20 setembro 2018

O presente do PSDB ao Brasil chama-se Bolsonaro

Foto: Arquivo/Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom)
Por Céli Pinto (*)
A últimas pesquisas de intenção de votos para presidência da república (CNT/MDA 17 de setembro) são muito reveladoras do momento político brasileiro, efeito da ruptura do pacto democrático liderado pelo MDB e o PSDB.
O crescimento de Haddad, somado aos votos de Ciro, mostra um campo de centro esquerda bem mapeado que gira em torno de 30% do eleitorado, considerando um quadro pessimista de não crescimento de nenhum dos dois candidatos. Os constantes ataques ao PT e à esquerda, promovidos pela grande mídia e por decisões judiciais de legalidade questionável, parecem não ter surtido o efeito esperado pelos protagonistas do golpe que depôs Dilma Rousseff.
O PSDB, desde o momento em que seu candidato derrotado colocou em xeque a lisura das eleições de 2014, passando pelo patético “relatório técnico” do senador tucano Antonio Anastasia (cria de Aécio), que condenou Dilma, teve um projeto claro: tirar a legitimidade ou até excluir legalmente o PT das eleições presidenciais de 2018 e, desta forma, construir condições para voltar à presidência da república.
O PSDB errou feio nos cálculos, porque não se deu conta de que, com o golpe, quem tomaria o governo seria os que já estavam no governo, a parte mais podre das alianças petistas. O Golpe foi, antes de um conchavo em quarteis ou de forças políticas na oposição, uma traição do então PMDB, capitaneado por Eduardo Cunha e Michel Temer que viam, na nova aliança com o PSDB, a solução para estancar os processos da Lava Jato. A famosa frase de Homero Jucá foi a síntese desse processo.
O PSDB também errou porque achou que as forças do mercado, seja lá isto o que for, reagiriam bem ao golpe, a economia voltaria a crescer e os escândalos ficariam em segundo plano.
Nada disto aconteceu. O delfim Aécio foi pego pedindo dinheiro e prometendo matar o pombo correio, Eduardo Cunha foi para prisão e Temer usou sua posição de presidente para não fazer nada além de tentar salvar a própria pele.
Disso resultou que o PSDB e o MDB caíram em um grande vácuo discursivo. Não salvaram para si nem ao banqueiro Meirelles, que faz uma campanha pífia para a presidência, usando de forma muito pouco republicana os governos de Lula pra se promover.
O PSDB não tem nada a entregar nesta campanha. Os 6,1% de intenção de votos em Alckmin não são consequência da falta de charme do candidato, mas sim da perda de espaço na arena política do discurso tucano. O partido abriu mão do pacto democrático quando entrou na aventura golpista, mas não teve know-how necessário para construir um discurso autoritário de feições neofascista. Sobrou para ele o discurso neoliberal morno, já praticado com péssimos resultados por Temer, apoiado no próprio PSDB.
Em suma, o partido de FHC, de Covas, de Serra, de Alckmin criou condições ótimas para o surgimento de um discurso fascista, perigoso, primário, que encontra um eleitorado desamparado pelos neoliberais chiques de outrora. Quando pesquisas apontam que o eleitor preferencial de Bolsonaro é homem com mais de 40 anos e nível superior, estamos frente a ex-eleitores de FHC, Serra, Alckmin e Aécio. Bolsonaro é o presente do PSDB para o Brasil.
(*) Professora Titular do Departamento de História da UFRGS.
**Via Sul21

LAERTE ... sempre genial!!!



(Clique na tirinha p/ampliar)

Deputado Marco Maia está entre os 100 “cabeças” do Congresso pelo 12º ano consecutivo


Brasília/DF - O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) divulgou nesta segunda-feira (17), o resultado de um levantamento anual que indica os parlamentares mais influentes do Congresso. Pelo 12° ano consecutivo o deputado federal Marco Maia (PT-RS), foi incluído na lista dos 100 parlamentares mais influentes da atualidade.

Marco vem obtendo destaque porque luta incansavelmente na defesa do ex-presidente Lula, e está na linha de frente contra as reformas impostas pelo desgoverno de Temer que destroem todos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

*Por: Assessoria de Imprensa do Mandato do Deputado Federal Marco Maia PT/RS - Foto: Lula Marques

19 setembro 2018

Haddad sobe 11 pontos em uma semana e garante vaga no segundo turno, com Ciro estacionado e Alckmin em queda




Candidato do PT alcança 19% das intenções de voto e abre vantagem sobre Ciro; presidenciável do PSL oscila dois pontos para cima e permanece na frente, diz pesquisa encomendada pelo ‘Estado’ e TV Globo

-CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Viomundo)

18 setembro 2018

DEPUTADO MARCO MAIA ENCONTRA-SE EM VISITA À REGIÃO



Da Redação*

No dia de hoje, o deputado federal Marco Maia (PT/RS)  inicia uma série de visitas à Região:  às 17 horas estará no Itacurubi, onde participa de uma carreata pelas principais ruas da cidade e, logo após, de uma  reunião com o prefeito José Rubens (PT), secretários e lideranças do município e região.  Após, Marco Maia (foto, que é candidato à reeleição) viaja para Santiago, onde pernoite e, no dia seguinte (19), realiza visitas à imprensa, reúne com lideranças e apoiadores (às 9,30 h na sede do PT) discutindo o tema conjuntura política, a importância das eleições do dia 7 de outubro e realiza caminhada com apoiadores no calçadão (centro da cidade).

