23 novembro 2009

Eleições do PT









PED: divulgados resultados parciais no RS

O PT/RS anunciará o resultado final do PED 2009 (Processo de Eleições Diretas) no Estado na quarta-feira (25), na presença do presidente estadual Olívio Dutra, que no momento se encontra em agenda no Uruguai, em apoio a candidatura de José Mujica, que disputa o segundo turno a presidência da República, pela Frente Ampla.

O partido vem recebendo os resultados através de fax e e-mail das várias regiões do Estado. Devido ao problema de falta de luz e nas linhas telefônicas, causados pelos temporais, a agilidade no recebimento do resultado final ficou comprometida. A direção do partido informou que só irá divulgar os números finais do PED 2009 quando totalizar a apuração dos boletins de urna dos 420 municípios que realizaram as eleições diretas do PT.

Agora à tarde a Secretaria de Organização do partido divulgou os números apurados até às 17h30min desta segunda-feira (23), relativos às votações obtidas pelos candidatos a presidecia do PT Estadual. Com 279 municípios apurados, dos 384 que realizaram o Processo de Eleições Diretas de 2009, com um total de 22.974 votos válidos, o resultado é o seguinte:

Raul Pont - votos 11.784 = 51,29%
Marcel Frison - votos 9.110 = 39,65%
Jorge Branco – votos 1.808 = 7,87%
Marcelo Carlini – votos 272 = 1,18%

Porto Alegre terá 2º turno em 6 de dezembro

Adeli Sell e Carlos Todeschini disputarão o 2º turno em dezembro

O comando do Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre será disputado entre os vereadores Adeli Sell e Carlos Todeschini no segundo turno das eleições diretas da sigla. O resultado definido neste domingo (22/11), por cerca de 3,4 mil votantes, contabilizou em primeiro lugar Carlos Todeschini com 39,86% (1.265 votos) e em segundo, Adeli Sell com 32,86% (1.043 votos). O segundo turno do PED acontece no dia 6 de dezembro.

Resultado final da eleição do PT/Poa:

Presidência do PT Municipal:

Carlos Todeschini - 1.265 votos - 39,86%
Adeli Sell - 1.043 votos - 32,86%
Rodrigo Oliveira - 549 votos - 17,3%
Adroaldo Corrêa - 148 votos - 4,66%
Rodrigo Maroni - 145 - 4,57%
Tiago Maciel - 24 votos - 0,76%

*Com os sítios do PT/RS e PT/Poa

21 novembro 2009

2 Poemas


















Poema da Necessidade

É preciso casar João,
é preciso suportar António,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbedo,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.

É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar o FIM DO MUNDO.

***

O enterrado vivo


É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.

É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.

É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.

É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.

Carlos Drummond de Andrade

PT









PT ELEGE NOVAS DIREÇÕES NESTE DOMINGO

Petistas de todo o Brasil vão às urnas neste domingo (22) para escolher os novos dirigentes do partido para o período 2010-2012. As eleições acontecem em mais de 4 mil municípios, nos quais 1 milhão e 350 mil filiados estão aptos a votar para as direções locais, estaduais e nacional.

O PT é o único partido do Brasil que escolhe seus dirigentes pelo voto direto do filiado. Concorrem à presidência nacional do partido seis candidatos: Iriny Lopes (Chapa Esquerda Socialista), Markus Sokol (Chapa Terra, Trabalho e Soberania), José Eduardo Cardozo (Chapa Mensagem ao Partido), Geraldo Magela (Chapa Movimento: Partido para Todos), José Eduardo Dutra (Chapa O Partido que Muda o Brasil) e Serge Goulart (Chapa Virar à Esquerda, Reatar com o Socialismo).

As eleições acontecem nos diretórios municipais ou zonais onde a pessoa é filiada. Como em PEDs anteriores, haverá uma urna especial em Brasília para os petistas que trabalham na capital federal.

No RS concorrem à sucessão de Olívio Dutra os candidatos Jorge Branco, Marcel Frison, Marcelo Carlini e Raul Pont. A votação vai das 9h às 17h. (com os sítios do PT Nacional e Estadual)

20 novembro 2009

A gente vai levando...



Vinícius, Toquinho, Tom e Miúcha - Show antológico
realizado em Milão/Itália - 1978

Dia da Consciência Negra







Lula assina titulação de terra para quilombolas de 14 Estados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, participam nesta sexta-feira (20), Dia Nacional da Consciência Negra, de cerimônia de assinatura de 29 decretos para titulação de terras de comunidades quilombolas.

Os decretos alcaçam comunidades de 14 Estados: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

A cerimônia de assinatura será em Salvador (BA), em ato público na Praça Castro Alves.

De 2003 até hoje foram expedidos 59 títulos regularizando 174 mil hectares em benefício de 81 comunidades e 4.133 famílias quilombolas.

Também será lançado o Selo Quilombola, marca atribuída aos produtos artesanais criados por comunidades de remanescentes de quilombos de todo o País, como forma de agregar identidade cultural e valor econômico a essa produção.

Educação

Outras atividades marcam a data, como o lançamento da Fase 2 do A Cor da Cultura, projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira por meio de programas audiovisuais, fruto da parceria entre SEPPIR, Ministério da Educação, Fundação Cultural Palmares, Fundação Roberto Marinho, Petrobras e Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN).

Iniciado em 2004, o projeto está apoiado na Lei nº 10.639/03, que estabelece o ensino da história da África e dos negros brasileiros nas escolas de todo o País. Por meio do novo contrato, a Petrobras destinará R$ 9 milhões para a implementação da nova fase do projeto, que inclui ações presenciais, de comunicação, monitoramento e de produção e distribuição de novos conteúdos. (Por Agência AL)

PED










ADELI SELL PARA PRESIDENTE DO PT DE PORTO ALEGRE

'Estamos vivendo um período de importantes desafios para o PT. Este PED é, além de um momento para a radicalização da democracia interna no partido, uma oportunidade de constituirmos uma gestão que dê conta de devolver à sociedade porto-alegrense um partido fortalecido como sempre fomos.'

No próximo domingo, 22 de novembro, ocorrerão as eleições internas (o PED - Processo de Eleições Diretas) do Partido dos Trabalhadores. Na oportunidade serão eleitos os diretórios zonais, municipais, estaduais e o Diretório Nacional, bem como seus respectivos Presidentes e os delegados e delegadas ao IV Congresso Nacional do partido que ocorrerá no ano vindouro.

O vereador Adeli Sell (foto), fundador do PT, ex-Secretário Geral do partido no Estado, ex-Secretário Municipal do governo da Frente Popular, atualmente na sua quarta gestão como vereador da capital dos gaúchos, é um dos candidatos à Presidente do PT de Porto Alegre. Adeli lançou recentemente um Manifesto em seu blog, explicando os motivos de sua candidatura e convidando os companheiros e companheiras a engajarem-se na campanha. Leia a seguir:

"Apoiado e incentivado por vários petistas, me candidato a suceder o companheiro Danéris na Presidência do PT de Porto Alegre. Não se trata de vontade personalista, mas de convicção que meus quase trinta anos de militância no PT me dão condições de dirigir o partido, mesmo neste momento de dispersão política e militante e profundas e marcantes dificuldades materiais.

Este é mais um desafio para alguém que, há trinta anos, como professor e militante, contribuiu para que os trabalhadores da construção civil fizessem a sua maior e mais ousada greve por melhores condições de trabalho e salários dignos. Apesar de jovem, há já alguns anos estava na militância social, participando do Partido dos Trabalhadores desde seu nascedouro.

Tenho a mesma disposição, ousadia e coragem para assumir esta nova tarefa de quando assumi todas as outras, no passado. Sempre fui e continuarei sendo um militante dedicado às causas da democracia, da participação, da busca do bem comum.

Sei que teremos que bater de porta em porta para encontrar filiados que se afastaram. São aqueles que criticam nossas políticas e formas de organização, e por isso abandonaram os núcleos de base e deixaram de valorizar as setoriais. Que veem nas direções partidárias apenas representantes de mandados, onde não há espaço para filiados que não estejam alinhados com parlamentares; com gestores que não se alinham às grandes tendências do Partido.

Isto não será feito apenas por mim. É um processo ousado de inclusão de todos e todas nas mais variadas instâncias e espaços que temos ou que iremos criar. Tenho a convicção de que juntos iremos buscar alternativas para nossas lacunas; nada será estranho ou indiferente para mim, pois buscarei abrir espaços para muito trabalho compartilhado.

Por isso, convido a todos para essa retomada solidária, na busca de trilhas que nos conduzam de volta ao Piratini e ao Paço Municipal; que nos reconcilie com os mais variados segmentos sociais e nos coloque em dia com todas as pautas e agendas de demandas sociais, políticas e institucionais.

Um forte abraço do

Adeli Sell"

***

*Nota: O titular do blog manifesta seu apoio irrestrito, solidário e militante ao bravo amigo e companheiro Adeli Sell nessa caminhada pela - urgente e necessária - reoxigenação e democratização do PT. Sua história de lutas, coerência, combatividade e lucidez o qualificam para assumir e enfrentar os desafios inerentes à essa enorme responsabilidade partidária. (Júlio Garcia)

19 novembro 2009

STF

















O STF DECIDE QUE DESPERDIÇOU 10 MESES

Celso Lungaretti escreve:

No primeiro julgamento, o Supremo Tribunal Federal decidiu não respeitar a decisão do Governo Federal, que já concedera refúgio humanitário a Cesare Battisti.

