15 março 2017

SANTIAGO/RS NA LUTA!



Da Redação*

Em Santiago, o  Dia Nacional de Paralisação contra as 'reformas' pretendidas pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB e aliados) também  foi marcado por um concorrido Ato Público realizado em frente à sede do IPERGS (Av. Bento Gonçalves, ao lado da Câmara de Vereadores), seguido de uma caminhada que percorreu as principais ruas centrais da cidade. No decorrer da passeata, ocorreram duas paradas: uma em frente à Prefeitura e outra em frente ao INSS. Tanto no Ato quanto na caminhada foram proferidos  discursos e palavras de ordem  inflamadas contra os governos Temer e Sartori, em especial contra a 'retirada de direitos' e as mudanças na Previdência Social pretendidas pelo governo golpista (que, na prática, representa  o fim  da aposentadoria para os trabalhadores). "Fora Temer", "Fora Sartori" e "Nenhum Direito a Menos" foram entoadas em coro pelos manifestantes. (...)





CLIQUE AQUI para ler - e ver - na íntegra. (via O Boqueirão Online*)

14 março 2017

Lula “nadou de braçada”. E Moro, vai tentar calá-lo? Vai…




É “pule de 10”, como se diz na gíria turfística, que o Juiz Sérgio Moro terá uma fieira de surtos autoritários, dia 3 de maio, quando estiver ouvindo o depoimento de Lula sobre o tal triplex do Guarujá, sobre o qual não há nenhum documento que prove a propriedade do ex-presidente.
Hoje, como o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília permitiu que ele falasse livremente, o resultado foi a demolição completa das acusações  de Delcídio Amaral de que Lula poderia ter interferido com a Justiça para impedir a delação de Nestor Cerveró – que, aliás, atinge Delcídio, não a Lula.
Não será diferente em Brasília, embora se recomende uma boa dose de passiflorina ao ex-presidente, por tudo o que a República de Curitiba fez com sua vida, inclusive seus efeitos nos dois últimos anos de vida de sua mulher, Marisa. E porque, provavelemente, o Dr. Deltan Dallagnol, que nunca vai às audiências, não vá perder a chance de “sair na foto”.
Mesmo sem a passiflorina, porém, Lula está visivelmente tranquilo, não foge das perguntas e não se intimidou com nenhuma das acusações.
Você pode ler aquiaqui e aqui, nos posts anteriores.
É uma pena (por que será?) que o juiz tenha proibido a gravação do depoimento de Lula. Seria bom que a defesa requeresse o vídeo, uma vez que não foi dado em segredo de Justiça.
Em Curitiba, a força das palavras será maior, porque Lula sabe perfeitamente que não tem de tentar convencer o juiz Sérgio Moro, pela simples razão de que este está convencido da culpa de Lula mesmo antes de começado qualquer processo.
Tem de falar ao povo brasileiro diante de seu já sabido algoz.
Tem de falar para seu verdadeiro juiz.
(Por Fernando Brito no Tijolaço)

Povo nas ruas no dia 15 vai barrar fim da aposentadoria


Roberto Parizotti

Presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, acredita que o roubo de direitos das reformas previdenciária e trabalhista será derrubado pela mobilização nacional


As manifestações no Dia Internacional de Luta das Mulheres reuniram milhares de pessoas em todo o país unificadas pela defesa da igualdade, mas também contra a avalanche de roubos dos direitos trabalhistas, principalmente, a reforma da Previdência.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o 8 de março foi uma demonstração da resposta que está por vir aos golpistas, a começar, pela próximo dia 15, quando todas as centrais sindicais brasileiras e movimentos sociais do campo e da cidade promoverão um Dia Nacional de Paralisação.

Em entrevista, o dirigente ressalta o papel dos sindicatos nesse processo e aponta porque a proposta de reforma trabalhista começa a ganhar visibilidade. Não por acaso, quando a insatisfação com o roubo da aposentadoria promovido pelo ilegítimo Michel Temer (PMDB) cresce na sociedade.

Os atos do dia 8 de março foram muito grandes em todo o país e atacaram duramente a reforma da Previdência do Temer. Isso amplia a capacidade de mobilização para o dia 15?
Vagner Freitas - Eu participo dos atos do Dia Internacional da Mulher desde 1991 e nunca um tão bonito e tão forte como esse. Levantou muito o moral e deu um belo pontapé para o dia 15. As mulheres colocaram uma energia em todo mundo e nossos sindicatos estão muito organizados e vibrantes para fazer a paralisação. Um movimento que não é apenas em São Paulo, mas em todo o país para impedir que o Temer acabe com a aposentadoria.

