15 abril 2013

VENEZUELA FESTEJA A VITÓRIA DE NICOLÁS MADURO




por Leandra Felipe
Enviada especial da Agência Brasil/EBC

Caracas - Considerado sucessor político de Hugo Chávez e atual presidente interino do país, Nicolás Maduro, foi eleito presidente da Venezuela, anunciou a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena. Maduro, candidato da situação, teve 50,66% dos votos, superando os 49,07% do oposicionista Henrique Capriles. Maduro irá suceder Hugo Chávez, que morreu em março após lutar contra um câncer.
De acordo com a presidenta do conselho, não há como o resultado mudar. Até o momento, 99,12% das urnas foram apuradas. "O CNE, quando dá um resultado eleitoral, é porque é irreversível", disse. Segundo o conselho, 78,71% dos eleitores votaram neste domingo (14). O resultado foi divulgado às 23h16 (horário de Caracas).
Maduro tem 51 anos, foi motorista de ônibus e participou desde o início do movimento de esquerda fundado por Hugo Chávez. Em 2000, foi eleito deputado da Assembleia Nacional, e em 2006, assumiu o cargo de Ministro das Relações Exteriores do governo de Chávez, e se manteve na função até ser designado vice-presidente do país.
Assumiu interinamente a Presidência da Venezuela, quando Chávez teve de se afastar de suas funções de presidente para tratar o câncer. Foi escolhido, pelo próprio Chávez, para ser seu herdeiro político. Maduro continuou como presidente do país após a morte de Chávez e durante o período eleitoral. Sua estratégia de campanha buscou vinculá-lo fortemente à imagem do líder venezuelano.
Tibisay Lucena apelou para que os candidatos peçam a seus seguidores que recebam o resultado das urnas com tranquilidade, ressaltando que o processo de votação foi tranquilo, pacífico e que os venezuelanos definiram os rumos do país "em paz e por meio dos votos". 
-Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
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Manifesto ao Governador



SANTIAGO/RS - O Boqueirão Online - O vereador Sérgio Marion, Líder da Bancada do PT na Câmara de Vereadores de Santiago, entregou em mãos ao   governador Tarso Genro (por ocasião da visita realizada ao município de Santiago no último dia 05 de abril) o Manifesto político que, a seguir, o Blog 'O Boqueirão Online' divulga (com exclusividade):

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14 abril 2013

Mrs. Robinson




Simon & Garfunkel - Mrs. Robinson

Tomates...


*Via Satiro-hupper

A "Grande Mídia" é intolerante


'A intolerância demonstrada pela “Grande Mídia”, no episódio da minha participação no Fórum da Igualdade e minha ausência no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, prova que ainda temos um largo caminho a percorrer, para permitir que as opiniões divergentes circulem livremente na nossa democracia limitada. Estas questões não interessam ao “Fórum da Liberdade”, mas certamente interessam ao “Fórum da Igualdade”. Por isso fui neste, mais fraco. Não no outro, mais forte. ' (O artigo é de Tarso Genro).

CLIQUE AQUI  para ler na íntegra (via Carta Maior)

*Foto: Tarso em Santiago/RS - 2010.

13 abril 2013

Cultura também se revolucionou na Venezuela, afirma Daniel Viglietti


Daniel Viglietti: Cultura também se revolucionou na Venezuela

Renomado músico e compositor uruguaio está em Caracas cantando por Maduro e pela integração latino-americana. No Brasil, infelizmente, a lógica anti-integracionista e alienante dos grandes conglomerados de comunicação silenciam sua voz e seus dizeres, repletos de convicção no ser humano, na força da solidariedade e da unidade. Por Leonardo Wexell Severo e Vanessa Silva,  do Comunica Sul (via Carta Maior).

CLIQUE AQUI  para ler na íntegra.

12 abril 2013

A CONSTRUÇÃO DO MENSALÃO


Recomendo a todos a leitura da edição especial de 24 páginas da revista Retrato do Brasil que chegou às bancas nesta semana. A manchete diz tudo: “A construção do mensalão”. No subtítulo: “Como o Supremo Tribunal Federal, sob o comando do ministro Joaquim Barbosa, deu vida à invenção de Roberto Jefferson”. A publicação é do respeitado jornalista Raimundo Pereira.

Coloco aqui um resumo do que a revista, em um minucioso e longo trabalho de reportagem, publica. As reportagens derrubam, entre outras coisas, a tese de que houve desvio de dinheiro público no apontado esquema.

Logo na introdução, a Retrato diz que “o problema dos juízes foi que eles não se preocuparam em primeiramente provar a existência do crimes para depois procurar as ligações dos culpados com o crime já então devidamente caracterizado. É por essa razão que, a nosso ver, se fez um tipo de justiça que faz lembrar os tempos medievais”, numa referência à caça às “bruxas”. (...)

