05 abril 2013

Filha de Raul, Presidente de CUBA, Mariela Castro palestrou em Porto Alegre





“A sociedade não deixou de ser patriarcal depois da Revolução”, diz Mariela Castro

Por Rachel Duarte*

Em passagem por Porto Alegre/RS, a deputada cubana Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro, conversou brevemente com jornalistas antes de palestrar no 1º Seminário Internacional Relações de Vida – Educação e Saúde Sexual: Experiências Brasil e Cuba, no Ministério Público do Rio Grande do Sul. Psicóloga e pedagoga, com mestrado em sexualidade, Mariela luta pelos direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na ilha de forte herança cultural de colonização espanhola. “Não basta uma revolução socialista se não nos propusermos ao enfrentamento das diferentes formas de discriminação arraigadas em nossa cultura, sobretudo àquelas herdadas da sociedade hispano-machista e homofóbica”, define.

Ela considera o processo pós–Revolução em Cuba uma transição para o socialismo. É um processo que consiste numa conquista gradual e que demanda superar várias discriminações específicas, como a homofobia. “A influência da Igreja Católica impulsionou todos os dogmas de violência e discriminação na sociedade colonizada. Com a Revolução, existiram outras formas de discriminação por conta desta herança que tornou a cultura do patriarcado algo natural”, explica.

Para romper com a cultura do preconceito de gênero em Cuba, Mariela Castro travou uma luta pessoal com a família Castro. Enfrentou o regime do tio Fidel Castro, que entre 1965 e 1968 elaborou as Unidades Militares de Ajuda (Umap), nas quais os homossexuais eram integrados à força. Ela explica que, na verdade, o método de recrutamento é que era o problema da época. “Existiam heterossexuais e homossexuais nestes campos militares. Não eram campos de concentração como a mídia distorce. A intenção foi aproveitar o serviço militar, que era obrigatório, para também oferecer ao país trabalho na agricultura. Eles eram aproveitados para produção de alimentos que o país necessitava para enfrentar a situação de agressão permanente que sofria do governo dos Estados Unidos. O mecanismo de recrutar jovens obrigatoriamente é que era inadequado”, conta.

A obrigatoriedade do serviço militar cubano foi, segundo ela, por conta do medo de terrorismo financiado pelo estado norte-americano. “As sociedades militarmente agredidas têm serviço militar obrigatório. É rotineiro. Era uma época difícil. Quando encerrou este tipo período, proibiram que homossexuais ingressassem por opção no serviço militar. Foi outra forma de discriminação. A sociedade não deixou de ser patriarcal depois da Revolução, por isso estamos trabalhando para acabar com a cultura de homofobia, discriminação e violação aos direitos humanos”, defende. 

Deputada recém-eleita, Mariela Castro tem como principal plataforma a aprovação de um novo Código de Família na ilha, que contempla tanto a união de pessoas do mesmo sexo quanto o direito à reprodução assistida por casais de lésbicas que querem ter filhos. “Desenvolvemos uma campanha cubana contra a homofobia desde 2007, com grande visibilidade. Havia muita resistência da população, mas estamos rompendo a ignorância. Muitas famílias já puderam ver regressar os filhos que partiram do país por causa da discriminação”, conta.

Na década de 80, estima-se que 1,7 mil ‘homossexuais incorrigíveis’ de Cuba foram deportados para os Estados Unidos. No início da crise de Aids, Cuba foi denunciada internacionalmente pela criação de rigorosas prisões para pessoas com HIV, em sua maior parte, homossexuais. A filha de Raúl Castro conta que, apesar da resistência de alguns dentro do governo, programas de educação sexual são desenvolvidos pelo Ministério da Saúde e da Educação desde 1956. ” O Ministério da Cultura também desenvolve ações para orientação sobre sexualidade”, diz.

Mariela Castro é Diretora do Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex) desde 2001, local de promoção de estudos e ações para garantia de direitos e políticas de gênero e sexualidade, criado por sua mãe, Vilma Espín, juntamente com a Federação de Mulheres Cubanas. Por meio do centro, o sistema de saúde da ilha voltou a realizar cirurgias de mudança de sexo em 2008, duas décadas após uma polêmica primeira tentativa. “A nossa política promove a educação sexual como processo emancipador da pessoa, inspirado na Pedagogia da Libertação de Paulo Freire e com metodologia participativa que aprendemos com profissionais brasileiros. Tornamos a sexualidade um pretexto para trabalhar outros elementos de formação de cidadania com toda a população”, explica.