Estamos ganhando esse assunto, as pessoas estão entendendo que não é só reforma, ele está acabando com a Previdência, não vai ter aposentadoria, se não houver briga. Nas estaduais da CUT temos outdoors nas ruas, comitês criados por sindicatos, movimentos sociais, partidos políticos, igreja, movimento estudantil. Há setores que não são só trabalhadores envolvidos nessa briga. Comitês que são extremamente importantes porque pressionam os parlamentares onde moram dizendo para eles que se votarem a favor da reforma vamos colocar sua foto no poste, dizendo que é traidor da classe trabalhadora e nunca mais irá se eleger.

Não à toa partidos da base governista defendem que essa reforma não consegue passar no Congresso. Temos condições de transformar o 15 de março numa trincheira em defesa da aposentadoria como política pública e parte da Seguridade Social e não um ativo para ser comprado em agência bancária.

Nesse cenário, qual o papel que o sindicato no interior do país deve exercer?
Vagner - Nossa orientação é para que se unam à sociedade, aos movimentos sociais, à periferia aos partidos políticos que queiram fazer campanha. Nossos sindicatos devem ser instrumentos para fomentar a luta nos municípios, que serão os mais prejudicados com a reforma da Previdência.

Aí deixa de ser uma questão do trabalhador e do sindicato para ser uma questão do prefeito, da Câmara dos Vereadores, de economia e de sobrevivência.

Boa parte dos aposentados são arrimos de família em cidades pequenas e médias. A escola do filho e do neto hoje é paga pelo aposentado, quando não é pública. Não paga só o próprio remédio, mas também o do filho e do neto que adoece.

O fim da Previdência é a falência dos municípios e promoverá um êxodo absoluto das pessoas para a cidade aumentando a crise social. Temos de desmistificar a ideia de que o Temer está querendo sanar o rombo da Previdência, ele quer acabar com a aposentadoria porque se comprometeu a vendê-la para os bancos privados que financiaram o golpe.

A CUT mantém a postura de não negociar a proposta de reforma da Previdência?
Vagner - Não temos o que negociar e não é por intransigência ou radicalismo, mas porque não é uma proposta para melhorar. A CUT estará cumprindo um desserviço ao trabalhador se negociar, ao invés de 49, 45 anos de contribuição. Ao invés de a idade mínima para aposentar ser de 65, passar 62 anos. Isso é entrar na lógica que o Temer quer para passar a proposta dourando a pílula.

Não dá para discutir com um governo golpista, que não foi eleito e que foi colocado para cumprir algumas tarefas. Como não é candidato à reeleição e já foi acertado isso com os golpistas iguais a ele, tem dois anos para fazer todos os ataques e roubos que puder à classe trabalhadora.

Ele ainda não completou o golpe, o golpe é retirar nossos direitos democráticos e trabalhistas. O que temos de fazer é resistência e as outras centrais que negociarem serão cobradas pela história. E pode ter certeza que no dia 15, muitos dos sindicatos que estão ligados a elas farão greve por determinação de suas diretorias e de suas bases. Nós queremos unidades com as centrais, com a Frente Brasil Popular, com a Frente Povo Sem Medo. Não queremos disputar hegemonia, queremos união para impedir que o golpe se concretize.

A reforma trabalhista parece ganha peso justamente nesse momento em que o governo sente o cenário desfavorável para implementar a reforma da Previdência. Você acha que ela pode ser acelerada para minar as centrais sindicais que comandam essa resistência?
Vagner - Não tenho dúvida nenhuma, a reforma trabalhista que o Temer quer dá força para os não sindicalizados comporem uma convenção coletiva construída pelo sindicato. Comissão que pode, inclusive, não ser associada ao sindicato, sendo composta por patrões.

Querem justificar as atrocidades e irregularidades que os empresários já cometem hoje e que têm na Justiça do trabalho um regulador como última instância. Não foi à toa que falam que tem de acabar. E olha que a CUT nem é uma entusiasta dessa instância, achamos que precisa ter uma série de reformas, o poder normativo, por exemplo, que determina o fim do conflito entre Capital e Trabalho nós não concordamos e fundamos uma central sindical também por isso.

Mas agora, neste momento, você dizer que rasga a CLT e todos os direitos terão de ser negociados com patrão sem regra básica de lei num momento em que têm trabalhadores fragilizados por crise, demissão, desgoverno, crise institucional, golpe, inflação e crise econômica e política é uma aberração. Neste momento não há negociação entre trabalhador e empregador em pé de igualdade.