CLIQUE AQUI  para ler na íntegra (via Blog do Zé Dirceu)

11 abril 2013

Deputado Henrique Fontana lamenta decisão da Câmara de cancelar votação sobre reforma política


Líderes partidários da Câmara não chegaram a um acordo para a votação dos principais pontos da reforma política
O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) lamentou a decisão do colégio de líderes da Câmara Federal em suspender a votação da Reforma Política. A maioria dos líderes partidários decidiu apenas que o único dispositivo da reforma a ser votado é a coincidência de mandatos eletivos. No entanto, o vice-líder do governo Dilma na Câmara considera que a reforma tem que haver um acordo de procedimento para votar todos os itens previstos, como financiamento público exclusivo para as campanhas, fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais (vereadores, deputados estaduais e federais), voto em lista flexível e maior democracia popular.
“Eu lamento a decisão da maioria dos líderes partidários, que mais uma vez, impede o país de ver, assistir e acompanhar uma reforma do sistema político brasileiro. Eu defendi uma proposta que na minha concepção vai melhorar o sistema eleitoral brasileiro. O que eu esperava encontrar hoje aqui na casa era o compromisso das bancadas de entrarem no plenário e apresentarem propostas alternativas, se no caso, contrárias, por exemplo, ao financiamento público de campanha e se querem defender a continuidade do atual sistema de financiamento privado onde as grandes empresas é que financiam a maior parte das campanhas. Posso dizer com segurança que as 200 grandes empresas do país é que financiam a democracia brasileira na atualidade, e isso é muito ruim para o sistema democrático republicado brasileiro”, concluiu Henrique Fontana.
*Via http://www.henriquefontana.com.br      -     Grifos deste blog

09 abril 2013

“Uma vergonha para um país democrático”, diz Tarso sobre o monopólio da mídia


Daiani Cerezer/ CUT
Governador Tarso Genro expôs críticas ao modelo neoliberal durante a abertura do Fórum da Igualdade | Foto: Daiani Cerezer/ CUT-RS
Sul21 - por Débora Fogliatto -“Não há liberdade sem igualdade”. É este o lema do III Fórum da Igualdade, que teve início nesta segunda-feira (8) com a presença do governador do Estado, Tarso Genro.  O evento é promovido pela Coordenação dos Movimentos Sociais do RS (CMS/RS) e criado como um contraponto dos movimentos sociais e de esquerda ao neoliberal Fórum da Liberdade, que também começou nesta segunda. Realizado na Câmara Municipal de Porto Alegre, o fórum ainda conta com painéis nesta terça-feira (09).
Em seu discurso, o governador falou da evolução da liberdade, mencionando quatro etapas: a liberdade de pensamento, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e a “liberdade de fazer circular livremente a opinião”. A primeira, articulada na Idade Média, era reivindicada pelas mulheres acusadas de bruxaria.  “Na época, a Igreja organizava a dominação através do pensamento”, argumentou Tarso.
Já o conceito de liberdade de expressão surgiu no Renascimento e representava um perigo para aqueles no poder. Com a Revolução Francesa, veio a necessidade da liberdade de imprensa, de “transformar a liberdade em palavras”. E isso se tornou central à luta pela democracia, de acordo com o governador. O monopólio das grandes empresas, no entanto, ameaça a efetividade dessa liberdade. A quarta etapa, a “liberdade de fazer circular livremente a opinião”, não é possível com esse monopólio. “Não temos esse direito (de fazer circular a opinião)”, afirmou Tarso.
“O que se discute na esfera pública é controlado pelos meios de comunicação monopolizados”, acrescentou. Para exemplificar o que ele chamou de “ataque” da grande imprensa aos políticos, Tarso lembrou de dois casos nos quais, enquanto ministro, tomou decisões que foram na época duramente criticadas pela mídia. O primeiro foi o da criação do ProUni, projeto proposto por ele enquanto era Ministro da Educação. Mais tarde, o mesmo aconteceu com a proposta da criação de cotas raciais nas universidades públicas.
“Eu sofri uma campanha difamatória das grandes empresas, que diziam que eu estava sendo racista e que a medida iria baixar o nível das universidades. Havia uma clara campanha articulada contra o ProUni e contra as cotas por parte da mídia”, expôs o governador.
O segundo exemplo foi o caso de Cesare Battisti, a quem Tarso concedeu refúgio por entender que ele havia sofrido perseguição política na Itália, seu país de origem. “Battisti era um jovem militante revolucionário que tinha entrado em confronto com o governo nos anos de chumbo, como muitos de nós. Ele foi acusado sem provas”, afirmou.
Daiani Cerezer/CUT-RS
“Eu sofri uma campanha difamatória das grandes empresas”, disse Tarso sobre a proposta de criação do ProUni e das cotas | Foto: Daiani Cerezer/ CUT-RS
A grande mídia na época se referia a Battisti  seguidamente como “terrorista”. “O mesmo foi feito no processo do mensalão”, disse Tarso, garantindo que não estava procurando defender os acusados. A questão, de acordo com ele, é que “os réus, antes do juiz proferir qualquer sentença, já haviam sido condenados pela mídia”.
Apesar de haver na constituição a proibição ao monopólio midiático, na prática é preciso criar um sistema de comunicação que não seja dependente dos financiamentos dos 
grandes grupos econômicos. O governador afirma que, ao contrário do que dizem os contrários à regulamentação midiática, ela não representa o fim da liberdade de expressão, mas sim o fim do monopólio. “Isso (o monopólio midiático) é uma vergonha para um país democrático”, afirmou Tarso.
Para o governador, o neoliberalismo, cujos defensores atacam a proposta de regulamentação da mídia, está em crise. Esse modelo, que propõe a privatização e a destituição do Estado, não se preocupa “com a real igualdade”, afirmou. “Existe um conflito entre os que acreditam no neoliberalismo e os que que não compactuam com guerra, com o preconceito, com a violência e com a exclusão de quem está fora do mercado”.  O desafio para o Brasil, de acordo com Tarso, é encontrar um modelo de desenvolvimento capaz de não isolar o país internacionalmente e, ao mesmo tempo, dar ao Estado soberania e autonomia, para que este não dependa das iniciativas privada. (...)
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REGISTROS DA VISITA DO GOVERNADOR TARSO GENRO A SANTIAGO/RS