Ciente da difícil missão que assumiu, ela se mostra entusiasmada e emocionada ao falar do avanço que Cuba já alcançou para viver o socialismo de forma plena. “O socialismo não é da noite para o dia, leva tempo. Eu sei que é difícil mudar a mentalidade e a cultura das pessoas, mas não é impossível. Estamos determinados a mudar esta cultura em Cuba”, defendeu.

Certa de que não faltaria a pergunta  sobre “Como será a Cuba sem Fidel?”, Mariela Castro não se intimidou em falar sobre política com os jornalistas brasileiros. “Tampouco nós sabíamos como seria Cuba sem Fidel, mas estamos passando e a revolução segue adiante. O povo cubano está mostrando sua força e sua capacidade democrática para eleger líderes que são pessoas muito bem preparadas”, falou.

Este é um processo de continuidade.Por isso Cuba pode seguir a Revolução sem Fidel, assim como a Venezuela pode agora estar sem Chávez (Hugo) porque deixou um povo bem preparado e um governo bem articulado. Cuba está mostrando que é possível fazer democracia com apenas um partido. Ele é inclusivo, de unidade nacional e vive em função da soberania nacional, com justiça e igualdade social. Mas só seguirá assim se não deixar de ser um processo participativo. Se deixar de ser participativo, deixa de ser revolucionário”, afirma.

Perguntado sobre as críticas e denúncias sobre o regime feitas pela blogueira cubana Yoani Sanchez, que também virá a Porto Alegre, Mariela Castro disse que não dedica seu tempo a falar dela. “Recomendo que faça suas perguntas a ela (Yoani) e tire suas próprias conclusões. Isso se a direita te deixar entrar no evento, é claro”, brincou com o repórter.

Foto: Ramiro Furquim -  *Fonte: Sul21 http://www.sul21.com.br

Entrevista com o Governador TARSO GENRO



ANTONIO PAZ/JC
Tarso Genro defendeu ‘déficit responsável’ e crescimento do Estado
Tarso Genro defendeu ‘déficit responsável’ e crescimento do Estado
 “O PMDB manipulou números”, rebate Tarso

Porto Alegre - Jornal do Comércio - por Alexandre Leboutte - Tão logo concluiu uma agenda positiva, a cerimônia de assinatura de editais de financiamento para investimentos em Ciência e Tecnologia, realizada na quinta-feira no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, o governador Tarso Genro (PT) chamou a imprensa para uma coletiva no salão contíguo para tratar de um tema indigesto: rebater as fortes críticas lançadas a sua gestão pelos deputados estaduais da bancada do PMDB no dia anterior, quando afirmaram que “o governo Tarso acabou”, por causa de um desequilíbrio nas finanças.

“O PMDB manipulou os números para chegar a conclusões arbitrárias”, disparou Tarso, citando, como exemplo, os dados de investimentos em segurança pública no governo de Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010), que teriam somado despesas com inativos e com o Departamento de Trânsito do Estado (Detran). “Se adotarmos os mesmos critérios, veremos que nossos investimentos em segurança pública são muito superiores aos do governo anterior”, disse o petista, explicando que se referia ao governo Yeda por ter sido a base de dados comparativos usada pelos peemedebistas. “O PMDB fala em nome do governo anterior, para o qual deu apoio, participou todo o tempo e teve a liderança política”, observou.

Tarso insinuou que as críticas têm objetivo eleitoral e afirmou que o texto distribuído pelos peemedebistas é “muito útil” para a realização de um debate político sobre o futuro do Estado. “Quero aproveitar esta oportunidade que foi dada pela divulgação do documento para colocar a ótica do governo sobre o conteúdo e a visão que projeta para o futuro, e como se ancora no passado”, revelou.

O governador reconheceu que o debate eleitoral de 2014 foi antecipado. No entanto, rejeitou assumir a condição de candidato à reeleição neste momento, argumentando que se trata de uma discussão de projeto político, que na sua gestão deve ser salvaguardado pelo atual sistema de alianças.

Preservando o governo de Germano Rigotto (PMDB, 2003-2006) de críticas, Tarso dirigiu sua artilharia às gestões de Yeda e de Antônio Britto (PMDB, 1995-1998), afirmando que o Estado vive uma situação financeira delicada, debitando boa parte da culpa a Britto, que assinou os termos de renegociação da dívida com a União em 1998, vista pelo petista como uma das causas principais dos problemas nas finanças gaúchas.