No final da manhã desta quarta-feira  o deputado petista se deslocará para São Vicente do Sul e, após, para São Pedro do Sul, dando continuidade à sua agenda na Região.

-Leia mais clicando AQUI

*Via Portal O Boqueirão Online

17 setembro 2018

Bolsonaro e o pus do golpismo


A volta de Jair Bolsonaro à campanha eleitoral não podia ser mais trágica, mais até do que foi patética.

Serve-se da piedade que seu estado de saúde desperta para fazer as mais sórdidas acusações e , pior, para sugerir que deva ser dado um golpe de estado caso não vença as eleições.

Gostaria de poder dizer que é um delírio, mas sua vida pregressa desautoriza imaginar que possa ser apenas um desequilíbrio provocado por seu estado físico precário.

Diz, em resumo, que Lula não fugiu da sentença judicial que o levou à prisão porque já tinha “armado” um plano para voltar ao poder com a cumplicidade ,nada menos, que a da mesma Justiça que o prendeu e  que o impediu de ser candidato.

A tese de Bolsonaro, mais do que disparatada, é a de um sujeito vil e covarde que, são, teve todas as chances de dizer isso e deixa para fazê-lo agora, que está protegido da resposta que merece por um leito de hospital.

Esqueçam a tese da impressão do voto, pois Bolsonaro serve-se de uma mentira deslavada – Lula sancionou a lei que o instituía, em 2009 e Dilma Rousseff fez o mesmo em 2015 e ambas as vezes foi o Supremo quem a derrubou – apenas para cobrir de “honestidade” a sordidez do que diz.

A atitude é apenas a de um canalha, que procura atirar sua dificuldade em ser a opção majoritária do povo brasileiro à conta de uma possível fraude e, ainda pior, uma fraude absurdamente atribuída a um suposto controle do Judiciário por quem é por ele perseguido, preso e amordaçado.

É, entretanto, pior ainda, porque transforma todos os que lhe negam, por convicção democrática, o voto e convida previamente ao não-reconhecimento dos resultados eleitorais – convocando para isso, expressamente, os comandantes das Forças Armadas.

Bolsonaro sai, hoje, da posição de “golpista do Temer” para a de “golpista de si mesmo”.

Pior: só chegou a isso porque um bando de sujeitos togados, por seu ódio político, deixou que as eleições descambassem para esta insanidade.

Jair Bolsonaro, ainda bem, parece estar livre de uma infecção intestinal que lhe poderia ser fatal. Mas ele próprio continua sendo a supuração de um Brasil infeccionado pelo ódio insano do golpismo.

Muito mais perigoso, muito mais fatal.

Há, porém, um lado bom nesta história. Algo informa o capitão que a sua situação está longe de ser tão positiva quanto indicam as pesquisas e o impede de fazer um discurso de “paz” que lhe pudesse ampliar a aceitação na disputa final.

A opção preferencial pelo ódio é sinal de alerta de suas dificuldades.

*Por Fernando Brito, jornalista, Editor do Tijolaço

15 setembro 2018

Altamiro Borges: Globo se desespera sem ter o seu candidato no páreo - "A mídia está desnorteada com os possíveis resultados das eleições"


A mídia está desnorteada com os possíveis resultados das eleições

Não dá para confiar muito, pelo menos eu não confio, nos institutos de pesquisa, seja o “Datafalha”, seja o “Globope”.

Esses institutos têm interesses políticos e comerciais e usam essas sondagens para defender esses interesses.

Evidente que quando se chega em uma reta fina de eleição, essa sondagem tende a se reaproximar mais da realidade, até para não perder totalmente a credibilidade.

Apesar dessa ressalva, me chamou muita atenção essa última pesquisa do Datafolha, que foi divulgada nesta segunda-feira (10).

A impressão que me deu é que essa pesquisa deixou a mídia monopolista desnorteada.

A impressão que também me dá é que essa mídia monopolista está cada vez mais temerosa diante dos possíveis resultados das eleições de outubro próximo.

Três fatores me levam a perceber esse desnorteamento da mídia.

O primeiro fator é que vários “calunistas” da mídia diziam que Bolsonaro iria “estourar a boca do balão” após o deplorável episódio da facada em Juiz de Fora.

Falava-se que ele ia bombar, que ia subir muito nas pesquisas após aquele episódio, de passar a ser encarado como uma vítima.