Ao invés de arquivar o processo de extradição italiano, como ditava a Lei do Refúgio e balizava a jurisprudência, resolveu mandar ambas para o espaço e meter o bedelho em prerrogativa do Executivo.

No segundo julgamento, também por 5x4, aprovou o pedido de extradição formulado pelo Governo da Itália.

No terceiro julgamente, ainda por 5x4, decidiu que lhe cabe apenas verificar se há empecilhos para a extradição, cabendo a decisão final ao presidente da República.

Ou seja, o STF dá sinal verde para a extradição, mas quem bate ou não o martelo é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No meio de tanto blablablá empolado, parece ter escapado aos ministros do Supremo que, na prática, a terceira decisão anulou a primeira.

Pois, se é Lula quem decide, ele já decidiu, ao respaldar a decisão do ministro da Justiça Tarso Genro.

Tudo que aconteceu depois foi inútil. E um perseguido político ficou mais dez meses na prisão à toa, por obra e graça de alguns ministros do Supremo, justiceiros no mau sentido.

Isto, claro, supondo-se que Lula se mantenha coerente com a posição assumida em janeiro, quando defendeu seu ministro da devastadora pressão da Itália e da imprensa entreguista brasileira (que escreveu, neste episódio, uma de suas páginas mais infames, tudo fazendo para colocar o Brasil na condição de capacho da Itália).

Em boa hora Anita Leocádia, com sua dignidade exemplar, enviou mensagem a Lula, "na qualidade de filha de Olga Benário Prestes, extraditada pelo Governo Vargas para a Alemanha nazista, para ser sacrificada numa câmera de gás".

Ela subscreveu a carta de Carlos Lungarzo, membro da Anistia Internacional dos EUA, qualificando de "linchamento" a perseguição rancorosa a Battisti em dois continentes, mobilizando recursos astronômicos e, no caso brasileiro, com ostensivo desrespeito à nossa soberania.

E é mesmo linchamento o único termo cabível nessas circunstâncias.

No julgamento desta quarta-feira (18), os linchadores não se conformaram com a derrota final e tudo fizeram para virar a mesa e embaralhar as cartas. Queriam porque queriam atrelar Lula ao tratado de extradição com a Itália.

Mas, a firmeza dos ministros Eros Grau e Marco Aurélio de Mello (principalmente) frustrou a chiadeira típica de maus perdedores.

O primeiro, inclusive, desabafou: o presidente pode até descumprir ou denunciar o tratado, se assim decidir. Responderá por seus atos.

O que não pode é o STF querer aprisionar Lula numa camisa de força, pois isto transformaria o Judiciário num Super-Poder, acima do próprio Executivo.

De resto, fica a esperança de que o voto do ministro Carlos Ayres de Britto tenha feito desabar toda a estratégia dos linchadores.

Pois a decisão apertadíssima dá todo direito a Lula de não seguir uma maioria formada única e tão somente por causa de pusilanimidade do ministro Dias Toffoli.

Vale abrir um parêntesis.

Na véspera do segundo julgamento, os senadores Eduardo Suplicy e Inácio Arruda, o Carlos Lungarzo e eu estivemos no STF para entregar a cada ministro um memorial do Lungarzo, comprovando com fartura de provas que a Itália praticara torturas e incidira em aberrações jurídicas nos anos de chumbo.

No caso dos demais ministros, preferi ficar quieto. Não tinha afinidade com eles, no máximo simpatia pessoal pelo Joaquim Barbosa e o Marco Aurélio.

Quando chegou a vez de Toffoli, resolvi falar-lhe como companheiro, dizendo que, na luta contra a ditadura, aprendera a conhecer processos como o de Battisti, meras montagens que as autoridades elaboravam e faziam presos políticos corroborarem.

Percebendo a expressão de tédio do Toffoli, conclui que não era companheiro nem cultuava os valores de um companheiro. Não passava de um carreirista em busca do sucesso.

Não deu outra.

E agora, graças à sua omissão, o presidente Lula será obrigado a desagradar um dos lados, com evidente prejuízo político.

Mas, dando o merecido chute no traseiro italiano, apenas repetirá o que Sarkozy fez, sem que o mundo desabasse sobre ele.

Se resolver sacrificar um injustiçado à razão de Estado, vai provocar uma cisão no seu partido, que poderá ser fatal para quem tem como candidata à sucessão uma ex-militante da luta armada.

Além de ver voltada contra si a metáfora que recentemente fez sobre Judas.

Prefiro acreditar que ele tomará a única decisão digna neste caso.

*Celso Lungaretti é jornalista, ex-preso político durante a ditadura militar. É editor do blogue Náufrago da Utopia

http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/

18 novembro 2009

'Eu quero uma pra viver'




Cazuza - 'Ideologia'

Metrô, versões e omissões













Barbeiragem de Fogaça faz Porto Alegre perder o metrô

Projeto do traçado inicial é um completo equívoco

Cristóvão Feil escreve:

A imprensa direitista de Porto Alegre está dando a sua versão sobre o metrô da Capital. Ontem, o prefeito José Fogaça (PMDB) recebeu um redondo não em Brasília. O metrô não tem condições de sair antes da Copa de 2014.

A versão da mídia pode ser resumida pelo que disse ontem à tarde, por volta das 15h, na rádio Gaúcha, o locutor Lasier Martins. Segundo o veterano radialista - uma espécie de voz-do-dono da RBS - "[...]desmancha-se de uma vez por todas essa ilusão que vinha a ser mantida há tantos meses, portanto, o governo federal não vai ajudar ao tão ambicionado metrô de Porto Alegre e tudo aquilo que temos ouvido nos últimos anos não passa de uma engambelação, de uma ilusão, principalmente eleitoreira, o governo federal não tem ou não pode ou não quer as obras do metrô até a Copa do Mundo." [...]

Dito isto, praticamente um veredicto de autoridade, o locutor Martins colocou no ar o senador Paulo Paim (PT-RS). Este, incapaz de oferecer um contraponto ao irrecorrível julgamento do revoltado locutor rebessiano, limitou-se a discorrer - de forma queixosa - sobre o seu demagógico projeto de aumento irreal aos aposentados e pensionistas da previdência.

Hoje, os jornais lamentam a negativa do metrô, mas não informam os motivos do governo federal para fazê-lo. Semeando confusão, querem fazer acreditar que há uma má vontade do governo da União ou uma "engambelação para fins eleitorais" como se referiu o locutor da rádio Gaúcha. O argumento é anêmico, não resiste a um sopro de pulga: como se explica que uma negativa pode visar vantagens eleitorais?

A verdade é a seguinte, no que se refere ao metrô de Porto Alegre: o traçado inicial é um completo equívoco, uma "barbeiragem", como diz o governador Serra a respeito de suas próprias obras cadentes, não atende a exigência básica de um projeto urbanístico de cunho eminentemente social, qual seja, o de atender o conjunto da população em tempo integral e sem prazo de validade. Proposto pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, gestão José Fogaça, o projeto inicial do metrô vai do Mercado Público, no Centro, ao estádio Beira-Rio, na avenida Padre Cacique, portanto, ao contemplar somente o público do futebol, por mais prioritário que este possa ser, exclui liminarmante áreas mais densas e usuários do transporte público coletivo com demandas mais importantes e permanentes do ponto de vista social, econômico e ambiental.

Assim, é relevante que o locutor da Gaúcha e os jornais direitistas apontem as suas baterias de críticas em outra direção, mais precisamente mirando o Paço Municipal de Porto Alegre, gabinete do prefeito José Fogaça. Com a disposição equivalente a de um tropeiro de lesmas, Fogaça perde o metrô, mas quem sai prejudicado é a população de Porto Alegre.

*Cristóvão Feil
é sociólogo e editor do blogue Diário Gauche
http://www.diariogauche.blogspot.com/

17 novembro 2009

CONFECOM
















Confecom: um debate inédito

*Por Ivar Pavan

O país finalmente vai dar um passo importante para a consolidação da democracia. Realiza em dezembro um encontro que atende a uma demanda histórica da sociedade brasileira e a uma necessidade urgente para a atualização da regulamentação da comunicação. A Conferência Nacional de Comunicação, realizada desde os municípios e estados brasileiros, compilará a opinião e as necessidades da população sobre o tema que nunca teve a chance de debater.

Quando o presidente Lula se elegeu, esse debate fazia parte de suas propostas, mas as tentativas de tocar neste ponto sensível da sociedade invariavelmente esbarravam em alguns setores da sociedade.

Durante o Fórum Social Mundial, em Belém do Pará, Lula convocou a Conferência. Agora, no mesmo sentido, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul convoca a Conferência Estadual de Comunicação para os dias 17 e 18 de novembro, no Teatro Dante Barone.