Já o período de Yeda, Tarso classificou como um governo que gerou estagnação, pela incapacidade de articulação com a União para buscar recursos e pela crise interna. “A governadora não podia viajar”, ironizou, por causa do confronto com seu vice, Paulo Feijó (DEM), o que a teria impedido de prospectar investimentos externos.

“Com este documento que o PMDB fez, está dizendo: ‘devemos retornar à época da Yeda e do Britto’. E eu digo: devemos continuar no rumo que estamos traçando até agora”, apontou. “Qual é o Estado que nós queremos? O do déficit zero, da estagnação e da miséria? Ou queremos um Estado que faça um déficit responsável, que saiba manobrar a dívida, tomando providências na órbita federal para que seja reequacionada, com desenvolvimento?”, questionou, defendendo a recomposição salarial do funcionalismo público e afirmando que o saque dos depósitos judiciais é uma estratégia legal.

“Dá uma tranquilidade para o manejo orçamentário. No ano passado, chegamos a pegar depósitos judiciais por dois ou três meses e devolvemos. Não precisamos. Ele (o dinheiro dos depósitos) está em uma conta agora que o Estado pode sacar se tiver necessidade. E possivelmente usaremos, dentro da margem que a lei permite”, justificou, ponderando que não concordava com as críticas de petistas a saque do mesmo tipo feito por Rigotto.

Governador ironiza falta do tema pedágios na análise da oposição

Ao comentar a liminar obtida pela concessionária de pedágios Brita Rodovias - que administra o polo de Gramado - estendendo o contrato até 30 de dezembro, o governador Tarso Genro (PT) aproveitou para alfinetar os peemedebistas. “Esta questão dos pedágios incomoda muito o PMDB. O documento grita uma ausência: a dos pedágios. Porque este modelo escorchante que está aí foi deles. Este modelo vergonhoso que está aí foi deles. Este modelo caro e ineficiente que está aí foi deles”, apontou.

Tarso disse que a medida cautelar obtida pela concessionária de Gramado se tratava de um entendimento diferente por parte do Judiciário federal da visão do Estado, mas que não inviabiliza a política preparada para a gestão rodoviária pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

04 abril 2013

Protestos em Porto Alegre são resposta à restrição do espaço público...



Porto Alegre/RS - Sul21 - Na segunda-feira (1), os porto-alegrenses realizaram um protesto como há muito não ocorria na cidade. Pelo menos 6 mil pessoas saíram às ruas para exigir a revogação do aumento da passagem de ônibus, numa época em que é bastante comum ouvir lamentos de que já não ocorrem mais grandes manifestações. Não são poucos os que dizem que, hoje em dia, existem apenas “ativistas de sofá”, em referência à convocação de mobilizações por redes sociais como Facebook e Twitter – expediente utilizado para organizar os atos contra o aumento da passagem na Capital. (...)

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Governador Tarso Genro em Santiago nesta sexta



Santiago/RS - O  governador Tarso Genro realiza agendas em Santiago nesta sexta (5). Conforme o líder do governo na Assembleia, deputado Valdeci Oliveira (PT), que articulou os compromissos, o governador chegará à cidade às 17h 30min, junto com o presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, para assinar a ordem de início das obras de ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) e da adutora local. Também vai assinar a publicação do edital de licitação das obras de esgotamento sanitário da cidade. Ao todo, serão investidos nestas ações R$ 15 milhões, sendo R$ 7 milhões na obra da ETA e R$ 8 milhões no serviço de esgotamento sanitário. “Era um compromisso nosso trazer o governador Tarso Genro a Santiago e ele vem a cidade trazendo investimentos de impacto para a área do saneamento e do abastecimento”, afirmou Valdeci.

O deputado lembrou que no ano passado Santiago enfrentou uma das mais fortes estiagens do Estado, que comprometeu as reservas da barragem da cidade. Imediatamente, a Corsan realizou serviços que normalizaram a situação. “Com estas obras que chegam agora, Santiago passará a ter uma segurança de abastecimento muito grande, além de mais qualidade no saneamento”, afirmou.

