19 setembro 2010

Mais um factóide desmontado



Ministério da Saúde desmonta mais um factóide de Veja

O Ministério da Saúde divulgou nota neste sábado desmontando mais um factoide da revista Veja a 15 dias das eleições presidenciais. A revista afirma, na edição que começou a circular hoje, que o laboratório multinacional Roche teria pago propina a funcionários da Casa Civil para que o governo brasileiro comprasse estoques de Tamiflu em 2009, ano em que a gripe suína, segundo a OMS, ameaçava se transformar numa pandemia mundial.

Na nota, o Ministério esclarece que: 1. A Roche é a única produtora mundial de Tamiflu; 2. A compra não passou pela Casa Civil; 3. O lote de medicamentos foi adquirido a preços 76,7% abaixo dos de mercado; 4. O volume comprado levou em conta o possível atendimento a pelo menos 10% da população brasileira, conforme cálculos e padrões internacionais para pandemias da gripe influenza.

Leia abaixo a íntegra:

Esclarecimento sobre compra de antiviral fosfato de oseltamivir (Tamiflu)

Negociação foi realizada diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermediários. Preço foi 76,7% mais baixo do que o de mercado

Em relação à compra do antiviral fosfato de oseltamivir (Tamiflu) para o tratamento contra a gripe H1N1, o Ministério da Saúde esclarece que:

* Adquiriu em 2009 quantidade do antiviral suficiente para tratar 14,5 milhões de pessoas contra influenza. O total foi definido a partir de critérios exclusivamente técnicos estabelecidos pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde. As compras foram realizadas diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermediários. Portanto, ao contrário do que afirma reportagem da revista Veja, a Casa Civil não teve interferência neste processo.

* As negociações do Ministério da Saúde com o laboratório produtor para a compra do antiviral resultaram num preço 76,7% mais baixo que o preço de mercado do produto. Os critérios técnicos adotados levaram em conta a previsão de 10% da população brasileira com indicação para o tratamento (o medicamento é indicado para casos graves e pessoas com fatores de risco), o que representaria aproximadamente 20 milhões de pessoas. Este percentual tem com base em modelo matemático do Center for Diseases Control, dos Estados Unidos, que considerou o número de casos graves em outras pandemias de influenza ocorridas historicamente.

* É importante lembrar que, em setembro de 2009, o Brasil chegou a ser criticado por ter estoque para apenas 5% da sua população, enquanto outros países adquiriram medicamentos para atender até 80% de sua população. Seguem exemplos dos estoques internacionais em 2009:

- Reino Unido - estoque suficiente para atender 80% da população; França e Austrália – estoque suficiente para 50% da população;
- Áustria, Japão, Cingapura e Irlanda – estoque para 45% da população;
- Suíça, Kuwait e Noruega - estoque para 40% da população;
- Nova Zelândia, Luxemburgo, Islândia e Catar - estoque para 35% da população;
- Estados Unidos, Holanda, Bélgica, Hong Kong e Macau - estoque para 30% da população.

* O volume adquirido também levou em conta a exigência de recomposição do estoque estratégico do oseltamivir, parcialmente utilizado na primeira onda da pandemia. A manutenção de um estoque nacional para garantir o atendimento da população em uma situação de pandemia mais grave, como a da gripe aviária, que tem letalidade de 70%, está estabelecida no Plano de Preparação Brasileiro para o Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza, elaborado em 2005, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

* Em 2009, foram realizadas sete compras de medicamento de Tamiflu. Um total de 75 milhões de comprimidos de 75 mg, 14 milhões de comprimidos de 45 mg e outros 16 milhões de 30 mg, além de 4 toneladas do medicamento em barril. Isso representa um total de 14,5 milhões de tratamentos (o tratamento para uma pessoa é composto por 10 comprimidos). O valor da compra soma R$ 400 milhões. O preço de cada tratamento saiu, em média, por R$ 28. Cada tratamento adulto saiu por R$ 34, 93. O preço autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) para a venda dos medicamentos de uso adulto nas drogarias privadas é de R$ 150.

* Foram distribuídos aos Estados e DF, entre 2009 e 2010, um total de 4,86 milhões de tratamentos. Além disso, conforme preconizado, o Ministério da Saúde mantém, em sua reserva estratégica nacional, 20 milhões de tratamentos, o suficiente para tratar cerca de 10% da população em caso de nova pandemia.

* Ressalta-se que há apenas um produtor mundial do medicamento. A vacina contra a doença somente surgiu no segundo semestre de 2009 para os países do hemisfério Norte e a sinalização dos laboratórios produtores sobre a disponibilidade do insumo somente foi dada no final do ano. Para os países do Hemisfério Sul, a vacina somente estaria disponível no início deste ano. Ou seja, o medicamento era a única solução indicada contra a doença disponível naquele momento.

Fonte: sítio do PT Nacional

(Edição deste blog)

17 setembro 2010

O 'Vale Tudo' demotucano, PiG & afins








'A Hora dos Rubneis'

VOX POPULI: 78% DOS ELEITORES ESTÃO DEFINIDOS. DILMA, 27 PONTOS À FRENTE DE SERRA
Editorial da Agência Carta Maior - A coalizão demotucana e seu dispositivo midiático atiram-se com sofreguidão em qualquer 'língua negra' que desponte no solo ressequido da semeadura eleitoral demotucana. Como tem anunciado todos os seus colunistas de forma mais ou menos desabrida, às vezes escancarada, a exemplo de Fernando Rodrigues, da Folha, há uma 'encomenda' em licitação aberta no mercado de compras do denuncismo lacerdista: "...é necessário um escândalo de octanagem altíssima (com fotos e vídeos de dinheiro) ...', especificou o jornalista em seu blog do dia 14-09.

Na ausencia de oferta equivalente, usa-se por enquanto o que aparecer. Apareceu um 'empresário' indignado com supostas práticas de lobby, segundo ele, encasteladas na engrenagem da Casa Civil do governo, comandada pela agora ex-ministra Erenice Guerra. A Folha elevou-o à condição de paladino da honestidade. Esponjou-se no material pegajoso derramado da obscura tubulação.

Claro, há o Manual de Redação, sobretudo as aparências de uma redação. Muito lateralmente, então, informa-se na 'reportagem-derruba Dilma' que a fonte da indignação cívica que adiciona um novo tempero à mesmice do cardápio diário apregoado pelos Frias inclui em sua folha corrida o envolvimento comprovado com roubo de carga, falsificação de 'notas de cinquenta reais e crime de coação, não detalhado.

Há pouco tempo e espaço para detalhes. Nem o mínimo cuidado com a averiguação de valores se observa.O escroque que já cumpriu pena de 10 meses de cadeia, lambuzou a Folha com cifras suculentas e isso era o bastante: a negociata envolveria a 'facilitação' para um empréstimo de R$ 9 bilhões junto ao BNDES , desde que em contrapartida fossem desviados quase R$ 500 milhões a intermediários de uma cadeia supostamente iniciada com parentes ou subalternos da ministra Erenice Guerra para desembocar em caixas de campanha de candidatos do governo.

Se a sofreguidão da Folha fosse menor, o jornalista, quem sabe seu editor, quiça o próprio diretor do jornal teriam tido a cautela de verificar a existência no BNDES de projeto e valores mencionados, já que o acepipe oferecido pelo ladrão de carga de tempero remetia à liberação de financiamento barrado na instituição.