Governador Tarso Genro  falando aos petistas de Santiago e Região

Bueno, presidente do PT de Santiago, fazendo a abertura da reunião com o Governador

Vereador  petista Sérgio Marion (Santiago),  comp. Guerra, Governador Tarso e Júlio Garcia

Mesa: Dep. Pimenta, Governador Tarso, Dep. Valdeci, Prefeito José Grosso (Itacurubi) e ver. Iara (Santiago) 

*Para saber  mais sobre a  estada do Governador Tarso Genro em Santiago (oportunidade em que anunciou a liberação  R$ 15 milhões da Corsan para a ampliação do sistema de abastecimento de água, dentre outros investimentos) e, após,  da reunião  com  parlamentares, dirigentes e militantes petistas de Santiago e Região e representantes do PDT e PPL (vereadores Nelson Abreu e Miguel Bianchini), realizada na noite  5/04 no Hotel São João,  CLIQUE  AQUI  e  AQUI

08 abril 2013

THATCHER MORREU COMO A MÃE DO 1% E A MADRASTA DOS 99%




Por Paulo Nogueira*, de Londres

A maior vitória de Margaret Thatcher, morta hoje aos 87 anos depois de um derrame, foi não ter assistido à formidável falência do mundo que ela ajudou tão poderosamente a construir na década de 1980.

Fazia anos que Thatcher sofria de problemas mentais. Conforme relatou num livro sua filha Carol,  ela chamava com frequência seu marido Denis, morto há muitos anos.

Ela não viu a desagregação do que se convencionou chamar de neoliberalismo – um sistema que acabou levando ao célebre mundo dos 99% versus 1%.

Thatcher de um lado do Atlântico e Ronald Reagan de outro comandaram com influência mundial – sentida no Brasil de Collor e mais ainda no de FHC – modelos econômicos que acabaram privilegiando enormemente os superricos e as grandes corporações.

A grande crise econômica do final da década passada mostrou o quanto era insustentável este modelo,  a começar pelo fato de que os cofres públicos em tantos países se esvaziaram  por conta de políticas que permitiram aos bilionários e às multinacionais encontrar formas legais – embora imorais – de reduzir a quase nada os impostos a pagar.

Thatcher viveu pela política, e começou a morrer quando foi traída por companheiros do Partido Conservador e derrubada depois de 11 anos de poder, em 1990.

A mulher que em 1979 se instalou no Número 10, como os ingleses chamam a casa do primeiro ministro, era uma força da natureza. Chegou declamando São Francisco de Assis, mas agiu como uma ninja no poder.

Derrotou os sindicalistas superpoderosos que frequentemente paravam o Reino Unido, deu uma surra fulminante nos militares argentinos que queriam tomar as Malvinas, ajudou a cravar os pregos no caixão da União Soviética e liderou um movimento global de privatização e desregulamentação com resultados que o tempo provou serem catastróficos.

Margaret Thatcher pareceu, em certos momentos, maior que o Reino Unido. Seu único rival em prestígio, entre os líderes globais, era Reagan.  Mas, se Reagan parecia um ator de Hollywood fazendo o papel de presidente americano, Thatcher era 100% realidade, ele embalagem, ela conteúdo.

Thatcher agarrou-se desesperadamente ao poder quando já era uma primeira ministra morta em atividade.  Desafiada na liderança dos conservadores em 1990, não conseguiu os votos necessários para permanecer como líder, embora tenha vencido seu oponente. Foi uma vitória inútil, mas Thatcher não quis ver isso.

No Reino Unido, o poder fica na mão do líder do partido mais votado. Os companheiros de partido podem, em situações extremas, desafiar a liderança.  Foi isso que tirou da Thatcher do poder.  Seus liderados entre os conservadores já não suportavam sua brutalidade como chefe, e um deles a desafiou.

Thatcher, sem votos suficientes para permanecer a despeito de ter batido o desafiador, ainda relutou durante dias em deixar Downing Street. Queria ir para a segunda e decisiva votação. Era formalmente uma possibilidade, mas na verdade é uma atitude não aceita na política britânica, pelo desrespeito implícito à vontade coletiva do partido. Foi a rainha Elizabeth quem afinal convenceu Thatcher a renunciar.

Os problemas mentais ceifaram depois seu projeto de fazer fortuna com palestras e, muito pior para ela, a impediram de lutar no campo das idéias pela essência do thatcherismo: um Estado mínimo, com a menor regulamentação possível.

Em 2011, a convite do premiê conservador David Cameron, ela visitou pela última vez Downing Street, o lugar de onde ela exerceu influência mundial durante  onze anos.

Andava com dificuldade e acenava confusamente, como se de alguma forma tivesse em sua mente destruída retornado aos dias em que foi conhecida como Dama de Ferro.

