14 junho 2018

Maioria do STF proíbe condução coercitiva e impõe derrota à Lava Jato

 
Moro autorizou cerca de 50 conduções coercitivas, uma 
delas contra o ex-presidente Lula
Medida utilizada contra ex-presidente Lula e até contra curador de exposição foi considerada inconstitucional por seis ministros 

Carta Capital - Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta quinta-feira 14, proibir as conduções coercitivas para interrogatórios de investigados. O instrumento, que já foi utilizado pela Lava Jato contra o ex-presidente Lula, estava suspenso desde dezembro em razão de uma liminar de Gilmar Mendes.

Além do ministro, votaram contra as conduções Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e o decano Celso de Mello. Foram favoráveis às conduções os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra. 

Markus Sokol concede entrevista ao programa Contraponto (Rádio Trianon, de Santo André/SP)



O jornalista Josimar Melo (programa Contraponto, Rádio Trianon, de Santo André/SP) entrevistou, no último dia 12/06, o companheiro Markus Sokol, membro da Executiva Nacional do PT. 
Vale a pena conferir. Na pauta a conjuntura política nacional, a candidatura de Lula à Presidência da República (preso político em um Estado de Exceção), a parcialidade/seletividade do judiciário, a crise agudizada do desgoverno do golpista Temer, dentre outros assuntos relevantes.

CLIQUE AQUI para ouvir/assistir na íntegra (via site do DAP).

ADVOCACIA



*Santiago/RS
 
(Consulta somente com hora marcada)

13 junho 2018

PT publica foto de Moro com Doria para ilustrar decisão de juiz de não julgar governo tucano do Paraná



Moro se recusa a julgar corrupção no governo tucano no Paraná

Sob alegação de estar sobrecarregado mesmo sem receber nenhum caso desde 2015, magistrado dá mais uma prova de que Operação Lava Jato nunca foi isenta


A cada nova manifestação pública fica claro que o juiz Sérgio Moro não se preocupa muito com a isenção esperada de um magistrado.

Na segunda-feira (11), Moro abriu mão de julgar processos sobre suposto esquema de corrupção do governo tucano de Beto Richa no Paraná, alegando estar “sobrecarregado com outros casos”.

Por outro lado, a perseguição jurídica do juiz paranaense contra Lula, atuando muitas vezes ao arrepio da lei, tem causado indignação em juristas renomados do mundo todo.

A decisão do magistrado não chega a causar espanto: Moro tornou-se espécie de mascote para os adversários políticos de Lula e nunca se privou de posar para fotos públicas com tucanos como o já denunciado Aécio Neves, João Doria Jr. e José Serra, entre outros.

Desta vez, a justificativa do paranaense foi a de estar sobrecarregado com “as persistentes apurações de crimes relacionados a contratos da Petrobras e ao Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht”.

O argumento soa inverossímil diante do fato de o titular da 13ª Vara Federal de Curitiba estar desde 2015 sem receber outros processos.

Com o Despacho de Exceção Criminal emitido por Moro, a chamada 48ª fase da Operação Lava Jato — que resultou na prisão de seis pessoas em fevereiro deste ano —, deve passar para outra vara criminal de Curitiba, ainda indefinida.

Entenda o caso
O caso que Moro abriu mão trata-se de um esquema de corrupção na concessão de rodovias do Paraná durante o governo Beto Richa (PSDB).

As investigações apontam indícios de superfaturamento nas despesas e simulação de contratos para repasse de vantagens indevidas.

A investigação, que começou na Vara Federal de Jacarezinho (PR), chegou às mãos de Moro em 2017, quando disse ter encontrado “pontos de conexões probatórias óbvios” no uso de atividades dos operadores Rodrigo Tacla Duran e Adir Assad – nome recorrente em acusações de desvios em obras públicas envolvendo governos do PSDB em São Paulo.

O fato de o caso ter estado com Moro foi usado por seus defensores como “prova” de que o juiz não protegeria os tucanos das investigações sobre corrupção no âmbito da Lava Jato.

