Eduardo Guimarães* escreve:
A mídia demo-tucana – que, agora, tenta se desvincular de Demóstenes Torres, uma criação sua – vem produzindo distorção revoltante dos fatos ao afirmar que “todos os partidos” estariam envolvidos com Carlinhos Cachoeira. Mentira! Este texto irá provar que comparar a relação dúbia entre um obscuro deputado do PT de Goiás e o bicheiro com as relações íntimas deste com expoentes do PSDB e do DEM, é delinqüência intelectual.
Em 9 de março, a Veja – publicação que mantinha relações íntimas com o criminoso que iam de encontros em restaurantes (etc.) a centenas de ligações telefônicas –, talvez ainda acreditando que aparelhos Nextel habilitados em Miami seriam imperscrutáveis, divulgou, em seu portal na internet, vídeo de 2004 contendo conversa particular entre Cachoeira e o deputado federal pelo PT de Goiás Rubens Otoni que sugere que um ofereceu doação ilegal ao outro.
Isso é tudo, absolutamente tudo o que se tem sobre esse caso além do fato de que, nos anos seguintes, Otoni se transformou em inimigo político de Cachoeira. Apesar de suas palavras ficarem comprometidas após um vídeo em que ele aparece concordando em “não declarar” doação que o bicheiro oferecia, registre-se que alega que desde aquela época (2004) vinha sendo chantageado pelo criminoso justamente por não aceder às suas ofertas.
Seja como for, o vídeo sugere uma relação fortuita, antiga e isolada de um único e obscuro deputado petista com o bicheiro. Pode ter havido, sim, doação ilegal. Mas colocar uma relação como essa, que nem está comprovada, a tudo que há de vasto e comprovado entre Cachoeira e o DEM e o PSDB, é revoltante. (...)
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