Da Redação do Viomundo*
Numa das previsões mais esdrúxulas já feitas por um empresário ligado a uma grande cadeia varejista, o dono das Lojas Riachuelo disse em março de 2016, antes do impeachment de Dilma Rousseff, em entrevista à BBC:
BBC Brasil – O mercado financeiro parece animado com a possibilidade de uma saída da atual presidente. Como empresário do varejo, que efeito acha que isso teria nos investimentos na economia real?
Rocha – Seria instantâneo. Bastaria uma troca da sinalização. É o que está acontecendo na Argentina. Não precisou de dez dias para a criação de um círculo virtuoso. A partir do momento que você sinaliza que está entrando em campo um governo que entende as delicadas engrenagens do livre mercado e vai colocar a sua sabedoria a favor do desenvolvimento, o fluxo de investimentos se reestabelece e a confiança desabrocha.
O vice Michel Temer assumiu interinamente em 13 de maio de 2016, ou seja, há quase dez meses.
Ajudou a parir uma queda de 3,6% no Produto Interno Bruto no ano passado.
O PIB do quarto trimestre de 2016, o primeiro sob gestão definitiva do usurpador, teve retração de 0,9%.
Um dado revelou-se absolutamente constrangedor para Flávio Rocha e outros empresários que apoiaram o golpe: a taxa de investimentos recuou sob Temer e foi a pior da série histórica.
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