Governadores do PT se unem contra a guerra fiscal
Brasília/DF - A primeira questão discutida pelos cinco governadores do PT, na reunião desta segunda-feira, 23 de maio, em Brasília, foi a solidariedade com o governo Dilma. Coordenador da reunião, o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), disse que Dilma, além de filiada ao Partido, vem dando continuidade aos programas sociais herdados do governo Lula. E está agindo corretamente no combate à inflação, sem abrir mão do desenvolvimento econômico.
Ao final da reunião, convocada para a residência oficial do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, Rui Falcão informou que também conversou com o anfitrião, com Jaques Wagner (BA), Tarso Genro (RS), Tião Viana (AC) e Marcelo Deda (SE) sobre guerra fiscal e a dívida dos Estados. Por fim, os governadores petistas avaliaram as experiências de governo do PT nos Estados. A reunião deve ter novas edições em cada uma das outras quatro capitais. Em cada reunião será tirada uma carta, como a Carta de Brasília.
Na coletiva de imprensa, Rui Falcão explicou que o PT concorda com o governo federal na estratégia de tratar ponto a ponto a questão da reforma tributária. Os governadores também esclareceram que são favoráveis ao fim da guerra fiscal entre os Estados e admitiram que a renegociação da dívida dos Estados com a União é uma demanda geral, de todos os 27 governadores. Os petistas também discutiram os preparativos para a copa do mundo, a reforma política e o código florestal.
Caso Palocci: governadores do PT criticam ações da oposição
O caso das denúncias da imprensa sobre o ministro Antônio Palocci também foi mencionado na reunião, conforme adiantou o presidente do PT, Rui Falcão. “A reunião não foi feita para tratar do assunto. Mas foi mencionado devido a relevância. Considero que o governo está tratando o caso da melhor forma possível”.
O governador de Sergipe, Marcelo Déda saiu no ataque à oposição, sobre o caso Palocci. “Objeto de denúncia contra o ministro Palocci é justamente a declaração de Imposto de Renda. Não está se tratando de um crime fiscal, por isso a ida do ministro ao Congresso, ou não, é mais uma questão política da oposição. Convocar o ministro para explicar o IR é pratica da oposição”, disse Déda.
Para o governador da Bahia, Jaques Wagner, o caso está sendo tratado com a devida responsabilidade, pelo Governo Federal. “Concordamos que o governo está tratando da melhor forma possível, que não é o Congresso que tem que verificar esse tipo de situação, mas sim o Ministério Público que já está tomando as medidas”.
No final de semana, o líder em exercício do PT na Câmara, deputado Pepe Vargas (RS), criticou a oposição por tentar desestabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff. O parlamentar condenou o PSDB, o DEM (ex-PFL) e o PPS por tentarem a obstrução despropositada no Parlamento, dificultando a apreciação de matérias de interesse nacional. Pepe Vargas criticou a oposição por tentar desqualificar a Comissão de Ética Pública, que concluiu que o ministro Palocci nada fez de irregular. "A oposição se esquece de que somos um país em que as instituições funcionam plenamente. A oposição não deve usar factóides para prejudicar o país e o andamento dos trabalhos do Congresso", disse o líder do PT.
Além disso, ainda conforme Pepe Vargas, o Código de Ética do Servidor Público foi observado, porque Palocci, antes de assumir a condição de ministro, informou devidamente à Comissão de Ética da Presidência da República todas as movimentações.
Palocci informou a existência da empresa e a mudança do seu objeto social, para não haver conflitos de interesses. Hoje, a empresa tem como atividade tão somente a administração dos dois imóveis que foram adquiridos à época em que era deputado federal. O ministro ainda informou que todas as atividades de prestação de contas de serviços de consultoria foram devidamente registradas, com recolhimento de todos os impostos devidos, disse o líder em exercício. (por Chico Daniel, Janary Damacena e Ricardo Weg – Portal do PT com Informes PT)
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