Morreu como a mãe do 1% e a madrasta dos 99%.

*Jornalista, Editor do blog 'Diário do Centro do Mundo'

III Fórum da Igualdade começa hoje em Porto Alegre/RS



Porto Alegre/RS - O III Fórum da Igualdade “Não há liberdade sem igualdade – Só não vê quem não quer” inicia na noite desta segunda-feira (08), na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, e se estende durante a terça-feira.
Entre os temas que serão debatidos neste ano estão participação popular, democratização do Estado, um novo modelo de desenvolvimento, ética e justiça social, democratização da comunicação, discriminação de gênero.
“A contribuição dos movimentos sociais, tanto na elaboração teórica quanto na prática cotidiana, é fundamental para que as sementes de uma sociedade mais justa e igualitária sejam lançadas”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
O evento é promovido pela Coordenação dos Movimentos Sociais do RS (CMS/RS). As inscrições devem ser feitas no local.
Programação:
8/04 – Segunda-feira


19h- Conferência de Abertura – Tarso Genro (Governador do Estado do RS)

20h às 22h- Painel – Participação popular e democratização do Estado (com representantes dos movimentos sociais)
9/04 – Terça-feira


9h às 12h – Painel – Um novo modelo de desenvolvimento – Ética e Justiça Social

Conferencista:


Ladislau Dowbor (Prof. da PUC São Paulo)

Debatedores:


Dom Guilherme Werlang (Bispo da Igreja Católica)
José Vicente Tavares dos Santos (Profº Drº do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFRGS)

14h às 17h30 – Painel – Liberdade de expressão e democratização dos meios de comunicação
Conferencista:


Carlos Alberto Almeida (TELESUR – Brasil)

Debatedores:


Celso Schroeder (Sec. Geral da Federação Nacional dos Jornalistas)
Altamiro Borges (jornalista e blogueiro)
Jane Felipe – Discriminação de gênero e sexualidade nas mídias (Profª Drª Faculdade de Educação – UFRGS)

07 abril 2013

Ato em Porto Alegre denuncia Yoani Sánchez e afirma apoio à Revolução Cubana


Militantes da Associação Cultural José Martí e do Fora do Eixo realizaram neste domingo atividade de conscientização a respeito da blogueira Yoani Sánchez e da Revolução Cubana, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. Foram entregues panfletos explicando o papel cumprido pela blogueira e a importância da Revolução Cubana e de suas conquistas.(...)
CLIQUE AQUI  para ler mais (via Jornalismo B).

BOCA BRABA




* 'As Razões do Boca Braba' -   João de Almeida Neto

06 abril 2013

Jornalistas experientes aderem ao crowdfunding do Viomundo




Eu? Eu não.

por Luiz Carlos Azenha*

Um golpe palaciano, daqueles que se viu no Vaticano, me relegou ao papel de cuidar dos vídeos e docs do Viomundo, sob as ordens da papisa Conceição Lemes.

A boa notícia é que jornalistas experientes já se declararam dispostos a submeter projetos ao crowdfunding do site, ou seja, ao financiamento de produção jornalística livre de governos ou patrocinadores privados, bancada pelos próprios leitores.

O formato está sendo organizado por Leandro Guedes, da Café Azul.

1. Importante produtor da TV brasileira, ganhador dos prêmios Vladimir Herzog, Esso e Embratel, pretende fazer um mini-doc no Nordeste sobre uma tribo indígena em extinção ameaçada por madeireiros.
2. Autor do livro Privataria Tucana, que por enquanto pretendemos não identificar, quer saber se a modelo morta em importante escândalo político de Minas Gerais cometeu suicídio ou foi assassinada.
3. Premiadíssima repórter pretende passar alguns dias em Minas Gerais, debruçada sobre números do governo e da oposição, para avaliar se o “choque de gestão” dos governos Aécio/Anastasia de fato arrumou as finanças do Estado.
4. Premiadíssima repórter de Direitos Humanos considera viajar para o interior do Brasil e, em um mini doc, avaliar se de fato mudaram as condições de vida onde se deu um foco guerrilheiro durante a ditadura militar, além de revelar fatos inéditos sobre a repressão.
5. Experiente repórter na área de economia junta documentos e entrevistados para se perguntar: o objetivo de FHC era mesmo vender a Petrobras ou foi apenas um truque eleitoral do PT para pintá-lo de privatista? Quanto se gastou com o projeto de mudar o nome para Petrobrax? Quem foi autor da ideia?
6. Jovens repórteres querem explicar como é possível que o veneno dos agrotóxicos termine no leite materno; quais são as outras substâncias que podem afetar desde os primeiros dias a saúde do seu bebê?
7. Repórter desempregado pretende demonstrar como um terreno da Telesp, que na verdade ainda hoje deveria pertencer ao patrimônio público (um bem reversível, ou seja, só controlado pela concessionária durante o período da concessão) foi negociado para um dos maiores empreendimentos imobiliários do Brasil.
8. Veterana correspondente internacional vai aos arquivos norte-americanos e faz, pela primeira vez em vídeo, a cronologia dos documentos que demonstram que o golpe cívico-militar no Brasil se enquadrava num plano muito mais amplo de contenção que, ao fim e ao cabo, levou à Operação Condor.

