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016.

Não há no Brasil uma frente pela democracia. 

Não existe, no país, um comitê estratégico de comunicação, que pudesse, ao menos em parte, suprir a ausência dessa frente, ou transformar-se no seu braço mais atuante, em defesa da Verdade, da Liberdade, do Estado de Direito e da Constituição.

Nem uma coordenação jurídica nacionalista e desenvolvimentista, que possa restabelecer minimamente a justiça e fazer frente  ao verdadeiro tsunami de calúnias produzido de forma mendaz pelo sistema de manipulação entreguista e fascista, em seus moinhos, ininterruptamente ligados, de ódio, mentira e hipocrisia.

E nem sequer grupos de monitoramento dignos desse nome, para ao menos mapear o que está ocorrendo nesse contexto, na internet e nos meios tradicionais de comunicação.

A cada 24 horas, no âmbito econômico e no institucional,  da desculpa da busca de austeridade - agora ridicularizada pelos mais de 3 bilhões em emendas parlamentares aprovados pelo governo - que disfarça e sustenta a entrega da nação aos estrangeiros, à suposta defesa da honestidade que justifica, por meio do discurso de combate à corrupção, a destruição do Brasil, de programas e projetos no valor de centenas de bilhões de reais, são gerados, livre e maciçamente - na mídia, nos organismos de controle, justiça e segurança da República, nos intestinos de uma plutoburocracia sem nenhuma visão geopolítica ou um mínimo de sensibilidade estratégica para com a dimensão e a história do país que está irresponsavelmente arrebentando - centenas de ataques (milhares, se somarmos as redes sociais) ao Estado, à Democracia e à Política.

Às principais  empresas nacionais e aos nossos bancos públicos - que poderiam nos servir de instrumento para enfrentar a crise em que nos meteram a propaganda, a conspiração e a sabotagem golpista desde a época da Copa do Mundo - distorcendo descaradamente a verdade, invertendo a realidade dos fatos, criando mitos tão mendazes quanto absurdos.

Disseminam-se, como sementes de ódio que brotam assim que atingem o solo - e tivéssemos sido tomados por um cego, orgásmico e orgiático viralatismo - falsos paradigmas que estão chegando - pela constante repetição, no incansável "pós venda" da "pós-verdade" - a milhões de brasileiros, nos mais diferentes nichos da sociedade e regiões do país, cumprindo sua missão de enfraquecer e destruir o Estado, desnacionalizar a economia e nossos principais  instrumentos de desenvolvimento, e de ajudar a entregar, quem sabe definitivamente, o país ao fascismo, com embrulho de presente e tudo, nas próximas eleições.

Para fazer isso, a  aliança entre direita "light", o anticomunismo tosco e anacrônico e o entreguismo mais abjeto, que encontraram no território brasileiro, nos últimos anos, um campo fértil, adubado com o preconceito e a ignorância, não utilizam apenas a mídia de massa - a ponta mais visível do iceberg que está afundando o país.

Mas também os mais insidiosos métodos e instrumentos, desenvolvendo estratégias específicas para cada tipo de público, por meio de instituições ligadas a interesses estrangeiros, vide as ligações entre o MBL e os irmãos Koch, por exemplo.

Há palestras e cursos de formação de "liderança" promovidos e financiados por consulados e embaixadas estrangeiras, de países que nos espionaram ainda nesta década.

Há "seminários" organizados por institutos e fundações de "defesa" da "justiça" e da "democracia", que não apenas levam nossos jovens para outros países, facilitando por meio de "bolsas" suas viagens e estudos, como depois também promovem e premiam, com plaquinhas, diplomas, medalhas, espelhinhos, festinhas, diplomas e miçangas e palestras remuneradas, sua fiel, abjeta e prestimosa "cooperação", quando alcançam algum poder em suas carreiras.

Há centenas de sites sofisticados, sem fontes de financiamento claras, e também empresas de "consultoria" e "research" que, a pretexto de prestar informações ao mercado e a investidores, fazem o mais descarado proselitismo político e antinacional.

Isso, sem serem incomodadas  ou impedidas, na maioria das vezes, nem pelas autoridades, nem por quem está sendo por elas impiedosa e constantemente caluniado.

Usando, para pescar otários no oceano dos brasileiros comuns, saturantes- e caríssimas - campanhas de mídia dirigida, que, por sua extensão e capilaridade, devem envolver, principalmente na internet, milhões de reais.

Ora, todo mundo com um mínimo de conhecimento histórico sabe que, desde o início dos tempos, a mentira e o medo são as duas principais muletas do fascismo.

Que as utiliza para percorrer a trilha, pavimentada pela desinformação e o analfabetismo político, que costuma conduzí-lo ao poder, para finalmente calçar, sem abandoná-las como apoio para equilibrar-se, as pesadas botas do terror e do autoritarismo.

Quando na oposição, a falsidade e o preconceito servem ao fascismo para incentivar o golpismo.

Quando na situação, para impedir que ascendam novamente ao poder forças que possam se opor a ele.

Em fevereiro de 2015, denunciamos, em um texto para o qual recomendaríamos novamente a leitura, publicado na "Revista do Brasil", com o título de "O "FIM" DO BRASIL", a realização, na linha do "tenho medo", lembram-se? - de uma ampla campanha de mídia, dirigida principalmente para os meios empresariais, disfarçada como a venda de relatório de conjuntura, que afirmava - dentro da estratégia de  disseminação e justificação do golpismo - que o Brasil iria "quebrar" naquele ano.

Por trás dela, estava uma empresa de "consultoria" cuja principal missão tem sido, nos últimos anos, a de explorar e apoiar abertamente o anticomunismo e o antipetismo no Brasil, adotando o sensacionalismo mais vulgar e o mais descarado terrorismo econômico, mesma estratégia que adota  em outros "mercados", como Portugal, por exemplo.

Não apenas negando as eventuais conquistas que o país obteve na última década, mas, principalmente, assustando um público ignorante em economia, suscetível e contaminado ideologicamente pelo discurso conservador, privatista, entreguista e antibrasileiro vigente.

Ameaçando-o com a perspectiva da volta ao poder de um governo nacionalista, capaz de recolocar o país, por meio de um programa desenvolvimentista, em uma situação minimamente soberana e digna diante do mundo.

Agora, com a mesma estratégia, já denunciada, entre  outros, por Fernando Brito, Tereza Cruvinel e Denise Assis - a de apresentar um discurso escarradamente político, em sua forma e consequências, como peça de propaganda de uma pseudo "análise exclusiva" - essa mesma empresa, a EMPIRICUS - sócia do site Antagonista e da Agora.inc, dos EUA, e já processada pela CVM e o MP de São Paulo - está promovendo outra campanha milionária, que, no lugar de "O FIM DO BRASIL" traz como apelo o alerta "A AMEAÇA QUE PODE ARRUINAR COM O PATRIMÔNIO DE SUA FAMÍLIA".

Nela, ela usa como principal gancho o retorno de Lula - que tirou o Brasil da decima-terceira economia do mundo e levou para sexta, hoje, ainda, nona posição, pagou a dívida com o FMI, triplicou o PIB, e multiplicou por 10, para 340 bilhões de dólares, as reservas internacionais - à Presidência da República e também defende, em outra peça de propaganda, a condenação definitiva do ex-presidente como um fator de melhora da situação para os investidores. (...)

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