16 setembro 2021

Lula, o invicto, vence a vilania e o arbítrio fascista


Por Jeferson Miola*                                        

Lula está invicto na sua epopeia contra os fascistas que violaram o sistema de justiça do Brasil e promoveram o maior esquema de corrupção judicial do mundo [aqui].

Além de invicto, Lula está vencendo a vilania e o arbítrio por portentosa goleada. O placar, humilhante, está em 19 a zero a favor dele contra a gangue chefiada por Sérgio Moro – o juiz condenado como suspeito/tendencioso pela Suprema Corte do país.

No 10 de setembro passado foi arquivada a 19ª investigação farsesca instaurada no contexto da guerra político-jurídica-midiática – lawfare – perpetrada contra Lula.

E a 20ª e definitiva vitória do “invicto” está a caminho. De acordo com a defesa do ex-presidente, “da avalanche de processos abertos contra Lula permanece em aberto apenas um deles – relativo ao Caso dos Caças -, no qual já apresentamos pedido de arquivamento após termos demonstrado que ele foi construído pela ‘lava jato’ com a plena ciência de que o ex-presidente não havia praticado qualquer ato ilegal”.

A derrota da Lava Jato em todas as acusações farsescas que armou para incriminar Lula é a demonstração eloquente de que nenhum processo contra ele poderia ter sido instaurado; todos foram arbitrários.

Ainda assim, mesmo sem fundamentação legal, Lula foi submetido a processos injustos e ilegais, originados em provas forjadas e transacionadas em delações negociadas por procuradores e juízes inescrupulosos com criminosos confessos.

Lula foi alvo de uma perseguição política, midiática e judicial implacável; foi vítima de uma caçada atroz, sem paralelo na história.

A Lava Jato forjou processos kafkianos, nos quais as condenações eram definidas de antemão, num quadro de guerra jurídica permanente, de destruição de reputação pela mídia e de aplicação do direito penal do inimigo [Estado de Exceção].

O fato histórico que mais se assemelha à violência cometida contra Lula é o caso Dreyfus [1894], que foi marcante nos estudos Hannah Arendt sobre o antissemitismo, as raízes do nazismo e sobre as origens do totalitarismo, e que ensejou a publicação do célebre libelo “Eu acuso” [J’Accuse!] pelo escritor francês Èmile Zola [aqui].

Alfred Dreyfus, único oficial de origem judaica do Exército francês, foi falsamente acusado da alta traição por supostamente colaborar com os alemães durante a guerra franco-prussiana [1870/1871] na disputa pelas terras ricas em carvão da Alsásia-Lorena.

Em 1906, 12 anos depois, constatada a monstruosa armação jurídica, Dreyfus foi inocentado e a farsa dos tribunais e juízes franceses foi cabalmente desmascarada [aqui].

A monstruosidade perpetrada contra Lula demorou menos tempo para ser desmascarada. Porém, não sem deixar efeitos devastadores para o país e, principalmente, para o povo brasileiro, brutalmente atacado nos seus direitos e na sua dignidade pelas oligarquias fascistizadas que tomaram de assalto o poder com a ajuda da gangue do Sérgio Moro.

A inocência do Lula está provada e comprovada. E, com ela, a terrível injustiça de que foi vítima. Ele ficou ilegalmente encarcerado durante 580 dias na masmorra de Curitiba, de onde foi impedido de sair com a honradez devida inclusive para se despedir do irmão morto.

A justiça, contudo, não estará efetivada enquanto os perpetradores deste crime bárbaro, que deveriam estar no banco dos réus e serem condenados à prisão, continuarem livres, ocupando cargos públicos, recebendo polpudos salários e privilégios e vivendo em imóveis milionários do padrão do clã dos Bolsonaro e adquiridos com dinheiro vivo.

A justiça não estará efetivada, enfim, enquanto criminosos escondidos em togas e em cargos públicos continuarem protegidos pelo corporativismo fascista e atentando contra a democracia e o Estado de Direito.