O tema da comunicação tem grande relevância no país. Cada brasileiro consome, em média, mais de sete horas por dia assistindo à televisão, ouvindo rádio, navegando na Internet e lendo livros ou periódicos. O cidadão se informa, se educa e passa seu tempo consumindo produtos de comunicação. Analisando sob este viés, é fácil concluir que uma sociedade realmente livre depende de meios de comunicação eficientes e justos.

Na Conferência, devemos focar nossos esforços para garantir a participação da sociedade civil por meio de seus fóruns, na discussão da elaboração da lei geral de comunicação de massa, assegurando a descentralização, a universalização, a democratização e o controle social da comunicação.

Durante a Confecom, serão indicados os delegados - do poder público, setor empresarial e movimentos sociais da categoria - e as teses que representarão o Estado na Conferência Nacional de Comunicação, que ocorrerá entre os dias 1º e 3 de dezembro, em Brasília.

Se por um lado vivemos em uma democracia, com eleições livres por outro, é inegável que a manutenção desta democracia se faz com liberdade e livre acesso às informações de qualidade e com credibilidade. Para que isso aconteça, é imperativo que a sociedade civil tenha participação nas tomadas de decisões e na elaboração das políticas de comunicação. A Conferencia Estadual de Comunicação é o fórum apropriado para esta discussão tão pertinente para nosso Estado e país. Não podemos perder a oportunidade de fazer este debate.

*Ivar Pavan é deputado estadual (PT) e Presidente da Assembleia Legislativa do RS

(Fonte: sítio PTSul)

16 novembro 2009

'Ninho de irregularidades'














Rodoanel paulista: desastre num gigantesco ninho de irregularidades

São Paulo/SP - Obra mais destacada entre aquelas que emolduram as peças de propaganda do Governo José Serra (PSDB), o rodoanel de São Paulo é também um dos maiores alvos de suspeitas e de denúncias de instituições fiscalizadoras como o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público. Para essas instituições, o rodoanel é como um gigantesco ninho de superfaturamento e irregularidades de todo o tipo.

Na noite da última sexta-feira, por conta de uma ou de mais de uma das dezenas de irregularidades já apontadas, três vigas de um viaduto de 680 metros, em construção no trecho sul, desabaram sobre a Rodovia Régis Bittencourt esmagando três veículos e ferindo três pessoas. O Governo Serra aponta como provável causa do desastre alguma falha na construção, no tombamento ou no transporte das vigas. Suspendeu as obras por duas semanas, mas manteve o prazo final para 27 de março – pouco antes da provável renúncia de Serra para disputar a Presidência da República.

A investigação que apontará a(s) causa(s) imediata(s) do acidente foi confiada, pelo governador, ao Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), ao Instituto de Criminalística e à Dersa – que administra e fiscaliza a obra, executada, no lote do trecho sul em que ocorreu o acidente, por um consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Mendes Junior e Carioca Engenharia.

É precisamente sobre as relações da Dersa com as construtoras do rodoanel que recaem as suspeitas e as denúncias já apresentadas pelo TCU e o Ministério Público. Dessas relações já resultou, por exemplo, a assinatura de aditivos de R$ 265 milhões aos contratos originais. O de valor mais alto – R$ 10 milhões – favoreceu presidente as empreiteiras do trecho em que desabaram as vigas de 85 toneladas, 40 metros de comprimento e 2,5 metros de altura.

Em setembro, por exigência do Ministério Público Federal baseada na conclusão de duas auditorias do TCU, a Dersa e os consórcios que constróem o trecho sul assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta comprometendo-se a não celebrar mais nenhum termo aditivo e modificativo. Os aditivos que haviam assinado até então implicavam no pagamento de serviços adicionais e extracontratutais que permitiam acelerar o ritmo das obras, uma vez que o dinheiro servia para embutir serviços não previstos inicialmente.

TCU apontou 79 irregularidades

Como se não lhe bastassem os ajustes frequentes de preços ao longo da execução da obra, o consórcio quis baratear custos e, para isso, alterou materiais e o projeto da obra.

Pelo projeto básico, o consórcio deveria, por exemplo, usar fundações de concreto conhecidas como tubulões para sustentar os vãos livres dos viadutos do trecho sul do rodoanel. Mas os construtores trocaram esse material por duas mil vigas pré-moldadas, mais baratas – como as que desabaram poucas horas depois de instaladas.

A troca de material usado na construção, contudo, foi apenas uma das 79 irregularidades classificadas como “graves” em relatório emitido pelo Tribunal de Contas da União, em 29 de setembro, com base em duas auditorias feitas em 2007 e 2008, nos cinco lotes da obra.

O TCU apontou também o uso de estacas de tamanhos inferiores aos previstos no projeto básico. Os auditores do tribunal constaram ainda que estava prevista a instalação de sete vigas de sustentação a cada vão livre formado pelos novos viadutos. Ao executar a obra, no entanto, o consórcio usou menos vigas do que as previstas, em mais de um lote da obra.

As mudanças ocorridas nos lotes de obras, segundo o TCU, produziram indícios de superfaturamento nas medições dos serviços das empreiteiras, que totalizaram R$ 184 milhões. Ainda segundo o tribunal, foi reduzida a quantidade de material de construção usado na obra, mas os preços repassados ao governo estadual foram mantidos. O sobrepreço identificado nos cinco lotes varia de 29,4% a 111,5%.

O relatório do Tribunal de Contas da União também afirma que as empreiteiras alteraram o método de medição das obras. A medição passou a considerar os avanços físicos da obra, em vez de se basear nas quantidades unitárias, como metros e quilômetros. A mudança inviabilizou a medição quantitativa dos principais serviços, porque impede calcular se os pagamentos feitos refletem o que foi projetado e executado.

O tribunal constatou ainda que a Dersa pagou serviços de escavação de rocha para todos os lotes, até julho, mas apenas num lote o serviço era realizado.
Apesar das objeções feitas pelos auditores, o TCU não recomendou a paralisação da obra ou o bloqueio dos repasses federais – R$ 1,2 bi dos R$ 3,6 bilhões orçados para a construção dos 61 quilômetros do trecho sul.

Um acidente por ano

A queda do último dos 136 viadutos do trecho sul do rodoanel é o terceiro desastre ocorrido, nos últimos três anos, em grandes obras de engenharia executadas em São Paulo.

Em 2007, sete pessoas morreram quando se abriu uma cratera no canteiro de obras do metrô.

Em 2008, desabou um trecho do viaduto em construção do Expresso Tiradentes, antigo fura-fila. (do sítio do PT Nacional)

15 novembro 2009

'Muda OAB'












Entrevista com Leonardo Kauer, candidato à pres. da OAB/RS

Nesta segunda-feira, dia 16/11, ocorrem as eleições para a nova direção da OAB/RS. O advogado Leonardo Kauer (foto) concorre pela chapa 3, tendo como candidata à vice a advogada Mônica Montanari. Segundo consta na apresentação da chapa 3, de oposição, "o Muda OAB é um movimento de advogados e advogadas que se constituiu em 2003, diante da compreensão que tinham em comum de que a Ordem precisava de uma renovação substancial, eis que os grupos políticos que vinham, e ainda vêm se alternando no poder da entidade, em pouco ou nada diferiam". Leia a seguir entrevista com candidato à presidência da OAB/RS, Dr. Leonardo Kauer Zinn, pela chapa 3 - Muda OAB:

Pergunta
- Quem é Leonardo Kauer?

Resposta - Sou um advogado, de 35 anos, casado com a advogada Lúcia Helena, pai de João Pedro e Betina, graduado em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em direitos humanos pela mesma instituição. Milito na advocacia privada nas áreas de direito público.

P - Por que a advocacia?

R - É preciso responder antes "por que o direito?". O direito nos possibilita compreender o mundo, a sociedade em que vivemos. A advocacia é uma profissão que requer sensibilidade, conhecimento, organização e, sobretudo, muita dedicação. É apaixonante porque por meio dela intervimos, de forma qualificada, nessa realidade, para a realização da justiça, e porque isso implica necessariamente assumir uma posição, de onde se fala, em favor de quem se fala.

P - Que dificuldades enfrentaste no início do teu exercício profissional?

R - De uma maneira geral, o bacharel em direito não possui formação que o auxilie a se tornar um empreendedor. Essa é uma carência que deve ser suprida pelas próprias faculdades e pela Ordem, com ações específicas. No meu caso, que não tinha parentes advogados, tive de constituir minha própria clientela, administrar uma estrutura e torna-la produtiva, me posicionar em um mercado extremamente competitivo, ao passo em que a precarização da advocacia ganhava contornos mais e mais acentuados. Não me considero exatamente um desbravador, mas acredito que a OAB poderia, e ainda pode, auxiliar, de fato, na inserção dos novos profissionais no mercado da advocacia.

P - Como surgiu o movimento "Muda OAB"?

R - O movimento "Muda OAB" surgiu em 2003, para mudar a Ordem, a partir da compreensão que a entidade somente poderia cumprir as suas finalidades institucionais – defender as prerrogativas de nosso exercício profissional, bem assim propugnar pela afirmação do Estado Democrático de Direito e os direitos humanos – à medida que o conjunto de advogados e advogadas nela pudesse se expressar e se fazer representar. Isso evidentemente implica uma ruptura com o pensamento autocrático daqueles que têm se alternado na administração da Ordem.

