04 agosto 2025

A velha direita e o fascismo têm muitos candidatos e não têm nenhum

 

                                           Michelle e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Por Moisés Mendes*

As muitas direitas têm, em tese, uma dúzia de candidatos para enfrentar Lula no ano que vem. Mas o candidato mais forte, segundo as pesquisas, é uma candidata que não irá concorrer. Michelle Bolsonaro não correrá o risco de disputar a eleição.

Primeiro, que se esclareça que Tarcísio, Zema, Ratinho, Caiado, Eduardo e Flávio não correspondem às expectativas da direita e da extrema-direita. Ou são fracos ou são vacilantes.

E que, entre todos eles, o primeiro é o mais inconfiável, porque teria que se desligar do governo para concorrer e porque não tem o aval do bolsonarismo. Medroso, fugiu até do ato de domingo na Paulista, no trio elétrico desencapado de Malafaia.

Com Tarcísio de fora, Michelle seria o nome mais forte de todos os outros. Mas Michelle não irá até o fim, por um conjunto de motivos que podem ser bem resumidos:

1. Com Bolsonaro preso, é impossível pensar que Michelle sairia em campanha pelo Brasil. Bolsonaro não aguentaria a situação que seria criada, com a mulher sendo protagonista e ele encarcerado. A situação não se altera muito se ele estiver em prisão domiciliar. Michelle não existe sem a dependência política de Bolsonaro.

2. Michelle tem certeza de que se elege senadora por Brasília como a mais votada nas disputas pelas duas vagas. Chegar ao Senado é uma distinção que os políticos perseguem, mesmo depois de passarem por altos cargos da República. E o Senado será o espaço mais importante da luta política a partir de 2027.

3. Bolsonaro sabe, por experiência própria, que, se fosse eleita para a Presidência, Michelle não conseguiria governar. Seria governada por Valdemar Costa Neto e Gilberto Kassab, por todos os escalões do centrão e pelas estruturas da extrema-direita na Câmara e no Senado. Bolsonaro deve ter pesadelos ao imaginar a mulher no poder.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

Os outros motivos são desdobramentos desses três. Michelle não aguentaria o tranco de uma campanha, menos pelas armadilhas que seriam criadas pelas esquerdas e muito mais pelas sabotagens e disputas internas das direitas e do fascismo.

O resumo hoje é esse: os pré-candidatos que querem mesmo disputar a eleição (Caiado, Zema, Eduardo e Ratinho, mais Ciro e Eduardo Leite, que nem têm sido incluídos nas pesquisas) não têm condições de enfrentar Lula. E Tarcísio vai amarelar, e Michelle fará a escolha pelo que é mais confortável e previsível.

Folha, Globo e Estadão se esforçam, mas as várias velhas direitas não têm candidato, e a extrema-direita sem Bolsonaro é uma incógnita.

*Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre/RS, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/ 

**Fonte: DCM

01 agosto 2025

Lutas: Passado o PED [do PT], retomar a organização do DAP (Diálogo e Ação Petista)*

 



Os Grupos de Base do DAP São José e Florianópolis, em Santa Catarina (foto acima), reuniram-se em 21 de julho, com cerca de 30 pessoas, para discutir a situação política, fazer uma avaliação do primeiro turno do PED e encaminhar uma posição de voto para o segundo turno.

Na discussão sobre a situação política, os presentes se manifestaram sobre como organizar atividades e atos junto aos petistas, em defesa da soberania do país, contra a taxação imposta por Trump e pela prisão de Bolsonaro.

Em relação ao PED, o aumento do número de votos no estado foi destacado como um resultado positivo. Na avaliação dos presentes, esse crescimento está ligado aos 13 pontos apresentados pelo DAP na discussão e reforçaram a necessidade de fortalecimento do DAP nas cidades e no Estado, para continuar o combate. A reunião encaminhou ainda a necessidade de uma atividade preparatória aberta, na região de Florianópolis, para discutir a Conferência Continental do México em Defesa dos Direitos dos Migrantes e da Migração.

No dia 28 de julho, o Grupo de Base da Grande Fortaleza, no Ceará, também retomou suas reuniões após o PED. Cerca de 30 pessoas estiveram na reunião e deliberam questões organizativas do grupo e a participação no ato em Solidariedade ao Povo Palestino que acontecerá em 8 de agosto. Também está na agenda do grupo, uma série de palestras, a primeira está marcada para o dia 13 de agosto e tratará sobre “Os ataques do imperialismo à soberania brasileira”.

O Comitê Nacional reuniu no último sábado, 26 de julho e encaminhou uma nota direcionada aos grupos de base fazendo um balanço mais fino sobre o PED 2025. A nota (vide abaixo) deve ajudar aos Grupos de Base na retomada de reuniões pós PED bem como na tomada de ações concretas. (...)

PHmilitante do PT/AL

-Leia também: A agressão de Trump é cada vez mais política

*Via site nacional do DAP