Os seguidores do neofascista chegaram até dizer que depois da facada ele ganharia a eleição no primeiro turno, espalharam um bocado de mentiras na internet.

O que a pesquisa mostra é que a sociedade não se comoveu tanto com a facada em Bolsonaro.

Não se comoveu com a violência cometida com o maior propagador de ódio e violência nessa campanha eleitoral.

A sociedade não ficou tão impressionada assim, tanto é que na pesquisa o candidato neofascista empacou.

Subiu dois pontos, o que está dentro da margem de erro, ou seja, nada.

Já a sua rejeição aumentou muito, principalmente entre as mulheres.

Ou seja, parece que o Bolsonaro levou uma segunda facada na pesquisa.

O Datafolha também mostrou um segundo aspecto preocupante para essa mídia, que é o fiasco do Geraldo Alckmin.

O candidato tucano, ex-governador de São Paulo, já está há dez dias com um latifúndio na televisão e na rádio na propaganda eleitoral gratuita, ele tem quase metade do tempo de televisão e rádio somando os outros 12 candidatos.

Geraldo Alckmin conseguiu uma aliança muito forte com setores do chamado “centrão”, que na verdade são “direitão”.

Geraldo Alckmin está com uma fortuna em fundo partidário.

Geraldo Alckmin contava com o apoio da chamada elite empresarial, que eu prefiro chamar de “cloaca empresarial.”

Geraldo do Alckmin tinha a torcida explícita da mídia.

Jornalões, revistas já tinham declarado apoio a Geraldo Alckmin, e emissoras de rádio e televisão idem.

Mas mesmo assim o “picolé de chuchu” segue derretendo. Isso é um fator que deixa desnorteada a mídia.

E o terceiro fator dessa pesquisa que eu acho que desnorteou a mídia foi o crescimento da candidatura de Fernando Haddad.

Isso ficou até patente no anuncio da pesquisa, no semblante dos apresentadores da Globo News, estavam estupefatos.

Afinal de contas, até a pesquisa Fernando Haddad ainda não tinha sido oficializado com candidato.

Fernando Haddad foi excluído dos debates da televisão com os candidatos presidenciáveis porque não estava oficializado como candidato.

Fernando Haddad vinha sofrendo uma censura na mídia, que evitava falar o nome dele.

Apesar de tudo isso, Fernando Haddad deu um salto nessa pesquisa Datafolha.

Como ele está sendo chamado, o “candidato do Lula”, dobrou suas intenções de voto com todas essas dificuldades.

Na prática ele já encostou no segundo lugar. Ele está ao lado do Ciro, que está fazendo uma bela campanha, com Marina e com Alckmin em segundo lugar.

Ou seja, eu acho que esses fatores, seja o Bolsonaro neofascista não ter explodido, seja o Alckmin continuar derretendo, seja o salto de Fernando Haddad, tem deixado a mídia meio desnorteada sobre o que vai dar nessa eleição.

É bom a gente lembrar, pelo menos na minha opinião, que a mídia foi a principal protagonista do golpe que derrubou Dilma Rousseff e levou a quadrilha de Michel Temer ao poder.

É bom lembrar também que essa mídia foi a principal carrasca do ex-presidente Lula.

Ela que exigiu do Judiciário que Lula fosse feito como um preso político no Brasil.

Agora ela está com dificuldade.

O seu candidato não vinga, o Bolsonaro não é propriamente um candidato dessa mídia.

A mídia criou o Bolsonaro, é o chamado ovo da serpente.

A mídia com sua criminalização da política e com sua escandalização da violência urbana acabou gerando a figura do Bolsonaro, mas o Bolsonaro não é propriamente uma pessoa confiável para mídia.

O Bolsonaro lembra em certo sentido a relação do Trump com a imprensa estadunidense, não é uma pessoa totalmente confiável.

Por outro lado o candidato do Lula desponta nas pesquisas podendo ir ao segundo turno, podendo vencer as eleições.

Nesse desnorteamento fica a pergunta: o que a mídia vai fazer nessas três semanas que restam?

O que ela vai fazer para salvar seu projeto golpista?

Ela foi protagonista do golpe, então o que ela deve fazer para salvar esse projeto que está correndo risco.

Vamos conferir nas próximas semanas, que no meu entender, serão semanas de fortíssimas emoções e muita adrenalina.


PS do Viomundo: A pergunta de Altamiro já foi parcialmente respondida na entrevista de Haddad ao JN. A Globo tratou o petista como inimigo político a ser derrotado.

Sobre a 'entrevista' de Fernando LULA Haddad ao partido Globo (PIG)


Haddad jogou para o empate no JN. O jogo é no campo do povo


Bob Fernandes, no Twitter, faz o scout da peleja entre Fernando Haddad e  o time William Bonner /Renata Vasconcellos, estes com a retaguarda escalada (ou integrada) por Ali Kamel no “ponto eletrônico”: “Quanto tempo tiveram Bonner e Renata e quanto tempo teve o Haddad?”