P - Como avalias as últimas gestões da OAB/RS?

R - Sob o ponto de vista da democracia e da pluralidade, que são os pressupostos da transparência e da participação, nada há de novo. Não existe democracia efetiva na OAB ou respeito aos princípios republicanos, ela é meramente formal. É a democracia da República Velha.

P - E a atual gestão?

R - Suponho que seja proba, mas não passo dessa suposição. Não digo tampouco que não o seja. O que ocorre é que, se eu efetivamente não posso controlá-la, seria leviana qualquer afirmação em sentido diverso. Digo, com todas as letras, que não me contento, tão-somente, com balanços, balancetes, prestação de contas informais ou auditorias privadas. Quero um controle cuja legitimidade seja inquestionável.

P - Como assim?

R - O suposto ajuste fiscal e a realização de obras são insuficientes. A grandeza da Ordem, reconhecida na nossa história, não reside em um prédio bonito. Ela está relacionada, sim, as suas finalidades institucionais. Nenhuma obra de maior efeito que seja substitui a democracia, ou tem sentido na sua ausência. Nossa maior obra será abrir a OAB aos advogados e advogadas, para que possam nela se expressar e possam ser orgulhar do seu passado e do seu presente.

Fonte: http://www.mudaoab.com/leonardo.php?categ=A

*Edição e grifos deste blog

14 novembro 2009

Minha Guitarra Suavemente Chora




George Harrison - While My Guitar Gently Weeps

(The Concert for Bangladesh - 1971)

Cesare Battisti













BATTISTI ANUNCIA GREVE DE FOME E ENTREGA SUA VIDA NAS MÃOS DE LULA

O jornalista Celso Lungaretti, editor do blog Náufrago da Utopia, escreve:

Detido em março de 2007 e mantido em prisão ilegal e arbitrária nos últimos dez meses, com o Supremo Tribunal Federal abusivamente ignorando que o Governo brasileiro já lhe concedeu o direito de viver em liberdade no nosso país, o escritor e perseguido político italiano Cesare Battisti não aguentou mais: entrou nesta sexta-feira (13) em greve de fome, na penitenciária da Papuda (DF).

Por meio do senador José Nery (PSOL/PA), Battisti encaminhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva carta em que explica a sua decisão:

"Espero com isso impedir, num último ato de desespero, esta extradição, que para mim equivale a uma pena de morte. Sempre lutei pela vida, mas se é para morrer, eu estou pronto, mas, nunca pela mão dos meus carrascos. Aqui neste país, no Brasil, continuarei a minha luta até o fim, e, embora cansado, jamais vou desistir de lutar pela verdade. A verdade que alguns insistem em não querer ver, e este é o pior dos cegos, aquele que não quer ver".
A mensagem, que já se encontra em mãos do secretário geral da Presidência Luiz Dulci, faz menção ao passado militante de "muitos companheiros que hoje são responsáveis pelos destinos do povo brasileiro". Pois, sendo comprovadamente inocente dos crimes que lhe imputam, Battisti atribui a perseguição encarniçada que a Itália lhe move à tentativa de criminalização dos movimentos sociais que tiveram origem nas primaveras de 1968.

E faz um apelo dramático a Lula:

"Entrego minha vida nas mãos de Vossa Excelência e do Povo Brasileiro".

Chega-se, assim, à etapa que os movimentos de apoio a Battisti tanto temiam e tentaram evitar: a da colocação de sua vida em grave risco.

Pois, não só como partidário de sua causa, mas como jornalista com credibilidade a preservar, afirmo: Cesare irá até o fim. (...)

http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/

Colômbia
















Tragédia colombiana

*Por Frei Betto

A UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) enfrenta um impasse diante da teimosia do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de ampliar a instalação de bases usamericanas no território de seu país. Os demais presidentes estão contra. Preferem preservar a soberania e a independência da América do Sul.

Na reunião de Bariloche, em agosto, o presidente Lula bem argumentou: se desde 1952 as tropas estadunidenses não conseguiram erradicar o narcotráfico na Colômbia, por que agora estariam aptas a fazê-lo?

Funcionam na Colômbia três Estados paralelos: a guerrilha das FARC, o narcotráfico e os grupos paramilitares, criados supostamente para combater os dois primeiros. Desde 1991, cerca de 2.500 sindicalistas foram assassinados naquele país, 500 sob o governo de Uribe. Os paramilitares puxam o gatilho, mas quem os financia são empresas nacionais e transnacionais.

A Coca-Cola sofre processo judicial por ter apelado aos paramilitares para reprimir atividades sindicais, entre 1992 e 2001, que resultaram na morte de sete sindicalistas. A Chiquita Brands, exportadora de banana, admitiu ter financiado o grupo terrorista Autodefesa da Colômbia. A Dyncorp foi acusada de contaminar com substâncias tóxicas lavouras de pequenos agricultores na fronteira entre Colômbia e Equador, visando a erradicação do plantio de coca. Tais fatos têm impedido que o governo dos EUA, empenhado na investigação dessas empresas, realize o grande sonho de Uribe: assinar o tratado de livre comércio entre os dois países.

A empresa Drummond, com sede no Alabama, explora minas de carvão e é acusada de ordenar o assassinato, por mãos de paramilitares, de três dirigentes sindicais. Ela extrai da Colômbia mais de 16 milhões de toneladas de carvão/ano. Seu faturamento anual está calculado em US$ 500 milhões, graças ao trabalho de 3.000 mineiros remunerados a US$ 2,5/hora.

A Justiça de Atlanta acusou a empresa de acobertar os assassinos dos sindicalistas colombianos e condenou a empresa, baseada numa lei de 1789, promulgada para punir ações de pirataria e crimes cometidos fora do território dos EUA. O processo correu sob segredo de Justiça, mas a mídia de Alabama pressionou e, agora, sabe-se que Rafael García, ex-chefe do departamento de informática do DAS (Departamento Administrativo de Segurança), órgão máximo da segurança do Estado colombiano, preso por haver destruído informações sobre os narcotraficantes de seu país, revelou as conexões entre parlamentares e funcionários comprometidos com os paramilitares.

García confessou que pouco antes do assassinato dos sindicalistas presenciou uma reunião entre o presidente da filial colombiana da Drummond e o chefe paramilitar que controlava a região. Viu quando o empresário entregou ao paramilitar US$ 200 mil para assassinar os sindicalistas. Contou ainda que os paramilitares usavam barcos da Drummond para transportar cocaína à Europa e Israel.

Favorecer na Colômbia um terceiro mandato de Uribe é sacramentar a corrupção e a impunidade.

*Frei Betto é escritor, autor de "Cartas da Prisão" (Agir), entre outros livros.

Fonte: Correio da Cidadania

13 novembro 2009

Eleições na OAB/RS













Movimento Muda OAB - Chapa 3

* No próximo dia 16 de novembro, segunda-feira, acontecem as eleições para a nova direção da OAB/RS. O advogado Leonardo Kauer concorre pela chapa 3, tendo como candidata à vice a advogada Mônica Montanari. Segundo consta na apresentação da chapa 3, de oposição, "o Muda OAB é um movimento de advogados e advogadas que se constituiu em 2003, diante da compreensão que tinham em comum de que a Ordem precisava de uma renovação substancial, eis que os grupos políticos que vinham, e ainda vêm se alternando no poder da entidade, em pouco ou nada diferiam".

* A chapa 3 tem meu apoio irrestrito. Além da plataforma e da composição da chapa, que considero da melhor qualidade, o Dr Leonardo Kauer Zinn é um jovem advogado atuante, lúcido, combativo ... e meu amigo e ex-colega da Casa Civil. Trabalhamos juntos durante dois anos, sob a liderança do companheiro Flávio Koutzii, chefe da Casa Civil durante o saudoso governo Olívio Dutra, da Frente Popular, antes de eu integrar a Secretaria Especial do Interior (SEI), criada a partir da Subchefia para Assuntos do Interior da Casa Civil. A SEI foi extinta durante o (nada saudoso) governo Rigotto (PMDB).

***

Advogado Leonardo Kauer, candidato da Chapa 3, envia e-mail ao blog

Grande Julio Garcia!

Que prazer ter notícias tuas e saber que contamos com teu apoio.
Agradeço, em meu nome e em nome dos demais companheiros da chapa, a ajuda (vamos precisar).

Forte abraço

Leonardo Kauer
Cand. à Presidente da OAB/RS
Chapa 3 - Muda OAB

***

*Para quem quiser se informar melhor sobre as propostas, o endereço do sítio da Chapa 3 - Muda OAB é : http://www.mudaoab.com/index.php

12 novembro 2009

Ne Me Quitte Pas




Maysa canta 'Ne Me Quitte Pas', de Jacques Brel

TCE









PT propõe critérios para indicação de conselheiros

Com o direito de indicar quatro dos sete membros do conselho do Tribunal de Contas do Estado, até agora a Assembleia Legislativa não tem critérios claros para nortear a escolha dos nomes. O que tem prevalecido são os lobies de parlamentares aspirantes ao cargo que, diante da abertura de uma vaga, fazem circular abaixo-assinados em apoio ao próprio nome. Nesta quinta-feira (12), o líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, entregou ao presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan, projeto de resolução que estabelece como regra para as indicações do Legislativo o rodízio entre as quatro maiores bancadas da Casa. “Nossa intenção é estabelecer um critério transparente e democrático, que substitua os acordos firmados a portas fechadas”, justificou o deputado.