Nós acreditamos na negociação coletiva e na livre negociação, mas isso só pode ocorrer quando economia está desenvolvida, quando há crescimento, emprego em níveis satisfatórios, país estável política e socialmente e não joga fora a Constituição.

Nossos sindicatos fazem negociação que não estão no texto da lei, mas não podemos aceitar que os conservadores aproveitem o momento de instabilidade geral nacional e internacional para aprovarem o que não conseguem em tempos de normalidade democrática. Se querem fazer debate, retirem todas as propostas e venham para mesa de negociação.

Uma reforma como essa gera emprego?
Vagner - Esse desgoverno não apresentou uma única proposta para recuperação econômica, que é o sucateamento da indústria e a não competitividade da moeda. Tudo que fazem é tirar direitos dos trabalhadores para tirar gasto público. Só que isso não é gasto, é direito e política social.

Por mais que a imprensa fique especulando e torcendo para ver uma luz no fim do túnel, de que há uma recuperação, não podem esquecer que vivemos uma instabilidade institucional. A cada minuto há uma denúncia nova contra o presidente golpista, o presidente da Câmara, do Senado e centenas de parlamentares. Fora que o corte de gasto em investimento social sucateia a infraestrutura e torna isso um problema para quem deseja investir no país.

Um país só atrai investimento externo quando cumpre contratos ao longo dos anos. O contrato principal que tínhamos, a Constituição e a democracia, rasgaram e jogaram fora. Destituíram uma presidenta da República sem a menor base legal e o mundo sabe disso.

O que gera emprego é aquecimento da economia e não vieram para resolver problemas de trabalhadores, mas de quem financiou o golpe, os rentistas, quem quer dominar o setor de óleo e gás e por isso não pode ter Petrobrás. É para esse povo que estão governando e por isso não podemos negociar a retirada de mais direitos dos trabalhadores.

12 março 2017

Angel Parra




*"Me gustan los estudiantes" (de Violeta Parra), canta Angel Parra


Angel Parra em 1973

(A singela homenagem do Editor do Blog ao grande artista - e compa nheiro valoroso - que ontem se foi para "outras querências"!).

11 março 2017

Justiça censura entrevista de Eugênio Aragão, no site do PT, com críticas a Alexandre de Moraes

PT divulgou nota denunciando censura como “mais um atentado à democracia”. (Foto: Reprodução/PT)
A Justiça determinou que o PT retire de seu site uma entrevista com o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, publicada dia 11 de janeiro, onde ele faz críticas ao recém nomeado Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes obteve uma liminar que determina a retirada da entrevista do site. Em nota oficial, o secretário de Comunicação e vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, classificou a censura como “mais um atentado à democracia perpetrado por integrante do ilegítimo governo golpista que hoje ocupa o poder no Brasil”. Confira abaixo a íntegra da nota do PT:
Nota oficial
A censura sofrida pela página do PT na internet, a partir de uma ação judicial movida pelo ex-ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, é mais um atentado à democracia perpetrado por integrante do ilegítimo governo golpista que hoje ocupa o poder no Brasil.
É profundamente lamentável, e causa grande preocupação, o fato de que Moraes, recentemente nomeado para a mais alta corte de Justiça do país, tenha mobilizado seus esforços para censurar a opinião do ex-ministro do Governo Dilma Rousseff, Eugênio Aragão, exposta em entrevista à Agência PT.
O Partido dos Trabalhadores irá recorrer contra essa decisão, que lembra os piores dias do regime militar, e continuará lutando pelo retorno do Brasil ao Estado Democrático de Direito, que só acontecerá quando houver novas eleições diretas para a presidência da República.
Alberto Cantalice – Secretário Nacional de Comunicação do Partido dos Trabalhadores

10 março 2017

Na BBC, Gilmar diz que “caixa 2 ” é opção da empresa e diferente, se é para a oposição