Estas são apenas algumas das dezenas de ideias que nos foram sugeridas por gente quem tem interesse especial na elucidação de determinados assuntos obscuros de nossa História, passada ou contemporânea. Obviamente haverá um processo de seleção inicial para submeter apenas quatro ou cinco à decisão dos leitores.

Vocês poderão acompanhar online os que querem ver aqueles reportagens realizadas, através de um contador de adesões.

Algumas serão em texto, outras em mini-docs e, eventualmente, chegaremos aos documentários.

Como o processo é complexo, vamos começar devagar, mas um dos objetivos finais é permitir que leitores sugiram ou façam suas próprias pautas, com o auxílio de profissionais experientes.

Seria o embrião para estabelecer no Brasil uma rede de correspondentes comprometidos com o interesse público, no modelo da GRNlive.

*Jornalista, trabalha na Rede Record e edita o blog Viomundo (fonte desta postagem).

05 abril 2013

Filha de Raul, Presidente de CUBA, Mariela Castro palestrou em Porto Alegre





“A sociedade não deixou de ser patriarcal depois da Revolução”, diz Mariela Castro

Por Rachel Duarte*

Em passagem por Porto Alegre/RS, a deputada cubana Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro, conversou brevemente com jornalistas antes de palestrar no 1º Seminário Internacional Relações de Vida – Educação e Saúde Sexual: Experiências Brasil e Cuba, no Ministério Público do Rio Grande do Sul. Psicóloga e pedagoga, com mestrado em sexualidade, Mariela luta pelos direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na ilha de forte herança cultural de colonização espanhola. “Não basta uma revolução socialista se não nos propusermos ao enfrentamento das diferentes formas de discriminação arraigadas em nossa cultura, sobretudo àquelas herdadas da sociedade hispano-machista e homofóbica”, define.

Ela considera o processo pós–Revolução em Cuba uma transição para o socialismo. É um processo que consiste numa conquista gradual e que demanda superar várias discriminações específicas, como a homofobia. “A influência da Igreja Católica impulsionou todos os dogmas de violência e discriminação na sociedade colonizada. Com a Revolução, existiram outras formas de discriminação por conta desta herança que tornou a cultura do patriarcado algo natural”, explica.

Para romper com a cultura do preconceito de gênero em Cuba, Mariela Castro travou uma luta pessoal com a família Castro. Enfrentou o regime do tio Fidel Castro, que entre 1965 e 1968 elaborou as Unidades Militares de Ajuda (Umap), nas quais os homossexuais eram integrados à força. Ela explica que, na verdade, o método de recrutamento é que era o problema da época. “Existiam heterossexuais e homossexuais nestes campos militares. Não eram campos de concentração como a mídia distorce. A intenção foi aproveitar o serviço militar, que era obrigatório, para também oferecer ao país trabalho na agricultura. Eles eram aproveitados para produção de alimentos que o país necessitava para enfrentar a situação de agressão permanente que sofria do governo dos Estados Unidos. O mecanismo de recrutar jovens obrigatoriamente é que era inadequado”, conta.

A obrigatoriedade do serviço militar cubano foi, segundo ela, por conta do medo de terrorismo financiado pelo estado norte-americano. “As sociedades militarmente agredidas têm serviço militar obrigatório. É rotineiro. Era uma época difícil. Quando encerrou este tipo período, proibiram que homossexuais ingressassem por opção no serviço militar. Foi outra forma de discriminação. A sociedade não deixou de ser patriarcal depois da Revolução, por isso estamos trabalhando para acabar com a cultura de homofobia, discriminação e violação aos direitos humanos”, defende. 

Deputada recém-eleita, Mariela Castro tem como principal plataforma a aprovação de um novo Código de Família na ilha, que contempla tanto a união de pessoas do mesmo sexo quanto o direito à reprodução assistida por casais de lésbicas que querem ter filhos. “Desenvolvemos uma campanha cubana contra a homofobia desde 2007, com grande visibilidade. Havia muita resistência da população, mas estamos rompendo a ignorância. Muitas famílias já puderam ver regressar os filhos que partiram do país por causa da discriminação”, conta.

Na década de 80, estima-se que 1,7 mil ‘homossexuais incorrigíveis’ de Cuba foram deportados para os Estados Unidos. No início da crise de Aids, Cuba foi denunciada internacionalmente pela criação de rigorosas prisões para pessoas com HIV, em sua maior parte, homossexuais. A filha de Raúl Castro conta que, apesar da resistência de alguns dentro do governo, programas de educação sexual são desenvolvidos pelo Ministério da Saúde e da Educação desde 1956. ” O Ministério da Cultura também desenvolve ações para orientação sobre sexualidade”, diz.

Mariela Castro é Diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex) desde 2001, local de promoção de estudos e ações para garantia de direitos e políticas de gênero e sexualidade, criado por sua mãe, Vilma Espín, juntamente com a Federação de Mulheres Cubanas. Por meio do centro, o sistema de saúde da ilha voltou a realizar cirurgias de mudança de sexo em 2008, duas décadas após uma polêmica primeira tentativa. “A nossa política promove a educação sexual como processo emancipador da pessoa, inspirado na Pedagogia da Libertação de Paulo Freire e com metodologia participativa que aprendemos com profissionais brasileiros. Tornamos a sexualidade um pretexto para trabalhar outros elementos de formação de cidadania com toda a população”, explica.

