Brasília/DF - A
presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (31), no Palácio do Planalto, após a
Cúpula Extraordinária do Mercosul, que o ingresso da Venezuela no bloco,
oficializado nesta quinta-feira, tem significado histórico. Segundo a
presidenta, a Venezuela vai fortalecer o bloco, que consolida-se como potência
energética.
“Foi
uma honra e uma satisfação presidir esta reunião do Mercosul, que tem
significado histórico. A Venezuela torna-se o 5º Estado Parte do Bloco. Esta é
a primeira ampliação de nosso bloco, desde a sua criação, em 1991. Na qualidade
de presidenta Pro Tempore do Mercosul, damos as boas-vindas ao povo
venezuelano, por intermédio do presidente Hugo Chávez. Há tempos desejamos um
Mercosul ampliado em suas fronteiras e com capacidades acrescidas”, disse.
Segundo
Dilma, o Mercosul inicia uma nova etapa com o ingresso da Venezuela, passando a
contar com uma população de 270 milhões de habitantes e um PIB em torno de US$
3 trilhões, o que representa cerca de 83% do PIB sul-americano e 70% da
população da América do Sul. A presidenta disse ainda que Mercosul torna-se um
dos principais produtores mundiais de alimentos e de minérios.
Dilma
também comentou a situação do Paraguai, suspenso provisoriamente do Mercosul
por causa do processo político que levou, em junho deste ano, ao processo de
impeachment do então presidente paraguaio Fernando Lugo. A suspensão vigora até
abril de 2013, quando ocorrem as eleições presidenciais naquele país. Dilma
disse esperar que o Paraguai normalize sua situação.
“O
governo brasileiro, assim como os demais países que integram o Mercosul,
apresentamos com toda a clareza nossa visão no que se refere à situação no
Paraguai. O que moveu a totalidade da América do Sul foi compromisso inequívoco
com a democracia. Os países do Mercosul, assim como os da Unasul, têm agido de
forma coordenada nessa questão com o sentido único de preservar e fortalecer a
democracia em nossa região (…) Nossa perspectiva é que o Paraguai normalize sua
situação institucional interna para que possa reaver seus direitos plenos no Mercosul”,
afirmou. (via Blog do Planalto)
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