O superministro e “amigão” de Michel Temer cria, hoje, em entrevista,  uma inédita divisão  conceitual sobre o “Caixa 2” a políticos.
Diferente daquela que Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves tinham criado, legitimando o dinheiro que vinha para a campanha política e não para o enriquecimento pessoal.
Agora é o “caixa 2 da situação” e o “caixa 2 da oposição”.
Aquele, claro, abominável, enquanto este é compreensível.
Mendes fez distinção entre as acusações de que ambas as principais chapas concorrentes na eleição de 2014 (a de Dilma Rousseff e a de Aécio Neves) tenham recebido caixa 2. Segundo Mendes, a candidata governista tinha necessariamente mais condições de atrair recursos.
“Por que um candidato de oposição vai pedir recurso no caixa 2? Isso talvez tenha mais lógica para a estratégia de quem doa. ‘Ah, eu quero doar no caixa 2 para não ser conhecido, para não ser pressionado'”, afirmou, minimizando eventuais irregularidades da chapa tucana.
E adiante:
(…)em princípio, o pedido [de dinheiro, feito por Temer]. “Ah, mas pediu caixa 2, não pediu caixa 2”. Em princípio, pela nossa experiência até aqui, a rigor não tem ônus nenhum para os candidatos receber de forma regular. A opção do caixa 2 ou caixa 1 é talvez um problema das empresas, para que outros não saibam. Porque no momento em que se faz a doação pelo caixa 1, ela aparece nas nossas contas aqui [no TSE] e começa todo esse jogo de pressão, eventuais achaques. Claro, se doou para um, não doou para outro. Então as empresas fazem essa opção.
Vamos ver se entendo corretamente os argumentos jurídicos de Sua Excelência: a lei é para uns, não para outros, é isso? Ou, no caso das empresas, “opcional”.
O direito no Brasil tornou-se uma pataquada, feito sob medida do freguês.
*Por Fernando Brito no Tijolaço.

09 março 2017

Usurpador parou no tempo da enceradeira. Ele ressalta conquista de 1932!

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Mulheres foram às ruas em todo o Brasil, enquanto o usurpador as colocava comparando preço em supermercado
Perdido no tempo
09/03/2017 02h00
BRASÍLIA – Em mais um esforço para tentar melhorar a imagem presidencial, o governo organizou uma solenidade em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
O palácio ficou cheio, mas a ideia se revelou um desastre.
E desta vez não há como jogar a culpa no marqueteiro.
Diante de uma plateia majoritariamente feminina, Michel Temer cometeu deslizes em série.
“Tenho absoluta convicção, até por formação familiar e por estar ao lado da Marcela, do quanto a mulher faz pela casa, do quanto faz pelo lar”, disse.
“Na economia, também, a mulher tem uma grande participação. Ninguém mais é capaz de indicar os desajustes, por exemplo, de preços em supermercados”, acrescentou.
O discurso constrangeu parlamentares e servidoras convidadas para a cerimônia.
Nas redes sociais, a repercussão foi ainda pior.
A secretária de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes, tentou defender o chefe. “O presidente Michel é muito mais do que palavras”, disse.
Fora dos microfones, aliados reconheceram a bola fora. Não foi a primeira neste campo.
Ao suceder a primeira presidente mulher, Temer montou um ministério só de homens, num retrocesso à era Geisel.
Completou a obra ao rebaixar a Secretaria das Mulheres ao segundo escalão do governo.
Em outro trecho do discurso desta quarta (8), Temer reforçou a impressão de não ter entendido que estamos em 2017.
Ele exaltou o fato de que as brasileiras passaram a votar. “A mulher representa, e representava no passado, 50% da população brasileira. E, sem embargo, o fato é que 50% estava excluído”, disse.
O voto feminino foi instituído em 1932. Oitenta e cinco anos depois, a exclusão persiste de outras formas.
Apesar de serem maioria no eleitorado, as mulheres não ocupam nem 12% das vagas no Congresso. No mercado de trabalho, a discriminação também continua.
É o que mostram os dados oficiais sobre renda e emprego, que Temer deveria conhecer.
*Via Viomundo

Juízes para a Democracia retomam atividades no RS e preparam debates com movimentos sociais


Primeira atividade da retomada das Atividades da AJD no Rio Grande do Sul foi uma visita a um acampamento e a assentamentos do MST. (Foto: Maia Rubim/Sul21)