Não é a primeira vez que o PT tenta tornar o processo de indicação menos opaco. No ano passado, o deputado Raul Pont (PT) protocolou uma Proposta de Emenda Constitucional, reduzindo a representação da Assembleia para dois conselheiros e deixando as outras duas vagas para serem preenchidas por funcionário do quadro do TCE. Sem o apoio da maioria, a proposta não tramitou. “O ideal é o conteúdo da PEC. No entanto, sabemos que, com a atual composição do parlamento, ela não irá prosperar. O que apresentamos hoje não é o melhor, mas é factível e representa um grande avanço em relação à prática em vigor”, assinalou Bohn Gass.

O projeto de resolução apresentado pelo líder petista proíbe que bancadas que já contem com conselheiro no TCE façam nova indicação.

Articulação em andamento

O presidente da Assembleia Legislativa disse que a proposta deverá seguir para a Comissão de Constituição e Justiça e, se aprovada, para o plenário. “Esperamos que seja aprovada. A nova regra tem a similaridade com o rodízio da presidência da Casa, estabelecendo uma ordem sequencial entre as quatro maiores bancada”, analisou.

Com a notícia da aposentadoria do conselheiro João Luiz Vargas, já começou a mobilização em torno da próxima indicação da Assembleia Legislativa. Já circula na Casa abaixo-assinado em apoio ao deputado Marco Peixoto, do PP, partido que já conta com representação no Conselho do TCE. (Por Olga Arnt, do sítio PTSul)

*Grifos deste blog

Decisão equivocada








'O não-voto que condena Battisti'


Deu no blog do Luis Nassif: A decisão do Ministro José Dias Toffoli de não participar do julgamento de Battisti, alegando razões de foro íntimo, é complicada para sua biografia.

Se o voto fosse pela extradição, seria de convicção. Se seu voto fosse pela não-extradição, seu não-voto condena Battisti.E condena exclusivamente porque Toffoli não quis correr um risco pessoal, de meter sua colher em uma questão polêmica.

Confesso não ter opinião sobre Battisti. Sobre Toffoli, temo ter formado opinião.
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/

***

Nota: este blogueiro compartilha da mesma surpresa e decepção do jornalista L. Nassif. (Júlio Garcia)

11 novembro 2009

Blecaute















Descargas elétricas e temporais causaram o blecaute

Brasília/DF - Agência Brasil - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou há pouco que o blecaute que atingiu 18 estados brasileiros na noite de ontem (10) foi provocado por raios, ventos e chuvas concentradas na região de Itaberá, no interior de São Paulo, que provocaram um curto circuito nas linhas de transmissão que partem de Itaipu.

A interrupção teria começado em três circuitos de Itaipu. De acordo com diretor do Operador Nacional no Sistema Elétrico (ONS), Luís Eduardo Barata, a pane acabou provocando o desligamento de mais dois outros circuitos de corrente contínua e de cerca de 15 outras linhas de transmissão como forma de proteger o sistema de transmissão e não danificar equipamentos.

O ministro disse que não há o que fazer para evitar novos apagões porque o que tinha que ser feito, ou seja, o reforço das linhas de transmissão, já foi feito nos últimos nove anos. Ele comparou o blecaute a uma acidente de avião ao dizer que “as máquinas são feitas para serem perfeitas, como o avião, que as vezes cai”.

Em alguns lugares, como Rio de Janeiro e São Paulo, o restabelecimento do fornecimento de energia chegou a demorar seis horas. No entanto, para o ministro Lobão, não houve demora. Ele argumentou que em alguns lugares o restabelecimento ocorreu em 15 minutos e o tempo médio ficou em três horas e meia – período que considerou razoável em comparação com outros blecautes ocorridos no Brasil e em outros países.

Lobão chegou a citar os blecautes ocorridos no leste dos Estados Unidos e no Canadá, em 2003, cujo tempo de restabelecimento chegou a quatro dias. No mesmo ano, segundo o ministro, a Itália chegou a ficar 24 horas sem energia elétrica.

O ministro disse ainda que não acredita que o blecaute tenha causado um clima de insegurança para os empresários e para os investidores estrangeiros em relação ao Brasil. “Não houve isso. Hoje a Bolsa de Valores operou em alta. Nós continuamos crescendo e vamos crescer ainda mais”, disse Lobão.

O ministro acrescentou que não acredita que o blecaute seja usado politicamente pela oposição para minar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Confio no espírito público dos deputados e senadores brasileiros.” (Luciana Lima)

***

Líder do PT diz que não há risco de desabastecimento de energia

Brasília/DF - Em resposta aos pedidos da oposição, que protocolou hoje vários requerimentos cobrando explicações do governo sobre o blecaute ocorrido ontem (10), o líder do PT no Senado, Aloisio Mercadante (SP), afirmou que o país não corre nenhum risco de desabastecimento de energia e que a eficiência do sistema elétrico tem sido superior a 99% nos últimos anos.

“Do ponto de vista da oferta, não existe o risco de falta de energia. Não estou falando para o final deste governo. Não há o risco para os próximos três ou quatro anos. Mesmo o Brasil voltando a crescer, e voltará a crescer mais de 6% no ano que vem, não há nenhum problema de oferta de energia e a interligação do sistema garante o abastecimento do país”, disse Mercadante da tribuna do Senado.

De acordo com o petista, além da construção de usinas no Rio Madeira, houve expansão da estrutura de termoelétrica e das linhas de transmissão. “De 2003 até 2009, implantamos mais de 20 mil quilômetros de linhas de transmissão interligando todo o sistema e permitindo que, no futuro, o sistema interligado proteja a economia”, afirmou acrescentando que foram investidos mais de R$ 21,8 bilhões nessas obras.

Conforme dados apresentados pelo petista, a eficiência no fornecimento de energia no país foi de 99,9%, em 2007, 99,7%, no ano seguinte, e, até ontem, era de 100%, este ano. "Portanto, a interrupção é absolutamente marginal".

Ainda segundo o líder petista, foram investidos outros R$ 7,9 bilhões na instalação de 81,8 mil transformadores para dar sustentação à rede de transmissão. “Melhoramos a interligação do sistema, aumentando a oferta de energia”, acrescentou.

Mercadante também descartou comparações da situação atual à vivida durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. “Ninguém vai ser chamado amanhã cedo a desligar sua televisão, a ter que apagar luz da sua casa e ter que cortar o consumo de energia em 20%”, afirmou, lembrando o racionamento de energia adotado em 2001. (Ivan Richard, Agência Brasil)

'MUDA OAB'













ELEIÇÕES DIRETAS NA OAB

*Por Paulo Torelly

'O Brasil precisa da OAB e a advocacia precisa de uma entidade democrática para bem servir ao país'

Quem será o próximo presidente nacional da OAB? Nem mesmo os advogados brasileiros têm qualquer idéia! É incrível, mas a OAB, num país onde o povo elege diretamente os seus governantes, não possui eleição direta para presidente nacional nem representação proporcional nos seus conselhos. No final deste ano seremos apresentados para o presidente “eleito” por um reduzido número de notáveis profissionais que, após decidirem, buscarão a chancela para o “ungido” no “colégio eleitoral” previsto em lei.

E o que dizer do sistema de partido único que vigora nos conselhos seccionais que dirigem a entidade nos Estados da Federação?! O sistema de proporcionalidade adotado pelos clubes de futebol, onde todas as chapas que disputam as eleições acabam compondo os conselhos com o número de representantes proporcional aos votos recebidos, inexiste na OAB. Quem ganha leva tudo e os demais votos, quase sempre da maioria que escolheu outras propostas e somada supera a chapa vitoriosa, são desprezados. Além dos cinco diretores eleitos para dirigir a entidade em cada Estado, dezenas de conselheiros são eleitos na mesma chapa que irá fiscalizar e aprovar as contas da diretoria correligionária.

Uma limitação da democracia representativa, apontada por especialistas em teoria da democracia, está nos centros invisíveis de decisão (‘arcana imperii’), pois poucos ou mesmo ninguém além dos detentores do poder e de seu círculo de relações sabem qual o sentido e a razão de ser das prioridades e escolhas adotadas. Logo, o importante num processo democrático, mais do que obter vitórias numéricas, reside na possibilidade de participar na definição da agenda de debates. Não há democracia sem respeito pela minoria. A corrupção e os desmandos, que nos deixam prostrados, começam com o abuso do poder econômico nos processos eleitorais, passam pelos “escambos” políticos envolvendo o espaço que deveria ser público e dificultam ou mesmo impedem o envolvimento e o controle do poder pela cidadania. E a OAB, por ser composta por seres humanos e não por anjos, não está infensa a tais mazelas.