A punição dos autores do maior crime de corrupção, que é a violação da democracia, tem de ser exemplar, para que nunca mais volte a acontecer.

Se isso não for feito, eles aprenderão, assim como os generais ditadores aprenderam, que vale a pena destruir a democracia quando se tem a certeza da impunidade. Eles continuarão convencidos, enfim, que o crime compensa.

A vitória do Lula, que é a vitória do povo brasileiro contra o fascismo, representa uma esperança para a restauração da democracia e para a reconstrução do Brasil.

Esta vitória se deve, em grande medida, à atuação talentosa, perseverante e competentíssima da defesa do Lula ao encargo da Valeska Teixeira Zanin Martins, do Cristiano Zanin Martins e da equipe [de advogados] por eles coordenada. Eles foram essenciais para trazer à luz a verdade, que é libertadora e, cedo ou tarde, se impõe.

*Fonte: Blog do Jeferson Miola

15 setembro 2021

Agronegócio desembarca do governo Bolsonaro

 

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: Sergio Lima/AFP

O agronegócio tem desembarcado do governo Bolsonaro. Apesar do setor ser diverso, boa parte já deixou de apoiar o presidente. O mandatário só mantém apoio massivo entre os produtores. Os grandes da agricultura e da pecuária já o deixaram.

Outros grupos, como os de setores de logística, industrialização e comércio externo, largaram cedo. Para eles, tudo não passou de ação política, segundo a coluna vaivém commodities na Folha.

Segundo um empresário do agronegócio, Bolsonaro prometeu muito, mas entregou pouco. A avaliação é que ele obstrui caminhos já construídos para segurar preços artificialmente e beneficiar apoiadores.

Agronegócio se incomodou com implicâncias com a China e mudança da embaixada de Israel

Os dois principais motivos pelos quais o agronegócio desembarcou do governo estão relacionados à política externa. Os constantes ataques e a implicância do presidente com a China foi um deles.

O outro foi a obsessão pela mudança da embaixada de Israel. Para eles, a ideia trouxe insegurança nas negociações com os árabes. A briga da família do presidente com o Irã fez esfriarem os negócios com um dos principais parceiros do agronegócio brasileiro.

*Fonte: DCM

14 setembro 2021

PT confirma Edegar Pretto como pré-candidato ao governo do RS em 2022

Edegar foi anunciado em evento com a participação dos ex-governadores Tarso Genro e Olívio Dutra

Edegar foi anunciado como pré-candidato ao lado dos ex-governadores Tarso (esq.) e Olívio (dir.) | Foto: Divulgação/Carol Ferraz

O PT confirmou nesta segunda-feira (13) o nome do deputado estadual Edegar Pretto como pré-candidato do partido para disputar o governo do Estado nas eleições de 2022. O anúncio foi feito em evento que marcou o lançamento do movimento “Rio Grande e presente. Para toda a sua gente”, que teve a participação dos ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, do senador Paulo Paim e de deputados e deputadas das bancadas estadual e federal do partido.

“Esse movimento que criamos foi para construir esse Rio Grande presente. Mas tudo isso pelo caminho do diálogo, sem ódio e revanchismo. Vamos conversar com quem estiver disposto a fortalecer o nosso projeto. Eu comecei muito cedo a minha caminhada, conheço o Rio Grande de ponta a ponta, e neste espírito coletivo, com o legado dos que vieram antes de nós, vamos caminhar para um futuro melhor”, disse Pretto.

Segundo o PT, a candidatura de Pretto foi chancelada pelas lideranças do partido e por debates que ocorreram em 27 regiões do Estado. “O deputado foi definido como nome que sintetiza a renovação do partido, por sua capacidade de diálogo, liderança política e compromissos com a base social. Com a confirmação do nome, também se confirma o projeto como alternativa viável aos campos democráticos que estarão mais próximos do ex-presidente Lula no RS”, disse o partido em nota.