Por Marco Weissheimer, no Sul21*
Em 2001, o então juiz da 1a. Vara Cível de Passo Fundo, Luís Christiano Enger Aires, rejeitou um pedido de reintegração de posse feito pelo proprietário da fazenda Rio Bonito, em Pontão, região norte do Rio Grande do Sul, permitindo a permanência de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que tinham ocupado a área de 2.800 hectares. Em sua decisão, o juiz argumentou que havia a necessidade de avaliar a produtividade da fazenda. Bombardeada pelo setor ruralista e seus aliados, a decisão expôs uma corrente de pensamento minoritária no Judiciário, mas que se articulou na época e promoveu, entre outras atividades, diversas edições do Fórum Mundial de Juízes, no âmbito do Fórum Social Mundial.
Luís Christiano Enger Aires integra a Associação Juízes para a Democracia (AJD), criada em 13 de maio de 1991, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), com o objetivo de “reunir institucionalmente magistrados comprometidos com o resgate da cidadania do juiz, por meio de uma participação transformadora da sociedade, num sentido promocional dos direitos fundamentais”, como afirma o site da entidade. Após um período de desarticulação no Rio Grande do Sul, a Associação Juízes para a Democracia está se reestruturando no Estado. Uma de suas primeiras atividades públicas foi organizar uma visita de juízes, juízas, procuradores, advogados e estudantes de Direito a um acampamento do MST, em Charqueadas, e a dois assentamentos do movimento, um em Charqueadas e outro em Eldorado do Sul. Participaram da visita oito juízes e juízas (seis estaduais, um do trabalho e uma federal), uma promotora, uma procuradora do Estado, dois advogados e uma advogada da Rede Nacional de Advogados Populares (Renap).
A visita foi a primeira atividade de uma série de encontros e debates que a AJD pretende promover ao longo de 2017. A próxima,  programada para o mês de maio, será um debate sobre a relação entre os movimentos sociais e a democracia.  (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra*.

08 março 2017

Livre!!!!




"Querer ser livre é também querer livres os outros"
Simone de Beauvoir

Mulheres em Ação!

Fundado o "Coletivo Santiaguense de Mulheres em Ação - COSMA"



Coletivo Santiaguense de Mulheres em Ação COSMA -  é formado por mulheres dispostas a discutirem e atuarem em questões referentes aos seus direitos e diversas outras ações e atividades na cidade de Santiago/RS e Região.

O Coletivo é voltado às mulheres, TODAS, independente de credo, cor, opção política, ou posição econômica, e, como a luta é pela inserção social da Mulher, não há uma ideia de atuação estática. Ao contrário, o grupo prima pelo dinamismo das suas ações. Queremos fomentar as redes e trazer discussões pertinentes, sobre tudo o que há de importante para ser debatido no país. Queremos exercitar o protagonismo das mulheres no trabalho, na política, nas artes e na cultura. Bem como queremos incentivar a Democracia, Humanização e Estudos de gênero. Queremos, ainda, falar abertamente com a comunidade sobre os muitos tipos existentes de Violência. Falar sobre o Aborto, Direitos Sexuais, Direitos Reprodutivos, Racismo, Homofobia, Misoginia e  muitas outras questões, inclusive, intervir na criação e aprimoramento de Políticas Públicas.

Neste 8 de março 2017, o COSMA convida as mulheres de Santiago a se inserirem nas discussões, ações e lutas contra o machismo, homofobia, discriminações, desigualdades, violências e preconceitos sofridos diariamente.

Acompanhe o COSMA – pela página do Facebook Coletivo Santiaguense de Mulheres em Ação.

Nenhum Direito a Menos!
...

Mensagem divulgada pelo COSMA, hoje, na Rádio Santiago/AM

Tu não me conheces, mas saibas que eu gosto de flores, de carinhos e de amores, mas nesse dia representativo da MULHER, não são flores que desejo!

Desejo meus direitos reconhecidos e garantidos;

Desejo Liberdade de escolha e que as minhas opções de vida, sejam respeitadas e não passem por julgamentos sociais, morais, ou religiosos pelo fato de eu ser MULHER;

Desejo que todas as MULHERES se permitam lutar para estarem presentes em qualquer cenário social, sempre atentas e denunciando o preconceito, o machismo, a violência, a exclusão, o desrespeito e a discriminação.

(Da Redação)

Violência: No Dia da Mulher, nada a comemorar


O Brasil é um dos piores lugares do mundo para se nascer menina, aponta relatório. Os indicadores confirmam

A situação das mulheres segue precária no Brasil

Fim de tarde de sábado 25 de fevereiro. A garota de 13 anos caminha sozinha pelo Centro de São Paulo, após se perder dos amigos durante um bloco de Carnaval. Dois homens adultos a atacam. É segurada com força, blusa rasgada. Ela consegue se defender e fugir.
Madrugada de 27 de fevereiro, também Carnaval, Elisabeth Henschel, de 23 anos, toma cerveja num bar com o namorado na região central do Rio de Janeiro quando é apalpada nas nádegas por um homem. Ao interpelá-lo, leva dois socos no rosto. “Quando abri os olhos, só vi sangue”, relembra. “Pelo fato de estarmos com uma roupa mais curta, os homens acham que os estamos provocando, que têm livre acesso ao nosso corpo”, diz a jovem, que usava um maiô com a estampa “Feminist” (feminista, em inglês). 
Henschel foi uma das mais de 2 mil mulheres agredidas durante o Carnaval no Rio. Balanço divulgado pela PM revelou que ao menos uma mulher foi agredida a cada quatro minutos no estado. Durante os cinco dias de festa, a polícia atendeu 15.943 solicitações. Dessas, 2.154 foram pedidos de socorro sobre violência contra a mulher. (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo a postagem de Tatiana Merlino na Carta Capital.