A atividade do governador em Santiago ocorrerá na frente da Estação de Tratamento de Água da Corsan na cidade. Após o compromisso, Tarso realizará reunião com o PT local. O deputado Valdeci acompanhará todas as agendas do governador no município da região Central do Estado.

Fonte: Imprensa do deputado estadual Valdeci Oliveira (via e-mail) e 'O Boqueirão Online'
Tiago Machado - MTb 9415
Foto: Tarso Genro em Santiago na campanha de 2010.

03 abril 2013

PT pressiona por debate sobre Marco Regulatório das Comunicações no Congresso



Sul21 - Apesar da clara posição do governo Dilma Rousseff em não discutir o Marco Regulatório das Comunicações antes das eleições de 2014, o Partido dos Trabalhadores parece estar disposto a incitar a sociedade para o debate. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) chamou a bancada petista para o compromisso de realizar um seminário sobre o tema no Congresso Nacional. Ele pretende convocar primeiro a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República para prestação de contas sobre o repasse de verbas publicitárias. “Estes números não estão públicos, mesmo com a Lei da Transparência. Queremos saber os critérios utilizados para os repasses”, disse.
O seminário, ainda sem data marcada, deverá ouvir também representantes das rádios comunitárias, blogueiros e mídias regionais do país. De acordo com Paulo Pimenta, é preciso monitorar ‘até onde chegam os recursos e ações do governo federal’ para democratização da mídia. “Há uma relação cada vez mais morosa sobre as concessões para as rádios comunitárias. Existem processos se arrastando por mais de oito anos. A política pública, que era para ser ousada a fim de alcançar a pluralidade da radiodifusão, está estagnada nos últimos anos”, criticou sobre a postura dos governos do PT. (...)
Clique Aqui para ler a íntegra da  matéria assinada pela jornalista Rachel Duarte, do Su21.

02 abril 2013

Deputado Pimenta (PT/RS) denuncia perseguição dos grandes meios de comunicação aos blogueiros progressistas




Brasília/DF - Na última segunda-feira (1º/04), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para prestar solidariedade ao jornalista Luiz Carlos Azenha, do site www.viomundo.com.br , e demais blogueiros com atuação independente (progressistas) na internet, que são perseguidos pelos grupos da mídia tradicional (conservadora) do País, e para denunciar a judicialização do debate político, coordenado pelos grandes meios de comunicação (ou seja, o PiG**), com empenho e apoio de um Judiciário “conservador”.

Pimenta também criticou a concentração das verbas publicitárias do Governo Federal para os grandes meios de comunicação, que pouco se alterou em 10 anos de governos populares no Brasil, em detrimento de uma política de afirmação de uma mídia regional e de formas alternativas de informação.

-Assista ao oportuno e corajoso pronunciamento do Deputado Paulo Pimenta - da tribuna da Câmara dos Deputados - clicando no vídeo acima.

*Com o blog do Rafael Nemitz  - http://www.rafaelnemitz.com/

**PiG - Partido da Imprensa Golpista   - Edição final e grifos deste Blog. 

Sobre o SPC Score ... e os Direitos do Consumidor


Crítica & Autocrítica - nº 92 

* O Banco Central do Brasil e o Banco Boa Vista são responsáveis por cadastros de análise de crédito. Nestes cadastros as pessoas inscritas não são devidamente notificadas da inserção de seus dados.

* A inscrição em cadastros de crédito, apesar de legal, deve ter a notificação dos cadastrados. Não havendo a devida notificação, conforme jurisprudência do STJ, o cadastrado deverá ser indenizado pela ausência desta devida notificação.

* Realizada a prova desde registro, sem o conhecimento do registrado, caberá Ação Indenizatória na Justiça Federal contra o Banco Central e Ação Indenizatória na Justiça Comum contra o Banco Boa Vista, detentor dos registros do SERASA e SPC.  (...)

A seguir, para os que tiverem interesse em aprofundar-se sobre o tema, reproduzo importante entrevista (veiculada no  TJRSnotícias) com o Desembargador Leonel Pires Ohlweiler, do TJ/RS, que discorre sobre os Direitos do Consumidor e o SPC Score. (Por Júlio Garcia, especial para 'O Boqueirão Online').



...

** C&A - Coluna que mantenho (i)regularmente no Blog 'O Boqueirão Online'.
-CLIQUE AQUI  para ler a Coluna, na íntegra.

01 abril 2013

1964: a atualização grotesca dos nossos liberais


Ao invocar o golpe de Estado de 1964, os editorialistas receitavam o antídoto contra a guinada da subversão como pretexto para barrar o avanço social e impedir a tomada de consciência política.