No evento desta segunda, ele foi apresentado pelos ex-governadores Tarso e Olívio. “Temos uma tradição de estar numa mesma trincheira, em especial na luta pela democracia. Edegar recebe nossa experiência, e está à altura de levar adiante todo trabalho, não só das nossas administrações, mas de todas que trabalham de forma séria”, disse Tarso. “Edegar, tu és um herdeiro de um legado, que vem desde o tempo do teu pai, o saudoso Adão Pretto. Vamos em frente nesta luta, pois a política é a construção do bem comum com o protagonismo das pessoas”, afirmou Olívio.

Natural de Miraguaí, Edegar Pretto tem 50 anos é filho de Adão Pretto, ex-deputado federal que faleceu em 2009. Edegar é formado em Gestão Pública e está em seu terceiro mandato como deputado estadual, tendo sido o mais votado do PT nas últimas três eleições para a Assembleia Legislativa. Ele também presidiu a Casa em 2017.

Presidente estadual do PT, o deputado federal Paulo Pimenta afirmou que, a partir dessa oficialização, o partido vai ampliar as discussões com siglas aliadas para a construção de um projeto alternativo aos últimos governos do Estado. Uma das expectativas do partido é que o ex-presidente Lula, provável candidato à presidência, venha ao Estado e possa participar de eventos ao lado de Edegar em alguns municípios gaúchos.

“Ainda temos um bom tempo de debate e diálogos, mas estamos motivados por uma grande unidade que vai garantir um palanque forte para o Lula no RS através da liderança do Edegar”, disse Primenta.

*Via Sul21

13 setembro 2021

Fiasco dos atos da terceira via mostra que o Brasil hoje tem duas alternativas: Lula ou fascismo

O fracasso retumbante das manifestações convocadas pelo MBL revela que a única alternativa viável para liberar o Brasil do fascismo bolsonarista é a candidatura do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas e pode vencer em primeiro turno



No Brasil inteiro, os atos do MBL e do ‘Vem Pra Rua’, organizações golpistas que lideraram a campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e abriram as portas para a eleição de Jair Bolsonaro, foram um fracasso. Em algumas cidades, como Salvador, capital da Bahia, menos de 100 pessoas foram à manifestação.

Os atos da direita foram organizados com o lema “nem Lula, nem Bolsonaro”, evidenciando tratarem-se de uma manobra para impulsionar um candidato da “terceira via” para as eleições de 2022. Porém, o fracasso foi retumbante. Sem os bolsonaristas, o MBL não conseguiu levar o povo para a rua, como o fez na época do impeachment

A esquerda convocou atos do movimento Fora Bolsonaro para 2 de outubro e acena com um ato unificado com a oposição de direita e centro-direita a Bolsonaro em 15 de novembro.

De tão pequenos, apesar da grande campanha da imprensa tradicional, os atos não devem ter grande influência na situação política geral. Mostraram apenas que a “terceira via” - composta por bolsonaristas supostamente arrependidos, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) - não tem popularidade.

Isso mostra que, para derrotar o fascismo brasileiro - isto é, o bolsonarismo -, o ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, é o melhor colocado. Algumas pesquisas mostram que o petista pode vencer no primeiro turno - o que impediria que ocorresse novamente o cenário de 2018, quando toda a direita se unificou em torno de Jair Bolsonaro para derrotar o PT.

Por isso, ao mesmo tempo em que um setor da imprensa tenta, como afirmou o porta-voz do jornal O Globo Merval Pereira, “sangrar” Bolsonaro, a campanha de mentiras, ataques e difamações contra o PT têm voltado à tona - como mostra o recente caso da Folha de S.Paulo, que buscou se colocar como “4ª instância” do Judiciário, condenando Lula após sua absolvição na Justiça em um de seus processos.

O fracasso deste dia 12 de setembro, porém, mostra que Lula é quem tem mais popularidade e chance de derrotar Bolsonaro em 2022. Mostra que o Brasil hoje tem duas alternativas: Lula ou fascismo.

