A manifestação é a própria democracia, afirma o ministro Gilberto Carvalho
O
ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, em entrevista coletiva
concedida nesta segunda-feira (17), afirmou que a manifestação é própria da
democracia, e que o governo quer estabelecer um diálogo com os grupos que têm
se manifestados nos últimos dias. Hoje, o ministro recebeu representantes de
grupos que fizeram manifestações no último fim de semana no Distrito Federal.
“A
manifestação é própria da democracia. O nosso projeto político cresceu no país
fazendo mobilização. Mobilização é muito bem-vinda. Por isso que nós estamos
preocupados em fazer uma discussão, uma aproximação, um diálogo, e elevarmos o
nível dessa discussão porque esses jovens têm alguma coisa a nos dizer. Esses
jovens nos apontam angústia… E se alcançam uma grande repercussão de
mobilização é porque corresponde ao anseio de muita gente. Então é próprio da
nossa atitude ouvir e valorizar isso”, defendeu.
Gilberto
Carvalho já havia conversado com manifestantes no último sábado, durante a
partida de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão. Segundo
Carvalho, é próprio do governo estar atento, ter a humildade de ouvir, e
procurar compreender o processo para reagir de maneira adequada.
“Eles
são portadores de mensagens, e nós temos que compreender. É por isso que eu fiz
questão, durante o próprio jogo, estive lá, conversando com os manifestantes.
Foi um gesto de diálogo, de entendimento. E fiquei muito feliz de eles terem
aceitado, parte deles, virem aqui. (…) Acho que foi um bom início de conversa,
e acho que eles nos trazem reivindicações que consideramos importantes para
gente tratar”, comentou. (via Blog do Planalto)
Um comentário:
Meu caro amigo Júlio:
Concordando com outras análises, mais do que legítimas, essas manifestações são salutares, e a esquerda tem que encará-las.
Ainda são um fenômeno, não propriamente um movimento político, mas absolutamente necessárias nesta época de transição em que o neoliberalismo definha, mas burocracias partidárias e sindicais não sabem bem o que propor além de tentar administrar "melhor" a crise capitalista.
Cabe aos partidos saber ler esse fenõmeno, cabe aos governos (democráticos) saber negociar e propor (ao contrário do Ministro dos Esportes, tanto quanto o nosso prefeito preocupadíssimo em não preocupar a FIFA). E que vândalos sejam presos.
Luís
(A propósito: boa parte da grande mídia tenta transformar tais manifestações em "levante popular contra Dilma", mas fica evidente a bizarrice de tal chute)
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