03 julho 2016

Risco de Temer não completar mandato explica manobras para abafar Lava Jato


Do Viomundo - Michel Temer tem 13% de ótimo e bom na pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira, 1.
É pouco mais que Dilma Rousseff (10%) em março.
53% desaprovam a maneira do interino de governar.
66% não confiam nele.
23% consideram Temer melhor que Dilma, 25% pior.
Talvez isso ajude a explicar a decisão de dar aumento ao Bolsa Família superior ao proposto por Dilma Rousseff: “A região Nordeste se destaca pela menor popularidade do presidente em exercício, Michel Temer. Para 44% dos residentes nessa região o governo está sendo ruim ou péssimo. 72% não confiam no presidente em exercício e 63% desaprovam sua maneira de governar. Nas demais regiões as avaliações são similares. Para 38% dos residentes na região Nordeste, o governo Temer está sendo pior que o governo Dilma. Esse percentual cai para 25% entre os residentes no Norte e Centro-Oeste, 20% no Sudeste e 19% no Sul”.
Temer tenta consolidar o golpe com medidas que contrariam a austeridade prometida ao mercado. O arrocho deve vir se o Senado decidir pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff.
Para manter sua base parlamentar, manobra para salvar o mandato de Eduardo Cunha. Temer teria convencido o PSDB a apoiar Cunha na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, a CCJC. Cunha recorreu à CCJC contra a decisão da Comissão de Ética, que recomendou a cassação de seu mandato.
A CCJC é presidida pelo peemedebista Osmar Serraglio.
O esforço pode se revelar um tiro no pé, diante das prisões de Fábio Cleto e Dilson Bolonha Funaro. O primeiro, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, já entregou o esquema de Eduardo Cunha no FGTS. O doleiro Funaro, que a mídia chama de “corretor”, se fizer delação premiada pode entregar o esquema de tráfego do dinheiro. (...)
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