Ciente da difícil missão que assumiu, ela se mostra entusiasmada e emocionada ao falar do avanço que Cuba já alcançou para viver o socialismo de forma plena. “O socialismo não é da noite para o dia, leva tempo. Eu sei que é difícil mudar a mentalidade e a cultura das pessoas, mas não é impossível. Estamos determinados a mudar esta cultura em Cuba”, defendeu.

Certa de que não faltaria a pergunta  sobre “Como será a Cuba sem Fidel?”, Mariela Castro não se intimidou em falar sobre política com os jornalistas brasileiros. “Tampouco nós sabíamos como seria Cuba sem Fidel, mas estamos passando e a revolução segue adiante. O povo cubano está mostrando sua força e sua capacidade democrática para eleger líderes que são pessoas muito bem preparadas”, falou.

Este é um processo de continuidade.Por isso Cuba pode seguir a Revolução sem Fidel, assim como a Venezuela pode agora estar sem Chávez (Hugo) porque deixou um povo bem preparado e um governo bem articulado. Cuba está mostrando que é possível fazer democracia com apenas um partido. Ele é inclusivo, de unidade nacional e vive em função da soberania nacional, com justiça e igualdade social. Mas só seguirá assim se não deixar de ser um processo participativo. Se deixar de ser participativo, deixa de ser revolucionário”, afirma.

Perguntado sobre as críticas e denúncias sobre o regime feitas pela blogueira cubana Yoani Sanchez, que também virá a Porto Alegre, Mariela Castro disse que não dedica seu tempo a falar dela. “Recomendo que faça suas perguntas a ela (Yoani) e tire suas próprias conclusões. Isso se a direita te deixar entrar no evento, é claro”, brincou com o repórter.

Foto: Ramiro Furquim -  *Fonte: Sul21 http://www.sul21.com.br

Entrevista com o Governador TARSO GENRO



ANTONIO PAZ/JC
Tarso Genro defendeu ‘déficit responsável’ e crescimento do Estado
Tarso Genro defendeu ‘déficit responsável’ e crescimento do Estado
 “O PMDB manipulou números”, rebate Tarso

Porto Alegre - Jornal do Comércio - por Alexandre Leboutte - Tão logo concluiu uma agenda positiva, a cerimônia de assinatura de editais de financiamento para investimentos em Ciência e Tecnologia, realizada na quinta-feira no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, o governador Tarso Genro (PT) chamou a imprensa para uma coletiva no salão contíguo para tratar de um tema indigesto: rebater as fortes críticas lançadas a sua gestão pelos deputados estaduais da bancada do PMDB no dia anterior, quando afirmaram que “o governo Tarso acabou”, por causa de um desequilíbrio nas finanças.

“O PMDB manipulou os números para chegar a conclusões arbitrárias”, disparou Tarso, citando, como exemplo, os dados de investimentos em segurança pública no governo de Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010), que teriam somado despesas com inativos e com o Departamento de Trânsito do Estado (Detran). “Se adotarmos os mesmos critérios, veremos que nossos investimentos em segurança pública são muito superiores aos do governo anterior”, disse o petista, explicando que se referia ao governo Yeda por ter sido a base de dados comparativos usada pelos peemedebistas. “O PMDB fala em nome do governo anterior, para o qual deu apoio, participou todo o tempo e teve a liderança política”, observou.

Tarso insinuou que as críticas têm objetivo eleitoral e afirmou que o texto distribuído pelos peemedebistas é “muito útil” para a realização de um debate político sobre o futuro do Estado. “Quero aproveitar esta oportunidade que foi dada pela divulgação do documento para colocar a ótica do governo sobre o conteúdo e a visão que projeta para o futuro, e como se ancora no passado”, revelou.

O governador reconheceu que o debate eleitoral de 2014 foi antecipado. No entanto, rejeitou assumir a condição de candidato à reeleição neste momento, argumentando que se trata de uma discussão de projeto político, que na sua gestão deve ser salvaguardado pelo atual sistema de alianças.

Preservando o governo de Germano Rigotto (PMDB, 2003-2006) de críticas, Tarso dirigiu sua artilharia às gestões de Yeda e de Antônio Britto (PMDB, 1995-1998), afirmando que o Estado vive uma situação financeira delicada, debitando boa parte da culpa a Britto, que assinou os termos de renegociação da dívida com a União em 1998, vista pelo petista como uma das causas principais dos problemas nas finanças gaúchas.

Já o período de Yeda, Tarso classificou como um governo que gerou estagnação, pela incapacidade de articulação com a União para buscar recursos e pela crise interna. “A governadora não podia viajar”, ironizou, por causa do confronto com seu vice, Paulo Feijó (DEM), o que a teria impedido de prospectar investimentos externos.

“Com este documento que o PMDB fez, está dizendo: ‘devemos retornar à época da Yeda e do Britto’. E eu digo: devemos continuar no rumo que estamos traçando até agora”, apontou. “Qual é o Estado que nós queremos? O do déficit zero, da estagnação e da miséria? Ou queremos um Estado que faça um déficit responsável, que saiba manobrar a dívida, tomando providências na órbita federal para que seja reequacionada, com desenvolvimento?”, questionou, defendendo a recomposição salarial do funcionalismo público e afirmando que o saque dos depósitos judiciais é uma estratégia legal.

