Ex-Presidente Lula e Vagner Freitas, Presidente da CUT |
As manifestações convocadas pela CUT para o próximo dia 13 de março ganharam reforços de peso, segundo anunciado na noite de ontem, durante o ato “Defender a Petrobrás é Defender o Brasil!”, realizado na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no centro do Rio.
“Vagner, se você me convidar, eu vou participar”, disse Lula, no encerramento de sua fala, dirigindo-se ao presidente da CUT Nacional Vagner Freitas.
Antes dele, o líder do MST João Pedro Stédile havia garantido presença. “Em nome não só do MST, mas de todos os movimentos organizados do campo, eu afirmo aos petroleiros: marcharemos com vocês para o que der e vier”. As organizações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais planejam atos unificados em diferentes locais do Brasil na semana de 9 a 13 de março.
As mobilizações do dia 13 devem ocorrer em diferentes cidades do Brasil. Em São Paulo, um local já confirmado é o vão livre do Masp, com início previsto para as 15h. Os demais atos, após confirmação das entidades organizadoras, serão divulgados pela CUT.
“Temos de voltar às ruas no dia 13 de março para dizer que a Petrobrás é nossa e ninguém tasca”, completou Stédile. O ato realizado ontem no Rio foi uma iniciativa da CUT e da sua FUP (Federação Única dos Petroleiros), e contou com a presença de trabalhadores da Petrobrás, de intelectuais, jornalistas, pesquisadores, autoridades políticas e dirigentes sindicais de diferentes categorias.
Reforma política
Vagner Freitas, ao falar para as pessoas que lotaram por completo o auditório da ABI, afirmou: “Nós estamos fazendo uma luta de enfrentamento de classe. Não percam nunca isso da vista de vocês”. Para ele, o ato de ontem não foi apenas motivado pela “campanha sórdida” contra a Petrobrás. “Queremos alertar o Brasil para as mentiras que são contadas todos os dias por uma mídia golpista e uma direita golpista”.
Em tom de desafio, o presidente da CUT questionou os reais interesses que cercam o tema Petrobrás e a operação Lava Jato. “Que moral têm esses setores, que governaram o Brasil por 500 anos, para falar em corrupção? A vida inteira eles sucatearam os interesses do Brasil”.
“Quer discutir corrupção? Vamos acabar com o financiamento empresarial de campanha já”, disse ainda, em referência à necessidade de uma reforma política que impeça doações de bancos e empresas para candidatos. Outro passo necessário, segundo Vagner: “Só vamos passar o Brasil a limpo com uma reforma democrática da mídia”.
Vagner afirmou que as investigações sobre corrupção na Petrobrás não podem servir de pretexto para paralisar a empresa. Defendendo punição para aqueles que as investigações comprovarem culpa, o presidente cutista disse que as atividades da Petrobrás precisam continuar em ritmo normal, para evitar interrupção dos investimentos da empresa e consequente desemprego. (...)
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