Se tal fosse a prática, o leitor teria a oportunidade de saber, em primeiro lugar, que os valores relatados são absurdos (equivalem a meia usina de Belo Monte para fornecer 6% da energia que ela prevê); ademais, há discrepância de cifras entre o relato do meliante e o projeto que deu entrada no BNDES, cujo corpo técnico jamais o aprovaria.

Diz a nota do banco divulgada 5º feira,"[o referido projeto]...foi encaminhado por meio de carta-consulta, solicitando R$ 2,25 bilhões (e não R$ 9 bilhões como afirma a reportagem) para a construção de um parque de energia solar. O BNDES considerou que o montante solicitado era incompatível com o porte da referida empresa. Vetou a solicitação. Naturalmente, isso comprometeria um pouco a 'octanagem' da manchete de seis colunas com duas linhas bombásticas saídas da sinergia estabelecida entre a Folha e um ladrão de carga de condimento.

Não há tempo para minúcias. Restam apenas duas capas de VEJA para detonar a vantagem de Dilma e tentar uma sobrevida que leve Serra ao 2º turno. Essa é a lógica do que vem por aí. A esposa do candidato, Monica Serra, já diz em campanha de rua que "ela [Dilma] quer matar as criancinhas".

Nas redações circulam rumores de que o comando demotucano estaria interessado em depoimentos de parentes de militares mortos em confrontos com grupos da esquerda armada, nos anos 70. Em especial se houver, ao menos, leve insinuação de suposto comprometimento de Dilma Rousseff.

http://www.cartamaior.com.br

PiG: Partido da Imprensa Golpista

(Edição deste blog)

Unidade Popular pelo Rio Grande

Hoje é dia de Esquina Democrática!

Hoje é dia de Esquina Democrática. A Unidade Popular pelo Rio Grande vai ocupar este tradicional espaço do centro de Porto Alegre para distribuir materiais e conversar com as pessoas. Os candidatos ao Senado Paulo Paim e Abgail Pereira passarão pelo local. Pegue a sua bandeira e apareça!

Confira a agenda desta sexta-feira aqui.

Fonte: site do PT/RS

16 setembro 2010

Dois pesos, duas medidas...

Ah, se o teu nome fosse Erenice!

A quem interessa tornar Carta Capital invisível?

Leandro Fortes escreve:

Desde o fim de semana passado, tenho recebido uma dezena de e-mails por dia que, invariavelmente, me perguntam sobre a razão de ninguém repercutir, na chamada “grande imprensa”, a matéria da CartaCapital sobre a monumental quebra de sigilo bancário promovida, em 2001, pela empresa Decidir.com, das sócias Verônica Serra (filha de José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República) e Verônica Dantas (irmã de Daniel Dantas, banqueiro condenado por subornar um delegado federal). Juntas, as Verônicas quebraram o sigilo bancário de estimados 60 milhões de correntistas brasileiros graças a um acordo obscuro fechado, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, sob os auspícios do Banco Central. Nada foi feito, desde então, para se apurar esse fato gravíssimo, apesar de o então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), ter oficiado o BC a respeito. Nada, nenhuma providência. Impunidade total.

Temer, atualmente, é candidato da vice na chapa da petista Dilma Rousseff, candidata do mesmo governo que, nos últimos dias, mobilizou o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República para investigar uma outra denúncia, feita contra a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, publicada na revista Veja no mesmíssimo dia em que a Carta trazia a incrível história das Verônicas e a quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

Justíssima a preocupação do governo em responder à denúncia da Veja, até porque faz parte da rotina do Planalto fazer isso toda semana, desde 1º de janeiro de 2003. É quase um vício, por assim dizer. Mas por que não se moveu uma palha para se investigar as responsabilidades sobre, provavelmente, a maior quebra de sigilo do mundo ocorrida, vejam vocês, no Brasil de FHC? Que a mídia hegemônica não repercuta o caso é, para nós, da Carta, uma piada velha. Os muitos amigos que tenho em diversos veículos de comunicação Brasil afora me contam, entre constrangidos e divertidos, que é, simplesmente, proibido citar o nome da revista em qualquer um dos noticiários, assim como levantar a possibilidade, nas reuniões de pauta, de se repercutir quaisquer notícias publicadas no semanário do incontrolável Mino Carta. Então, vivemos essa situação surreal em que as matérias da CartaCapital têm enorme repercussão na internet e na blogosfera – onde a velha mídia, por sinal, é tratada como uma entidade golpista –, mas inexistem como notícias repercutíveis, definitivamente (e felizmente) excluídas do roteirinho Veja na sexta, Jornal Nacional no sábado e o resto de domingo a domingo, como se faz agora no caso de Erenice Guerra e a propina de 5 milhões de reais que, desaparecida do noticiário, pela impossibilidade de ser provada, transmutou-se num escândalo tardio de nepotismo.

Enquanto o governo mete-se em mais uma guerra de informações com a Veja e seus veículos co-irmãos, nem uma palha foi mexida para se averiguar a história das Verônicas S. e D., metidas que estão numa cabeludíssima denúncia de quebra de sigilo bancário, justamente quando uma delas, a filha de Serra, posava de vítima de quebra de sigilo fiscal por funcionários da Receita acusados de estar a serviço da campanha de Dilma Rousseff. Nem o Ministério da Justiça, nem a Polícia Federal, nem a CGU, nem Banco Central tomaram qualquer providência a respeito. Nenhum líder governista no Congresso deu as caras para convocar os suspeitos de terem facilitado a vida das Verônicas – os tucanos Pedro Malan e Armínio Fraga, por exemplo. Nada, nada.

Então, quando me perguntam o porquê de não haver repercussão das matérias da CartaCapital na velha mídia, eu respondo com facilidade: é proibido. Ponto final. Agora, se me perguntarem por que o governo, aliás, sistematicamente acusado de ter na Carta um veículo de apoio servil, não faz nada para apurar a história da quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros, eu digo: não faço a menor idéia.

Talvez fosse melhor vocês mandarem e-mails para o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a CGU e o Banco Central.

Fonte: http://brasiliaeuvi.wordpress.com/

'Atitude correta'




Dilma: 'A ministra Erenice tomou a atitude mais correta'


Após uma série de acusações e denúncias feitas por setores da imprensa, a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu demissão na manhã de hoje para se defender. No Rio de Janeiro, a candidata Dilma Rousseff disse que considerou acertada a decisão de Erenice deixar o governo.

“Considero que a ministra Erenice tomou a atitude mais correta", disse a candidata, ao ser questionada sobre a saída da ministra. "Como o caso exige investigações, é sempre bom que a autoridade se afaste para garantir e assegurar que a investigação transcorra da melhor forma possível.”

Dilma voltou a afirmar que não há motivos para envolver sua campanha no caso, já que não existem quaisquer provas para isso. “É importante no Brasil que a gente não perca a referência das conquistas da civilização. Tem que provar que você fez e não você provar que não fez”, argumentou.

A candidata salientou que se as reportagens publicadas sobre o caso na imprensa forem verdadeiras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) agiu de forma correta ao rejeitar a proposta em questão.

BNDES agiu bem

“Eu tomei conhecimento desse caso pelos jornais. Se é verdade o que os jornais dizem ele exige rigorosa investigação. Agora, se é verdade também o que o jornal diz do projeto apresentado, eu queria fazer dois comentários: esse projeto de R$ 9 bilhões, para [geração de] 600 MW, seria o projeto de energia mais caro do Brasil. E se o BNDES o recusou fez muito bem".