27 minutos de entrevista, 16 com perguntas e interrupções de Bonner e Renata, 60% do tempo. Haddad teve 11 minutos. Bonner, 53 interrupções, Renata 19.

Claro que um velho brizolista como eu não se conforma com nada menos que um massacre na Globo transmitido pela Globo, mas tenho de reconhecer que Fernando Haddad jogou de olho no campeonato: mostrar-se firme, sereno, equilibrado e “o cara do Lula”.

Mesmo com a “posse de bola” global, Haddad foi eficiente e fez seu próprio jogo.

Logo no primeiro lance, ao dizer  um “boa noite” a Lula, “aquele que todo mundo queria que estivesse sentado aqui” buscou o que lhe é decisivo: a identidade com o ex-presidente.

Deixou de lado as bobagens que andaram falando sobre parecer ali “palatável ao mercado”.

Os ataques sobre casos de corrupção e o fogo sobre o governo Dilma, cuja intensidade era imaginável foram bem defendidos.

Com a devida entrada “na canela” em dois momentos.

O primeiro, quando Bonner tentou atirar Dilma Rousseff na vala dos corruptos e o candidato disse que ela sequer era ré e o apresentador da Globo fez a emenda para “investigada”  e deixou espaço para o contra-ataque : investigada a Globo também é”.

O segundo quando, na enésima interrupção de Bonner sua partner saiu-lhe em socorro:

– Bonner já está satisfeito com sua resposta.

E Haddad: “Mas eu não estou. Quando é para (defender) minha honra, eu decido”

Hora alguma, porém,  o candidato se impacientou – nós, que assistíamos, sim, e várias vezes – e foi grosseiro. Pode não ter agradado seus torcedores, mas, como o Corinthians na quarta-feira contra o Flamengo, no Maracanã, defendeu-se o suficiente para levar a decisão para seu campo.

Com direito, inclusive, ao VAR, o árbitro de vídeo, no final, quando Bonner teve de pedir desculpas por ter dito que, na sua arrancada no Datafolha, Haddad “oscilou” em lugar de “cresceu de 9 para 13%”.

Confesso, como disse antes, que o espírito de Leonel Brizola estava ali a me cutucar:

Mas, Brito, como é que este Adádi me perde a chance de dizer a estes sujeitos que, além de parciais, eles são mal-educados e de falar que quando um burro fala o outro abaixa as orelhas?

Não é a “praia” de Haddad, eu sei, mas que ia ser de deixar os dois sentados no chão.

*Por Fernando Brito, jornalista - no Tijolaço

13 setembro 2018

O candidato de Lula

Fernando Haddad é o nosso também 
A perfeita manchete de um jornal italiano

Por Mino Carta*

Pergunto aos meus indignados botões se conseguem imaginar em qual girone do “Inferno” Dante colocaria os supremos juízes nativos e, no embalo, muitos outros, merecedores das penas eternas. Respondem supor que o máximo poeta teria de acrescentar um Canto à sua obra para instalá-los a contento em subsolo exclusivo.

De fato, os ministros das cortes supremas e superiores, os desembargadores gaúchos, os protagonistas da chamada força-tarefa curitibana e o fanático inquisidor Sergio Moro reúnem em suas pessoas uma quantidade incalculável de pecados infernais.

Desde a desfaçatez criminosa no descumprimento dos seus deveres de magistrados até a asnice pomposa que as togas ressaltam, desde o exibicionismo midiático até a invenção de provas inexistentes, desde o ódio de classe a insuflá-los até a absoluta falta do senso do ridículo.

O Judiciário é o guardião da Constituição em países democráticos e civilizados. No Brasil ocorre o exato contrário, como escreve Marcos Coimbra na sua magistral coluna desta semana.

Alvo de Coimbra o ministro Luís Roberto Barroso, que comandou a impugnação da candidatura de Lula à Presidência da República. Conforme conta o colunista, em artigo publicado há três anos, Barroso sustentava que, no Brasil, “juízes e tribunais se tornaram mais representativos dos anseios e demandas sociais do que as instâncias políticas tradicionais”.

Aí está traçado o objetivo final do golpe de 2016: impedir que o povo brasileiro entregue novamente a Presidência ao ex-metalúrgico.

Ao retirar Lula da arena política, pretendia-se também atingir fatalmente o PT, e com isso se percebe a primazia conferida ao Judiciário na trama golpista. Cabia à alta corte cumprir seu papel constitucional, proibir o impeachment de Dilma Rousseff e, portanto, evitar daí por diante todas as ignomínias cometidas pelo estado de exceção.

Por obra das togas politizadas, o Brasil encarrega-se de oferecer ao mundo um espetáculo inédito, absolutamente único, a comprovar a medievalidade mais tenebrosa do país da casa-grande e da senzala.


