As pesquisas divulgadas nesse meio de semana, realizadas em todo o país pela Instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), e apenas no Rio e São Paulo pelo IBOPE, de maneira geral indicam o óbvio: a candidata do PSB, ex-senadora Marina Silva Marina parou de crescer nas intenções de voto do eleitorado e a presidenta Dilma Rousseff volta a subir gradualmente.
Marina parou de aumentar seus índices na pesquisa porque atingiu seu teto de voto e começa a cair consequência da exposição de seu programa de governo, dos recuos em torno dele, idas e vindas, de suas ideias, das ligações e apoios que fechou e continua recebendo, de suas posições, de sua imagem em tudo oposta à que criou e cultivou até agora, e dos fatos políticos. Fora a atuação dos adversários que passaram a mostrar na campanha no dia a dia e na propaganda eleitoral no rádio e TV a verdadeira Marina e tudo o que a envolve agora.
A presidenta Dilma Rousseff cresce pela exposição dos feitos do seu governo e por suas propostas. Ela se consolida na base eleitoral petista-lulista, o que viabiliza sua passagem para o 2º turno, tudo indica que em primeiro lugar. Seu crescimento em São Paulo e Rio e sua consolidação em Minas Gerais – apontada por outras pesquisas divulgadas no fim de semana – indicam que ela pode vencer no 2º turno, até porque sua candidatura registra crescimento expressivo e maior no Nordeste.
O novo quadro mostrado pelas pesquisas IBOPE nos dois Estados e CNT/MDA nacional deixa claro que entrada da Marina na disputa politizou a campanha. E, mais do que isso, o próprio programa de TV de todos os candidatos mobilizou a militância petista e aumentou a exposição da presidenta e do próprio ex-presidente Lula. É isso o que se tem a dizer aos petistas, aos aliados, à militância e principalmente aos condutores da campanha nessa fase da disputa e diante do demonstrado pelas pesquisas é: mais política e mais Dilma e Lula na corrida presidencial.
O restante vem em consequência – como já está vindo aliás. E vem reforçado pela melhora da avaliação do governo e da própria presidenta, fatores que também alavancaram a relativa estabilidade e subida da presidenta. O mais, o crescimento da campanha dos governadores, senadores e deputados estaduais e federais, e principalmente e entrada da militância na campanha petista são indicativos claros da vitória no dia 27 de outubro.
Pesquisa CNT/MDA
A nova pesquisa CNT/MDA divulgada nesta 3ª feira mostra a presidenta Dilma isolada na liderança no 1º turno e empatada com a ex-senadora Marina no 2º turno. O levantamento revela que ambas cresceram no 1º turno em relação à pesquisa anterior CNT/MDA, divulgada no último dia 27.
Por nesta pesquisa, a presidenta interrompeu uma oscilação negativa e subiu de 34,2% das intenções de voto para 38,1%, no 1º turno. Aí Marina também manteve trajetória ascendente e foi de 28,2% para 33,5% das intenções de voto. O candidato tucano, senador Aécio Neves (coligação PSDB-DEM) ficou de novo em 3º, mas caiu ainda mais, de 16% na CNT/MDA anterior, para 14,7% agora.
No cenário mais provável da disputa no 2º turno, Dilma x Marina, a petista aparece empatada tecnicamente com a ex-ministra. Na pesquisa anterior, de 27 de agosto, a presidenta Dilma tinha 37,8% e nesta subiu para 42,7%. Já Marina passou de 43,7% para 45,5%, oscilação dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Nos outros cenários de 2º turno, a presidenta derrota Aécio por 47,5% a 33,7%. A candidata do PSB também derrotaria Aécio, por 52,2% a 26,7%.
Ao divulgar a pesquisa, o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, adiantou que, em sua avaliação, a propaganda no rádio e TV e a melhora na avaliação de governo ajudaram e foram mesmo fatores decisivos na recuperação da presidenta Dilma. Para o diretor da MDA, Marcelo Souza, o cenário tende a uma estabilidade nas intenções de votos para Marina e, no geral, o número de indecisos e de votos brancos e nulos já é baixo, o que reduz a margem para crescimento dos candidatos sobre esse eleitorado.
A rejeição da presidenta Dilma também caiu e agora é menor que a de Aécio, ao contrário da pesquisa passada. Do contingente total de eleitores, 41,7% dizem não votar na presidenta de jeito nenhum; 43,5% dizem o mesmo em relação a Aécio; e 31% não votam em nenhuma hipótese em Marina.
IBOPE
Pela pesquisa IBOPE divulgada ontem – e relativa apenas aos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro – a presidenta Dilma Rousseff está empatada tecnicamente com Marina Silva no Rio de Janeiro, que abriga 8,5% do eleitorado brasileiro. Em São Paulo, que concentra 22,4% dos eleitores do país, Marina se mantém na liderança sobre a petista e sobre o tucano Aécio Neves.
Em São Paulo, na disputa no 1º turno dia 5 de outubro próximo, o IBOPE aferiu 38% para parta Marina; 25% para a presidenta Dilma e 15% para Aécio. No Rio, na pesquisa também sobre a 1ª etapa da disputa, a presidenta Dilma lidera com 37% das intenções de voto, seguida por Marina com 34% e Aécio com 9%.
*Via http://www.zedirceu.com.br/
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