Dilma acrescentou: "Tem outro dado que é importante vocês lembrarem. Eu não tenho conhecimento de o BNDES ter contratado nenhum projeto que não tenha garantia de contrato de venda em leilão. Então, essa história me parece aquela história de compra e venda de terreno na lua. Me parece isso”, alertou.

Fonte: Dilma na Web

(Edição e grifos deste blog)

15 setembro 2010

'Vale tudo'


Serra parte para a ignorância na campanha


José Dirceu escreve:
Definitivamente a oposição resolveu partir do vale tudo em que já estava na campanha para a ignorância como se diz popularmente. O ex-presidente Fernando Henrique, apesar de sua condição de ex-chefe de Estado, compara o presidente Lula a Benito Mussolini, ditador chefe do fascismo na Itália; o ex-presidente nacional do PFL e ex-senador Jorge Bornhausen (SC) diz que o presidente da República bebeu ao criticar o DEM; e alguns líderes deste partido associam o presidente aos nazistas.

O ex-presidente FHC perde totalmente o sentido do real ao dizer que o presidente Lula é chefe de facção. Ousa dizer isto, pasmem, apesar do apoio e aprovação de 80% do povo ao governo e ao próprio Lula. E de nossa candidata, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) estar chegando à casa dos 60% de votos na disputa presidencial.

O candidato tucano a presidente José Serra (PSDB-DEM-PPS) usa qualquer tipo de baixaria em seu programa e entrevistas na televisão. No outro lado da telinha, Serra continua perdido. Basta ver seus programas. Agora promete tudo: salário mínimo de R$ 600,00 com um custo de R$ 17 bi para o país; asfaltar a Transamazônica; uma ou diversas promessas em cada Estado que visita; várias - e até tudo - para cada região.

Enquanto isso, até a mulher de Serra, Mônica, entra na campanha acusando nossa candidata de matar criancinhas. Espantoso, inacreditável? Mas é o que aconteceu. A candidata a 1ª dama passou a tarde, ontem, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. E, conforme registra a Agência Estado, "partiu para o ataque à adversária (Dilma) do marido".

Ao vendedor ambulante e evangélico Edgar da Silva, que lhe disse ser eleitor de Dilma, Mônica Serra afirmou que a petista é a favor do aborto. “Ela é a favor de matar as criancinhas”, disse.

É assustador, porque nem às forças mais reacionárias da direita pré e pós golpe militar de 64, que agitavam o fantasma de que "comunista come criancinha", ocorreu dizer as coisas assim, tão sem tato político, tão escancaradamente. Os tucanos paulistas perderam as rendas dos punhos e revelam agora sua verdadeira face: autoritária, truculenta e reacionária. Fazem uma campanha de dar dó.

A nós resta fazer campanha, ir para as ruas, ocupar as praças, fazer caminhadas e carreatas. Agora. Já, uma vez que a campanha praticamente acabou. Só tem mais 15 dias. Resta-nos organizar a última semana para visitas de casa em casa. Preparar a ofensiva final para vencer no 1º turno e eleger a maioria na Câmara e no Senado, além do maior número de governadores.

Já a Serra não resta nada a não ser fabricar factóides, escândalos e baixarias. A cada dia que passa está mais sem campanha nos Estados, sem palanques, sem apoio dos candidatos a deputado, a senador e a governador de seu próprio partido.

Serra está abandonado pelos aliados e pelos governadores tucanos atuais. Tenho visitado Estados e não há material - nem gente - dele nas ruas, carros, casas, em nenhuma cidade, enfim. Se é que existiu algum dia. Sua campanha inexiste hoje fora da mídia e do horário eleitoral. Seus, porque nas redes eleitorais estaduais seus aliados nunca o colocaram na campanha.

Sem aceitar provocações e sem nos igualar aos tucanos vamos vencer as eleições na política e no debate, com apoio da maioria do nosso povo.

*José Dirceu foi líder estudantil na resistência à ditadura militar; preso político; exilado e perseguido político pela ditadura; deputado federal pelo PT/SP e ministro Chefe da Casa Civil no 1º Governo Lula.

Fonte: http://www.zedirceu.com.br

Imprensa








Mídia Livre: Blogueiros buscam maior representação no Estado

Porto Alegre/RS - Jornalistas, blogueiros, tuiteiros e demais profissionais da imprensa livre voltaram a se reunir nesta última terça-feira (14.09), durante almoço em restaurante da Capital, para mais um bate papo sobre mídia e eleições.

O sétimo encontro organizado pela Executiva Municipal do PT da capital – que angaria novos adeptos a cada reunião - ocorreu no Variettá Bistrô, no Rua da Praia Shopping, e reuniu mais de 30 profissionais. A novidade desta edição ficou por conta da decisão de organizar um encontro estadual de blogueiros, além da criação de uma Associação de profissionais da imprensa livre.

“Esta na hora de darmos um passo a diante e construir uma Associação no sentido de ter uma representação maior. A democracia brasileira precisa de maior diversidade informativa e de amplo direito à comunicação”, disse o presidente municipal do PT, vereador Adeli Sell. Para que isso se torne realidade, acrescenta Adeli, é necessário modificar a lógica que impera no setor e que privilegia os interesses dos grandes grupos econômicos.

Na avaliação dos participantes, não é mais possível aceitar que, numa sociedade que se almeja democrática, apenas as idéias e informações ligadas aos interesses políticos e econômicos de pequenos grupos tenham expressão pública. Tal cenário nega o direito de todas e todos a ter acesso ao contraditório, violando o direito à informação dos cidadãos.

“Um Estado democrático deve assegurar que os mais distintos pontos de vista tenham expressão pública. No Brasil, menos de uma dezena de famílias controla a quase totalidade dos meios de comunicação, numa prática explícita de monopólios e oligopólios”, avaliou a Secretária de Comunicação do PT-POA, Michele Sandri.

*Com Tatiana Feldens – Asscom PT-POA

14 setembro 2010

'Dilma Boy' em Porto Alegre












'Dilma Boy' participou de evento sobre internet e eleições

Porto Alegre/RS - No final da tarde de sábado rolou um encontro de blogueiros, tuiteiros e defensores do software livre com o Dilma Boy no comitê do candidato a deputado federal Paulo Ferreira (PT/RS). Em clima de descontração, Paulo Reis, mais conhecido como Dilma Boy, comandou o bate papo sobre eleições na internet e o vídeo que ele fez e virou febre na rede (veja abaixo).

Paulo Reis, goiano de 25 anos, estuda publicidade e leva uma vida corrida. Durante a semana ele trabalha de manhã e de tarde e de noite ele freqüenta as aulas da faculdade de publicidade Objetivo de Rio Verde (GO). O tempo livre, que já era escasso, agora é mais raro ainda. Além de trabalho e aulas, ele tem que conciliar a monografia (se forma em novembro deste ano) com os pedidos de entrevistas que recebe e as palestras que ele ministra pelo país. Mas Paulo não reclama. Diz que está muito contente com o sucesso do vídeo e que já tem outro em mente e que deverá ser postado antes das eleições.

Quando questionado sobre a “receita” para um vídeo de sucesso, ele diz que não existe uma fórmula pronta, mas que os virais de sucesso costumam contar com alguns elementos em comum. São eles: espontaneidade na hora da realização, ser protagonizado por um homem adulto, ter câmera fixa e ser gravado em local fechado.