*Fonte: Brasil247

11 setembro 2021

PT não participa de manifestação da direita e convoca para o ato do Fora Bolsonaro de 2 de outubro

Direção do partido divulgou nota neste sábado sob o título “Unidade na luta pelo #ForaBolsonaro”. O texto afirma: “Ocupar as ruas pela democracia, contra a carestia, por emprego e renda. Impeachment já!”

Presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e um ato pelo Fora Bolsonaro (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Giorgia Prates/Mídia NINJA)

247* - Leia a íntegra da nota do Diretório Nacional do PT:

No último 7 de Setembro, o Brasil, assolado pelo desemprego, pela fome, pela carestia e pela pandemia, assistiu a um vergonhoso espetáculo golpista e antidemocrático promovido por Bolsonaro, que – cada vez mais, desacreditado no Brasil e no mundo – aposta na ruptura institucional e na implantação de um regime autoritário sem disfarces. Ainda que nos dias seguintes tenha havido um aparente recuo, em que poucos acreditam, Bolsonaro segue na escalada autoritária e com sua pauta de retirada de direitos, de desamparo e descaso para com as principais necessidades do povo brasileiro.

Nosso povo sofre com a crise ambiental, econômica e social que trouxe a elevação do número de desempregados, a fome, a insegurança alimentar de 112 milhões de brasileiros e brasileiras, a queda do PIB, a volta da inflação, a carestia dos alimentos e aumento do preço da energia, tudo isso em meio a uma pandemia que já nos custou quase 600 mil vidas, grande parte das quais poderiam ter sido salvas se o governo Bolsonaro tivesse adotado outra atitude.

De outro lado, organizados em torno ao Grito dos Excluídos de 7 de Setembro, milhares de brasileiros e brasileiras, através das igrejas progressistas, dos movimentos sociais, das centrais sindicais, dos partidos de oposição, se manifestaram em todo o país em defesa das principais reivindicações do povo brasileiro nos dias de hoje: Vacina no Braço, Comida no Prato, Emprego, Renda, contra a retirada de direitos do povo, em defesa da democracia, da liberdade e Fora Bolsonaro.

Acertadamente, nosso partido participou do Grito dos Excluídos, demonstrando nossa profunda ligação com o povo brasileiro. Sintonizado com os principais anseios dos trabalhadores e trabalhadoras, em pronunciamento divulgado em 6 de setembro, o ex-presidente Lula chamou o povo brasileiro a lutar com esperança para derrotar o caos instalado pelo governo Bolsonaro, para reconstruir e transformar o Brasil.

O Diretório Nacional do PT, reunido em 11 de setembro de 2021, data que marca os 48 anos do golpe militar contra Salvador Allende e o povo chileno, reforça a importância da luta contra o golpismo, em defesa da democracia, que sempre foi e sempre será fundamental. Junto com as liberdades políticas, é preciso seguir lutando em torno dos problemas concretos do povo: emprego, salário, alimentos, moradia, transporte coletivo, acesso à educação e à saúde pública, respeito aos direitos da população negra, das mulheres, dos jovens, LGBTIs e de todos(as) aqueles(as) historicamente privados(as) de direitos no Brasil.

Para isso, é preciso conter imediatamente o projeto ditatorial de Bolsonaro através do impeachment, ampliando a mobilização popular em todo o país. O PT está empenhado em construir, com vários partidos, centrais sindicais e movimentos sociais, uma grande mobilização nacional pela democracia, pelos direitos do povo e pelo impeachment de Bolsonaro.

Em reuniões realizadas esta semana com outras forças políticas e organizações sociais e populares, definimos como datas de referência para a realização de atos públicos nacionais os dias 2 de outubro e 15 de novembro, além da organização de atos setoriais e regionais ao longo deste período, que têm como objetivo levar a luta pelo impeachment a cada local de moradia, estudo, trabalho, cultura e lazer. Saudamos todas as manifestações Fora Bolsonaro, esclarecendo que o PT não participou da organização nem da convocação de ato que já estava marcado para este domingo, 12. Reafirmamos que o PT luta contra Bolsonaro, seu governo e suas políticas neoliberais, vinculando sempre a luta pelo impeachment a luta pelos direitos do povo brasileiro.

