Por incrível que pareça – e parece – foi a Globo (e no Jornal Nacional), que deu a notícia mais significativa sobre a repressão aos movimentos de oposição a Michel Temer, embora não inédita.
A infiltração de um capitão do Exército num grupo de jovens, nos quais a Justiça não viu nenhum sinal de preparação para vandalismo foi tema de uma longa matéria, que reproduzo em vídeo ao final do post.
Até agora, além dos blogs que repercutiram a notícia levantada pelo site Ponte.org e aprofundada pelo El País.
Diante de uma questão desta gravidade, os jornais de hoje dão um espaço inacreditável para uma questão que, até agora, fica naquele limbo de informação sobre grupos que a gente vê serem mencionados a toda hora, mas não sabe muito bem quem são ou o que são.
Antonio Prata, na Folha, lá também a ombudsman Paula Cesarino Costa e José Padilha, em o Globo falam do teme e pouco vão além do óbvio: vandalismo é crime.
Mas o que ninguém fala é que vândalos, tirando um ou outro que reage irracionalmente às cada vez mais frequentes violências policiais são – não podem ter outro nome – agentes provocadores que agem para transformar manifestação em conflito.
Estão, voluntária ou como instrumentos de alguém, do lado oposto ao da democracia.
Antonio Prata lembra que os dois que foram responsáveis pela horrível morte do cinegrafista Santiago Andrade foram presos, estão sendo julgados e, espero eu sejam condenados, como devem ser.
Já o Estado, à margem da lei – e ao que se vê, com armações – promover este tipo de ação clandestina é algo que muito menos pode permanecer tratado na base do silêncio.
Nem pela mídia, nem pelas Forças Armadas, cuja natureza não permite, em hipótese alguma, a existência de estruturas de espionagem paralelas às suas cadeias de comando.
Há explicações a dar, e já.
*Via http://www.tijolaco.com.br/
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