Baseado nesses dados, Paulo realizou o vídeo em uma única tomada e não existiu a figura do diretor no trabalho. As filmagens aconteceram no interior de seu quarto e foram rápidas. Segundo Paulo, não ultrapassaram 40 minutos. O Filme foi realizado em uma única tomada, e o trabalho de edição foi o menor possível: “Não quis fazer um filme recortado. Eu queria algo o mais espontâneo possível”, afirmou o estudante.

E de onde veio a idéia de fazer um vídeo de cunho político parodiando a estrela pop Lady Gaga?

“Na faculdade de publicidade nos ensinam que quando a gente tem uma idéia, devemos anotar e alimentá-la. Foi isso que eu fiz. Eu estava em um churrasco com a família no final de semana e ouvíamos a música Telephone, da Lady Gaga. Então tive uma idéia de fazer uma paródia com a música por ela ser muito conhecida. E a primeira coisa que me veio à mente foi a “Sorry Serra”. Anotei a frase e a partir daí fui compondo a música. Fiz a letra aos pouquinhos. Levei 2 finais de semana para terminá-la e duas semanas para finalizar o vídeo”, conta o rapaz. Ele diz que no projeto neste trabalho uniu duas paixões: política e internet.

Quanto ao uso da internet nas eleições, o palestrante e público do evento concordaram que este ano está sendo apenas uma espécie de laboratório, mas que nas próximas eleições a internet deve ser ferramenta amplamente utilizada para discutir política e fazer propaganda para os candidatos. Os participantes também enfatizaram a importância da rede como agende de democratização. Ela proporciona maior acesso às informações (antes controladas pelos meios de comunicação) e possui um grande poder de mobilização de massas. É o online mobilizando as pessoas para atividades offline.



*Por Paula Letícia Nunes, Asscom PT-POA - Foto: Blog do Paulo Ferreira 1351

Edição e grifos deste blog

Solidariedade ao Jornal Já!

Foto: Tatiana Feldens - Asscom PT-POA
Foto: Elmar Bones, jornalista e proprietário do Jornal JÁ

Movimento 'Resistência JÁ' luta pelo direito à informação

Foi deflagrado na manhã deste último sábado o movimento “Resistência JÁ”, em alusão à ação movida pela família do ex-governador Germano Rigotto, agora candidato ao Senado pelo PMDB do Rio Grande do Sul e supostamente alheio ao processo aberto em 2001 por sua mãe, dona Julieta, contra o Jornal JÁ, de Porto Alegre.

Segundo Elmar Bones, jornalista e proprietário da publicação, “o processo não é contra o jornal ou contra o Elmar, mas contra toda uma escola de jornalismo”. Ele admite a resistência para evitar que aconteça com o JÁ o que aconteceu com o Coojornal no passado que, por pressões do Serviço de Informações do Exército (SIEX), durante o governo do general Ernesto Geisel, acabou fechando.

“Me recusei a pagar porque a matéria foi absolvida em outros processos. Isso seria uma confissão de culpa, e não fiz nada errado. Pelo contrário. Produzimos uma reportagem bem feita, correta e de interesse público, que ganhou os maiores prêmios. Como posso aceitar pagar por isso?”, indaga-se. “Seria contra a minha própria profissão”, emenda.

Sem condições de sobrevivência pela retirada dos anúncios, Elmar acredita que o jornal ficou queimado na praça, afinal, perdeu um processo para a mãe de um ex-governador. “Estamos sofrendo um efeito político colateral muito grande”, resume, pois o governo é o maior anunciante dos veículos de comuncação. “Nosso problema hoje é fazer o jornal se reabilitar perante os anunciantes”.

A idéia, a partir deste primeiro encontro - realizado na sede da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) - é executar uma série de atividades que tratem do direito à informação.

Apoio
“Somos culpados porque não discutimos a imprensa. Aos poucos estamos tendo mais coragem para debater. Mas precisamos de mais ênfase”. Ercy Pereira Torma, presidente da ARI.

“Esse processo é contra o exercício da profissão e não contra o JÁ”. Adroaldo Correa, jornalista.

“Estão querendo massacrar a informação de cima para baixo. Quero ter o direito de ir na banca e escolher o que quero ler”. Marcia Camarano, diretora de Comunicação do Sindsep.

“O judiciário se ajoelha perante à grande mídia. A questão aqui não é contra o jornalista, mas contra a informação”. Vania Barbosa, diretora aposentada da Escola do Legislativo da AL-RS.

Entenda o caso
A família Rigotto atacou em duas frentes, indignada com uma reportagem de quatro páginas, publicada em maio daquele ano num pequeno mensário (tiragem de 5 mil exemplares) de Porto Alegre, o JÁ, que jogava luzes sobre a maior fraude da história gaúcha e repercutia o envolvimento de Lindomar Rigotto, filho de Julieta e irmão de Germano.

Uma ação, cível, cobrava indenização da editora por dano moral. A outra, por injúria, calúnia e difamação, punia o editor do JÁ e autor da reportagem, Elmar Bones da Costa, hoje com 66 anos. O jornalista foi absolvido em todas as instâncias, apesar dos recursos da família Rigotto, e o processo pelo Código Penal foi arquivado. Mas, em 2003, Elmar Bones, jornalista e dono do jornal, acabou sendo condenado na área cível ao pagamento de uma indenização de R$ 17 mil.

Em agosto de 2005 a Justiça determinou a penhora dos bens da empresa. O ofereceu o seu acervo de livros, cerca de 15 mil exemplares, mas o juiz não aceitou. Em agosto de 2009, quando a pena ascendera a quase R$ 55 mil, a Justiça nomeou um perito para bloquear 20% da receita bruta de um jornal comunitário quase moribundo, sem anúncios e reduzido a uma redação virtual que um dia teve 22 jornalistas e hoje se resume a dois – Bones e Patrícia Marini, sua companheira. Cinco meses depois, o perito foi embora com os bolsos vazios, penalizado diante da flagrante indigência financeira da editora.

Até que, no mês passado, no maldito agosto de 2010, a família de Germano Rigotto saboreou mais um giro no inacreditável garrote judicial que asfixia o jornal e seu editor desde o início do Século 21: o juiz Roberto Carvalho Fraga, da 15ª Vara Cível de Porto Alegre, autorizou o bloqueio on-line das contas bancárias pessoais de Elmar Bones e seu sócio minoritário, o também jornalista Kenny Braga.

Assim, depois do cerco judicial que está matando a editora, a família Rigotto assume o risco deliberado de submeter dois dos jornalistas mais conhecidos do Rio Grande ao vexame da inanição, privados dos recursos essenciais à subsistência de qualquer ser humano.

*Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA, com informações de Luiz Claudio Cunha, do Observatório da Imprensa

Grifos deste blog

12 setembro 2010

TARSO em Santiago (III)













Tarso: Estado será protagonista nas reformas Política e Tributária

Santiago/RS - No terceiro dia de viagem pelas regiões Noroeste e Central, o candidato da Unidade Popular Pelo Rio Grande ressaltou, na última quinta-feira, que o Estado precisa ser mais ativo nos debates sobre reforma Política e reforma Tributária. Tarso Genro destacou que nos últimos anos o Rio Grande do Sul perdeu protagonismo nas discussões dos temas centrais do país, em função de disputas internas que atrapalharam o crescimento econômico e social do Estado.

