09 abril 2017

‘O próximo presidente vai ter imensas dificuldades de governar’, diz Dilma ao defender reforma política



A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) falou na tarde deste sábado (08) durante a Brazil Conference, nos Estados Unidos. O evento é convocado pelas universidades de Harvard e o MIT (Massachussets Institute of Technology). Em sua terceira edição, o evento reúne intelectuais e personalidades brasileiras e internacionais para discutir os principais desafios do Brasil atual. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o ator Wagner Moura e o promotor Deltan Dallagnol também estavam na programação.
Durante a palestra, usando de ironia em muitos momentos,Dilma soube driblar risos e interrupções da plateia. “Eu nunca me recusei a responder nada”, afirmou enquanto recebia perguntas do público. Em um momento, apesar de a organização avisar que o tempo estava acabando, disse: “Eu quero responder uma de corrupção”.
Dilma foi mais direta do que em outras falas públicas recentes e pautou questões como eleições diretas e reforma política, sem evitar citar nomes, como Eduardo Cunha (PMDB). Ela qualificou o ex-deputado que aceitou o pedido de impeachment na Câmara, como uma pessoa “conservadora e extremamente preconceituosa”.
“Tem que ter reforma política, senão é ingovernável. Eu precisei de 20 partidos para aprovar uma legislação que só aprovaria com dois terços. Isso é inviável. A existência e fragmentação dos partidos é péssima, até há pouco vivíamos com necessidade de um centro democrático. Esse centro foi hegemonizado pela direita corrupta no brasil. O senhor Eduardo Cunha passou a ser o responsável por esse centro democrático”, analisou ela. “O centro do velho MDB, de Ulysses Guimarães, foi hegemonizado pela direita mais radical do Brasil. Foi isso que aconteceu. Quando entendemos que foi isso, vemos que o próximo presidente vai ter imensas dificuldades de governar”. (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via Sul21)

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