A desistência, no entanto, só confirma que falta “tempo” a Moro para finalmente julgar os tucanos.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Consultor Jurídico

Leia também:

*Via https://www.viomundo.com.br

11 junho 2018

O desastre Temer tem pai, o PSDB, e mãe, a Globo


glei

Por Fernando Brito*

Ontem, reproduzi aqui uma nota de Lauro Jardim, em O Globo, sobre os altíssimos índices de apoio dado a Michel Temer pelos partidos de Geraldo Alckmin e de Jair Bolsonaro – se é que merecem este nome os arranjos montados para servir de formalidade legal ao ex-capitão – chamando a atenção para as “saias-justas” que lhes virão com o início dos debates e propagandas eleitorais.

Hoje, o Datafolha, o único instituto de pesquisas que ainda registrava leves resíduos de apoio a Michel Temer, colocou-o no patamar que qualquer pessoa percebe, nas ruas do Brasil: os 3% que sobraram de avaliação de seu governo como “ótimo” ou “bom” são, virtualmente, zero.

Está coberta de razão e é de fazer enterrarem a cabeça, como avestruzes os que foram responsáveis por este desastre que, em dois anos, se transformou em tragédia, a fala da presidente do PT, Gleisi Hoffman, no Senado, em que ela diz que este pessoal “vazou” (assista o vídeo ao final).

Temer não é recordista de impopularidade por ser um personagem caricato, mas por suas políticas e suas políticas foram, essencialmente, todas aquelas que a direita brasileira desejava e apontava como saídas para a crise. E que, como está claro, só a aprofundaram.

Nem está no poder por outra razão além do fato de a Globo ter cevado e apoiado a conspiração golpista.

Logo estarão na internet e nos aplicativos de celular os nomes de quem votou para levar Temer à presidência e apoiou os seus projetos ruinosos e se os candidatos do campo popular souberem ajudar a aponta-los, corajosamente, como faz Gleise, o povão saberá entender.

CLIQUE AQUI para assistir (via face)

*Jornalista, Editor do Tijolaço

Deputado Nelsinho Metalúrgico denuncia ataques de Temer contra os trabalhadores




Em depoimento na tribuna, o deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, Nelsinho Metalúrgico (PT/RS), denunciou os contínuos ataques desferidos pelo governo  do presidente [ilegítimo] Michel Temer contra os trabalhadores e as trabalhadoras do país. O parlamentar lembrou que a precarização dos direitos trabalhistas contribuiu para o Brasil atingir a marca de 13 milhões de desempregados.

O governo [golpista] de Temer retomou a prática das privatizações, da entrega do patrimônio público e do desmonte das maiores empresas nacionais, como os Correios, a Eletrobras e a Petrobras. “Para piorar, o ajuste fiscal em curso contrai o crescimento, restringe a receita, gera desemprego e acelerada rapidamente a ampliação da pobreza”, disse o deputado.

Para ele, a Reforma Trabalhista de Temer elevou o contingente de pessoas desempregadas, além de precarizar as condições de trabalho, reduzindo significativamente o número de empregos com carteira assinada. Pela primeira vez, o número de trabalhadores informais supera o de trabalhadores formais.

Dados da Pnad Contínua, do IBGE, demonstram que o Brasil perdeu mais de 1,4 milhão de postos de trabalho formais em dois anos. Outro problema é a redução da média salarial nas substituições. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o salário médio dos admitidos em fevereiro foi de R$ 1.502,68, enquanto o dos demitidos era de R$ 1.662,95.

A Reforma Trabalhista de Temer também impactou no aumento da extrema pobreza. Nestes dois anos, o número de pessoas em situação de miséria cresceu 11,2%, aproximando-se de 15 milhões de brasileiros. É o dobro da população da Bulgária.

A desigualdade e a concentração da renda também aumentam – 10% dos brasileiros concentra mais de 43% da renda total do país, enquanto aos 10% mais pobres sobra apenas 0,7% da renda total.

