01 julho 2024

PLEITO DE 2024 - Jornalistas e ativistas propõem medidas para democratizar comunicação durante as eleições

Documento foi aprovado durante plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação no último domingo (30)

Realizada neste fim de semana, plenária reuniu 36 delegados e 40 observadores - Divulgação FNDC

Combate à desinformação, proteção de dados e fomento às mídias populares e comunicação comunitária são alguns dos itens de um documento aprovado no último domingo (30) pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) com propostas para as eleições municipais deste ano.

O documento “Eleições 2024: a comunicação que queremos”, criado durante uma plenária nacional do movimento, será entregue a todos os candidatos à prefeito e vereador nos 20 estados onde o Fórum se organiza com informações que defendem que todos os municípios implementem o Serviço de Acesso à Informação (previsto na Lei de Acesso à Informação); constituam conselhos municipais de comunicação; adotem softwares livres na administração municipal e construam rigorosos padrões éticos para as tecnologias de vigilância, entre outros pontos.

As reivindicações estão divididas em três eixos: políticas públicas de comunicação democrática para a cidade, comunicação institucional das prefeituras e infraestrutura para a proteção de dados.

Repúdio ao ministro das Comunicações

Criado em 1980 no período da constituinte, o FNDC congrega atualmente cerca de 500 entidades, entre associações, sindicatos, coletivos e ONGs que atuam na área da comunicação.  

A 25ª plenária nacional realizada nos dias 29 e 30 de junho teve a participação de 12 comitês regionais, representados por 36 delegados e 40 observadores.  

Além do documento voltado às eleições, o evento apresentou um relatório do Grupo de Trabalho de Participação Social (GT) na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que prevê a instalação do Sistema Nacional de Participação Social na Comunicação Pública. 

A plenária também aprovou uma moção de repúdio de descontentamento com a permanência do ministro Juscelino Filho à frente da pasta das Comunicações do governo federal.  

“Nossa tarefa é articular a defesa da democracia a partir da luta pela democratização da comunicação. Os debates realizados foram muito ricos e importantes para organizar nossa atuação nos estados”, afirmou o coordenador geral do FNDC, Admirson Ferro Júnior. “A plataforma eleitoral será um instrumento importantíssimo para incentivar o debate nos mais diferentes locais do país”, avaliou. 

*Edição: Nathallia Fonseca - Via Redação do Brasil de Fato

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