É urgente uma reforma institucional da OAB para que a advocacia brasileira possa votar em eleições livres e diretas para escolher o presidente nacional da entidade, bem como para instituir a proporcionalidade nos Conselhos Seccionais e no Conselho Federal. Assim, todos os segmentos de opinião da profissão terão espaço. Será apenas um começo, mas esta é uma pauta que exige perseverança e o fortalecimento de uma consciência democrática. O Brasil precisa da OAB e a advocacia precisa de uma entidade democrática para bem servir ao país.

*Paulo Peretti Torelly
é Advogado, integrante da chapa 3 - 'Mov. Muda OAB/RS'

**Fonte: sítio http://www.mudaoab.com - Edição e grifos deste blog

10 novembro 2009

Pré-Sal








Seminário do Pré-Sal, em Porto Alegre, terá presidente da Petrobras

Os debates sobre o Pré-Sal ganham força no cenário nacional. As votações no Congresso Nacional se iniciarão no próximo dia 10 de novembro. A descoberta das novas jazidas de petróleo e de gás no litoral brasileiro marcará o futuro das próximas gerações de brasileiros. É por esses e outros motivos que o mandato do deputado federal e líder do Governo Lula na Câmara, Henrique Fontana (PT), organiza o Seminário "Pré-Sal e Biocombustíveis – Novos Desafios para o Brasil". O evento será realizado no dia 5 de dezembro, em Porto Alegre, a partir das 9h, no auditório da FETAG Rua Santo Antônio, 121).

Para debater o Pré-Sal estão confirmadas as presenças do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e a do presidente da Petrobras Biocombustíveis, Miguel Rossetto. Para o deputado, "se no passado recente do Brasil precisamos lutar para garantir que ‘O Petróleo é nosso’; se em tempos bem mais recentes o debate nacional em torno da descoberta de reservas bilionárias de petróleo e gás estaria marcado pela possibilidade de um processo de privatização; com o Governo Lula nós podemos ter duas certezas: o Pré-Sal é nosso e os recursos oriundos da sua exploração, produção e comercialização serão investidos no futuro do povo brasileiro".

Henrique Fontana também lembra que "hoje estamos dedicados a outro debate: como garantir a melhor produção de petróleo e gás dessas reservas e como os recursos podem melhorar a vida da população. A descoberta do Pré-Sal, ao lado do investimento em fontes de energia renováveis e da criação da Petrobras Biocombustível, representam grandes conquistas para os brasileiros e novos desafios para o Brasil".

O líder do Governo considera a atividade importante, pois o momento exige responsabilidade política, social, econômica e ambiental. "Convidamos a todos e a todas, para debatermos juntos estes temas no seminário "Pré-Sal e Biocombustíveis – Novos desafios para o Brasil". (Ass. de comunicação deputado federal Henrique Fontana)

*Edição e grifos deste blog

09 novembro 2009

'MUDA OAB'













MANIFESTO PELA DEMOCRACIA NA OAB - MOVIMENTO MUDA OAB – CHAPA 3

No próximo dia 16 de novembro acontecem as eleições para a nova direção da OAB/RS. O advogado Leonardo Kauer concorre pela chapa 3 (foto), tendo como candidata à vice a advogada Mônica Montanari. Segundo consta na apresentação da chapa 3, de oposição, "o Muda OAB é um movimento de advogados e advogadas que se constituiu em 2003, diante da compreensão que tinham em comum de que a Ordem precisava de uma renovação substancial, eis que os grupos políticos que vinham, e ainda vêm se alternando no poder da entidade, em pouco ou nada diferiam". Leia a seguir o Manifesto da chapa Muda OAB:

O Movimento MUDA OAB – Chapa 3 – dirige-se aos colegas advogados e advogadas do Rio Grande do Sul e do Brasil para reiterar o compromisso de lutar pela implantação do DECÁLOGO DA MUDANÇA* e trabalhar pela democratização da Ordem dos Advogados do Brasil.

O Movimento Muda OAB surgiu diante da necessidade sentida pelos colegas de romper com o revezamento entre as duas facções que historicamente administram a OAB/RS e implantar imediatamente tais mudanças.

A evolução civilizatória amalgamou os conceitos de democracia e república. Apreendemos na Faculdade de Direito que a república é uma forma de governo caracterizada na essência pela temporalidade dos mandatos dos governantes e a democracia é um regime de governo caracterizado pelo reconhecimento de que o poder político emana da soberania popular. A idéia de república impõe o exercício temporário e desinteressado do poder e a democracia não existe sem o governo pelo povo.

Tristes tempos em que – mesmo diante da ausência de qualquer instrumento de controle do poder – a autoproclamação da honestidade e da transparência constituem bandeiras de gestão para uma entidade. Mas o que deveria ser pressuposto revela apenas uma atenção maior com a forma e a aparência das coisas, pois ainda hoje, dentre tantas mazelas, somos brindados com a velha prática de EDIÇÕES ESPECIAIS da "Revista da OAB" com dezenas de fotos do candidato oficial nas vésperas da eleição. Mas é apenas mais um dentro de um sistema que gerou e segue gerando dividendos de toda natureza para um seleto grupo de pessoas que se alternam em duas facções de uma mesma autocracia, incluindo "rompimentos" de última hora e mudanças de lado com o propósito de continuar dentro da "máquina". Uma estrutura que gerencia milhões de reais arrecadados compulsoriamente dos advogados e que ignora o sentido republicano de um controle externo de contas.

A ausência de critérios universais para a indicação do quinto constitucional é outro motivo de constrangimento público para a advocacia e contrasta com o silêncio dos dirigentes e correligionários postulantes ao título de magistrados diante das violações diárias das prerrogativas profissionais no Foro e do aviltamento dos honorários profissionais e do mercado de trabalho do advogado.

Todos esses fatos têm uma origem comum: o sistema de partido único que vigora nos conselhos da entidade, onde a Chapa que recebe o maior número de votos na eleição, quase sempre uma fração inferior a maioria da totalidade dos eleitores, administra sozinha os interesses da advocacia. O propósito de exclusão dos advogados e advogadas do quotidiano da entidade fica ainda mais evidente diante do medo do voto direto e do sistema de concílio adotado para a escolha do Presidente Nacional, pois a cada três anos um novo dirigente é apresentado para todos sem ter havido a participação da advocacia na sua escolha.

É manifesta a ausência de identidade com as concepções democráticas de gestão da coisa pública e do ideário republicano, definidoras da própria consciência pública e do bem comum, o que foi construído no curso da experiência histórica brasileira. A OAB vive no espectro da República Velha. A negação dos valores da isonomia, da cidadania, do pluralismo político e da ordem democrática, consagrados na Constituição Federal e no Estado Democrático de Direito, revelam o descompasso da OAB com o conjunto da profissão e dos princípios constitucionais que regem a república.

É URGENTE UMA REFORMA INSTITUCIONAL NA OAB PARA QUE SEJAM IMPLANTADAS ELEIÇÕES DIRETAS PARA PRESIDENTE NACIONAL DA ENTIDADE E PROPORCIONALIDADE ENTRE OS DIVERSOS SEGMENTOS DE OPINIÃO DA PROFISSÃO NA COMPOSIÇÃO DOS CONSELHOS SECCIONAIS E DO CONSELHO FEDERAL.

O Brasil precisa da OAB e a advocacia precisa de uma entidade democrática para zelar pela profissão e bem servir ao país.

Participe! O Movimento MUDA OAB – Chapa 3 – conta com o teu apoio.

VOTE PARA MUDAR! VOTE CHAPA 3: MUDA OAB!

*Carta de princípios do Movimento Muda OAB (Decálogo da Mudança).

Fonte: sítio da Chapa Muda OAB: http://www.mudaoab.com/index.php

(Edição e grifos deste blog)

08 novembro 2009

Poema

















MADRIGAL À CIDADE DE SANTIAGO

Chove em Santiago
meu doce amor.
Camélia branca do ar
brilha sombria ao sol.

Chove em Santiago
na noite escura.
Ervas de prata e de sonho
cobrem a vadia lua.

Olha a chuva pela rua,
queixa de pedra e cristal.
Olha no vento esvaído
sombra e cinza do teu mar.

Sombra e cinza do teu mar
Santiago, longe do sol;
Água da manhã antiga
treme no meu coração.

Federico Garcia Lorca
(Seis Poemas Galegos)

Acenda Meu Fogo




The Doors - Light My Fire

07 novembro 2009

Carta











Carta a um jovem internauta


*Por Frei Betto

Sei que você passa longas horas no computador navegando a bordo de todas as ferramentas disponíveis. Não lhe invejo a adolescência. Na sua idade, eu me iniciava na militância estudantil e injetava utopia na veia. Já tinha lido todo o Monteiro Lobato e me adentrava pelas obras de Jorge Amado guiado pelos "Capitães de areia".

A TV não me atraía e, após o jantar, eu me juntava à turma de rua, entregue às emoções de flertes juvenis ou sentar com meus amigos à mesa de uma lanchonete para falar de Cinema Novo, bossa nova – porque tudo era novo – ou das obras de Jean Paul Sartre.

Sei que a internet é uma imensa janela para o mundo e a história, e costumo parafrasear que o Google é meu pastor, nada me há de faltar...