Neste sentido, exigimos a paralisação imediata das reformas antipopulares que tramitam no Parlamento, bem como cobramos do presidente da Câmara dos Deputados que faça tramitar um dos mais de 163 pedidos de impeachment que estão sobre sua mesa.

O momento exige luta para derrotarmos o projeto neofascista e isso só ocorrerá com trabalho de base, capacidade de mobilização de massa, programa nítido, campanhas permanentes e luta concreta.

Conclamamos nossa militância, nossas lideranças, os diretórios municipais e estaduais e nossas bancadas parlamentares a se organizarem e participarem do seguinte calendário de lutas e mobilizações:

14 de setembro: dia de mobilização do serviço público contra a Reforma Administrativa

19 de setembro: Dia da Lei Orgânica do SUS, Ato da Saúde pela Vida

02 de outubro: ATO NACIONAL PELA SOBERANIA, DEMOCRACIA, DIREITOS DO POVO E FORA BOLSONARO! Impeachment já!

16 de outubro: Dia Mundial da Alimentação.

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.

*Via https://www.brasil247.com/

10 setembro 2021

Assista ao 'Boteco Político' - Hoje, 20 horas

 


*Este Editor sente-se muito honrado em comunicar que é um dos convidados  para participar do conceituado 'Boteco Político', que será realizado hoje,  a partir das 20h. 

Abaixo, o convite do Boteco na sua página (Facebook): 


"Sextou, galera!!!
🍻😀🇧🇷
E você já sabe que sexta é dia de Boteco Político. Hoje vamos receber o amigo Júlio Garcia na mesa do Boteco para conversar sobre "O Governo de Bolsonaro e Paulo Guedes: o difícil e perigoso momento que vive o Brasil." E para discutir e aprofundar esse tema tão atual e pertinente vamos receber contribuições de um time pra lá de especial, olha só!! Adeli Sell, Bacharel em Direito e ex-vereador de Porto Alegre, Marcelo Carlini, do Sintrajufe/RS e da CUT, e o amigo Valerio Lopes, da Fegamec - Federação Gaúcha Uniões Ass. de Moradores e Ent. Comunitárias.
Você não vai perder, não é!?
Vem para o happy hour no Boteco Político!"


08 setembro 2021

Sem jovens, manifestações de Bolsonaro foram de homens brancos, velhos e raivosos

Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Atlas Política, 73% dos brasileiros entre 16 e 24 anos desaprovam Bolsonaro. Atos golpistas comprovaram mais ainda o isolamento dele, pressionado cada vez mais pelo impeachment

Manifestações do 7 de setembro pedem impeachment de Bolsonaro
Manifestações do 7 de setembro pedem impeachment de Bolsonaro (Foto: Brasil 247)

247* - "O que se viu nas manifestações antidemocráticas capitaneadas por Bolsonaro neste sete de setembro foi a presença majoritária de homens, brancos, mais velhos. Gente que vibra na frequência dos confrontos, da violência e do xingamento. Um público que despreza o olhar coletivo, o respeito ao outro. Onde estava a juventude nos atos bolsonaristas antidemocráticos?" - a constatação é da jornalista Maria Carolina Trevisan, no portal Uol. 

Os jovens representam a faixa etária que menos se alinha a Bolsonaro. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Atlas Política, na segunda-feira (6),  73% dos brasileiros entre 16 e 24 anos desaprovam Bolsonaro. Nessa faixa etária, 69% disseram que "com certeza" não participariam das manifestações antidemocráticos sete de setembro. 

"É cada vez menor a fatia da população brasileira que apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sua rejeição não para de aumentar, alcançando recordes a cada semana. Sobrou a ele uma minoria ruidosa e raivosa, composta de negacionistas, parte do agronegócio e parte dos evangélicos, mais homens que mulheres", escreveu Trevisan.