O resultado de duas décadas de oligarquia empresarial-militar, inaugurada com o golpe, exibiu um saldo sinistro com o que, à época, se convencionou denunciar como a pior crise econômica, política, social e moral da nossa história. O Brasil, urdido neste novo pacto, foi, por excelência, o “antipaís”. Subordinados, da forma mais completa possível, toda nossa economia e o aparelho estatal foram orientados e redimensionados de maneira a afastar, abafar ou reprimir qualquer obstáculo a essa subordinação. É dessa lógica que emergiu um regime que tinha como metodologia a censura e o terrorismo de Estado, ambos sob a bênção de nossas melhores consciências liberais e seus impérios jornalísticos.


Tempos passados? Sem dúvida, mas não nos iludamos: se mudou a conjuntura, alguns objetivos continuam na agenda da direita e de seus intelectuais orgânicos, como vimos nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso.

Sempre é bom recordar que há 28 anos, apesar do deslocamento político, a hegemonia do processo de transição encontrava-se com a mesma burguesia brasileira condutora do golpe. Se não era mais possível a acumulação capitalista se realizar através de uma economia planejada, centralizada e estatizante, os corifeus dessa mesma classe erigem globalização, flexibilização, desregulamentação e livre concorrência como dogmas, mas o objetivo permanece: a modernização acompanhada da internacionalização da economia e da limitação, com a judicialização da política, da democracia ao grupo organicamente ligado a interesses financistas. Para isto, existe o Instituto Millenium e seus jornalistas, acadêmicos e juristas amestrados.

Em 2013, é visível que o espartilho autoritário não consegue mais conter a pujança do corpo social. Há dez anos, há diálogo entre quem governa e os movimentos sociais que expressam anseios de liberdade, de participação e de melhoria substancial das condições de vida de grande parte da população. O que assistimos é uma ruptura com os pilares de sustentação do regime militar e dos três governos que lhe sucederam.

O que resta à grande imprensa? Sufocar financeiramente quem denuncia seu modus operandi, esboçar cenários eleitorais contando com quadros partidários sem qualquer organicidade fora de suas bases regionais, como é o caso do governador de Pernambuco,Eduardo Campos, do senador mineiro Aécio Neves ou da eterna linha auxiliar, Marina Silva, a neoconservadora do ecossistema político.

O desespero acentua o efeito combinado de avanço tecnológico com furor reacionário,criando campo propício à proliferação de articulistas raivosos e humoristas de boteco. A extensão do grotesco é tão acentuada que seus "bons propósitos" não enganam a mais ninguém. Estão todos na ordem do riso. E da exclusão social.


*Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

Fonte: Carta Maior http://www.cartamaior.com.br  Edição final deste blog

31 março 2013

31 DE MARÇO É UM DIA PARA LAMENTAR


O golpe de 1964 fez o Brasil dar um passo gigantesco para trás.
Geisel, de óculos escuros, foi um dos horrores nacionais
Geisel, de óculos escuros, foi um dos horrores nacionais
Num país, algumas datas são para celebrar. Outras, para lamentar.
O dia 31 de março é para lamentar.
Há 49 anos, uma conspiração destruiu uma democracia com o argumento cínico de que estava exatamente preservando a democracia.
O que havia de mais atrasado na sociedade da época se juntou na trama: militares, CIA, políticos conservadores e grandes empresários do jornalismo, como os Mesquitas, Roberto Marinho e Octavio Frias de Oliveira.
A administração que nasceu dessa aliança foi um colosso da inépcia. O Brasil piorou dramaticamente – excetuado o pequeno grupo que tomou conta do Estado.
A desigualdade floresceu.
O país se favelizou. Conquistas trabalhistas foram extirpadas, como a estabilidade. Greves – a única arma dos trabalhadores – foram proibidas. O ensino público que era excelente – e promovia a mobilidade social – foi devastado, com a perseguição a professores e o controle obsceno do que era ensinado nas salas de aula.
O Brasil deu um passo gigantesco para trás em 31 de março de 1964.
Os generais presidentes – Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo – merecem um esculacho eterno.
Falavam em combater a corrupção dos civis e não conseguiram criar em seu partido, a Arena, nada que fosse além de Paulo Maluf.
Foram mais de vinte anos de pesadelo.**
Alguns cúmplices dos militares acabaram também se dando mal. Carlos Lacerda, o eterno conspirador, queria que eles derrubassem João Goulart e preparassem o terreno para que ele, Lacerda, ascendesse à presidência.
Os Mesquitas foram obrigados a publicar receitas para ocupar o espaço de textos censurados.
Frias foi submetido à humilhação de receber uma ordem telefônica para demitir o diretor de redação Claudio Abramo, e obedeceu.
Passou.
Mas é bom não esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.
*Por Paulo Nogueira,  jornalista e Editor do
http://diariodocentrodomundo.com.br (fonte desta postagem).