“Estamos formando um novo bloco político e dirigente. Vamos governar com olhos na inclusão social, inclusão educacional, na agricultura familiar e na agropecuária, mas também faremos com que o Rio Grande volte a ser protagonista no cenário nacional e global. Queremos o Estado na linha de frente no debate sobre reforma política e tributária. Com o nosso esforço podemos acabar com essa guerra fiscal que atrapalha diversos setores da economia gaúcha”, ressaltou o candidato durante ato em São Luiz Gonzaga.

Tarso também participou de uma carreata e de um almoço com centenas de apoiadores em Santiago, onde voltou a defender o fortalecimento da produção agrícola, a revitalização da UERGS e o aumento dos investimentos em Segurança Pública e a implantação do Pronasci em todo o Rio Grande do Sul.

Causou estranheza e descontentamento geral o silêncio (ou boicote?) de setores da mídia local que recusaram-se terminantemente a divulgar a agenda do candidato petista e cobrir as atividades programadas pela Coordenação de Campanha da UP. Mas isso não impediu o sucesso do evento, que surpreendeu positivamente inclusive os organizadores. Após o almoço, acompanhado de centenas de militantes e simpatizantes da Unidade Popular, o candidato ainda realizou uma animada caminhada pelas principais ruas do centro da cidade. Tarso lembrou da relação de afeto que tem com Santiago. “Aqui sempre reecontro amigos e parentes que foram importantes na minha formação”. O pai do candidato, Adelmo Genro, nasceu em Santiago, onde residem também vários de seus familiares e amigos.

Ao encerrar a caminhada em Santiago, Tarso fez um breve discurso aos militantes (foto acima), concitando-os a redobrarem os esforços para 'consolidar a grande vitória que se anuncia em 3 de Outubro,' tanto para o governo federal, quanto para o estadual, já no primeiro turno. Após, Tarso Genro, Abgail Pereira (candidata ao senado juntamente com o senador Paim*) e comitiva deslocaram-se para Ijuí, dando continuidade à agenda de campanha.

*****
*O Senador Paulo Paim foi representando no Ato Político realizado em Santiago por este blogueiro, que integra sua Coordenação de Campanha no RS, presidida pelo ver. portoalegrense Adeli Sell. (JG)

**Informações com o site do PT/RS

***Edição e grifos deste blog. (Por problemas 'técnicos e operacionais' esta postagem - que deveria ter ocorrido na sexta-feira - só foi possível ser realizada no dia de hoje. O Editor)

10 setembro 2010

PSDB: Vida breve...




Vida, (falta de) paixão e morte dos tucanos


Emir Sader escreve:

O PSDB nasceu de um grupo de políticos do PMDB basicamente de São Paulo que, derrotados e isolados pelo quercismo, resolveram sair do partido e fundar uma outra agremiação. Era integrado basicamente por cardeais paulistas – Montoro, Covas, FHC -, mais alguns de outras regiões – como José Richa, do Paraná, Tasso Jereissatti, do Ceará.

Na hora de dar um nome ao partido, vieram os impasses, até que surgiu a idéia de encampar a social democracia, sigla vaga no Brasil, apesar de que alguns – entre eles especialmente o Montoro – se definiam como democrata cristãos. Escolheu-se o tucano como símbolo, para tentar dar-lhe uma raiz brasileira.

Era o ano de 1988, a social democracia já estava passando por transformações que mudariam sua natureza. De partido geneticamente vinculado ao Estado de bem estar social, começava a aderir à onda neoliberal, primeiro com Mitterrand, na França, em seguida com Felipe Gonzalez na Espanha. Quando os tucanos aderiram à social democracia, era quando esta já havia aderido à moda neoliberal.

Na própria América Latina Ação Democrática da Venezuela, os socialistas chilenos, o peronismo, o PRI mexicano – que pertenciam à corrente social democrata – já tinham aderido ao neoliberalismo. Foi a essa versão da social democracia que aderiu os PSDB.

Não foi essa a única diferença dos tucanos em relação ao que tinham sido historicamente os partidos social democratas. A social democracia tinha sido uma vertente da esquerda, junto aos comunistas, ambos com profundas raízes sociais, em particular no movimento operário e no movimento sindical. Há ainda uma rede internacional de centrais sindicais ligadas à social democracia.

Nada mais alheio aos tucanos. Nem o PMDB tinha presença sindical, menos ainda eles, que eram um grupo de políticos parlamentares que tinha em Mario Covas sua principal expressão. No entanto, já na eleição presidencial de 1989 aderiram a um “choque de capitalismo” que o Brasil precisaria, como prenuncio de caminhos ideológicos que os tucanos trilhariam no futuro próximo.

A morte de Covas deixou o espaço aberto para outros lideres tucanos, FHC e Serra disputavam a preferência, diante da incompetência de outros lideres regionais, como Tasso Jereissatti, para se projetar nacionalmente. Os tucanos terminaram sendo um partido eminentemente paulista.

Quando FHC assumiu o projeto neoliberal, com o Plano Real, olhava para a França e a Espanha, suas referencias ideológicas, para acreditar que esse seria o caminho da “modernização” no Brasil. FHC se deslumbrou com a globalização – “o novo Renascimento da humanidade” – e a vitoria eleitoral de 1994 lhe confirmou que a via era abandonar o Estado desenvolvimentista pelo da estabilidade monetária e do ajuste fiscal.

Foi o auge do PSDB e o começo do seu fim. Sem lugar para políticas sociais, acreditando que o simples controle inflacionário levaria à distribuição de renda, teve um efêmero sucesso no primeiro governo FHC, mas saiu derrotado nas eleições de 2002, de 2006 e agora de 2010.

Foi uma vida breve, uma glória efêmera e uma morte prematura, para quem nasceu supostamente como social democrata, assumiu o projeto neoliberal no Brasil e foi repudiado pelo voto popular. Nasceu do anti-quercismo e termina indo ao fundo, abraçado com Quercia. Triste fim de um partido das elites do centro-sul, repudiado pelo governo mais popular que o Brasil já teve.

*Emir Sader é sociólogo, professor universitário e articulista

Fonte: Agência Carta Maior - http://www.cartamaior.com.br

08 setembro 2010

TARSO em Santiago (II)













TARSO EM SANTIAGO NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 9

O candidato ao governo do Estado pela Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PSB, PCdoB, PR, PPL), Tarso Genro, estará visitando Santiago e região nesta quinta-feira, dia 9/09. A agenda do candidato petista - que lidera todas as pesquisas de intenção de voto nestas eleições - prevê um almoço no CTG 'Os Tropeiros', às 13 h, reuniões e uma caminhada pela cidade.

A direção municipal do Partido dos Trabalhadores informa que os convites para o almoço com Tarso (na foto entre o senador Paim e o santiaguense Paulo Ferreira, candidato à deputado federal) podem ser adquiridos, ao custo de R$ 5,00, com os membros do Diretório Municipal do partido ou em sua sede, localizada na rua Bento Gonçalves, centro da cidade. (...)

***

*Agenda de Tarso Genro na Região Centro/Missões na próxima quinta-feira, 9/09:

10h00 – Caminhada em São Luiz Gonzaga

13h00 – Almoço – Santiago

14h00 – Caminhada – Santiago

17h00 – Caminhada e ato político – Ijuí

*Nota: Santiago é também a terra natal deste blogueiro, que já está nestas plagas, em campanha e também prestigiando a visita do futuro governador dos gaúchos. (JG)

*Com o Blog 'O Boqueirão' - http://oboqueirao.zip.net/

06 setembro 2010

Arapongagem tucana

MP divulga lista de espionados por segurança de Yeda Crusius

'Relação de nomes espionados por sargento que trabalhava na segurança da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), inclui políticos (como os do ex-ministro da Justiça e candidato ao governo gaúcho, Tarso Genro, do PT, e do senador Sérgio Zambiasi, do PTB) filhos de políticos (incluindo pesquisas de fotos de crianças), jornalistas (entre os quais o do editor da Carta Maior), delegados, oficiais da polícia e das forças armadas, e integrantes do Judiciário. Sargento foi preso semana passada acusado de cobrar propinas de proprietários de máquinas cala-níqueis, usando carros oficiais do governo.'

