Por Jaqueline Silveira, no Sul21*
Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da coordenação da frente dos servidores públicos estaduais e de movimentos sociais deram detalhes, na tarde desta quinta-feira (17), da mobilização que acontecerá no dia 22 de setembro, chamada de Dia estadual de Greves, Paralisações, Protestos e Manifestações. Os atos devem ocorrer em todo o Estado em protesto contra o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e de Serviços (ICMS), proposto pelo governo José Ivo Sartori (PMDB) e que deverá ser votado pela Assembleia Legislativa na mesma data. Na oportunidade, as lideranças distribuíram um manifesto conclamado a população a aderir à mobilização do dia 22.
O encontro também se transformou em uma homenagem ao vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe), Rogério da Silva Ramos, assassinado na noite de quarta-feira (16) na zona norte da Capital. Todas as lideranças sindicais usavam fitas pretas nas roupas como símbolo de luto, e responsabilizaram a política adotada pelo governo do Estado como causa do aumento da violência, que atingiu Ramos.
“Vamos parar o Estado contra o tarifaço”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), Fábio Castro. Ele ressaltou, ainda, que o Dia Estadual de Greves é também contra o parcelamento de salários dos servidores e a precariedade dos serviços públicos, como a segurança. Conforme ele, só no primeiro semestre deste ano, a Região Metropolitana registrou mais de mil homicídios. O representante da Ugeirm acrescentou que “o episódio da morte” do vice-presidente do Sindsepe é resultado da criminalidade que aumenta no Estado. No dia 22, segundo Castro, os policiais civis irão cruzar os braços e vão se concentrar na Capital, onde ocorrerá o principal ato do dia de mobilizações. “Só atenderemos os casos mais graves que exigem intervenção imediata”, adiantou ele. (...)
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