“Dá uma tranquilidade para o manejo orçamentário. No ano passado, chegamos a pegar depósitos judiciais por dois ou três meses e devolvemos. Não precisamos. Ele (o dinheiro dos depósitos) está em uma conta agora que o Estado pode sacar se tiver necessidade. E possivelmente usaremos, dentro da margem que a lei permite”, justificou, ponderando que não concordava com as críticas de petistas a saque do mesmo tipo feito por Rigotto.

Governador ironiza falta do tema pedágios na análise da oposição

Ao comentar a liminar obtida pela concessionária de pedágios Brita Rodovias - que administra o polo de Gramado - estendendo o contrato até 30 de dezembro, o governador Tarso Genro (PT) aproveitou para alfinetar os peemedebistas. “Esta questão dos pedágios incomoda muito o PMDB. O documento grita uma ausência: a dos pedágios. Porque este modelo escorchante que está aí foi deles. Este modelo vergonhoso que está aí foi deles. Este modelo caro e ineficiente que está aí foi deles”, apontou.

Tarso disse que a medida cautelar obtida pela concessionária de Gramado se tratava de um entendimento diferente por parte do Judiciário federal da visão do Estado, mas que não inviabiliza a política preparada para a gestão rodoviária pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

04 abril 2013

Protestos em Porto Alegre são resposta à restrição do espaço público...



Porto Alegre/RS - Sul21 - Na segunda-feira (1), os porto-alegrenses realizaram um protesto como há muito não ocorria na cidade. Pelo menos 6 mil pessoas saíram às ruas para exigir a revogação do aumento da passagem de ônibus, numa época em que é bastante comum ouvir lamentos de que já não ocorrem mais grandes manifestações. Não são poucos os que dizem que, hoje em dia, existem apenas “ativistas de sofá”, em referência à convocação de mobilizações por redes sociais como Facebook e Twitter – expediente utilizado para organizar os atos contra o aumento da passagem na Capital. (...)

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Governador Tarso Genro em Santiago nesta sexta



Santiago/RS - O  governador Tarso Genro realiza agendas em Santiago nesta sexta (5). Conforme o líder do governo na Assembleia, deputado Valdeci Oliveira (PT), que articulou os compromissos, o governador chegará à cidade às 17h 30min, junto com o presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, para assinar a ordem de início das obras de ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) e da adutora local. Também vai assinar a publicação do edital de licitação das obras de esgotamento sanitário da cidade. Ao todo, serão investidos nestas ações R$ 15 milhões, sendo R$ 7 milhões na obra da ETA e R$ 8 milhões no serviço de esgotamento sanitário. “Era um compromisso nosso trazer o governador Tarso Genro a Santiago e ele vem a cidade trazendo investimentos de impacto para a área do saneamento e do abastecimento”, afirmou Valdeci.

O deputado lembrou que no ano passado Santiago enfrentou uma das mais fortes estiagens do Estado, que comprometeu as reservas da barragem da cidade. Imediatamente, a Corsan realizou serviços que normalizaram a situação. “Com estas obras que chegam agora, Santiago passará a ter uma segurança de abastecimento muito grande, além de mais qualidade no saneamento”, afirmou.

A atividade do governador em Santiago ocorrerá na frente da Estação de Tratamento de Água da Corsan na cidade. Após o compromisso, Tarso realizará reunião com o PT local. O deputado Valdeci acompanhará todas as agendas do governador no município da região Central do Estado.

Fonte: Imprensa do deputado estadual Valdeci Oliveira (via e-mail) e 'O Boqueirão Online'
Tiago Machado - MTb 9415
Foto: Tarso Genro em Santiago na campanha de 2010.

03 abril 2013

PT pressiona por debate sobre Marco Regulatório das Comunicações no Congresso



Sul21 - Apesar da clara posição do governo Dilma Rousseff em não discutir o Marco Regulatório das Comunicações antes das eleições de 2014, o Partido dos Trabalhadores parece estar disposto a incitar a sociedade para o debate. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) chamou a bancada petista para o compromisso de realizar um seminário sobre o tema no Congresso Nacional. Ele pretende convocar primeiro a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República para prestação de contas sobre o repasse de verbas publicitárias. “Estes números não estão públicos, mesmo com a Lei da Transparência. Queremos saber os critérios utilizados para os repasses”, disse.
O seminário, ainda sem data marcada, deverá ouvir também representantes das rádios comunitárias, blogueiros e mídias regionais do país. De acordo com Paulo Pimenta, é preciso monitorar ‘até onde chegam os recursos e ações do governo federal’ para democratização da mídia. “Há uma relação cada vez mais morosa sobre as concessões para as rádios comunitárias. Existem processos se arrastando por mais de oito anos. A política pública, que era para ser ousada a fim de alcançar a pluralidade da radiodifusão, está estagnada nos últimos anos”, criticou sobre a postura dos governos do PT. (...)
Clique Aqui para ler a íntegra da  matéria assinada pela jornalista Rachel Duarte, do Su21.