O promotor Amílcar Macedo, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, divulgou na manhã desta segunda-feira a primeira edição do “listão” de espionados pelo sargento César Rodrigues de Carvalho, que estava lotado na Casa Militar do governo estadual onde trabalhava como segurança da governadora Yeda Crusius (PSDB). O sargento foi preso sexta-feira acusado de extorquir proprietários de máquinas caça-níqueis (usando carros oficiais do governo nesta tarefa) e de obstaculizar as investigações sobre o caso.

A lista é longa e inclui políticos (como os do ex-ministro da Justiça e candidato ao governo gaúcho, Tarso Genro (PT), e do senador Sérgio Zambiasi (PTB) filhos de políticos (incluindo pesquisas de fotos de crianças), jornalistas (entre os quais o meu, editor da Carta Maior e do blog RS Urgente), delegados, oficiais da polícia e das forças armadas, uma desembargadora e longo elenco. Segundo as investigações da promotoria, o sargento fazia, pelo menos, dois tipos de investigações: uma para levantar dados sobre a vida do investigado e outra para saber se a pessoa estava sendo investigado por algo ou alguém.

Na entrevista coletiva que concedeu sexta-feira, o promotor revelou que as “pesquisas” que o sargento realizava no sistema integrado de consultas da Secretaria de Segurança eram utilizadas também para avisar pessoas sobre operações da Brigada Militar, da Polícia Civil, do MP e do Judiciário, informando, por exemplo, sobre mandados de prisão que seriam executados. “Ele tinha acesso inclusive a processos judiciais e a investigações em curso no Ministério Público. Além disso estava acessando dados sobre diretórios de um partido político (o PT, no caso). “Não consigo entender que tipo de perigo ou ameaça à governadora poderia justificar o acesso a esses dados”, observou Macedo.

Ainda segundo a promotoria, entre janeiro de 2009 e agosto de 2010, o sargento acessou o sistema de consultas integradas mais de 10 mil vezes. O promotor informou que também estão sendo investigados dois oficiais da Brigada Militar e duas pessoas que trabalham no governo Yeda. A questão mais importante agora é saber a mando de quem o sargento agia. Pelos elementos reunidos pela investigação até agora, o promotor não acredita que ele agia por conta própria.

“Foi montada uma rede de dossiês durante a CPI da Corrupção”
O advogado e ex-ouvidor da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Adão Paiani, anunciou hoje que cobrará um posicionamento do presidente da seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, sobre os episódios envolvendo a espionagem de políticos, jornalistas, policiais e outras autoridades desde o interior do Palácio Piratini. Para Paiani, a OAB foi conivente com essa situação quando ele denunciou o uso do aparato de segurança do Estado para espionar adversários políticos do governo Yeda. O ex-ouvidor também entrará em contato com a deputada Stela Farias (PT), que presidiu a CPI da Corrupção, para discutir medidas diante das evidências de pressões e ameaças contra parlamentares durante as investigações de denúncias de corrupção envolvendo o governo estadual.

Em março de 2009, Paiani denunciou a prática e divulgou gravações onde o então chefe de gabinete da governadora, Ricardo Lied (hoje atuando na coordenação da campanha de Yeda) conversava com o ex-presidente da Câmara Municipal de Lajeado, Márcio Klaus (PSDB). Entre outras coisas, eles falavam sobre a substituição do delegado regional da Polícia Civil e do comandante da Brigada Militar na região, que havia prendido Klaus em flagrante por crime eleitoral. E também sobre uma investigação da vida do ex-deputado estadual Luiz Fernando Schmidt (PT), então candidato à prefeitura de Lajeado. Paiani acusou Lied de tráfico de influência e de crime eleitoral e acabou saindo do governo. Ele entregou um CD com as gravações para a OAB, mas o assunto caiu no esquecimento. “Como não conseguiram apurar nada contra mim, resolveram deixar tudo por isso mesmo”, diz Paiani que voltará agora a cobrar um posicionamento da entidade e de seu presidente.

A prisão do sargento que era segurança de Yeda na Casa Militar, acrescenta Paiani, lança luz também sobre algo que ocorreu durante a CPI da Corrupção. A revelação de que mesmo filhos de parlamentares tiveram dados (e fotos) acessados é gravíssimo. Para Paiani, o resultado da CPI na Assembléia (boicotada pelo governo e por sua base parlamentar) está diretamente ligado a este de rede de espionagem. “Muitos deputados, inclusive da base do governo, foram ameaçados e pressionados. Os fatos divulgados agora mostram que foi montada uma rede de dossiês. O elevado número de acessos ao Sistema Integrado de Consultas deve-se a isso”, observa.

O cruzamento dos dados do volume de acessos e dos nomes de quem foi investigado com o período da CPI da Corrupção (e também do processo de impeachment que tramitou na Assembléia) pode trazer novidades sobre o caso. Durante a CPI, eram freqüentes os relatos nos corredores da Assembléia de que integrantes da Casa Militar do governo Yeda estavam investigando a vida de parlamentares. Agora há uma prova concreta de que isso realmente aconteceu.

*Jornalista, Editor da Carta Maior e do Blog RS Urgente

Fonte: Agência Carta Maior - www.cartamaior.com.br

Arapongas: Nota do PT/RS



Nota da Direção Estadual do PT/RS

O Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul manifesta a sua indignação com os fatos denunciados pelo Ministério Público Estadual, através da investigação realizada pelo promotor Amilcar Macedo, que tratam do envolvimento de um agente da Casa Militar, órgão ligado ao Gabinete da Governadora que utilizou-se de serviços de informações para investigar ilegalmente personalidades e entidades da sociedade gaúcha.

O Partido dos Trabalhadores, que até agora tem acompanhado o caso através das informações divulgadas pela imprensa, decidiu solicitar formalmente ao Ministério Público acesso à investigação que vem sendo feita para inteirar-se sobre a invasão das informações, que deveriam ser protegidas, do Partido e da vida privada de expoentes políticos do PT. Esta é uma situação reincidente. Nas eleições municipais de 2008, um candidato do PT teve seus dados ilicitamente invadidos, através do Sistema de Consultas Integradas, do Palácio Piratini. Situação que foi denunciada, comprovada, e os responsáveis identificados.

O PT manifesta respeito e confiança no Ministério Público do Estado, cujo trabalho está reafirmando o que já fora denunciado e alertado, várias vezes, por diferentes instâncias da sociedade gaúcha.

Porto Alegre, 6 de setembro de 2010.

Comissão Executiva Estadual do PT/RS

(Edição e grifos deste blog)

05 setembro 2010

TARSO EM SANTIAGO

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TARSO VISITARÁ SANTIAGO NA PRÓXIMA QUINTA, DIA 9

O candidato ao governo do Estado pela Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PSB, PCdoB, PR, PPL), Tarso Genro, estará visitando Santiago e região na próxima quinta-feira, dia 9/09. A agenda do candidato petista - que lidera todas as pesquisas de intenção de voto nestas eleições - prevê um almoço no CTG 'Os Tropeiros', às 13 h, reuniões e uma caminhada pela cidade.