*Fonte: Brasil247

07 setembro 2021

"Precisamos iniciar amanhã o movimento pelo impeachment de Bolsonaro", diz Rogério Correia

"O Bolsonaro sai menor. Amanhã, dia 8, Bolsonaro estará ainda mais isolado e menor", disse o deputado federal à TV 247 em meio aos atos golpistas convocados por Jair Bolsonaro neste 7 de setembro

Rogério Correia
Rogério Correia (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reprodução/Twitter)

247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) falou à TV 247 na manhã desta terça-feira, 7 de setembro, diretamente da manifestação contra o governo federal em Belo Horizonte e afirmou que a resposta do Legislativo aos atos golpistas convocados por Jair Bolsonaro que acontecem neste feriado deve ser a abertura do processo de impeachment contra o ocupante do Palácio do Planalto.

"Precisamos a partir de amanhã já iniciar no Congresso Nacional uma exigência de todos os partidos para que seja colocado na pauta o impeachment do presidente Bolsonaro, porque o que ele está tentando no Brasil é articular um golpe. E se não houver uma reação dos partidos e da democracia, ele acaba emplacando algum tipo de golpismo. Então nós não podemos simplesmente ficar esperando que isso aconteça", disse. 

O movimento pelo impeachment, de acordo com o parlamentar, deve ser apoiado por todos os partidos que defendem a democracia. "Mesmo os partidos que não são de esquerda mas que defendem o processo democrático têm que fazer essa exigência e colocar em discussão o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. E há clima no Brasil para conseguir que esse impeachment ocorra. Hoje, apesar de todo o aparato que eles montaram no Brasil inteiro em torno do golpe, as ruas também estão tomadas por nós, pelos movimentos que defendem o processo democrático".

*Via https://www.brasil247.com/

Ato do Grito dos Excluídos e por ‘Fora Bolsonaro’ é mantido em Porto Alegre, mas muda de local

Em razão da chuva, ato em Porto Alegre será realizado debaixo do viaduto da Avenida João Pessoa



Sul21*- As entidades organizadoras dos atos do 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas e por “Fora Bolsonaro”, em Porto Alegre, anunciaram na manhã desta terça-feira (7) que as manifestações que estavam programadas para o Parque da Redenção serão realizadas debaixo do viaduto da Avenida João Pessoa, mais conhecido como Viaduto do Brooklin. A razão da mudança local é a chuva que iniciou na madrugada deste 7 de setembro e deve prosseguir ao longo do dia.

A mudança de local foi definida pela coordenação dos atos, integrada pelas centrais sindicais, frentes Brasil Popular, Povo sem Medo e Povo na Rua, movimentos populares e pastorais sociais da CNBB. Os horários seguem inalterados. O ato ecumênico inicia às 11h, e, às 13h30, começará a concentração para a marcha pelo “Fora Bolsonaro”.  Ao meio-dia haverá um almoço solidário, que será partilhado com moradores de rua.

O 27º Grito tem como lema “Vida em primeiro lugar” e como tema “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já”. As entidades levarão cruzes para lembrar as quase 600 mil vidas perdidas na pandemia por responsabilidade do governo Bolsonaro. Também está mantido o “Drive Thu Solidário” com arrecadação de alimentos não perecíveis para distribuição a famílias carentes da periferia. Desde o início da pandemia, o projeto CUT com a Comunidade tem levado cestas básicas para centenas de trabalhadores e trabalhadoras que perderam trabalho e renda.

Haverá ainda entrega de panfletos da “Primavera da Democracia” para divulgar a realização do “Plebiscito Popular” sobre as privatizações no RS, marcado para o período de 16 de 23 de outubro.