**Nota do Editor do Blog: Dentre os pesadelos vivenciados durante a famigerada ditadura civil/militar estão milhares de prisões arbitrárias de civis e militares (que não compactuaram com o golpe), torturas,  banimentos e assassinados de patriotas que ousaram lutar contra o arbítrio. Uma dessas pessoas foi a jovem santiaguense Sônia Angel, trucidada aos 27  anos em São Paulo, em 1973.

CLIQUE AQUI para ler mais.

30 março 2013

George Harrison & Eric Clapton




 While my guitar gently weeps - George Harrison & Eric Clapton 

Concerto realizado para The Princes Trust Concert  - 1987

Participam: George Harrison: Guitarra e voz; Eric Clapton: Guitarra; Jeff Lyne: Guitarra; Phil Collins: Bateria; Ringo Starr: Bateria; Ray Cooper: Percussão; Mark King: Baixo; Elton John: Piano; Jool Holland: Piano.

Azenha: Globo e governo Dilma parecem estar perto da vitória


Por Renato Rovai*

Azenha anunciou que vai fechar o Viomundo depois de perder ação na justiça movida pela Globo. É uma notícia-bomba. Uma derrota parcial da luta pela democratização no país. E quando alguém perde, outro alguém ganha. Os vencedores são os grandes grupos econômicos de comunicação, mas também uma boa parte do governo que anda mais preocupada com negócios do que em construir políticas públicas que modifiquem a imensa concentração deste segmento.
No momento, estou em Tunis, na Túnisia, cobrindo o Fórum Social Mundial. Antes de vir pra cá estive em Brasília. Conversei com muita gente. E confirmei o que já imaginava. Primeiro, que o governo Dilma não vai mexer no que considera um vespeiro, a regulamentação da comunicação. Segundo, que o ministro Paulo Bernardo deixou de ser apenas uma adversário desta tese. Passou a se um inimigo. E mais do que isso, agora instrumentaliza nossa luta para conquistar ainda mais poder.
Bernardo hoje é o homem dos grandes grupos de comunicação no PT. É o sujeito que livra as teles e a Globo dos “monstros” que querem a regulamentação e a democratização. E o que fazemos, no fundo, o ajuda a ampliar seu poder. Foi neste contexto que seu secretário-executivo, Cezar Alvares, teria dito a frase de que o governo Dilma não faria a regulamentação das comunicações. Aquilo não foi um deslize. Foi a assinatura de um contrato público com o povo da radiodifusão. Foi a Carta ao Povo Brasileiro de Dilma com esses setores. Eles queriam um sinal claro. Bernardo deu.
Mas não é só isso. Paulo Bernardo (e não só ele) também tem se referido a blogueiros como vagabundos e pilantras. E completa a frase com “e o governo ainda sustenta essa gente…”. Convenhamos, isso é bobagem. O que não é bobagem é que ele tem feito pressão pessoal para que ninguém mais apoie os poucos veículos que ainda recebem alguma verba publicitária. (Aliás, se você quer saber o tamanho deste apoio, leia este artigo do Miguel do Rosário.)
Nos Correios, por exemplo, a ordem é clara. Se algum centavo for destinado a esse “povo”, cabeças rolarão. Procure algo dos Correios em qualquer veículo da mídia alternativa ou livre. Mas também procure na Veja, na Globo, na Folha e no Estadão…
Azenha não está anunciando o fechamento do seu blogue por causa da Secom e do Paulo Bernardo. Mas também não está fazendo isso só por causa da Globo. Se a gente tivesse nesta luta pela democratização da mídia, mas não se sentisse sendo usado, talvez ele não tivesse tomado esta atitude.
Espero que ela ainda reflita e que um movimento cidadão o anime a seguir em frente. Azenha nunca teve um centavo de recurso público no seu blogue. E desde que o conheço nunca se mostrou interessado neste tipo de financiamento. Mas ele sonhou junto com muitos de nós que teríamos condição de melhorar a correlação de forças da comunicação no Brasil. Imaginou que tínhamos aliados. E ouviu, como eu, discursos de muitos se comprometendo com a causa.
E com o tempo passando, foi percebendo que só estávamos sendo usados. É este o exato sentimento: usados. E talvez essa sua decisão seja um sinal para um movimento que pode se tornar bastante importante. O Azenha não pode ficar sozinho nisso. É hora de refletir.
*Jornalista, Editor do Blog do Rovai - fonte desta postagem -  http://revistaforum.com.br