Mas teria hoje o ministro Barroso, do alto da sua elegância afetada, razões para saborear a certeza do dever cumprido? O golpe atingiu seu propósito original, mas do cativeiro Lula já ungiu seu candidato, enquanto as perspectivas do PT são bem mais promissoras do que as desejam Barroso e seus pares, parceiros de façanhas antidemocráticas e das suas encenações ridículas.

Os recursos apresentados pelos advogados do ex-presidente ao tribunal da ONU e ao STF são tecnicamente necessários para que o mundo registre quanto se deu, como ficará claro pela leitura da entrevista que se segue de Fernando Haddad.

CartaCapital, conforme a tradição de publicações da Europa e dos EUA, e da própria a esta altura, apoiou as duas candidaturas de Lula e de Dilma. Não há como imaginar que, por enquanto, Lula saia da cela de 25 metros quadrados, banheiro incluso, e volte à luz do sol, ou a ver as estrelas, como escreveu o já citado Dante. A partir desta edição apoiamos Fernando Haddad, candidato de Lula e nosso.

Sobra uma incógnita, a envolver a disparidade entre as decisões do STF e a vontade popular. Até quando será possível evitar o confronto de posturas tão discrepantes?

E que será capaz de gerar uma vitória de Haddad: provocar perigosamente o destempero dos senhores do golpe ou empolgar o povo até levá-lo à percepção de que sempre foi a vítima deste enredo? 

*Jornalista, Diretor da Revista Carta Capital (fonte desta postagem)

Vox Populi: Haddad já assume liderança com 22%




Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%.

O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%.

O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. 

CLIQUE AQUI  para ler na íntegra (Via 247)

Caio F. Abreu completaria 70 anos nesta quarta-feira (12)


Em 2014, exposição em Porto Alegre homenageou Caio Fernando Abreu. Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Da Redação do Sul21*

“Escuta bem, vou repetir no teu ouvido, muitas vezes: a única coisa que posso fazer é escrever”, afirma Caio Fernando Abreu em crônica publicada no jornal O Estado de S. Paulo, em 1994, época em que descobriu ser portador do vírus HIV. O escritor gaúcho, considerado um dos grandes nomes da literatura brasileira, completaria 70 anos nesta quarta-feira (12).

Nascido em Santiago, no interior do Rio Grande do Sul, Caio F. desempenhou diferentes papéis dentro da literatura: foi contista, dramaturgo, cronista, colunista, romancista, além de atuar como jornalista em diversas publicações do país. Vencedor de três prêmios Jabuti, publicou obras como Limite Branco (1970), primeiro romance do escritor, Inventário do irremediável (1970), Ovelhas Negras (1974), O Ovo Apunhalado (1975), Morangos Mofados (1982) e Pequenas Epifanias (1986).

Em seus livros e textos, Caio F. falava sobre temas que em geral eram pouco abordados na época em que viveu. Em um Brasil marcado pela censura, o escritor criticou a ditadura militar e chegou a ser perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), em 1968. Caio também trouxe a temática LGBT para dentro de sua escrita e falou abertamente sobre o vírus da AIDS, assuntos que ainda eram tabus na literatura e na sociedade brasileira. O medo da doença era presente nos textos do escritor: “Heteros ou Homos (?) a médio prazo iremos todos enlouquecer, se passarmos a ver no outro uma possibilidade de morte. Tem muita gente contaminada pela mais grave manifestação do vírus – a aids psicológica. Do corpo, você sabe, tomados certos cuidados, o vírus pode ser mantido a distancia. E da mente?”

O autor também falava sobre amor, solidão, alegria, esperança, desigualdades sociais e sobre as cidades onde viveu, como Porto Alegre, São Paulo, Londres. Abordava relacionamentos, lutas diárias, sonhos, medo, morte, drogas e sexo. Nos últimos anos, o escritor passou a ganhar grande atenção do público jovem, principalmente por meio das redes sociais. No Facebook e no Twitter existem diversas páginas e perfis dedicados a frases de Caio.

Neste ano que marca o 70º aniversário do escritor e 28 anos de seu falecimento, a Companhia das Letras lançou o livro ‘Contos Completos’, uma reunião de contos publicados entre 1970 e 1990. A obra traz dez contos avulsos, além dos livros ‘Inventário do ir-remediável’, O ovo apunhalado, Pedras de Calcutá, Morangos mofados, Os dragões não conhecem o paraíso e Ovelhas negras.

Também em homenagem ao escritor, o Google lançou nesta quarta-feira (12) um Doodle interativo que redireciona para links de otícias, informações e imagens de Caio F. (*Postado originalmente no Sul21 nesta quarta-feira, 12/09, dia do aniversário do Caio F. Abreu))


Google homenageia escritor Caio Fernando Abreu

12 setembro 2018

CL já vai ... tarde!....


*Charge do Bessinha (via Conversa Afiada)

'Mercado' admite abertamente: Haddad é o favorito para a Presidência


247* - O "mercado", denominação que a imprensa conservadora dá às elites nacionais, 1% da população composta por banqueiros, altos executivos e rentistas, admite abertamente: Haddad é o favorito para vencer as eleições. Um dos jornais que funciona como "Diário Oficial" deste segmento, o Valor Econômico, da família Marinho, escreveu com todas as letras nesta quarta (12): "Fernando Haddad ainda é o que mais assusta o mercado, ao ser considerado um nome cada vez mais forte na disputa de segundo turno com Bolsonaro". E mais: "Falta pouco menos de um mês para a eleição e, aos poucos, o cenário mais temido pelo mercado financeiro vai ganhando força. Geraldo Alckmin (PSDB), o preferido dos investidores por seu discurso reformista, continua patinando, enquanto os candidatos de perfil esquerdista Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) avançam, ganhando fôlego para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenções de voto, no segundo turno".

Qual o temor das elites? O artigo do Valor Econômico é exemplar, ao revelar abertamente o que temem os ricos: um governo que favoreça os pobres. O texto é direto: "Hoje o que se tem de concreto é um discurso que vai na contramão de tudo o que o mercado considera fundamental para a economia voltar aos trilhos. 

O programa do PT prevê, por exemplo, ampliação de financiamentos por parte de bancos públicos e reversão de medidas como o teto de gastos e a reforma trabalhista. Também defende um regime de câmbio "mais estável" e a revisão do sistema de metas de inflação, além do uso de US$ 40 bilhões das reservas internacionais para financiar a infraestrutura". Ou seja, o programa do PT é o inverso do programa de Temer, Alckmin e Bolsonaro -e o 'mercado' está apavorado com isso. 

No artigo, assinado pela repórter Lucinda Pinto, assinala-se que o mercado, apesar de ver a candidatura de Ciro como "esquerdista", identifica um perfil mais aceitável no ex-governador do Ceará: "Ciro Gomes é outro nome que gera muita tensão entre investidores. Embora tenha um discurso também fiscalista, referendado por seu assessor econômico, Mauro Benevides, Ciro defende medidas consideradas populistas. Uma delas é a promessa de oferecer um mecanismo para tirar o consumidor do SPC, o que passaria pelo uso dos bancos públicos. Também propõe um duplo mandato para o BC - de inflação e emprego -, o que aponta para menor autonomia para a autoridade monetária. E fala em buscar um nível de câmbio que estimule a economia, o que arranharia o regime de câmbio flutuante."

Leia toda a reportagem aqui.

*Fonte Brasil247

11 setembro 2018

Assista à íntegra do discurso do Companheiro Fernando Haddad em Curitiba, hoje



Confira a íntegra do discurso de Fernando Haddad durante ato em Curitiba, nesta terça-feira (11/09) clicando aqui. 
A partir desta data, após indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio da Carta ao Povo Brasileiro, Fernando Haddad é o candidato da Coligação “O Povo Feliz de Novo” à presidência da República.

Agora, Haddad será Lula para milhões de brasileiros


A vida, essa que nos dá, todos os dias, tristezas e sofrimentos, para os quais basta sair à rua e ver o estado de abandono no nosso povo, também nos dá momentos de intensa grandeza de emoções, quando vemos a história se desenhando ante nossos olhos e temos lucidez para percebê-lo.

A leitura da carta de Lula, hoje, foi um destes momentos.

Digam os bobos e novatos no ofício que foi uma peça de propaganda, porque não foi, até pelo tamanho, que qualquer publicitário teria reduzido a um quinto ou menos.

Não, e não foi também um lamento com a injustiça contra um homem.

Foi o grito contra a injustiça contra um povo e seus anseios de uma vida digna:

 Eles não querem prender e interditar apenas o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Querem prender e interditar o projeto de Brasil que a maioria aprovou em quatro eleições consecutivas.

Grito calado à força, amordaçado, mas nem por isso menos audível pelas palavras escritas com indignação:

Nunca aceitei a injustiça nem vou aceitar. Há mais de 40 anos ando junto com o povo, defendendo a igualdade e a transformação do Brasil num país melhor e mais justo. E foi andando pelo nosso país que vi de perto o sofrimento queimando na alma e a esperança brilhando de novo nos olhos da nossa gente. 

Sim, é assim que se constrói o sentimento de causa, de missão, que vai muito além da ideologia que se consegue em livros, na razão pura, nos ambientes intelectuais.

E se constrói, também, o saber quase mágico de entender e sentir seu povo, mesmo apartado dele, seja pelos palácios, seja por uma cela de prisão.

Povo que só cobra uma promessa, a maior de todas, que só poucos podem fazer: a entrega, total e absoluta, a este pertencer-se mútuo:

Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar.(…)

Talvez nada disso tivesse acontecido se eu não liderasse todas as pesquisas de intenção de votos. Talvez eu não estivesse preso se aceitasse abrir mão da minha candidatura.

Mas eu jamais trocaria a minha dignidade pela minha liberdade, pelo compromisso que tenho com o povo brasileiro.

Este compromisso nada pode abalar: nem a prisão, nem as mentiras, nem as humilhações que, a rigor, só abate aos que vergam sua alma e sua coluna. “E o duro combate, se aos fracos abate, aos fortes, aos bravos, só faz exaltar”, cantava  Gonçalves Dias em seu Y Juca Pirama.

Um homem pode ser injustamente preso, mas as suas ideias, não. Nenhum opressor pode ser maior que o povo. Por isso, nossas ideias vão chegar a todo mundo pela voz do povo, mais alta e mais forte que as mentiras da Globo.

Lula teve de fazer hoje, como Getúlio, o suicídio de seu direito de candidatar-se, amarrado, vetado e aprisionado pelos senhores de toga que não se envergonham de usar a Justiça para promover a injustiça, a privação de liberdades. Mais que as de Lula, a liberdade de escolha do povo brasileiro:

Fui incluído artificialmente na Lei da Ficha Limpa para ser arbitrariamente arrancado da disputa eleitoral, mas não deixarei que façam disto pretexto para aprisionar o futuro do Brasil.(…)

Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados.

E então, cumpre seu papel de líder, que aponta o caminho e dá o seu nome como bandeira de luta:

Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad.

Nós já somos milhões de Lulas e, de hoje em diante, Fernando Haddad será Lula para milhões de brasileiros.

Neste país de políticos canalhas, de elites que sofrem de um nanismo intelectual e moral que lhes faz acusar o “povinho” maltratado pelas mazelas o país, que arrota seu mérito, mas não teve a capacidade de transformar esta terra imensa e rica num país com um mínimo de justiça e de perspectivas, é dramático que se cale, se prenda e se puna alguém por ter sido alguém capaz de presidir um país inteiro e não apenas o perpetuador de um sistema de castas.

Vivemos um momento de drama nacional. Que exige que cada um de nós esteja à altura da hora decisiva que vivemos.

Só os micróbios mentais, os medrosos, os vacilantes não o percebem.

Se o povo brasileiro vencer, nada será como antes.

Se não estivermos, por medo ou vacilação, à altura de nosso papel, como Lula está sendo, tudo será, por muito tempo, como sempre foi.

*Por Fernando Brito, jornalista - Editor do Blog Tijolaço, fonte desta postagem. 

**O  Editor deste modesto Blog assina embaixo. (JG)

LULA: QUERO PEDIR DE CORAÇÃO A TODOS QUE VOTARIAM EM MIM QUE VOTEM EM FERNANDO HADDAD


247 - Pouco depois do anúncio de Fernando Haddad como candidato do PT à presidência da República, feito pela presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, amigo de Lula e um dos fundadores do PT, leu uma carta escrita pelo ex-presidente, em que ele pede, "de coração", para que os eleitores que fossem votar nele, votem agora em Haddad.

"Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad", afirma o ex-presidente. Confira a íntegra da carta:

Carta de Lula ao povo brasileiro

"Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República"

Meus amigos e minhas amigas,

Vocês já devem saber que os tribunais proibiram minha candidatura a presidente da República. Na verdade, proibiram o povo brasileiro de votar livremente para mudar a triste realidade do país.

Nunca aceitei a injustiça nem vou aceitar. Há mais de 40 anos ando junto com o povo, defendendo a igualdade e a transformação do Brasil num país melhor e mais justo. E foi andando pelo nosso país que vi de perto o sofrimento queimando na alma e a esperança brilhando de novo nos olhos da nossa gente. Vi a indignação com as coisas muito erradas que estão acontecendo e a vontade de melhorar de vida outra vez.

Foi para corrigir tantos erros e renovar a esperança no futuro que decidi ser candidato a presidente. E apesar das mentiras e da perseguição, o povo nos abraçou nas ruas e nos levou à liderança disparada em todas as pesquisas.

Há mais de cinco meses estou preso injustamente. Não cometi nenhum crime e fui condenado pela imprensa muito antes de ser julgado. Continuo desafiando os procuradores da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o TRF-4 a apresentarem uma única prova contra mim, pois não se pode condenar ninguém por crimes que não praticou, por dinheiro que não desviou, por atos indeterminados.

Minha condenação é uma farsa judicial, uma vingança política, sempre usando medidas de exceção contra mim. Eles não querem prender e interditar apenas o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Querem prender e interditar o projeto de Brasil que a maioria aprovou em quatro eleições consecutivas, e que só foi interrompido por um golpe contra uma presidenta legitimamente eleita, que não cometeu crime de responsabilidade, jogando o país no caos.

Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar. Perdi minha companheira Marisa, amargurada com tudo o que aconteceu a nossa família, mas não desisti, até em homenagem a sua memória. Enfrentei as acusações com base na lei e no direito. Denunciei as mentiras e os abusos de autoridade em todos os tribunais, inclusive no Comitê de Direitos Humanos da ONU, que reconheceu meu direito de ser candidato.