A direção municipal do Partido dos Trabalhadores informa que os convites para o almoço com Tarso (na foto entre o senador Paim e o santiaguense Paulo Ferreira) podem ser adquiridos, ao custo de R$ 5,00, com os membros do Diretório Municipal do partido ou em sua sede, localizada na rua Bento Gonçalves, centro da cidade. (...)

***

*Agenda de Tarso Genro na Região Centro/Missões na próxima quinta-feira, 9/09:

10h00 – Caminhada em São Luiz Gonzaga

13h00 – Almoço – Santiago

14h00 – Caminhada – Santiago

17h00 – Caminhada e ato político – Ijuí

*Nota: Santiago é também a terra natal deste blogueiro, que lá estará, prestigiando a visita do futuro governador dos gaúchos. (JG)


*Com o Blog 'O Boqueirão' - http://oboqueirao.zip.net/

04 setembro 2010

É TARSO no 1º turno!

Ibope: com 18 pontos de vantagem, Tarso venceria já no primeiro turno

Porto Alegre/RS - Pesquisa Ibope indica a ampliação da vantagem de Tarso Genro sobre o segundo colocado, de seis para 18 pontos. O petista aparece com 41% das intenções de voto, seguido por José Fogaça (23%) e Yeda Crusius (13%). Na sondagem anterior, o candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande tinha 37%, Fogaça tinha 31% e Yeda, 11%. O peemedebista perdeu oito pontos em relação àquele levantamento, ao passo que Tarso cresceu 4 pontos.

Pedro Ruas (PSOL) aparece em quarto lugar, com 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

Considerando os votos válidos, Tarso Genro atinge os 52%, Fogaça, 29%, e Yeda, 17%. Com isso, o petista poderia vencer a eleição já no primeiro turno. Independentemente da intenção de voto, para 44% dos gaúchos Tarso ganharia as eleições, enquanto 20% acreditam em Fogaça e 10% em Yeda.

Fonte - Sítio do PT/RS - Grifos deste blog

Lula: 'Serra tem dor de cotovelo'



Presidente Lula critica duramente a postura de Serra na campanha
Esteio/RS - Da Agência Carta Maior - A mídia escondeu ou minimizou as declarações de Lula contra Serra, ontem (sexta-feira), no Rio Grande do Sul. Foram declarações duras, algo que o Presidente da República tentou evitar durante toda a campanha. Marcam uma mudança de postura do principal ator da disputa eleitoral em jogo no país. Lula disse que Serra tem dor de cotovelo e o mandou ir para a rua. Alguns dos principais trechos da fala do presidente, ontem, na Expointer, em Esteio/RS:

“Nosso adversário deveria procurar um novo argumento. Não é possível que um homem que se diz tão preparado para presidir o país, um homem que se diz tão preparado para presidir o destino de 190 milhões de habitantes, queira que o presidente Lula censure a internet. Ele se queixou do que estava acontecendo na internet. Como eu sou vítima disso há muito tempo, sempre achei que a internet livre tem coisa que é extraordinariamente séria e coisa que é leviana. Querer que eu censure a internet... Não é meu papel. Não vou censurar porque briguei contra a censura a vida inteira”.

“Eu acho que o Serra precisa saber que a gente ganha uma eleição convencendo os eleitores a votar na gente. Não é querendo convencer a Justiça Eleitoral a impugnar o adversário. Isso já aconteceu em outros tempos de ditadura militar. Em tempo de democracia, o Senhor Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade de seu programa, que faça propostas para o nosso país. Hoje ele deve estar com dor de cabeça, pois parece que o PIB, segundo o IBGE, vai crescer mais de 7%. O Brasil vive um momento de ouro e não vou permitir nenhuma futrica menor...O Presidente da República tem coisa mais séria para cuidar ao invés de cuidar da dor de cotovelo do Serra”.

http://www.cartamaior.com.br

No BANRISUL...















*Charge do Kayser

(Clique na charge para ampliar)

03 setembro 2010

Poema



















Poema nostálgico e etílico

Para o amigo Holte Ramos de Oliveira (Didi), companheiro e protagonista deste poema;
para o meu amigo Danilo Nunes Neto, grande companheiro de viagem
.


Entre um gole e outro e
descobrindo a nós e ao mundo
entre um gole e outro de uisque com campari
e degustando a noite abrigados
no seio da Barbarella

Entre um gole e outro
e o xis completo
e Guevara com seu diário ensanguentado
e as revoluções que articulávamos
e que necessitávamos fazer
no país
no Mundo
e em nós mesmos

Entre um gole e outro
e muitos mais
e muitos porres etílicos
e mentais

Meu amigo e eu e às vezes
meia dúzia mais de convivas
divagando seriamente ou só
matando o tempo
nas mesas do bar simplório
mas tão aconchegante
ponto de encontro dos jovens notívagos interioranos

Noites longas que passavam
tão rápidas
no seio da Barbarella
jovens curiosos/audaciosos
preocupados ou não
com as questões do Espírito
e do Corpo
e alguns com o povo sofrido e suas mazelas
Jovens estudantes entupidos de sonhos e às vezes
de xis & uisque com campari
no seio caliente do Barbarella

II

Enquanto nas selvas de pedra das metrópoles
ou nas selvas expessas do Araguaia
alguns combatiam e muitos sucumbiam
e nem imaginávamos a forma
e de como se deram
seus estertores gloriosos
heróicos e obscuros
e a imprensa amordaçada ou cúmplice contribuia com a noite escura
que cobria o país
e que de quase nada éramos sabedores

Enquanto a maioria precupava-se com sua vidinha
sem sentido parasita egoista e barata
novelas futilidades e futebol aos domingos

Enquanto na calada da noite
padres e freiras e artistas
eram sequestrados
e operários e estudantes resistindo
ou sucumbindo na clandestinidade e na tortura
a Guerra intestina insana e desigual
& o outro brasil dormindo às margens plácidas
sem escutar o brado retumbante
das vítimas civis trucidadas
nos subterrâneos funéreos doentios das câmaras
medievais verde-olivas

Enquanto em outro extremo do Planeta as rubronegras & infernais
bombas e metralhas covardemente lançadas pelo império
rechedas de ódio e napalm
traziam o caos queimando a Terra
e as Carnes inocentes
chamas humanas correndo desesperadas em My Lai

E a fome & a Miséria reinando absolutas & trágicas
no Terceiro Mundo Negro Amarelo Mestiço
Ameríndio
e os mesmos de sempre banqueteando-se
com o suor e o sangue de suas vítimas
(acusadora culpa pairando incisivamente no Espaço e no Tempo)

III

Noites de boemia
noites de Barbarella
período de gincanas bailes de formatura
amor/paixão às vezes arrasadoras e muitas outras
não correspondidas
& o tédio inquietando a alma
& os caminhos chamando ao desafio
do conhecimento & da aventura
as viagens de carona
os flagêlos
as buscas
estradas tortuosas
trilhas na serra
rotas do mar
as areias de Tramandaí
acampamento hyppie barracas coletivas
solidariedade & cumplicidade
nas rochas de Torres & o mar & a lua
& e sol escaldante por testemunha
a feira de malucos na praça central de Curitiba
as selvas de pedra paulistanas e depois
a emoção de conhecer o Rio
Copacabana Ipanema Leblon
a Barra como destino e
rudimentar e perigoso abrigo noturno

A volta dificultuosa
fome e frio na serra
nas estradas chuvosas
incipiente maturidade forjada na rebeldia e
no sofrimento

E tudo isso acontecendo dia-a-dia
noites noites que representavam
meses eternos
anos que pareciam congelados
a impaciência juvenil elevada
à máxima potência

Condores sobre os Andes
Roncinantes oferecendo parceria para
o desafio
das estradas longas e misteriosas
promessas de aventuras
e o enorme mundo a descobrir

IV

'Companheiro, quem responderá nossas perguntas
nossas dúvidas atrozes que machucam
que subvertem a lógica conhecida
que torturam o corpo
& a alma
e que
como uma peste profana
atemporal
quase destroem nossas incipientes e frágeis
certezas outrora absolutas?
Onde encontrar o Fio da Meada da Verdade?
onde estará o Começo do Caminho?'

