O genocídio do povo negro em nosso país aumenta a cada ano.
É uma verdadeira guerra que atinge em especial os jovens negros das periferias. Já sem perspectiva de um futuro digno (pelas desigualdades na educação, no acesso a serviços público, empregos e salários inferiores) agora é a vida que lhes é negada.
No dia 24 de agosto, o povo negro tomou as ruas das capitais do país e cidades do interior na jornada dos Movimentos Negros contra a Violência policial com atos, manifestações e atividades políticas, organizadas como resposta a uma série de chacinas que ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Estas manifestações levaram às ruas: “fim da violência policial e de estado! Nossas crianças e o povo negro querem viver!” Elas demonstraram a força e unidade que é preciso avançar nesse 20 de novembro, dia da Consciência Negra, em homenagem ao líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, que foi assassinado nesse dia pelas tropas coloniais brasileiras em 1695.
A violência contra o povo negro é secular, porém nos últimos anos a escalada de assassinatos de jovens negros aumentou absurdamente. Segundo o Observatório da Rede de Segurança, a cada quatro horas um negro é assassinado no Brasil (http://observatorioseguranca.com.br/uma-pessoa-negra-e-morta-pela-policia-a-cada-quatro-horas/)
A juventude negra e pobre, principalmente nas periferias e comunidades, continua vivendo uma verdadeira política de genocídio, em uma situação em que você ser preto e jovem coloca a sua vida em risco. E o sistema prisional reflete as consequências da violência policial e um judiciário que escolheu um lado para beneficiar no País.
Segundo o anuário brasileiro de segurança pública, divulgado em julho desse ano, Produzido pelo fórum brasileiro de segurança pública, no Brasil houve 47.508 mortes Violentas intencionais (MVI) e quando se avalia o perfil étnico racial das vítimas, 76,5% dos mortos são negros. Negros são o principal grupo vitimado pela violência Independente da ocorrência registrada, e chegam a 83,1% das vítimas de intervenções Policiais” diz o documento.
A violência não é o único problema que a população negra enfrenta em nossa sociedade. A diferença de salário, de acesso às universidades ou mesmo o direito da titulação das terras quilombolas são questões em aberto e que precisam ser enfrentadas urgentemente.
Diante de todas essas mazelas faz-se necessário unificarmos as lutas pela construção de um Brasil, onde todos possam viver com acesso emprego, educação, saúde e moradia digna.
Neste 20 de novembro estamos na luta:
- Pelo fim da violência contra nossos irmãos negros e negras!
- Pela Desmilitarização das polícias que miram as armas em função da cor da pele!
Neste 20 de novembro também estamos nas ruas em solidariedade:
Aos nossos irmãos do Haiti, país vítima de várias ocupações imperialistas e hoje ameaçado pelo caos deixado por estas ocupações e sob ameaça de uma nova ocupação. Nós dizemos: Defender o Haiti é defender nós mesmos!
Aos nossos irmãos da faixa de Gaza e Cisjordânia, povo vítima, há 75 anos, da ocupação para a criação de um estado promovido pelo imperialismo, e que hoje são vítimas do genocídio perpetrado pelo Estado Sionista de Israel, com o apoio do imperialismo estadunidense: Nós dizemos: Cesar fogo imediato! Fim do bloqueio à Faixa de Gaza!
No Brasil, Haiti e Palestina, a luta é a mesma! Por paz, direito ao futuro com dignidade para todos os povos!
*Fonte: Diálogo e Ação Petista - DAP - (Edição final deste Blog).
Nenhum comentário:
Postar um comentário