Alegrete – 15h: Ato no Porto dos Aguateiros

Caxias do Sul – 14h: Caminhada em defesa do patrimônio público – Bairro Fátima, em frente à EMEF Castelo Branco

Erechim – 13h30: Esquina da Rua Sidney Guerra com Rua João Câncio Bastos

Passo Fundo – 14h: Caminhada da Praça da Capitão Jovino (Praça da Imed) até a Gare da Viação Férrea

Pelotas

– 8h: Concentração para a saída em direção a aldeia Kaingang – em frente à Paróquia São José no Bairro Fragata.
– 9h:  Aldeia indígena Kaingang Gyrô – Colônia Santa Eulália

– 10h30:  Canteiro Central Duque de Caxias em frente à Paróquia São José – CEBS Fragata

– 11h15: Py Crespo – Associação Comunitária do Bairro – Rua Marques de Olinda, 316.

– 11h45: Vila Santos Dumont (Vila das Corujas) atrás do Presídio Regional – Periferia Viva

– 12h30: Horta Comunitária – coordenação do CDD – CDD (Centro Desenvolvimento loteamento Dunas)

– 13h: Oficina Periferia Viva – Condomínio Jardim do Obelisco

– 13h30: Participação: Indígenas Guarani – CUT – Estrada do Engenho (Passo dos Negros)

– 15h: Ato Fora Bolsonaro – Concentração Largo Mercado Central – (levar 1 kg de alimento e um Grito).

Rio Grande – 14h: Ato Fora Bolsonaro – Arte Estação (Av. Rio Grande) no  Cassino

Santa Cruz do Sul – 9h: Lançamento do Plebiscito Popular/Ato Celebrativo – Praça do Bairro Santa Vitória (Rua Abrelino Pedroso 321)

Santa Maria

– 8h30: Concentração e chamada para o Grito

– 9h30: Início do Ato – Feira da Economia Solidária – Espaço Rádio Vozes da Esperança (João Veigas)

– 14h: Ato Fora Bolsonaro – Praça Saldanha Marinho

São Borja – 15h: Ato na Praça XV

São Francisco de Assis – 14h: Ato na Praça da Independência

Torres – 15h: Ato Fora Bolsonaro na Praça XV

Vacaria

– 14h30: Concentração para o Ato – Praça Santa Teresinha

– 15h: Passeata por blocos até o Parque da Gare

– 15h30: Concentração ato simbólico no parque

– 16h: Após o ato, caminhada até a esquina da Coronel Chicuta e encerramento

Mapa das manifestações

Clique aqui para ver os atos no Brasil e no exterior.

Com informações da CUT-RS

 

06 setembro 2021

Lula faz pronunciamento, diz que o "Brasil tem jeito" e critica Bolsonaro por estimular conflitos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento nesta segunda-feira 6, em que lembrou os bons tempos de seu governo, defendeu "colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda" e criticou Jair Bolsonaro por estimular conflitos na sociedade37

Lula
Lula (Foto: Lula)

*247 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje seria presidente se não tivesse sido vítima de um processo de lawfare, que consiste na perseguição judicial com finalidades políticas ou econômicas, fez um pronunciamento à Nação, nesta segunda-feira 6, em que lembrou os bons resultados de seu governo, tanto na economia quanto no campo social, e criticou Jair Bolsonaro por estar estimulando conflitos no feriado da Independência.

Líder em todas as pesquisas, e com chances reais de vencer em primeiro turno, Lula também afirmou que "o Brasil tem jeito" e disse que a saída é "colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda". Inscreva-se na TV 247 e confira abaixo seu pronunciamento:

Fissuras - O agro rachou? Agenda ambiental e ameaça golpista expõem divisão “antes e depois da porteira”

Divergências vêm à tona às vésperas dos atos de 7 de setembro, mas não se refletem no comportamento da bancada ruralista

Analistas dizem que não há ruptura, mas um tensionamento crescente entre setores do agronegócio brasileiro - Carlos Fabal / AFP

Enquanto ruralistas liderados pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) aderem à convocatória para os atos pró-Bolsonaro no Dia da Independência, sete entidades ligadas à agroindústria publicam um manifesto em defesa da democracia, afirmando que o Brasil “é maior e melhor que a imagem que temos projetado ao mundo.”

