Porto Alegre/RS - O primeiro dia do Seminário Internacional Brasil, América Latina e a União Europeia: desafios e oportunidades na Globalização terminou com um amplo debate sobre os desafios para integração e desenvolvimento dos países da América Latina. Uma das soluções apontadas pelos debatedores é a instituição de uma política de integração fronteiriça que gere desenvolvimento para as comunidades que vivem junto às fronteiras.
O ex-ministro da Economia do Chile, Carlos Ominami, acredita que somente um projeto político efetivo de integração voltado às comunidades fronteiriças seria capaz de reduzir as desigualdades sociais entre as grandes capitais e estas cidades. Para o presidente da agência Lagoa Mirim, Manoel de Souza Maia, as comunidades das fronteiras estão alheias ao processo de integração. "Tão alheias que criaram uma cultura própria e estão mais próximas do âmbito da fronteira do que dos centros nacionais".
O coordenador da Assessoria de Cooperação e Relações Internacionais do Governo do Estado, Tarson Nuñez, compartilha da mesma opinião e afirmou que a política internacional adotada pela atual gestão enfatiza a iniciativa das fronteiras, com projetos de infraestrutura binacional. "As pessoas que vivem nas fronteiras enxergam o Mercosul como algo muito distante, que envolve somente políticas nacionais, e não estão realmente inseridas neste processo", apontou. Nuñez pediu mais atenção das entidades financeiras mundiais com os entes subnacionais, como os Estados, e uma maior simplificação no acesso dos projetos aos recursos.
Outro ponto destacado pelos conferencistas foi a necessidade de fortalecimento do Mercosul, com a superação dos interesses econômicos nacionais em prol do desenvolvimento do bloco como um todo. O vice-presidente da Fecomércio-RS, Arno Gleisner, reclamou que os interesses do bloco são ignorados pelos países nas transações comerciais. "Se fala muito em mercado comum, superação de barreiras, mas na hora de negociar alguns produtos, os países são os primeiros a estabelecer taxas que prejudicam as relações". Já o diplomata do Ministério das Relações Exteriores advertiu para o crescimento do mercado chinês e sua infiltração no âmbito do Mercosul.
O seminário prossegue nesta terça-feira (4), com a última sessão, que abordará o tema Economia Verde: mudança climática e energias renováveis, a partir das 9h. O evento é realizado no salão nobre do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O portal do Governo do Estado transmite ao vivo pelo www.estado.rs.gov.br
O ex-ministro da Economia do Chile, Carlos Ominami, acredita que somente um projeto político efetivo de integração voltado às comunidades fronteiriças seria capaz de reduzir as desigualdades sociais entre as grandes capitais e estas cidades. Para o presidente da agência Lagoa Mirim, Manoel de Souza Maia, as comunidades das fronteiras estão alheias ao processo de integração. "Tão alheias que criaram uma cultura própria e estão mais próximas do âmbito da fronteira do que dos centros nacionais".
O coordenador da Assessoria de Cooperação e Relações Internacionais do Governo do Estado, Tarson Nuñez, compartilha da mesma opinião e afirmou que a política internacional adotada pela atual gestão enfatiza a iniciativa das fronteiras, com projetos de infraestrutura binacional. "As pessoas que vivem nas fronteiras enxergam o Mercosul como algo muito distante, que envolve somente políticas nacionais, e não estão realmente inseridas neste processo", apontou. Nuñez pediu mais atenção das entidades financeiras mundiais com os entes subnacionais, como os Estados, e uma maior simplificação no acesso dos projetos aos recursos.
Outro ponto destacado pelos conferencistas foi a necessidade de fortalecimento do Mercosul, com a superação dos interesses econômicos nacionais em prol do desenvolvimento do bloco como um todo. O vice-presidente da Fecomércio-RS, Arno Gleisner, reclamou que os interesses do bloco são ignorados pelos países nas transações comerciais. "Se fala muito em mercado comum, superação de barreiras, mas na hora de negociar alguns produtos, os países são os primeiros a estabelecer taxas que prejudicam as relações". Já o diplomata do Ministério das Relações Exteriores advertiu para o crescimento do mercado chinês e sua infiltração no âmbito do Mercosul.
O seminário prossegue nesta terça-feira (4), com a última sessão, que abordará o tema Economia Verde: mudança climática e energias renováveis, a partir das 9h. O evento é realizado no salão nobre do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O portal do Governo do Estado transmite ao vivo pelo www.estado.rs.gov.br
(Por Juliano Meira Pilau - Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini - Edição: Redação Secom)
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