'Quando o Viomundo me apresentou Azenha' (Maria Frô)


"Eu brigo muito com Azenha, agora mesmo tenho vontade de dizer para ele: Não, você não vai fechar o Viomundo, a gente vende roupa no brechó, pastel na feira, sei lá, mas você não vai fechar o Viomundo!  Eu conheci você por causa do Viomundo! 

 O Viomundo me apresentou o Azenha, o jornalista Luiz Carlos Azenha. (...)

Vou começar a fazer chantagem, apelar, sei lá. Mas o que gostaria de pedir agora a quem me lê é que não deixem estas corporações midiáticas e este governo subserviente a estas corporações vencer a liberdade de expressão. Não deixem que um idiota com cara de fuinha que não sabe porra nenhuma de jornalismo e democracia leve a melhor. (...)

E se vocês gostarem um tantinho do Maria Frô me ajudem a não deixar o Viomundo fechar. Já decretei no Face se isso acontecer, encerro o Maria Frô. Será greve de verbo dissonante num mundo cada vez mais discurso único.  Sinceramente? Ando exaurida de tantos recuos e covardia dos que não têm mais desculpas para assim agir. Parece que está chegando a hora em que a coragem será o silêncio."
-Para ler, na íntegra,  a  solidária, contundente e emocionante  postagem da companheira Conceição Oliveira, editora do excelente 'Maria Frô',  Clique Aqui

29 março 2013

Martinha




* Eu daria a minha vida -  Martinha (1968)

Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa



por Luiz Carlos Azenha*

Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.

Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.

Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.

Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.

Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.

Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.

Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.

Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.

Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.

No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.

Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.

Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.

Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.

Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.

Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.

Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.

O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.

Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.

Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?

O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.

Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.

Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.

Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.

Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.

E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.

Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.

Eu os vejo por aí.

PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.

PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.

Leia também:


*Jornalista, Editor do http://www.viomundo.com.br
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Nota do Editor do Blog: Nossa total e irrestrita solidariedade ao companheiro Luis Carlos Azenha,  Editor do glorioso Viomundo, valoroso e corajoso jornalista  cuja competência  e brilhantismo já foi mais do que provada - e que, mais do que isso, ilustra indelevelmente seu currículo por  não 'dobrar a coluna' ao PiG, asseclas  e seus  satélites. 
Companheiro Azenha, não esmoreça: eles 'no passarán!" (Júlio Garcia)

'Uma breve história da baderna'

Marietta Baderna


Por Marco Weissheimer - O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), retirou do armário uma surrada palavra muito utilizada pelos militares e seus aliados civis antes, durante e depois do golpe de 1964 que instaurou uma ditadura civil-militar no Brasil: “baderna”. Os baderneiros de plantão foram os estudantes e demais manifestantes que decidiram sair às ruas para protestar contra o aumento do preço da passagem de ônibus na capital gaúcha. Como sói acontecer, o contexto do uso da palavra se repete: o protesto é legítimo, mas descambou para a baderna no momento em que a gurizada passou a “depredar” e tentar invadir a prefeitura. O uso que fazemos das palavras nunca é inocente. Elas, as palavras, têm história e vida própria. A nossa relação com elas também. (...)
Clique Aqui para ler na íntegra (via RS Urgente)

28 março 2013

É de + !!!



