27 agosto 2025

Ofensas de carniceiro israelense são condecoração para Lula

 

Chanceler israelense, Israel Katz (Foto: REUTERS/Eduardo Munoz)

Por Bepe Damasceno*

O modus operandi da extrema direita segue o mesmo padrão, independentemente de país. O nível é o mais rasteiro possível, sempre com base na mentira, nos ataques sujos a quem pensa diferente, na criminalização dos adversários, na delinquência em estado bruto. 

Nesse contexto, as ofensas do ministro da Defesa de Israel, um facínora que defende e pratica o extermínio do povo palestino, é mais uma medalha no peito de Luiz Inácio Lula da Silva.

O genocida Israel Katz disse que Lula "é antissemita e apoiador do Hamas." Ele foi além e associou, de forma fraudulenta, Lula ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, através de uma montagem feita por inteligência artificial

Aliás, esse é o mantra usado à larga pelos sionistas: todas as pessoas ao redor do planeta que criticam e se indignam com a limpeza étnica, os crimes contra a humanidade, a destruição física de Gaza e a fome imposta aos palestinos pelo governo liderado pelo criminoso de guerra Benjamin Netanyahu são tachadas de "antissemitas".

Nessa toada, o presidente da França, Emmanuel Macron, é acusado de antissemitismo ao declarar que reconhecerá, em breve, o estado palestino. Mesmo carimbo recebido pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Stamer, e lideranças de outros países. 

O Itamaraty respondeu dentro dos limites da linguagem diplomática, mas com energia: "O ministro da Defesa e ex-chanceler israelense voltou a proferir ofensas, inverdades e grosseiras inaceitáveis contra o Brasil e o presidente Lula."

Mas o cerro se fecha contra Israel. Ontem, grande parte do mundo civilizado condenou nos mais duros termos o bombardeio do Hospital Nasser por parte das forças de segurança israelenses que resultou em 20 mortos, incluindo jornalistas das agências de notícias ocidentais Reuters e Associated Press e da emissora árabe Al Jazeera.

Em menos de dois anos, 189 profissionais de imprensa foram mortos em Gaza. Esse número é maior do que o registrado nas duas Guerras Mundiais. Por mais chocante que seja, os veículos da mídia comercial brasileira foram incapazes de produzir até agora uma simples nota oficial em solidariedade aos colegas assassinados. 

Em protesto contra mais essa ação terrorista de Israel, uma multidão tomou as ruas de Tel Aviv para exigir o fim da guerra e a imediata solução para o caso dos reféns.

E Lula não recuou um milímetro. Na abertura da reunião ministerial desta terça (23), o presidente voltou a denunciar o genocídio em Gaza.

O acerto de contas da história há de ser implacável. De um lado, um estadista mundial, que não mede esforços na luta pela paz  e pela erradicação da fome. De outro, assassinos em série de crianças, mulheres e idosos.  

*Jornalista e blogueiro - Via Brasil247

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