Ontem houve uma derrota e tanto da direita, da Bancada da Bala e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na rejeição ao substitutivo da PEC da maioridade penal. Na noite de ontem, na Câmara dos Deputados, o grito dos jovens nas galerias, depois da derrota do “sim”, foi a expressão da seguinte verdade: só na luta é que ganhamos. Só na mobilização, na disputa política, sem medo de defender opiniões minoritárias mas com capacidade de debater, apresentar argumentos, dados, estatísticas, fatos, realidades. E lado a lado com nossa base social, com as entidades, personalidades e lideranças que formam opinião e mobilizam.
Esperamos que a lição seja aprendida, porque temos muitas batalhas pela frente. Os derrotados de ontem podem reverter na votação da PEC original de redução da maioridade em geral. Ou, no Senado, incluir de novo a emenda rejeitada. Ainda que que a Constituição determine que matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser o objeto de nova proposta na mesma Sessão Legislativa.
Temos pela frente a batalha da reforma política, a da defesa da Petrobras, a da reforma tributária — apenas para citar mais três frentes de luta. Sem esquecer a defesa do mandato da Presidente Dilma contra o golpismo tucano. No caso da redução da maioridade, o PSDB se aliou ao que há de pior na Câmara. Liberou sua bancada, da qual somente cinco deputados, entre 51, votaram “não”. O PSDB não tem coragem sequer de assumir de vez que se tornou um partido de direita, um joguete a serviço dos interesses do presidente da Câmara e de certa mídia. Veja aqui como votaram ontem todos os deputados e deputadas.
*Via http://www.zedirceu.com.br/
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