*Charge do Kayser  - ('É demais')

Protestos em Porto Alegre contra aumento das passagens de ônibus


Revolta contra aumento da passagem gera grande protesto na noite de Porto Alegre

Porto Alegre/RS - Sul21, por Samir Oliveira - Centenas de manifestantes realizaram, na noite desta quarta-feira (27), um novo ato contra o aumento da passagem de ônibus em Porto Alegre. Iniciado por volta das 18h30, em frente à prefeitura, o protesto só foi terminar às 22h, em frente ao Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga.
Antes de a passagem aumentar, cinco protestos foram realizados no centro da Capital. Após o aumento – que ocorreu na última quinta-feira (21) e elevou a tarifa de R$ 2,85 para R$ 3,05 -, os manifestantes têm realizado praticamente um ato por dia. Até então, o maior deles havia sido na noite de segunda-feira (25), quando estudantes bloquearam durante quatro horas a avenida Ipiranga, em frente à PUCRS. (...)
Clique Aqui para continuar lendo.

26 março 2013

Governo gaúcho lança o Plano Estadual de Qualificação Profissional



Porto Alegre/RS - O governador Tarso Genro lançou, nesta terça-feira (26), no Palácio Piratini, o Plano Estadual de Qualificação Profissional 2013 (PEQ). O chefe do Executivo parabenizou a Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), gestora do Plano, pela iniciativa e pelos resultados apresentados e afirmou que este é "um exemplo eloquente de articulação entre Estado e municípios, promovendo a transversalidade entre as diversas áreas do Governo".

O titular da STDS, Luís Augusto Lara, apresentou durante o evento a oferta de qualificação profissional para o Estado em 2013: serão 112.616 vagas em mais de 120 tipos de cursos gratuitos, realizados em mais 200 municípios gaúchos. Estes índices representam um aumento de 52.419 vagas, em comparação a 2012, quando foram ofertadas 60.197 vagas do Plano Estadual de Qualificação, volume maior do que os últimos dez anos somados.

De acordo com Lara, o Rio Grande do Sul é responsável por um terço da qualificação profissional do Brasil. "Em 2012, com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, na modalidade de Formação Inicial e Continuada (Pronatec/FIC) e o Plano Territorial de Qualificação (Planteq) qualificamos mais de 40 mil pessoas. O diferencial do RS deve-se ao trabalho conjunto com as prefeituras e secretarias de assistência social, que realizaram a busca ativa de famílias dos programas sociais para que se qualificassem", ressaltou.

Lara salientou, ainda, que por meio do Plano Estadual de Qualificação Profissional, foi elaborado um grande mapa estratégico das oportunidades de qualificação. "Com isso, trabalhamos para identificar as reais necessidades de mão de obra qualificada nas diferentes regiões. Essa iniciativa será fortalecida este ano, com a formação de Comitês Microrregionais, com a parceria de prefeituras, centrais sindicais, comissões municipais de emprego, unidades ofertantes e representantes governamentais, que debaterão as demandas de cursos em cada localidade", afirmou.

Confira a prestação de contas do PEQ em 2012 e a oferta de 2013:

Plano Estadual de Qualificação Profissional em 2012: 60.197 vagas

PRONATEC 2012
58.090 vagas pactuadas e ofertadas no RS
60.116 pré-matrículas via assistência Social +1.675 via FGTAS/SINE = 61.791
38.517 matrículas +1.279 via FGTAS/SINE = 39.796

PLANTEQ 2012
2.107 vagas pactuadas
1.951 matrículas
1.154 pessoas qualificadas
44 municípios contemplados

Plano Estadual de Qualificação Profissional em 2013: 112.616 vagas

PRONATEC 2013
106.494 vagas pactuadas
201 municípios contemplados
Pronatec/FIC dividido em: Prisional, Carnaval, Gastronomia, Celulose Riograndense

PLANTEQ 2013
1.122 vagas pactuadas
37 tipos de cursos
23 municípios

PROJOVEM TRABALHADOR 2013
5 mil vagas pactuadas
12 tipos de cursos
26 municípios

Texto: Bruna Bueno  -  Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini
Edição: Redação Secom  -  Fonte: http://www.estado.rs.gov.br

25 março 2013

Canción EL REGRESO DEL AMIGO, dedicada a Hugo Chávez Frías


EL REGRESO DEL AMIGOUna canción del cantautor cubano Raúl Torres, interpretada por él junto a Pancho Amat, Arnaldo Rodríguez, Eduardo Sosa, Augusto Enríquez, Dayron Ortega, Lena, Amaury Varona y Yaramy Hernádez. Escrita el 7 de marzo de 2013. Grabada el 8 de marzo. Estrenada en la Mesa Redonda del 12 de marzo de 2013 dedicada a Venezuela.