16 fevereiro 2009

Venezuela









Hugo Chávez comemora vitória em referendo

Caracas - Da BBC Brasil - Diante de uma multidão de simpatizantes, o presidente da Venezuela Hugo Chávez afirmou, na noite deste domingo, que a vitória no referendo abre caminho para a consolidação de uma revolução socialista no país.

"Hoje começa o terceiro ciclo histórico, de 2009 a 2019 (...). Abrimos a porta do futuro para continuar transitando a caminho da dignidade (...) e esse caminho não tem outro nome: é socialismo", afirmou Hugo Chávez ao dirigir-se a seus simpatizantes na varanda do Palácio de Governo. O local havia sido cercado por uma multidão vestida de vermelho, a cor do chavismo, antes mesmo do anúncio da vitória.
"Os que votaram pelo ‘Sim' votaram pelo socialismo, pela revolução e por Chávez", acrescentou o mandatário. Ele discursou acompanhado das filhas, netos e ministros, em um ato que foi transmitido por cadeia nacional de rádio e televisão.
Chávez, que estava eufórico e afônico, disse que o referendo foi uma grande vitória do povo e da revolução, e que os venezuelanos haviam escrito uma "página memorável na história" do país.
Segundo o primeiro boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 94,2% das urnas apuradas, o "Sim" levou 54,36% dos votos, aprovando a emenda constitucional que coloca um fim ao limite para a reeleição aos cargos públicos.
A medida habilita o presidente venezuelano a candidatar-se a um terceiro mandato presidencial nas eleições de 2012, para as quais ele já se proclamou "pré-candidato".
O presidente parabenizou também a seus opositores pela disputa, e disse que a vitória também era dos que votaram "não", opção que, de acordo com o CNE obteve 45,63% dos votos. A participação, uma das mais altas dos últimos pleitos, foi de 67,05% dos cidadãos com direito a voto.
O presidente venezuelano contou que o primeiro a parabenizá-lo foi o líder cubano Fidel Castro. "Felicidades a você e para seu povo por uma vitória que, por sua magnitude, é impossível de medir", disse Fidel, de acordo com Chávez.(...)
A festa dos chavistas se estendeu durante toda a madrugada, com queima de fogos, caravanas e gritos de "Uh, ah! Chávez, não se vá". (Cláudia Jardim)

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