Por Ângela Carrato*, especial para o Viomundo
Uma história pode ser contada de diversas maneiras.
Até o momento, os 70 anos da televisão no Brasil, completados neste mês de setembro, têm sido relembrados pelas emissoras exclusivamente pela ótica dos interesses de seus proprietários e anunciantes.
Ao longo de décadas, esses senhores foram criando uma história cor de rosa, em que pioneirismo e improvisação dão o tom inicial e criatividade e competência complementam a saga.
A TV brasileira, essa “jovem senhora” estaria assim mais do que nunca preparada para enfrentar, se adaptar e seguir em frente, apesar dos desafios colocados pela era digital.
Nada mais distante da realidade.
Tão ou mais importante quanto o desafio tecnológico é a mudança de hábito das pessoas para se informar e ter lazer e a crescente perda de credibilidade dessas emissoras.
A guerra travada entre a Globo e a Record, em que uma acusa a outra de corrupção, é o maior exemplo disso.
A TV brasileira tem também uma longa história de defesa dos interesses das elites nacionais e internacionais, de combate aos avanços sociais e de compactuar com governos ditatoriais e autoritários.
Isso sem falar na criação de “factóides”, os precursores nativos das fake news.
Ao surgir pelas mãos do empresário e “entreguista” de primeira hora, Assis Chateaubriand, a TV Tupi se tornou a primeira, mas não a única, adversária da criação de emissoras não comerciais no Brasil.
Se você não sabe o que é uma TV não comercial (conhecida como TV Pública), a responsabilidade também é do tipo de emissora que tomou conta do Brasil.
A influência da TV comercial foi e continua sendo tão avassaladora que seus proprietários, de Chateaubriand à família Marinho, nunca tiveram dúvidas sobre quem manda no país. (...)
*CLIQUE AQUI para ler na íntegra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário