19 março 2010

Benesses escandalosas










Yeda indica Lemos (PMDB), atual presidente do Banrisul, para o TJM. PT questiona.

Deputado Raul Pont defende suspensão de indicação de Lemos até a conclusão de inspeção extraordinária no Banrisul

Porto Alegre/RS - Do sítio PTSul - O vice-líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa defende a suspensão da indicação de Fernando Lemos para Tribunal de Justiça Militar até a conclusão da inspeção extraordinária promovida pelo Tribunal de Contas do Estado no Banrisul, a pedido do Ministério Público de Contas. Segundo o deputado Raul Pont (foto), Lemos dirigiu o Banrisul de forma temerária, tornando a instituição alvo de investigação e processos administrativos, movidos por órgãos de fiscalização e controle. “A governadora continua agraciando de forma questionável os seus aliados. Desta vez, o prêmio ultrapassa a casa dos R$ 22 mil por mês e tem caráter vitalício”, denuncia o parlamentar.

Pont alerta, ainda, para a existência de uma Proposta de Emenda Constitucional em tramitação no Legislativo, encaminhada pelo Tribunal de Justiça, extinguindo o TJM e de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal questionando a constitucionalidade do órgão. “Trata-se de uma instituição anacrônica, que serve apenas de cabide de empregos para os aliados do governo. A nomeação de Lemos, cuja trajetória profissional, ao que se sabe, não tem qualquer relação com este órgão, só reforça a necessidade de extingui-lo”, aponta.

O líder petista afirma também que o “prêmio ao presidente do Banrisul” pelos serviços prestados à governadora soa como um acinte às categorias que estão na base da pirâmide salarial do funcionalismo e que correm o risco de, novamente, ficar sem reajuste em 2010. O parlamentar se refere ao magistério, que até agora não recebeu nenhuma proposta do Executivo. “No mesmo dia em que distribui benesses escandalosas aos aliados, o governo tucano reapresenta uma proposta já rejeitada pelo magistério. O recado não pode ser mais claro, ou seja, o governo Yeda não quer negociar com os professores gaúchos, que detêm os menores contracheques do País”, finaliza. (Por Olga Arnt)

*Edição deste blog

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