14 março 2019

A semente virou árvore: 1 ano após morte, Marielle é símbolo mundial



CartaCapital traça a linha do tempo dos últimos 365 dias – sem a vereadora, mas com infindáveis atos de resistência com seu nome

 

O dia 14 de março de 2018 poderia ser apenas mais uma data no mês que fecha o verão. Naquele dia, na cidade do Rio de janeiro, acontecia o evento “Roda de conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas”, no qual mulheres discutiam sobre projetos na Casa das Pretas, espaço de convivência localizado na Lapa, Centro do Rio.

Entre as ilustres convidadas estava a vereadora Marielle Franco. A integrante do PSOL discursava sobre as dificuldades que mulheres negras enfrentam na sociedade e quais os caminhos para driblar esses obstáculos. “Sou fruto do pré-vestibular comunitário”, disse Marielle ao lembrar de quando, anos atrás, se engajou num cursinho no complexo da Maré, uma das maiores favelas do mundo.

Marielle cursou sociologia e fez mestrado em Administração Pública. Foi assessora do deputado estadual Marcelo Freixo, até que em 2016 se elegeu vereadora da Câmara do Rio de Janeiro com 46.502 votos.

Fim do evento, hora de ir para casa encontrar sua esposa, Mônica Benício, e sua filha, Luyara Franco. Marielle foi para o carro com a assessora Fernanda Chaves encontrar o motorista, Anderson Gomes. Tudo normal, não fosse um carro parado logo atrás do da vereadora. O veículo ficou ali por duas horas, sem desligar os motores.

Os três iniciaram viagem sem perceber que eram seguidos. Na rua Joaquim Palhares, no Estácio, o carro traseiro fez uma emboscada e um sonho se perdeu. Com 14 tiros, Marielle e Anderson morreram no local. Fernanda escapou. (...) 

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