O que me preocupa em você é a falta de síntese cognitiva. Ao se postar diante do computador, você recebe uma avalanche de informações e imagens, como as lavas de um vulcão se precipitam sobre uma aldeia. Sem clareza do que realmente suscita o seu interesse, você não consegue transformar informação em conhecimento e entretenimento em cultura. Você borboleteia por inúmeros nichos, enquanto sua mente navega à deriva qual bote sem remos jogado ao sabor das ondas.

Quanto tempo você perde percorrendo nichos de conversa fiada? Sim, é bom trocar mensagens com os amigos. Mas, no mínimo, convém ter o que dizer e perguntar. É excitante enveredar-se pelos corredores virtuais de pessoas anônimas acostumadas ao jogo do esconde-esconde. Cuidado! Aquela garota que o fascina com tanto palavreado picante talvez não passe de um velho pedófilo que, acobertado pelo anonimato, se fantasia de beldade.

Desconfie de quem não tem o que fazer, exceto entrincheirar-se horas seguidas na digitação compulsiva à caça de incautos que se deixam ludibriar por mensagens eróticas.

Faça bom uso da internet. Use-a como ferramenta de pesquisa para aprofundar seus estudos; visite os nichos que emitem cultura; conheça a biografia de pessoas que você admira; saiba a história de seu time preferido; veja as incríveis imagens do Universo captadas pelo telescópio Hubble; ouça sinfonias e música pop.

Mas fique alerta à saúde! O uso prolongado do computador pode causar-lhe, nas mãos, lesão por esforço repetitivo (ler) e torná-lo sedentário, obeso, sobretudo se, ao lado do teclado, você mantém uma garrafa de refrigerante e um pacote de batatas fritas...

Cuide sua vista, aumente o corpo das letras, deixe seus olhos se distraírem periodicamente em alguma paisagem que não seja a que o monitor exibe.

E preste atenção: não existe almoço grátis. Não se iluda com a idéia de que o computador lhe custa apenas a taxa de consumo de energia elétrica, as mensalidades do provedor e do acesso à internet. O que mantém em funcionamento esta máquina na qual redijo este artigo é a publicidade. Repare como há anúncios por todos os cantos! São eles que bancam o Google, as notícias, a wikipédia etc. É a poluição consumista mordiscando o nosso inconsciente.

Não se deixe escravizar pelo computador. Não permita que ele roube seu tempo de lazer, de ler um bom livro (de papel, e não virtual), de convivência com a família e os amigos. Submeta-o à sua qualidade de vida. Saiba fazê-lo funcionar apenas em determinadas horas do dia. Vença a compulsão que ele provoca em muitas pessoas.

E não se deixe iludir. Jamais a máquina será mais inteligente que o ser humano. Ela contém milhares de informações, mas nada sabe. Ela é capaz de vencê-lo no xadrez – porque alguém semelhante a você e a mim a programou para jogar. Ela exibe os melhores filmes e nos permite escutar as mais emocionantes músicas, mas nunca se deliciará com o amplo cardápio que nos oferece.

Se você prefere a máquina às pessoas e a usa como refúgio de sua aversão à sociabilidade, trate de procurar um médico. Porque sua auto-estima está lá embaixo e o computador não haverá de encará-lo como se fosse um verme. Ou sua auto-estima atingiu os píncaros e você acredita que não existem pessoas à sua altura, melhor ficar sozinho.

Nas duas hipóteses você está sendo canibalizado pelo computador. E, aos poucos, se transformará num ser meramente virtual. O que não é uma virtude. Antes, é a comprovação de que já sofre de uma doença grave: a síndrome do onanismo eletrônico.

*Frei Betto (foto) é escritor, autor dos livros 'Fidel e a Religião', 'Batismo de Sangue', 'Aquário Negro', entre outras obras.

(Fonte: Correio da Cidadania)

06 novembro 2009

Angie




Angie - Rolling Stones

*Da série 'do baú'

Fracassa acordo em Honduras















Gobierno constitucional declara fracaso en acuerdo de Tegucigalpa

Tegucigalpa/Honduras - Telesur - El presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, declaró fracasado el Acuerdo Tegucigalpa/San José con el que se pretendió poner fin a la crisis política en el país centroamericano, el pronunciamiento se produce luego de la conformación unilateral de un supuesto Gobierno de Unidad y Reconciliación por parte del régimen de facto hondureño.

En declaraciones a la radio local desde la embajada de Brasil en Tegucigalpa, la capital hondureña, Zelaya rechazó que sea Micheletti el que presida el intento de Gobierno de coalición, ya que en su condición de golpista no es reconocido como gobernante de Honduras y su régimen de facto es objeto de sanciones económicas por parte de la comunidad internacional.

"No puede presidir un Gobierno de Unidad y Reconciliación un presidente de facto que nadie lo ha reconocido en el mundo", dijo Zelaya a la radio Globo.

El legítimo jefe de Estado de Honduras emitió estas declaraciones luego de que el representante de su gobierno, Jorge Arturo Reina, anunciara el fracaso del acuerdo.

Reina, en declaraciones a la prensa durante la madrugada de este viernes, luego de vencido el plazo para la creación de la coalición gobernante de conciliación, anunció que el Gobierno constitucional daba por fracasado el acuerdo.

Reina expresó el rechazo del Gobierno constitucional hondureño sobre el anuncio realizado unos minutos antes por Micheletti, quien decretó la conformación del Gobierno de Unidad y Reconciliación, aún cuando el gobernante legítimo de Honduras, Manuel Zelaya, no ha sido restituido en su cargo, otro punto específico contenido en el referido acuerdo.

La conformación unilateral de la coalición conciliadora fue catalogada por Reina como una falta de voluntad del régimen de facto para cumplir con el acuerdo Tegucigalpa/San José, firmado por ambas partes (constitucionales y golpistas) la semana pasada.

"Con esto se manifiesta la falta de voluntad para cumplir la letra y el espíritu del acuerdo, desconociendo la propuesta del plan Arias, las resoluciones de la Organización de Estados Americanos (OEA) y de la Organización de las Naciones Unidas (ONU)", dijo Reina.

"Declaramos fracasado el Acuerdo por el incumplimiento del régimen de facto del compromiso de que en esta fecha debería estar organizado e instalado el Gobierno de Unidad y de reconciliación nacional, el que por Ley debe ser presidido por el presidente electo por el pueblo de Honduras, José Manuel Zelaya Rosales", añadió el representante de Zelaya.

Además leyó un documento de siete puntos, entre los que pidieron impedir que el pueblo de Honduras sea defraudado con la realización de elecciones fraudulentas, en referencia al proceso electoral que los golpistas prevén realizar el próximo 29 de noviembre.

Puntos de documento:

1.- No estamos dispuestos a perder los derechos del pueblo legitimando este golpe de Estado.

2.-No aceptamos que se materialice la sociedad y que el presidente de Honduras se anombrado en las cúpulas de las Fuerzas Armadas.

3.- La democracia es un bien supremo de la sociedad y el único camino para enfrentar los problemas de la tercera economía más pobre de Latinoamérica, por lo que no estamos dispuestos a permitir que se nos robe, con este tipo de trampas, nuestra democracia.

4.- La violación permanente a los derechos humanos, la cancelación de las libertades públicas y la confiscación de medios de comunicación, igual que la situación del presidente electo por el pueblo, rodeado por sus militares en la sede diplomática de Brasil y la persecución política, es la prueba más evidente de la preparación de un gran fraude político-electoral para el 29 de noviembre.

5.- Anunciamos nuestro total desconocimiento en este proceso electoral y a los resultados de los vicios antes mencionados. Elecciones bajo dictadura son un fraude para el pueblo.

6.- Invitar, de manera inmediata, a los cancilleres de la OEA a que se pronuncien sobre lo que acontece en el gobierno legítimamente electo por el pueblo hondureño y continúen la condena y el desconocimiento del régimen de facto.

7.- Agradecemos al pueblo, al apoyo brindado por la comunidad internacional, a la OEA, al secretario Insulza, al ex presidente de Chile, Ricardo Lagos Escobar, a la ministra del Trabajo del Gobierno de Estados Unidos, señora Hilda Solís.

Gobierno constitucional no encubrirá fraude

Además, Reina aseguró que "el gobierno electo por el pueblo no se prestará a encubrir, con apariencias, la ilegalidad profunda que encierra el golpe de Estado y la criminal conducta que se desempeña sobre el pueblo de Honduras y que se prepara como un gran fraude electoral".

Resaltó que el Gobierno de Unidad y Reconciliación debía ser encabezado por Zelaya, quien es el mandatario que los hondureños eligieron, quien fue separado de su cargo a través de un golpe de Estado el pasado 28 de junio.

En ese sentido, aseguró que ese proceso de reconciliación fue parte de una maniobra del régimen de facto, mientras que fue tomado en serio por parte del gobierno constitucional de Zelaya.

"Todo el proceso de reconciliación, al tiempo que era tomado con seriedad profunda por el gobierno del presidente constitucional Manuel Zelaya, era una pantomima de los golpistas", dijo Reina.