"Como se isso não bastasse,  o [des]governo de Temer e seus aliados de direita (que tem na sua base, não por acaso, a maioria dos partidos que integram o governo Sartori aqui no Estado), com sua política entreguista e liquidadora, levaram o país à estagnação, como vimos recentemente na greve dos caminhoneiros e dos petroleiros - e quem está pagando mais caro por essa irresponsabilidade são os trabalhadores", enfatizou o deputado petista.

"A situação do país continua cada vez mais caótica. Mas podemos - e vamos -  dar a volta por cima. O momento é difícil, mas como disse o ex-presidente Lula, jamais conseguirão aprisionar nossos sonhos. Seguimos na luta. Está cada vez mais claro para a maioria do povo que Lula é inocente, é um preso político num Estado de Exceção. Nenhuma prova foi acostada aos autos que o incrimine. O povo quer Lula livre e vai reelegê-lo em outubro Presidente da República”, finalizou o deputado Nelsinho Metalúrgico.

(Por: Assessoria de Imprensa do Gabinete do Deputado Estadual Nelsinho Metalúrgico - PT/RS)

10 junho 2018

Datafolha confirma: Lula é imbatível e vence fácil eleição de 2018


Uma nova rodada da pesquisa Datafolha aponta que Lula lidera com folga o primeiro turno, com 30% dos votos, e que ele também venceria com facilidade qualquer adversário no segundo turno; ou seja: se houver uma eleição sem fraude, em que o Judiciário não esteja a serviço do golpismo, Lula será o próximo presidente. (Brasil247)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

09 junho 2018

Lançamento de pré-candidatura de Lula é esperança para o povo

Unido, PT não foge à missão de fazer tudo a seu alcance para levar de volta ao Palácio do Planalto o melhor presidente que o Brasil já teve
                                                                                                          
                                                                                                                Ricardo Stuckert

Não se aprisionam sonhos. Luiz Inácio Lula da Silva presente em Contagem, Minas Gerais

O que se viu em Minas Gerais nesta sexta-feira (8) não acontece todo dia. A bem da verdade, quase nunca acontece. Neste dia 8 de junho de 2018, Contagem (MG) se transformou na capital brasileira da Esperança. Abarcou toda a gente do Brasil, todos os sotaques e as cores do país, e um só um desejo: Lula Livre, Presidente do Brasil.

O Partido dos Trabalhadores lançou nesta sexta (8) a pré-candidatura de Lula à Presidência da República. Faltou espaço para tanta gente e tanta emoção no auditório com 2.000 lugares onde o evento aconteceu. Não faltou [quase] ninguém do PT: estavam lá governadores da sigla, os líderes das bancadas parlamentares, a presidenta do partido, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito e coordenador do Programa Lula de Governo, Fernando Haddad, a presidenta eleita Dilma Rousseff, dentre outros.

                                                                                         Ricardo Stuckert

Presidenta Gleisi no ato de lançamento da pré-candidatura de Lula

Mas uma ausência foi sentida. Lula é preso político. Porém, sua voz não pode ser aprisionada e ele falou novamente para as pessoas através da presidenta Dilma que leu o Manifesto ao Povo Brasileiro, um documento histórico escrito pelo próprio ex-presidente.

“Quando ficou claro que iriam me prender à força, sem crime nem provas, decidi ficar no Brasil e enfrentar meus algozes. Sei do meu lugar na história e sei qual é o lugar reservado aos que hoje me perseguem. Tenho certeza de que a Justiça fará prevalecer a verdade”, afirmou.

                                                                                                                   Ricardo Stuckert

Lançamento da pré-candidatura de Lula

“Nas caravanas que fiz recentemente pelo Brasil, vi a esperança nos olhos das pessoas. E também vi a angústia de quem está sofrendo com a volta da fome e do desemprego, a desnutrição, o abandono escolar, os direitos roubados aos trabalhadores, a destruição das políticas de inclusão social constitucionalmente garantidas e agora negadas na prática. É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República”, disse Lula, tendo ao seu lado os fatos e milhões de brasileiros.