07 março 2017

“RECUPERAÇÃO INSTANTÂNEA” DA ECONOMIA, PREVISTA PELO DONO DA RIACHUELO: SOB GOVERNO TEMER, TAXA DE INVESTIMENTOS MERGULHOU! - O golpe dos ladrões afundou



Da Redação do Viomundo*
Numa das previsões mais esdrúxulas já feitas por um empresário ligado a uma grande cadeia varejista, o dono das Lojas Riachuelo disse em março de 2016, antes do impeachment de Dilma Rousseff, em entrevista à BBC:
BBC Brasil – O mercado financeiro parece animado com a possibilidade de uma saída da atual presidente. Como empresário do varejo, que efeito acha que isso teria nos investimentos na economia real?
Rocha – Seria instantâneo. Bastaria uma troca da sinalização. É o que está acontecendo na Argentina. Não precisou de dez dias para a criação de um círculo virtuoso. A partir do momento que você sinaliza que está entrando em campo um governo que entende as delicadas engrenagens do livre mercado e vai colocar a sua sabedoria a favor do desenvolvimento, o fluxo de investimentos se reestabelece e a confiança desabrocha.
O vice Michel Temer assumiu interinamente em 13 de maio de 2016, ou seja, há quase dez meses.
Ajudou a parir uma queda de 3,6% no Produto Interno Bruto no ano passado.
O PIB do quarto trimestre de 2016, o primeiro sob gestão definitiva do usurpador, teve retração de 0,9%.
Um dado revelou-se absolutamente constrangedor para Flávio Rocha e outros empresários que apoiaram o golpe: a taxa de investimentos recuou sob Temer e foi a pior da série histórica.
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Coluna C&A - nº 116


No Gabinete do Deputado Federal Marco Maia (PT/RS)




Crítica & Autocrítica - nº 116

*Atendendo convite do companheiro Deputado Federal Marco Maia (PT/RS) estive, no último sábado (04/03), juntamente com seu Chefe de Gabinete, companheiro Cezar Pimenta, participando de importante agenda realizada no Litoral Norte do RS, nos municípios de Capão da Canoas e Imbé. Na pauta, dentre outros assuntos, foram abordados os temas:  Conjuntura, PED/Congresso do PT,  a luta contra o golpe e as reformas tentadas pelos  golpistas (especialmente a Reforma da Previdência),  assim como várias demandas dos municípios e respectivos encaminhamentos junto às autoridades em Brasília.


*A propósito, ainda durante a agenda, fui oficialmente convidado - e aceitei, com muita satisfação e responsabilidade -, para integrar a equipe vitoriosa do mandato do Deputado Marco Maia (que está no seu 4º mandato como Deputado Federal pelo RS). Minha integração ao Gabinete, aliás, já tinha sido informado aqui no Blog - Coluna Crítica & Autocrítica – nº 115, datada de 16/01/2017  - Clique Aqui para ler na íntegra - após conversa que havíamos realizado ainda em janeiro:  “ (...) O Deputado Marco Maia reafirmou-me também o interesse em retomar um forte trabalho político em nossa Região, especialmente no município de Santiago (cidade-polo Regional). A propósito disso, fruto de uma rica discussão política que iniciamos ainda no final do ano passado, em Canoas, uma parceria política entre o seu Gabinete e este Editor começou a ser gestada. (...)”. O Deputado Federal gaúcho também concedeu recentemente entrevista exclusiva à este Editor (clique Aqui para ler na íntegra).

*Informo que estou, portanto, desde o dia 04/03 (sem prejuízo de minhas atividades profissionais como Advogado, uma vez que as mesmas não são conflitantes), somando-me à sua qualificada equipe  na condição de Assessor Político e Jurídico do Mandato(Assessor Parlamentar) - e aproveito o ensejo para colocar-me à  disposição dos companheiros e companheiras (especialmente de Santiago e Região), assim como do conjunto dos setores sociais/movimentos/entidades/autoridades que tiverem interesse em dialogar com o Mandato do Deputado Federal Marco Maia, bem como contribuir e/ou encaminhar suas demandas, críticas e sugestões. A luta segue... (Por Júlio Garcia, especial para o Blog O Boqueirão Online’)

***
Foto 1:  Este Editor,  Deputado Marco Maia (PT),  Secretário Uiraçu (Turismo, Desporto, Indústria e Comércio de Imbé) e Cezar Pimenta, Chefe de Gabinete do Deputado Marco Maia em Brasília.