Asimismo adelantó que "ahora se hará un examen completo de la situación, para determinar una conducta que lleve a impedir que el pueblo de Honduras sea defraudado con una elecciones fraudulentas, en las cuales creímos que podíamos convenir para que fuesen limpias.

*Fonte: http://www.telesurtv.net/

04 novembro 2009

Coluna C&A



















Crítica & Autocrítica – nº 60

* Meio ambiente gaúcho em alerta! Agora o ataque se concentra na legislação ambiental, e vem através das propostas contidas no PL 154, de autoria do deputado peemedebista Edson Brum. A relatoria do mesmo é do deputado Marquinhos Lang, do Democratas (ex-PFL), e já está na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da AL, com parecer ‘favorável’.

* O professor Paulo Brack, do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), faz gravíssima denúncia sobre a política de extermínio da legislação ambiental e outros crimes ecológicos realizados pelo governo gaúcho, sob a batuta da governadora Yeda Crusius: “O setor ambiental está sofrendo uma pilhagem no Rio Grande do Sul. O Estado, na área ambiental, deveria responder às demandas da sociedade e não apenas as de um grupo de empresas. Os técnicos da área ambiental não conseguem fazer nada e são pressionados a emitir licenças para obras sem estudo de impacto ambiental prévio. O cenário é bizarro e marcado pela truculência.”

*Denuncia ainda o professor que desde o governo Germano Rigotto (2003-2006), a área ambiental do Estado foi loteada entre políticos do PSDB, numa espécie de prêmio de consolação para candidatos que não tinham sido eleitos. Já passaram pela secretaria o deputado estadual Adilson Troca, o ex-chefe da Casa Civil, José Roberto Wenzel e o candidato a deputado não eleito Mauro Sparta. “Cada um deles ficou cerca de um ano na Secretaria, sem nenhuma política consistente. No governo Yeda, a situação se agravou ainda mais”.

*Ressalta Paulo Brack que “em abril de 2007 ocorreu uma intervenção branca na área ambiental do Estado para favorecer as grandes empresas de celulose, rompendo as barreiras do zoneamento que tinha sido elaborado pelos técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A partir daí, o governo decidiu simplesmente afastar qualquer técnico ou administrador que pudesse ser um obstáculo a essa tendência de liberação total de empreendimentos. Em 2008, exemplifica, apenas 0,4% dos pedidos de licenciamento foram recusados. “Isso vai contra toda necessidade de obedecer ao sistema nacional de meio ambiente e suas leis”. (Vide matéria completa postada originalmente no blog RS Urgente, repercutida neste blog em 27/10/09).

* A Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA-RS) lançou uma ação via internet para lotar as caixas de correspondência dos deputados da comissão com mensagens de protesto e indignação contra as mudanças propostas pelo PL 154. (...)

* PED (Processo de Eleições Diretas) do PT será no próximo dia 22. As direções nacional, estaduais e municipais serão, pelo menos em tese, renovadas.

*Aliás, a renovação no partido é mais do que necessária, mas não só das pessoas: sobretudo das políticas e dos métodos utilizados por essas direções, na busca dos valores outrora tão caros aos petistas, como o da solidariedade, da coerência nas alianças, da combatividade e da ética, por exemplo.

* Algüém já disse que o governo (Lula) vai bem, mas o partido ... o partido... tem problemas, e sérios... E isso não é um fenômeno localizado, é quase que geral. Lamentavelmente.

* A bem da verdade, um dos (poucos) avanços que houve no último período, e que inclusive foi saudado por este blogueiro, foi a criação do Código de Ética do PT. Só que muitos dirigentes ainda o ignoram solenemente. Exemplo disso é o acúmulo de cargos nas Direções Executivas Municipais com funções de CCs em alguns municípios onde o PT é governo. Isso é vetado pelo novo Código de Ética Petista. Sem falar em denúncias de outras práticas não muito republicanas que nos tem chegado com preocupante regularidade... não muito diferente dos partidos tradicionais que sempre criticamos.

* Preocupado com essa série de desvios, com o burocratismo e excesso de pragmatismo (e com algumas cositas mas, como por exemplo, com os lamentáveis vetos e boicotes à companheiros históricos que tinham muito à contribuir para qualificar nossos governos, mas que estão sendo solenemente escanteados por aqueles a quem ajudaram a eleger, que preferem governar com os cristãos novos e aliados pouco recomendáveis política e eticamente) e para ajudar a reoxigenar a discussão (interna e externa), é que encaminhei em setembro passado à Direção Estadual, incentivado por um pequeno - mas fiel - grupo de companheiros, meu pedido de inscrição como pré-candidato à deputado estadual pelo PT. À exemplo do que fiz em 1990, quando fui candidato à deputado federal, lançado pela Regional Fronteira Oeste do PT.

* É, talvez neste momento, uma das contribuições políticas mais concretas que posso dar. Mas ainda estou refletindo sobre isso. Então, 'bola pra frente'; como diz a famosa frase de Pompeu: "Navigare necesse; vivere non est necesse", cantada magistralmente por Fernando Pessoa: ‘Navegar é preciso... viver... não é preciso’.

* Semana passada estive conhecendo a sede do Consórcio Sinos, em São Leopoldo, atendendo convite do Secretário Executivo do Consórcio, meu companheiro e amigo Júlio Quadros. Atualmente, preside o Consórcio Sinos (integrado pela maioria dos municípios da região metropolitana) o prefeito de São Leopoldo, Ari Vanazzi (PT).

* Conheço o Júlio de longa data. Tive o prazer de militar com ele desde os anos 90, no Diretório Estadual do PT. E, mais recentemente, durante quatro anos, trabalhamos juntos na CGTEE, que ele presidiu com dedicação e competência, saindo para concorrer à deputado estadual nas últimas eleições.

* Júlio Quadros foi também presidente do PT/RS, em cuja gestão ocorreu a histórica vitória de Olívio Dutra (Frente Popular) para o governo do Estado. É candidatíssimo à deputado estadual nas eleições de 2010. Atualmente, é o 1º suplente da bancada estadual do PT/RS. (...) (Por Júlio Garcia, especial para ‘O Boqueirão’)

*Crítica & Autocrítica - 'coluna eletrônica' que publico (i)regularmente no Blog 'O Boqueirão' - Leia a coluna completa em: http://oboqueirao.zip.net/

03 novembro 2009

Carente...


















Mensagens para FHC

*Por Emir Sader

FHC está carente. Já no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, para tentar, desesperadamente, não perder, Alckmin tinha renegado as privatizações e outras proezas do governo FHC. Agora Roberto Freire quer passar a idéia de que a política econômica de Serra não seria a mesma de FHC. Na mesma linha, sabendo que a inevitável comparação entre os oito anos do governo de FHC com os oito anos do governo Lula, será devastadora para o bloco tucano-demo, Aécio diz que nao será anti-Lula, mas pós-Lula.

Toda essa tentativa de fazer como se o governo FHC não tivesse existido ou que não tivesse nada a ver com os mesmos partidos opositores de hoje, deixa FHC carente.

Mandem uma mensagem para FHC.

A minha é: prepare o balanco do seu governo, para confrontá-lo com o do governo Lula e deixe o povo decidir que futuro quer para o Brasil.

Mandem vocês as mensagens, aqui todo muito diz o que quer. Mandem, ele merece.

*Do Blog do Emir (Ag. Carta Maior - http://www.cartamaior.com.br)

02 novembro 2009

Projeto Pacificar










UniRitter lança Projeto Pacificar - Mediação de Conflitos Fundiários Urbanos

Evento terá conversa com Jacques Távora Alfonsin (foto), membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos.

Originado de edital da Secretaria da Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça, o Projeto Pacificar, voltado ao fomento de práticas de mediação de conflitos no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), corresponde a atividade de extensão interdisciplinar, com atuação conjunta do UniRitter e da Prefeitura Municipal de Canoas, com foco na mediação de conflitos fundiários urbanos. O projeto, que no Centro Universitário é coordenado pela Profª. Larissa Veri Boratti, do Curso de Direito, terá lançamento oficial no dia 4 de novembro, a partir das 10h, no Auditório San Thiago Dantas do campus Canoas do UniRitter.

Para o projeto serão selecionados sete alunos bolsistas para integrar as atividades. Podem participar acadêmicos matriculados regularmente nos Cursos de Direito, Pedagogia e Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Ritter dos Reis, a partir do 2º semestre, que terão dedicação de 20h semanais e que deverão realizar curso de capacitação a ser promovido em breve.

Programação do evento:

10h - Lançamento do Projeto Pacificar – Mediação de conflitos fundiários urbanos
Representantes: UniRitter e Prefeitura Municipal de Canoas

10h30min - Mediação de conflitos fundiários urbanos - Jacques Távora Alfonsin – Procurador de Justiça aposentado e Membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos

11h - Produção de irregularidades urbanas - Professor Luiz Antonio Bolcato Custódio, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do UniRitter

Público-alvo: Acadêmicos dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo, Direito e Pedagogia do UniRitter, a partir do 2º semestre.

Mais informações e inscrições: setor de Atividades Complementares (Sala 100) - campus Canoas ou pelo fone (51) 3464-2025. (Por Andréa Lopes, do sítio do UniRitter)

*Edição e grifos deste blog