                                                                                                                                Ricardo Stuckert

Lançamento da pré-candidatura de Lula

Porta voz do ex-presidente, Gleisi Hoffmann afirmou que apenas com o retorno de Lula a pacificação do Brasil estará garantida. “Lula é a grande liderança popular deste país. Ele é o único que pode garantir a pacificação do Brasil. Ninguém tem a relação que Lula tem com o povo brasileiro.  Disseram que o mercado tem medo de Lula ser presidente. Mas temos que avisar a eles que no Brasil tem povo, e é ele quem é prioridade.”

O coordenador do  plano de governo, Fernando Haddad, afirmou: “A história pode demorar, mas ela faz justiça. Não podemos defender o Lula só porque ele é o maior político vivo. Temos que defender o indivíduo, o homem que está preso injustamente.”

O ex-prefeito de São Paulo está certo. O povo sabe que ele está certo, por isso quer Lula livre e presidente, como mostram todas as pesquisas, como mostraram as mais de 2.000 pessoas que estiveram em Contagem.

O lançamento da pré-campanha de Lula nesta sexta-feira em Minas Gerais foi uma lufada de esperança no horizonte sombrio do Brasil pós golpe, com uma força tal que rompe a objetividade, não se explica em palavras de repórter. Talvez as palavras de um outro mineiro, talvez o maior poeta do Brasil, possam melhor traduzir o que se viu em Contagem neste dia 8 de junho de 2018.

“Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”


Viva Lula Livre presidente do Brasil.

Por Vinícius Segalla, da Agência PT de Notícias, direto de Contagem (MG). Via http://www.pt.org.br

08 junho 2018

Lula será lançado candidato nesta noite



Candidatura de Lula será lançada nesta sexta-feira, em Contagem (MG); vídeo da campanha defende a tese de que o Brasil pode voltar a ser feliz, depois do caos econômico e social trazido pelo governo golpista de Michel Temer e FHC; por meio de uma carta, que vem preparando há alguns dias, Lula dirá que quer voltar a ser presidente para "acabar com o sofrimento do povo brasileiro" (Brasil247)

CLIQUE AQUI para ler mais.

'O crédido é todo deles...'



*Charge do Kayser - 'Preços'

07 junho 2018

Os autores

PSDB, MDB, PR, PPS e DEM não devem menos autocrítica do que ninguém 

Por Janio de Freitas, na FSP*

Cobrar autocrítica do PT tornou-se hábito incorporado à política, mas convenhamos que PSDB, MDB, PR, PPS e DEM são tanto ou mais devedores de autocrítica do que o PT. O período Collor foi dado como insuperável. Vê-se que não era. A pilantragem dos seus PCs Farias e o grau de incompetência que esbulhou a população estão superados. O Brasil que vemos e não temos foi jogado na condição mais vergonhosa a que um país indecente pode chegar. Uma situação que, como todas, tem autores.

O Brasil atual é o resultado da decisão de entregar as formalidades e oportunidades malandras do poder a Michel Temer, que além de fraco ficaria dependente da turma poderosa no Congresso. PSDB à frente, e o derrotado e ressentido Aécio Neves à frente do PSDB, a fila de aderentes ao plano andou depressa.

O MDB de Eduardo Cunha e Michel Temer vislumbrou sua entrada em uma espécie de Banco do Brasil milhares de vezes maior do que o verdadeiro. O PPS comportou-se como o mero ramal do PSDB, que é há anos. E os gananciosos DEM e PR engrossaram a tropa para a derrubada do adversário que, menos ainda do que os outros dois, não venceram nem venceriam na legitimidade das urnas.

Por quanto milhões o chefe Aécio Neves vai responder à Justiça? Nem a Polícia Federal e os procuradores da República sabem, porque não fizeram as convenientes investigações no Rio. A Lava Jato parece satisfeita com a gravação de Aécio tomando R$ 2 milhões de Joesley Batista e com os R$ 54 milhões delatados como suborno por obra em Minas. Aécio já foi visitar na confortável prisão o seu antecessor como presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, cocriador e aproveitador do esquema batizado de mensalão? Conviria ver.

