26 dezembro 2016

Impedidos de trabalhar, jornalistas da TVE e FM Cultura protestam contra extinção e demissões


Funcionários da TVE, FM Cultura e apoiadores fazem ato em frente à Fundação Piratini após serem impedidos de entrar no local | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Por Luís Eduardo Gomes, no Sul21*
Porto Alegre/RS - Dezenas de jornalistas da TVE e da FM Cultura compareceram, na manhã desta segunda-feira (26), às dependências da Fundação Piratini, mantenedora das emissoras públicas, mas foram impedidos de entrar no local para trabalhar após serem barrados por seguranças terceirizados, que contavam com apoio de viaturas da Brigada Militar para fazer cumprir uma determinação do governo do Estado.
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Na última quarta-feira (21), a Fundação Piratini teve sua extinção aprovada pela Assembleia Legislativa. Na sexta-feira (23), o governo concedeu recesso a todos os empregados da instituição entre 24 e 2 de janeiro – antes disso, os servidores estavam em greve. Nesta segunda, porém, servidores dos setores administrativos e funcionários com cargos de confiança foram convocados para trabalhar normalmente. No portão único de acesso às emissoras, seguranças faziam o controle de quem poderia entrar ou não com uma lista de nomes em mãos. Quem não estava na lista não poderia ter acesso nem para pegar suas coisas.
Impedidos de entrar, os jornalistas da fundação realizaram uma manifestação diante do portão. O bloqueio ao acesso e a presença de uma lista de pessoas autorizadas a entrar revoltou os participantes. “Essa é uma forma truculenta. A questão agora é jurídica. Agora, isso não impede que nós estejamos aqui e façamos a questão política para mostrar à sociedade que tem mais de 200 famílias praticamente desempregadas. É um momento difícil para os trabalhadores, mas nós não podemos recuar”, afirma Antonio Edisson Peres, o “Caverna”, presidente do Sindicato dos Radialistas do RS. (...)
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