02 abril 2013

Deputado Pimenta (PT/RS) denuncia perseguição dos grandes meios de comunicação aos blogueiros progressistas




Brasília/DF - Na última segunda-feira (1º/04), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para prestar solidariedade ao jornalista Luiz Carlos Azenha, do site www.viomundo.com.br , e demais blogueiros com atuação independente (progressistas) na internet, que são perseguidos pelos grupos da mídia tradicional (conservadora) do País, e para denunciar a judicialização do debate político, coordenado pelos grandes meios de comunicação (ou seja, o PiG**), com empenho e apoio de um Judiciário “conservador”.

Pimenta também criticou a concentração das verbas publicitárias do Governo Federal para os grandes meios de comunicação, que pouco se alterou em 10 anos de governos populares no Brasil, em detrimento de uma política de afirmação de uma mídia regional e de formas alternativas de informação.

-Assista ao oportuno e corajoso pronunciamento do Deputado Paulo Pimenta - da tribuna da Câmara dos Deputados - clicando no vídeo acima.

*Com o blog do Rafael Nemitz  - http://www.rafaelnemitz.com/

**PiG - Partido da Imprensa Golpista   - Edição final e grifos deste Blog. 

Sobre o SPC Score ... e os Direitos do Consumidor


Crítica & Autocrítica - nº 92 

* O Banco Central do Brasil e o Banco Boa Vista são responsáveis por cadastros de análise de crédito. Nestes cadastros as pessoas inscritas não são devidamente notificadas da inserção de seus dados.

* A inscrição em cadastros de crédito, apesar de legal, deve ter a notificação dos cadastrados. Não havendo a devida notificação, conforme jurisprudência do STJ, o cadastrado deverá ser indenizado pela ausência desta devida notificação.

* Realizada a prova desde registro, sem o conhecimento do registrado, caberá Ação Indenizatória na Justiça Federal contra o Banco Central e Ação Indenizatória na Justiça Comum contra o Banco Boa Vista, detentor dos registros do SERASA e SPC.  (...)

A seguir, para os que tiverem interesse em aprofundar-se sobre o tema, reproduzo importante entrevista (veiculada no  TJRSnotícias) com o Desembargador Leonel Pires Ohlweiler, do TJ/RS, que discorre sobre os Direitos do Consumidor e o SPC Score. (Por Júlio Garcia, especial para 'O Boqueirão Online').



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** C&A - Coluna que mantenho (i)regularmente no Blog 'O Boqueirão Online'.
-CLIQUE AQUI  para ler a Coluna, na íntegra.

01 abril 2013

1964: a atualização grotesca dos nossos liberais


Ao invocar o golpe de Estado de 1964, os editorialistas receitavam o antídoto contra a guinada da subversão como pretexto para barrar o avanço social e impedir a tomada de consciência política.


O resultado de duas décadas de oligarquia empresarial-militar, inaugurada com o golpe, exibiu um saldo sinistro com o que, à época, se convencionou denunciar como a pior crise econômica, política, social e moral da nossa história. O Brasil, urdido neste novo pacto, foi, por excelência, o “antipaís”. Subordinados, da forma mais completa possível, toda nossa economia e o aparelho estatal foram orientados e redimensionados de maneira a afastar, abafar ou reprimir qualquer obstáculo a essa subordinação. É dessa lógica que emergiu um regime que tinha como metodologia a censura e o terrorismo de Estado, ambos sob a bênção de nossas melhores consciências liberais e seus impérios jornalísticos.


Tempos passados? Sem dúvida, mas não nos iludamos: se mudou a conjuntura, alguns objetivos continuam na agenda da direita e de seus intelectuais orgânicos, como vimos nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso.

Sempre é bom recordar que há 28 anos, apesar do deslocamento político, a hegemonia do processo de transição encontrava-se com a mesma burguesia brasileira condutora do golpe. Se não era mais possível a acumulação capitalista se realizar através de uma economia planejada, centralizada e estatizante, os corifeus dessa mesma classe erigem globalização, flexibilização, desregulamentação e livre concorrência como dogmas, mas o objetivo permanece: a modernização acompanhada da internacionalização da economia e da limitação, com a judicialização da política, da democracia ao grupo organicamente ligado a interesses financistas. Para isto, existe o Instituto Millenium e seus jornalistas, acadêmicos e juristas amestrados.

Em 2013, é visível que o espartilho autoritário não consegue mais conter a pujança do corpo social. Há dez anos, há diálogo entre quem governa e os movimentos sociais que expressam anseios de liberdade, de participação e de melhoria substancial das condições de vida de grande parte da população. O que assistimos é uma ruptura com os pilares de sustentação do regime militar e dos três governos que lhe sucederam.

O que resta à grande imprensa? Sufocar financeiramente quem denuncia seu modus operandi, esboçar cenários eleitorais contando com quadros partidários sem qualquer organicidade fora de suas bases regionais, como é o caso do governador de Pernambuco,Eduardo Campos, do senador mineiro Aécio Neves ou da eterna linha auxiliar, Marina Silva, a neoconservadora do ecossistema político.

O desespero acentua o efeito combinado de avanço tecnológico com furor reacionário,criando campo propício à proliferação de articulistas raivosos e humoristas de boteco. A extensão do grotesco é tão acentuada que seus "bons propósitos" não enganam a mais ninguém. Estão todos na ordem do riso. E da exclusão social.


*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

Fonte: Carta Maior http://www.cartamaior.com.br  Edição final deste blog