Especulações sobre o que seria o país com a permanência de Dilma não têm cabimento. Mas é comprovável que a obra daqueles partidos, e portanto de seus chefes, consistiu em entregar a própria Presidência da República a gente que precisa de apartamento para acumular o dinheiro extorquido por meio do poder. E a enriquecidos por fraudes em concorrências públicas de grandes obras no Rio. A asseclas de Eduardo Cunha. E a formuladores de "reformas" vendidas a interesses próprios e a futuros ganhos no empresariado.

Delas dá exemplo a "reforma trabalhista" que motivou, há dias, a inclusão do Brasil nos 28 "países violadores das Convenções Internacionais do Trabalho", ao estabelecer, com apoio daqueles partidos, a validade de acordos patrão/empregados contra as leis.

Nenhum ocupante da Presidência foi objeto ou coadjuvante de tantos inquéritos e processos quanto os que Michel Temer acarreta ao Planalto, transmitindo indignidade à própria Presidência da República. O cinismo da custosa propaganda de seu governo compromete até a publicidade.

A desordem motivada pelo preço do diesel tem de particular apenas a sua visibilidade e a de parte dos prejuízos decorrentes. A desordem invisível é a mesma, e corrói o país por dentro da administração.

A roubalheira-gigante agora constatada no Ministério do Trabalho, controlado por Roberto Jefferson e seu PTB, é só a mais recente revelação. Coincidente com os milhões coletados pelo coronel de confiança de Michel Temer.

Autocrítica por autocrítica, PSDB, MDB, PR, PPS e DEM não a devem menos do que ninguém. A situação atual do Brasil é criminosa, decorre de crime contra as instituições e a democracia incipiente. E tem autores.

06 junho 2018

Dois Poemas de Carlos Drummond de Andrade



Poema da Necessidade

É preciso casar João,
é preciso suportar António,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbedo,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.

É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar o FIM DO MUNDO.

***

O enterrado vivo


É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.

É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.

É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.

É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.

            Carlos Drummond de Andrade 
...

*Postado no endereço antigo deste Blog em  21/11/2009

PT lança vaquinha para eleger Lula presidente



O Partidos dos Trabalhadores lançou nesta quarta-feira, 6, uma campanha online de arrecadação de recursos para financiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenções de votos para Presidência e é mantido como preso político desde o dia 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba. 

"Você conhece o Brasil com Lula: um país com emprego, inclusão social, crescimento e oportunidades para todos. Um país que dava orgulho aos brasileiros e brasileiras e despertava a admiração do mundo inteiro. Agora, você está vendo esse mesmo Brasil andar para trás: com desemprego, a volta da fome, aumento da violência, ataque aos nosso direitos e até ao meio ambiente. Tudo isso feito pelo desastroso governo Temer e seus aliados", diz texto de apresentação da campanha.

Os apoiadores do ex-presidente poderão fazer doações a partir de R$ 10, com pagamentos por meio de cartões de débito, crédito e boleto bancário. Clique aqui para fazer a doação. (com o site Brasil247)

05 junho 2018

Tacla Duran denuncia 'mordaça' da Lava Jato - Advogado e ex-consultor da Odebrecht reafirma que planilhas da construtora utilizadas como prova foram adulteradas para garantir condenações. Moro se nega a ouvir o que Tacla Duran tem a dizer

 
Por videoconferência, Tacla Duran denunciou a venda de benefícios em delações por advogados da "panela de Curitiba"
São Paulo – por Redação RBA* - O advogado Rodrigo Tacla Duran, que atuou como consultor da Odebrecht, voltou a afirmar que os sistemas eletrônicos Drousys e MyWebDay, utilizados pela construtora para gerenciar o pagamento de propinas, teriam sido adulterados de modo a produzir provas para incriminar figuras que estariam no alvo de procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.

Em audiência na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira (5), Tacla Duran também destacou as negativas da Lava Jato em ouvi-lo sobre esses indícios de fraude na produção de provas. Segundo ele, antes de servirem como provas em diversas condenações, as planilhas da Odebrecht deveriam ter sido periciadas pela Justiça, que poderia comprovar assim as ditas manipulações.