A comunidade jurídica, dentro e fora do país, indignou-se com as aberrações cometidas por Sergio Moro e pelo Tribunal de Porto Alegre. Lideranças de todo o mundo denunciaram o atentado à democracia em que meu processo se transformou. A imprensa internacional mostrou ao mundo o que a Globo tentou esconder.

E mesmo assim os tribunais brasileiros me negaram o direito que é garantido pela Constituição a qualquer cidadão, desde que não se chame Luiz Inácio Lula da Silva. Negaram a decisão da ONU, desrespeitando do Pacto Internacional dos Direitos Covis e Políticos que o Brasil assinou soberanamente.

Por ação, omissão e protelação, o Judiciário brasileiro privou o país de um processo eleitoral com a presença de todas as forças políticas. Cassaram o direito do povo de votar livremente. Agora querem me proibir de falar ao povo e até de aparecer na televisão. Me censuram, como na época da ditadura.

Talvez nada disso tivesse acontecido se eu não liderasse todas as pesquisas de intenção de votos. Talvez eu não estivesse preso se aceitasse abrir mão da minha candidatura. Mas eu jamais trocaria a minha dignidade pela minha liberdade, pelo compromisso que tenho com o povo brasileiro.

Fui incluído artificialmente na Lei da Ficha Limpa para ser arbitrariamente arrancado da disputa eleitoral, mas não deixarei que façam disto pretexto para aprisionar o futuro do Brasil.

É diante dessas circunstâncias que tenho de tomar uma decisão, no prazo que foi imposto de forma arbitrária. Estou indicando ao PT e à Coligação "O Povo Feliz de Novo" a substituição da minha candidatura pela do companheiro Fernando Haddad, que até este momento desempenhou com extrema lealdade a posição de candidato a vice-presidente.

Fernando Haddad, ministro da Educação em meu governo, foi responsável por uma das mais importantes transformações em nosso país. Juntos, abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, negros, indígenas, filhos de trabalhadores que nunca tiveram antes esta oportunidade. Juntos criamos o Prouni, o novo Fies, as cotas, o Fundeb, o Enem, o Plano Nacional de Educação, o Pronatec e fizemos quatro vezes mais escolas técnicas do que fizeram antes em cem anos. Criamos o futuro.

Haddad é o coordenador do nosso Plano de Governo para tirar o país da crise, recebendo contribuições de milhares de pessoas e discutindo cada ponto comigo. Ele será meu representante nessa batalha para retomarmos o rumo do desenvolvimento e da justiça social.

Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo. E o nosso nome agora é Haddad.

Ao lado dele, como candidata a vice-presidente, teremos a companheira Manuela D'Ávila, confirmando nossa aliança histórica com o PCdoB, e que também conta com outras forças, como o PROS, setores do PSB, lideranças de outros partidos e, principalmente, com os movimentos sociais, trabalhadores da cidade e do campo, expoentes das forças democráticas e populares.

A nossa lealdade, minha, do Haddad e da Manuela, é com o povo em primeiro lugar. É com os sonhos de quem quer viver outra vez num país em que todos tenham comida na mesa, em que haja emprego, salário digno e proteção da lei para quem trabalha; em que as crianças tenham escola e os jovens tenham futuro; em que as famílias possam comprar o carro, a casa e continuar sonhando e realizando cada vez mais. Um país em que todos tenham oportunidades e ninguém tenha privilégios.

Eu sei que um dia a verdadeira Justiça será feita e será reconhecida minha inocência. E nesse dia eu estarei junto com o Haddad para fazer o governo do povo e da esperança. Nós todos estaremos lá, juntos, para fazer o Brasil feliz de novo.

Quero agradecer a solidariedade dos que me enviam mensagens e cartas, fazem orações e atos públicos pela minha liberdade, que protestam no mundo inteiro contra a perseguição e pela democracia, e especialmente aos que me acompanham diariamente na vigília em frente ao lugar onde estou.

Um homem pode ser injustamente preso, mas as suas ideias, não.Nenhum opressor pode ser maior que o povo. Por isso, nossas ideias vão chegar a todo mundo pela voz do povo, mais alta e mais forte que as mentiras da Globo.

Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República. E peço que votem nos nossos candidatos a governador, deputado e senador para construirmos um país mais democrático, com soberania, sem a privatização das empresas públicas, com mais justiça social, mais educação, cultura, ciência e tecnologia, com mais segurança, moradia e saúde, com mais emprego, salário digno e reforma agrária.

Nós já somos milhões de Lulas e, de hoje em diante, Fernando Haddad será Lula para milhões de brasileiros.

Até breve, meus amigos e minhas amigas. Até a vitória!

Um abraço do companheiro de sempre,

Luiz Inácio Lula da Silva
...

*Via https://www.brasil247.com
https://oboqueiraoonline.wixsite.com/oboqueirao