Foto 2: Prefeito de Imbé Pierre Emerim da Rosa (PT), Deputado Marco Maia,  Secretário Uiraçu  e este Editor.

*Via Blog 'O Boqueirão Online'

05 março 2017

GERMINAL (Resenha)



"Na estrada de terra que liga a pequena cidade de Marchiennes à de Montsou, no Norte da França, um homem caminha, só, durante a noite sem estrelas”.

O homem tinha saído às duas horas de Marchiennes e caminhava com passos largos, tremendo sob o vento glacial. Uma única idéia ocupava o pensamento desse operário desempregado: a esperança de que o frio diminuísse com o raiar do dia”.

Assim inicia ‘Germinal’, magistral obra do escritor francês Émile Zola, sem dúvida um dos grandes romances do século XIX, expoente maior da escola que ficou conhecida como ‘naturalismo literário’.

Émile Zola baseou-se para escrevê-la em acontecimentos verídicos ocorridos nas minas de carvão do Norte da França, em 1867, período da Revolução Industrial. Trabalhou como mineiro e como repórter, vivenciando e testemunhando a duríssima realidade social e a brutalidade do cotidiano nas minas, onde a insegurança, as péssimas condições de vida e de trabalho, aliadas a salários escorchantes, a exploração desumana de uma carga horária de até 16 horas diárias que não poupava sequer velhos, mulheres e crianças, somadas à fome, miséria e promiscuidade eram a tônica.

Segundo explica Silvana Salerno, tradutora da obra editada pela Cia Das Letras/2000 e também responsável pela sua adaptação “Germinal é o nome do primeiro mês da primavera no calendário da Revolução Francesa. Ao usar essa palavra como título de seu livro, Zola associa as sementes das novas plantas à possibilidade de transformação social: por mais que se arranquem os brotos das mudanças, eles sempre voltarão a germinar”. Informa ainda que “Germinal é o primeiro romance a enfocar a luta de classes no momento de sua eclosão. A história se passa na segunda metade do século XIX, mas os sofrimentos que Zola descreve continuam presentes em nosso tempo. É uma obra em tons escuros. Termina ensolarada, com a esperança de uma nova ordem social para o mundo”.

Silvana Salerno está coberta de razão. A leitura de Germinal é, sem nenhum exagero - e por todas as razões já elencadas - imprescindível. Está também disponível em vídeo, através de uma produção francesa de 1993, muito bem dirigida por Claude Berri, trazendo no elenco nada mais nada menos do que Gerárd Depárdieu, Miou-Miou, Jean Carmet e Jean-Roger Milo, dentre outros excelentes atores.

Para concluir, vejam só a profunda esperança no porvir, a certeza da vitória final dos trabalhadores, recheada da mais pura poesia, inseridas nesse fecho extraordinário que Émile Zola dá para sua obra magistral, agora buscando a tradução de Francisco Bittencour (Abril Cultural, SP - 1981):


“Agora, em pleno céu, o sol de abril brilhava em toda sua glória, aquecendo a terra que germinava. Do flanco nutriz brotava a vida, os rebentos desabrochavam em folhas verdes, os campos estremeciam com o brotar da relva. Por todos os lados as sementes cresciam, alongavam-se, furavam a planície, em seu caminho para o calor e a luz. Um transbordamento de seiva escorria sussurrante, o ruído dos germes expandia-se num grande beijo. E ainda, cada vez mais distintamente, como se estivessem mais próximos da superfície, os companheiros cavavam. Aos raios chamejantes do astro rei, naquela manhã de juventude, era daquele rumor que o campo estava cheio. Homens brotavam, um exército negro, vingador, que germinava lentamente nos sulcos da terra, crescendo para as colheitas do século futuro, cuja germinação não tardaria em fazer rebentar a terra”. 

*Por Júlio Garcia - Porto Alegre - Maio/2007.