Tacla Duran foi arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas teve por cinco vezes o seu depoimento negado pelo juiz Sérgio Moro. Ele denunciou o "cerceamento" do direito de defesa no âmbito da Lava Jato: "Amordaçar testemunhas é sinal claro de que não está se fazendo Justiça".

A recusa de Moro e da força-tarefa de Curitiba em ouvir as explicações de Tacla Duran, se deve, segundo o advogado, ao fato de ele não ter assinado acordo de delação premiada com a Lava Jato, que teria condições "melhoradas" após negociação realizada pelo advogado Carlos Zucolotto, ex-sócio da esposa do magistrado, Rosângela Wolff Moro, e padrinho de casamento do casal.

"Zucolotto me propôs que lhe desse 5 milhões de dólares em troca de proteção na Lava Jato", afirmou Tacla Duran, que comentou ter conhecimento sobre outros advogados que também "venderam proteção" contra acusados, o que configuraria um modus operandi da força-tarefa.

A uma pergunta do deputado Wadih Damous (PT-RJ) se as manipulações nas planilhas extraídas dos sistemas eletrônicos teriam sido adulteradas em outros inquéritos, Tacla Duran afirmou ter conhecimento de outras manipulações similares que são tidas como "extratos bancários".

"Hoje quem questiona o modus operandi da República de Curitiba é considerado inimigo da Lava Jato. Será que teremos que ser coniventes com o atropelo das leis?", questionou o advogado, ouvido como testemunha em outros sete países para dar explicações sobre o sistema de pagamentos de propina da Odebrecht.

Tacla Duran confirmou que tinha acesso ao sistema Drousys, que servia para fazer a comunicação interna entre os envolvidos nos esquemas da Odebrecht. Ele contou que recebeu e-mails da direção da construtora alertando para que as informações necessárias fossem copiadas e depois destruídas, pois receavam que os sistemas poderiam ser apreendidos pela Justiça. "O sistema foi adulterado diversas vezes, foi montado para caso viesse a ser apreendido. Minha surpresa são as alterações posteriores ao bloqueio."

De acordo com Tacla Duran, Zucolotto atuaria junto à força-tarefa com o intuito de reduzir penas e multas que recairiam sobre ele, em troca do pagamento de US$ 5 milhões "por fora". Ele classificou a prática como "extorsão" e que, desde tal oferta, recusou o acordo, e então passou a ser perseguido por Moro e os procuradores de Curitiba. "Desde 2016, quando decidi procurar espontaneamente a Lava Jato, sou tratado como criminoso, alvo de ofensas. Mas, em momento algum, apresentaram qualquer prova contra mim."

Após o caso vir à tona, em agosto de 2017, Tacla Duran detalhou a sua versão em outro depoimento prestado em dezembro do mesmo ano, em sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS. No mesmo mês, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob acusação de lavar dinheiro de propina da Odebrechet. "Essa é a segunda vez que sou chamado no Congresso Nacional. Nunca tive oportunidade de fazer isso perante a Lava Jato. Nunca quiseram me ouvir sobre as acusações que fazem contra mim."

Moro afirma que Tacla Duran, que tem dupla cidadania e vive na Espanha, é foragido da Justiça. O advogado contestou, afirmando que os procuradores é que não estiveram presentes em audiência marcada em colaboração com a Justiça espanhola, também em dezembro. "Os procuradores que solicitaram para vir, não vieram. A minha colaboração com Peru, Equador e Andorra, por exemplo, se mostrou extremamente eficaz. Resultou em diversas prisões e até em renúncias de presidentes."

Há seis meses, os deputados Paulo Pimenta, Wadih Damous e Paulo Teixeira (PT-SP) cobraram da Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue as acusações de Tacla Duran. A PGR decidiu arquivar a representação dos parlamentares, alegando que os documentos que o advogado aponta como falsos são "verídicos". Os deputados prometem recorrer da decisão, e insistem que Tacla Duran deve ser ouvido.

