Presidente do BC prevê queda gradual da inflação
Brasília/DF - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou hoje (5) que a inflação no país deve ser mais baixa nos próximos meses. “Veremos uma inflação mensal girando em valores mais baixos”, disse. Segundo ele, a inflação deve ficar dentro da meta, com o nível mensal variando entre 0,35% e 0,40%.
“Estaremos caminhando para o controle da inflação”, afirmou em audiência pública na Câmara dos Deputados. “O cidadão comum vai sentir a inflação mais baixa ao longo do ano”, destacou.
Tombini enfatizou que os aumentos da taxa de juros neste ano ainda terão efeitos na economia. “Precisamos ter garantias de que a inflação vai convergir para o centro. Mas controlar a inflação não é corrida de 100 metros. É um esforço prolongado”, afirmou. Segundo ele, a inflação deve convergir para o centro da meta de 4,5% em 2012.
A meta tem margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir essa meta e, para isso, usa como principal instrumento a taxa básica de juros, Selic. Essa taxa é elevada quando o BC considera que a economia está aquecida e a inflação em alta.
Tombini destacou ainda que as medidas macroprudenciais já adotadas e as que eventualmente forem tomadas serão levadas em conta na hora de definir a Selic, uma vez que geram efeitos na economia.
Em dezembro de 2010, o BC adotou medidas macroprudenciais ao aumentar as exigências para a concessão de crédito ao consumidor, além de elevar os depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados na instituição.
O presidente do BC disse ainda que há fatores comuns que afetam a inflação em todo o mundo. Os países emergentes são mais afetados pelo aumento do preço dos alimentos que pesam mais na cesta de consumo. Já a energia e a gasolina são itens que têm gerado inflação em todo o mundo.
Entretanto, Tombini destacou também um fator interno, que é o aumento da demanda no país, principalmente com elevação de preços de serviços. “É por isso que o Banco Central tem adotado a política de combate à inflação”, disse.
Sobre a desindexação da economia, o presidente do BC considera que é um assunto para a agenda de médio prazo do país. “Creio que temos aí um arcabouço institucional em relação a aluguéis e outros preços”, afirmou.(Agência Brasil)
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