15 agosto 2009
Poemas
Minha grande ternura
Minha grande ternura
Pelos passarinhos mortos;
Pelas pequeninas aranhas.
Minha grande ternura
Pelas mulheres que foram meninas bonitas
E ficaram mulheres feias;
Pelas mulheres que foram desejáveis
E deixaram de o ser.
Pelas mulheres que me amaram
E que eu não pude amar.
Minha grande ternura
Pelos poemas que
Não consegui realizar.
Minha grande ternura
Pelas amadas que
Envelheceram sem maldade.
Minha grande ternura
Pelas gotas de orvalho que
São o único enfeite de um túmulo.
***
Arte de amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
***
Poema do beco
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
— O que eu vejo é o beco.
(Poemas de Manuel Bandeira)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Olá, Júlio Garcia!
Obrigado pela adesão ao Movimento. Sua sugestão está, de pronto, acatada. Retirarei o trecho a que você se referiu.
Abração!
ps. Há sugestões de banners... Você poderia nos dar mais algumas? Sou meio "atrapaiádo" para essas coisas... rsrsr
Caríssimo companheiro, eu também sou 'meio atrapalhado' com isso!!!
Sugiro que entres em contato com a comp. Cláudia, do Diialógico, ela é expert!!!
Grande abraçao!
kkkkkkkkkkkkk Feito, então! Entrarei em contato com a companheira Cláudia do Dialógico.
Abração e bom domingo!
Postar um comentário