Questionado pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) se as adulterações nos sistemas da Odebrecht serviriam também para encobrir práticas ilícitas dos próprios executivos, Tacla Duran foi categórico. "Sem dúvida. Por isso que estou sendo acusado, no lugar deles."

*Via http://www.redebrasilatual.com.br 
...
**Nota do Blog: Na postagem abaixo, confira o vídeo com a íntegra do depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran.

Videoconferência com Rodrigo Tacla Duran na Câmara dos Deputados - Ao vivo



O advogado Rodrigo Tacla Duran, que atuou como consultor da Odebrecht e teve seu depoimento à Operação Lava Jato, como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bloqueado pelo juiz Sérgio Moro, depõe nesta terça-feira (5) em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara dos Deputados. O advogado, que vive na Espanha, está por meio de videoconferência.

A expectativa do depoimento é que o advogado apresente informações sobre os bastidores da operação Lava Jato, inclusive relacionadas a esquemas de pagamento de propina em troca de “melhorias” em delações premiadas negociadas em Curitiba. (Com o Sul21*)

04 junho 2018

MEMÓRIA: Opera Mundi publica série especial sobre imprensa alternativa no Brasil

Série busca resgatar histórias dos jornais e revistas que se misturam com a da defesa da democracia, da resistência e da luta por liberdade e igualdade



Em uma série de reportagens e vídeos especiais, Opera Mundi resgata parte da história da imprensa alternativa no Brasil no último século. Conversamos com os fundadores e participantes dos veículos da época a fim de revisitar as histórias de seus jornais, que se misturam com a da resistência no período de exceção democrática no país. (...)

CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

03 junho 2018

Novo aumento da gasolina não é “política de preços”. É fazer odiar a Petrobras

aumento
O reajuste de preço da gasolina anunciado hoje  ( + 2,25%) pela Petrobras não é “técnico”.
É mais um degrau para desmoralizar a empresa e fazê-la odiada pela população.
Não houve aumento no preço internacional do petróleo, ao contrário.
Nem a Petrobras fecha contratos ao câmbio do dia, no varejo.
Está claro que isto se destina a fazer o consumidor de gasolina sentir que está pagando a conta de “redução” do preço do diesel (a ver se vai acontecer, aliás).
Nos jornais é fácil perceber o que se pretende com isso.
Na Folha, lê-se – apenas hoje – artigos furiosos contra o controle estatal da Petrobras.
Um certo Roberto Castello Branco diz que “é urgente a necessidade de se privatizar não só a Petrobras, mas outras estatais“, dizendo que a Petrobras concentra “99% do refino” de petróleo do país e que isso torna  urgente ter “várias empresas privadas competindo nos mercados de combustíveis”.
A chiadeira do sujeito não resiste a uma pergunta: porque não há mais que 1% de refinarias privadas no país, se não há monopólio do refino?
Porque estes sujeitos querem que sigamos na escolinha do Parente, exportando petróleo bruto e importando produtos refinados na capacidade ociosa do parque de refinarias internacionais.
Colônia, pura e simples.
Outro economista, Rodrigo Zeidan, diz que o pré-sal – a maior jazida de petróleo descoberta neste século em todo o mundo é “um desastre” e que investir na sua exploração, hoje equilvalente a mais da metade do que produzimos é um erro: “0 ideal seria a empresa fazer somente os investimentos básicos para explorar os poços muito viáveis e se planejar para em 30 a 40 anos não mais existir”.
Pense que barbaridade é  alguém dizer que encontrar imensas jazidas de petróleo pode ser “prejuízo” para uma empresa de petróleo.
É preciso desmoralizar a maior empresa brasileira que, apesar de agir como uma madrasta para os brasileiros, ainda tem, segundo as pesquisas, a defesa de mais da metade da população.
Nada do que está sendo feito na empresa guarda outra intenção senão a de destrui-la.
Mas esbarra no fato de que este governo não tem legitimidade mais para coisa alguma.
Até mesmo o mercado financeiro sabe que não há “política de preços”, nem política de longo prazo para a Petrobras.
Vai ganhar, quando muito ( e muito), na especulação, não no médio prazo.
Não há hipótese de “recuperar” a empresa  no “mercado”.
O projeto de entrega da Petrobras está em suspenso, até as eleições, até porque tudo o que se venha a fazer, desesperadamente, não se sustentará.
(Por Fernando Brito, jornalista e Editor do Tijolaço