Postado originalmente no Blog 'Arquipélago'

Enforquem o último trouxa que acredita na Lava Jato com as tripas do último otário que confia na Globo (Miguel do Rosário)



Por Miguel do Rosário*
A grande imprensa americana está em choque. Pela primeira vez em décadas, quiçá desde os anos 30 e 40, quando se opôs agressivamente às ações sociais de Roosevelt (gerar empregos sempre foi considerado “esquerdista” demais para os magnatas da imprensa), ela terá que fazer jornalismo de verdade.
Trump é o Mefistófeles da imprensa corporativa americana: “aquele que, fazendo o mal, engendra o bem”.
O slogan do Washington Post agora é “a democracia morre na escuridão”, e o New York Times lançou uma campanha em que afirma que “a verdade é difícil. Difícil de encontrar. Difícil de saber. A verdade é mais importante agora do que nunca”.
Há um lado muito cômico nisso tudo. A grande imprensa americana – assim como suas subsidiárias no terceiro mundo – sempre viveu de mentiras. A dobradinha da Casa Branca com New York Times, Washington Post, CNN e demais órgãos de jornalismo, sempre foi, para sermos delicados, diabólica.  Quem pode negar a responsabilidade do New York Times pelas mentiras da CIA sobre a presença de “armas de destruição em massa” no Iraque?
Aquilo foi um crime jornalístico de proporções bíblicas, porque foi o pecado original que destruiu todo o Oriente Médio, matou milhões de pessoas e fez o terrorismo internacional crescer umas dez, vinte ou trinta vezes!
Antes das guerras que arrasaram o oriente médio, os terroristas tinham que se esconder em cavernas do Afeganistão, e não possuíam nenhum atrativo. Hoje eles formam um país à parte, em meio a uma região destruída pela guerra, e seduzem jovens no mundo inteiro.
A mídia americana, New York Times à frente, é a principal culpada, porque foi ela que deu aval para a Casa Branca levar adiante aquela guerra insana, contra a qual o mundo inteiro se ergueu, e que sequer contou com o aval da ONU, em geral sempre tão dócil aos caprichos do Tio Sam.
Sim, a verdade é muito difícil, New York Times!
No Brasil, no entanto, temos uma situação curiosamente invertida. A mídia brasileira hoje não pode sequer se arriscar a fazer uma campanha pela “verdade”, porque está tão atolada em suas próprias mentiras que, se o fizesse, seria imediatamente ridicularizada pelas redes sociais.
Além disso, o tempo de fazer jornalismo de oposição já terminou. Hoje, os grandes meios de comunicação apenas querem dividir o butim das verbas públicas e praticar o jornalismo mais chapa-branca possível.
Eu fico realmente irritado com dois tipos de ingenuidade: acreditar na Globo e acreditar na Lava Jato. É uma irritação constante, e que me leva a uma posição contramajoritária, claro, porque o Brasil virou um país de trouxas, em que metade acredita na Globo e a outra metade na Lava Jato.
Bastou o Globo botar, no final do Carnaval, uns bloquinhos gritando “Fora Temer”, e aparecem analistas dizendo que a Globo “abandonou o barco”, ou não está mais apoiando o governo…
Francamente!
A Globo é o governo!
Se ela veicula alguma crítica à corrupção dentro do governo é porque ela precisa manter o controle da narrativa, que inclui justamente segurar para si o monopólio dos vazamentos da Lava Jato e das denúncias. Mas é tudo devidamente mastigado e filtrado de maneira a não atrapalhar o golpe. (...)
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03 março 2017

Dois ex-procuradores gerais dizem a Moro que Lula sempre respeitou a Justiça



Deve ter sido ardido para o estômago do Dr. Sérgio Moro ter de ouvir dois ex-procuradores-gerais da República eleitos para o cargo pela categoria, Cláudio Fontelles e Antonio Fernando de Souza, dizerem que nunca, jamais, em tempo algum, quando eles ocupavam o comando do MP, o ex-presidente Lula solicitou ou sugeriu qualquer coisa que pudesse representar uma invasão nas suas atribuições.
Antonio Fernando foi, inclusive, o chefe do MP durante praticamente toda a investigação do chamado Mensalão e disse a Moro que  ” “nunca houve nenhum pedido de Lula, diretamente dele ou por interposta pessoa, que interferisse nos atos do procurador-geral. Jamais houve qualquer pedido dele nesse sentido”.
O mesmo falou Fontelles, que lembrou ter sido Lula quem criou , em 2003, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro no  Ministério da Justiça (Encla)que permitiu a integração entre o Ministério Público Federal e diversos órgãos de investigação (como CGU, PF, COAF e Receita Federal). “Pela primeira vez se quebrou o paradigma de que o Ministério Público ficava apartado dos mecanismos de investigação, fundamentais  para o combate da macrocriminalidade”, disse.
Será que o Dr. Moro sentiu vergonha, diante destes testemunhos? Acho que não, na prepotência  e arrogância que tem prefere os atuais rapazes da Força Tarefa, cheios de convicções e ódios e vazios de  equilíbrio, de provas e de senso de Justiça. (Por Fernando Brito, in Tijolaço)