Por Fernando Brito*
Ontem, reproduzi aqui
uma nota de Lauro Jardim, em O Globo, sobre os altíssimos índices de
apoio dado a Michel Temer pelos partidos de Geraldo Alckmin e de Jair
Bolsonaro – se é que merecem este nome os arranjos montados para servir
de formalidade legal ao ex-capitão – chamando a atenção para as
“saias-justas” que lhes virão com o início dos debates e propagandas
eleitorais.
Hoje, o Datafolha, o único instituto de pesquisas que ainda
registrava leves resíduos de apoio a Michel Temer, colocou-o no patamar
que qualquer pessoa percebe, nas ruas do Brasil: os 3% que sobraram de
avaliação de seu governo como “ótimo” ou “bom” são, virtualmente, zero.
Está coberta de razão e é de fazer enterrarem a cabeça, como
avestruzes os que foram responsáveis por este desastre que, em dois
anos, se transformou em tragédia, a fala da presidente do PT, Gleisi
Hoffman, no Senado, em que ela diz que este pessoal “vazou” (assista o vídeo ao final).
Temer não é recordista de impopularidade por ser um personagem
caricato, mas por suas políticas e suas políticas foram, essencialmente,
todas aquelas que a direita brasileira desejava e apontava como saídas
para a crise. E que, como está claro, só a aprofundaram.
Nem está no poder por outra razão além do fato de a Globo ter cevado e apoiado a conspiração golpista.
Logo estarão na internet e nos aplicativos de celular os nomes de
quem votou para levar Temer à presidência e apoiou os seus projetos
ruinosos e se os candidatos do campo popular souberem ajudar a
aponta-los, corajosamente, como faz Gleise, o povão saberá entender.
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