Frete


*Charge do Kayser - 'Frete'

02 junho 2018

O fim da aventura pós-soviética de Pedro Parente, por Luis Nassif



Por Luis Nassif*
Encontrei pela ultima vez Pedro Parente meses atrás, em uma padaria dos Jardins. Aparentava ar cansado e estava a caminho do hospital. Nos cumprimentamos formalmente.
Conheci-o, e bem, no governo Fernando Henrique Cardoso, substituindo Clóvis Carvalho na Casa Civil. Era, de longe, o técnico mais preparado. É injusto taxá-lo de “pai do apagão”. Na verdade, coube a ele coordenar a Câmara que tentou resolver o imbróglioinfernal criado por FHC, com a desregulamentação do setor elétrico, que promoveu um choque tarifário similar ao que Parente tentou reeditar com o petróleo agora.
Historicamente, grandes funcionários públicos se tornaram executivos de grandes grupos econômicos. Nenhum mal nisso. Durante muito tempo, Banco do Brasil e Itamarati tiveram os melhores quadros técnicos da República. Muitos deles passaram a servir o setor privado sem perder a perspectiva de país.
Não foi o caso de Parente.
Sua atuação na Petrobras teve um mérito inegável: serviu para expor as vísceras de um modelo de corrupção público-privado que, nos tempos modernos, só encontra paralelo no que aconteceu na ex-União Soviética – e, antes disso, com o setor elétrico brasileiro.
Por aqui, a descontratação da energia das hidrelétricas significou uma explosão nas tarifas, tirando completamente a competitividade de setores relevantes da economia. Depois, a privatização para um bando de aventureiros internacionais, que abriam empresas em paraísos fiscais e tomavam financiamentos amplos do BNDES, dando como única garantia as ações das empresas privatizadas. Aliás, esse saque consumou-se no caso Celmar, adquirido pela Equatorial - do grupo Lehman – já no governo Lula. O resultado foi a crise de 1999, obrigando o país, como um todo, a pagar pela corrupção instalada no governo FHC.
Na Petrobras, a ação de Parente foi mais escandalosa. Elevou os preços dos derivados para viabilizar a importação e criar uma capacidade ociosa nas refinarias, de maneira a comprometer seus resultados e facilitar a venda.
Para uma empresa sem problemas de crédito no mercado, passou a queimar ativos usando o falso argumento de que a Petrobras estaria quebrada. Teve participação ativa na mudança da legislação do petróleo, ajudando a enterrar todos os investimentos feitos na indústria naval.
A estratégia de desmonte da Petrobras, no entanto, mostrou suas limitações. Era o gerentão, capaz e fazer andar um projeto desde que o CEO lhe desse as referências. Quando coube a ele montar a estratégia, o resultado foi o desastre, que não apenas desmascarou a corrupção soviética instalada no país, como acabou de vez com a farsa de Michel Temer.
E ainda deixou rastros que, em algum momento, deflagrarão investigações do Ministério Público. E sem poder recorrer à vara de Curitiba, de seu amigo Sérgio Moro.
*Via https://jornalggn.com.br

Sem Parente, mídia faz lobby por privatização

Reuters | Reprodução
Frustrada com a queda de Pedro Parente, que deixou um rastro de destruição no Brasil, com prejuízos de R$ 75 bilhões em vários setores da economia, a mídia associada ao golpe de 2016, que foi movido a petróleo, agora tem uma proposta ainda pior: a venda total da Petrobras; é o que sugere a revista Veja que circula neste fim de semana; entreguismo também defendido pela Folha, que destaca artigo pela venda não só da Petrobras, mas de todas as estatais do País.
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