As duas notícias, que circulam paralelamente na imprensa brasileira, revelam divergências internas ao agronegócio.

Brasil de Fato ouviu pesquisadores e analistas para entender até onde vão essas fissuras e como impactam o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e a democracia.

Não se trata de uma cisão

Em linhas gerais, os entrevistados concordam ao apontar que existem interesses corporativos e econômicos diferentes “antes e depois da porteira”.

Em um primeiro grupo, estariam produtores de carne e grãos, especialmente soja e milho, que são o público-alvo da maioria dos discursos de Bolsonaro.

Essa parcela, onde se encontra a Aprosoja, defende com unhas e dentes pautas como a flexibilização da legislação fundiária e das normas ambientais, além de posse e porte de armas no campo.

Do outro lado da porteira, estariam transnacionais exportadoras de commodities, que adaptam o discurso às exigências ambientais impostas principalmente na Europa.

Para essas entidades, interessa a estabilidade democrática e a construção de uma imagem de respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente – para tornar os produtos brasileiros mais valorizados no exterior e evitar qualquer tipo de sanção.

Esse olhar é representado principalmente pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) – que articulou o manifesto citado no início da matéria.

“A ABAG representa o capital internacional apátrida, que está preocupado com o mercado externo. E a gente sabe que o tema da sustentabilidade, capturado pelo capital, tem sido uma pauta cada vez mais importante lá fora”, ressalta Frederico Daia Firmiano, doutor em Ciências Sociais, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e coordenador do Grupo de Estudos sobre Crise, Neodesenvolvimentismo e Direitos Sociais (GEIND).

“A Aprosoja, que reúne especialmente ruralistas da região Centro-Oeste, tende a um alinhamento ideológico a Bolsonaro em certas matérias que a ABAG vai evitar. Por exemplo, a pauta do armamento dos latifundiários.”

As tensões vieram a público a partir de abril de 2020, quando frigoríficos e empresas exportadoras passaram a pressionar pela saída do então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles – que só deixaria o cargo 14 meses depois. Na época, o Brasil era notícia mundial devido aos recordes de desmatamento.

“A ABAG fez uma iniciativa de marketing e lançou junto à Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura seis ações para supostamente coibir de maneira eficaz o desmatamento na Amazônia”, lembra Luiz Felipe Cerqueira de Farias, doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). O contexto era de pressões por parte de empresas europeias, que ameaçavam desinvestir em produtores de soja e grãos e em títulos do governo brasileiro.

Em reação a esse movimento, a Aprosoja rompeu com a ABAG.  Segundo o então presidente da entidade, Bartolomeu Braz, as exigências ambientais impostas aos produtores extrapolavam o Código Florestal e visavam “difamar o agro” no Brasil.

“A ABAG está falando a língua principalmente dos setores mais vinculados ao mercado europeu, enquanto os produtores de soja têm como horizonte um mercado muito mais estratégico, que é a China”, interpreta Farias.

Enquanto o grupo da ABAG teria mais poder de barganha no “andar de cima”, quem faz mais barulho internamente são os produtores alinhados ao discurso da Aprosoja.

Essa retórica, que se confunde com o próprio bolsonarismo em seu afã populista e “antissistema”, tem penetração nas redes sociais e será colocada à prova em atos como os de 7 de setembro.

“O documento produzido pelas entidades da agroindústria em defesa da democracia foi uma manifestação explícita de que essa ruptura institucional, sinalizada o tempo todo por Bolsonaro, tem um limite”, analisa Pedro Cassiano de Oliveira, doutor em História Social e pesquisador da questão agrária no Brasil.

“É interessante ver quem assinou esse documento: são produtores ligados, sobretudo, ao capital financeiro – indústria de óleo vegetal, de tecnologia em nutrição vegetal, de celulose, de produtores de óleo de palma. São, de fato, mais ligados ao mercado externo, e que por isso mesmo estão preocupados com esse tensionamento institucional.” (...)

*Continue lendo clicando AQUI (via Brasil de Fato)