O Datafolha divulgado nesta 6ª feira confirma a consolidação da presidenta Dilma Rousseff em 1º lugar, com 7 pontos na frente da 2ª colocada na disputa presidencial, a candidata do PSB ao Planalto, ex-senadora Marina Silva. Confirma, também, Marina em queda contínua e que o concorrente tucano, senador Aécio Neves (coligação PSDB-DEM) subiu 3 pontos.
Neste Datafolha, a presidenta Dilma lidera com 37% das intenções de voto, seguida por Marina, com 30% e Aécio com 17%.
A pesquisa mostra que Marina, depois de perder pontos entre os segmentos mais ricos do eleitorado perde, também, no Sul e Sudeste do país e na maioria do eleitorado com renda de até 5 salários mínimos.
Registra-se, assim, uma mudança significativa provocada, tudo indica, pelas posições que a candidata Marina defendeu e pela sua maior exposição. Em outras palavras, o que a pesquisa diz é que o eleitor ao conhecer as posições de Marina e a própria candidata muda de voto.
Eleitor toma consciência e muda o voto
Dessa forma, apesar da mídia apresentar as criticas às posições da candidata como ataques dos adversários, e de Marina se fazer de vítima, o que estamos assistindo é mais a tomada de consciência pelo eleitor, via debate e embate entre as candidaturas, das posições de cada um.
A isso soma-se um maior conhecimento do governo e da presidenta Dilma e sua exposição na campanha, o que também tem levado a uma melhora da avaliação de seu governo e a uma queda de sua rejeição.
Note-se aí, também, que dobrou a rejeição a Marina. Explicação para isso? A única plausível é que a candidata ao se mover para a centro-direita também no campo econômico e social perde voto nos dois lados e nos dois extremos do espectro ideológico.
Guinada para a centro-direita e direita assustou
Sua ida para a centro-direita também no campo econômico-social é assustadora Os exemplos são inúmeros: sua aceitação da precarização das relações de trabalho, com a defesa que faz da terceirização; a decisão de não priorizar o pré-sal, de mudar seu conteúdo nacional entregando-o ao capital estrangeiro; sua admissão de que pode mexer com a CLT e a de seu programa, de que podem acabar com a justiça do trabalho; e por aí vai…
Sem contar seus recuos e conservadorismo em questões de gênero, na esfera política, e até para além do comportamental, onde ela é de um conservadorismo exacerbado, de assustar qualquer jovem, e até mesmo político veterano.
Marina perde, assim, votos nos dois extremos do eleitorado. Sem desconsiderar, pelo contrário, a ação e o crescimento da campanha da presidenta Dilma e a participação cada vez maior do ex-presidente Lula no processo.
*Via http://www.zedirceu.com.br/
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