V

Entre um gole e outro e buscando descobrir
as Verdades tão palpitantes e latentes
trocando nas geladas noites de julho
o aconchego dos lares aquecidos
pelas intempéries das ruas molhadas pelo orvalho
e fustigadas pelo minuano e pela indiferença
geral

Meu amigo e eu e às vêzes mais
meia dúzia de jovens camaradas
ou curiosos observando ou mesmo participando
de nossas parcas e imprecisas
mas cruciais discussões filosóficas/políticas/enciclopédicas
-sem ainda termos cruzado as Fronteiras dos Limites
-sem ainda termos comido o pós das Estradas do Inferno
-sem termos ainda sofrido o bastante e sabido
o quanto haveríamos e poderíamos
ainda suportar

VI

Assim aconteceu nos chamados 'verdes anos'
nem tão distantes - assim parece, agora -
meu amigo e eu
entre um gole & outro
de uisque com campari e discutindo
poesia/política/aventuras & rock in roll
naqueles idos de 70
descobrindo a Nós e ao Mundo
sob o olhar cúmplice e curioso
da insinuante garçonete morena
e prestativa

Sonhos & paixões
nas trilhas
nas estradas
nos corações & mentes
e nas mesas do Barbarella.

Júlio Garcia - 1995

...

Nota: 'Barbarella' era o nome do bar/lancheria onde nos reuníamos em Santiago/RS, em meados da década de 70 - quase todas as noites, um grupo de amigos, estudantes a maioria - para trocarmos idéias e tomarmos umas & outras, discutindo política, literatura, filosofia, arte e ... Revolução (entre outras amenidades)!

Lançamento












Porto Alegre, a Modernidade Suspensa

Adeli Sell lança hoje, dia 3 de setembro, seu livro “Porto Alegre, a modernidade suspensa”. A noite de autógrafos será no Instituto Cultural Norte-Americano (R. do Riachuelo, 1257 - Porto Alegre), a partir das 19 horas.

No livro, Adeli analisa a cidade em que vivemos, sua vocação e potencialidades. Não se limitando a constatar os problemas, transforma sua experiência de vereador da cidade há quatro mandatos, de ex-secretário da SMIC, professor e livreiro em propostas objetivas para diferentes questões e regiões da cidade. No livro, são abordados temas como a cidade legal e a cidade ilegal, mobiliário urbano, circulação e transporte, participação popular, exclusão e inclusão social, além de apresentar um projeto de qualificação estética da capital, o “Pinta Porto Alegre”.

O livro traz também fotos de Gilberto Simon, que destacam diferentes ângulos da cidade, com sensibilidade e comprometimento. A lente atenta do fotógrafo capta a beleza, contrastes, peculiaridades e dificuldades que a cidade enfrenta, com o olhar atento de quem a conhece profundamente.
...
Fonte: Ass. de Imprensa do gab. do vereador Adeli Sell - PT/Poa
...
(Clique no convite para ampliar)

02 setembro 2010

Serra quer ganhar no 'tapetão'



Acusação é tentativa de virar a mesa da democracia

Porto Alegre/RS - A candidata à presidência Dilma Rousseff classificou hoje como uma tentativa de “virar a mesa da democracia” as acusações feitas por seu adversário José Serra, que tenta vincular o PT à quebra de sigilo na Receita Federal de pessoas ligadas ao PSDB.

Segundo Dilma, o PSDB e seus aliados estão desesperados com a perda de apoio popular e tentam ganhar as eleições “no tapetão”, atentando, assim, contra a estabilidade democrática do país.

“Mas não vão ganhar [no tapetão], porque as acusações são falsas, levianas e sem sustentação jurídica. Eles querem virar a mesa da democracia”, disse Dilma, em entrevista coletiva em Porto Alegre.

A candidata acrescentou que o processo democrático não permite acusações sem provas contra as instituições. “É muito importante perceber que, no processo democrático, pode-se até perder a eleição, mas não a dignidade e começar a sacar contra pessoas ou instituições, subestimando a compreensão do povo brasileiro.”

Antes do embarque para Foz do Iguaçu, onde fará comício esta noite com o presidente Lula, Dilma pediu uma apuração rápida e rigorosa dos fatos pela Polícia Federal e a Receita Federal.

Para ela, o presidente Lula, com seu espírito de justiça e compromisso com a democracia, não deixará que a quebra de sigilo fique sem resposta. Dilma defendeu que as instituições sejam preservadas, mas os envolvidos em irregularidades devem ser responsabilizados.

“Eu me sinto hoje a pessoa mais interessada nas apurações. Quem quer que elas fiquem nebulosas é a candidatura adversária, não a minha. A minha candidatura quer clareza, transparência e apuração até as últimas conseqüências”, disse.
***
PT entra com mais três ações judiciais contra Serra e PSDB
Diante da série de acusações nos últimos dias, o Partido dos Trabalhadores decidiu entrar com mais três ações judiciais: duas contra o candidato tucano José Serra e uma contra o presidente do PSDB, Sérgio Guerra. "É mais uma tentativa desesperada dos que não têm argumento e não conseguem enfrentar sua condição eleitoral para tentar reverter o quadro desfavorável", disse o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, numa entrevista coletiva na tarde de hoje em Brasília.

A primeira medida é uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no artigo 323 do código que regula as eleições. O crime previsto é imputar fato sabidamente não praticado pelo adversário para atingir objetivos nas eleições. No caso, segundo Cardozo, o Serra e o PSDB sabem que o PT e a campanha de Dilma Rousseff não tiveram qualquer participação na quebra de sigilo de pessoas ligadas aos tucanos, mas assim mesmo fazem acusações.

Cardozo também anunciou a quinta ação judicial nesta eleição contra José Serra por calúnia, difamação e injúria. “É inaceitável que sem nenhuma prova e indícios o PT seja responsável pela quebra de sigilo da filha de nosso oponente ou de qualquer outra pessoa.”

A última medida é a representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente do PSDB, Sérgio Guerra. Segundo Cardozo, a ação é por crime contra a honra devido às repetidas declarações de Guerra, acusando o PT e Dilma de serem os responsáveis por quebras de sigilo fiscal.

Oposição sem propostas

Para Cardozo, essa é mais uma tentativa desesperada da oposição. Segundo ele, a política do tapetão não cola mais no Brasil, “a população sabe muito bem quem é quem e que o correto nessa hora é discutir propostas e, aquele que é derrotado tenta ganhar na base do tapetão”.

Cardozo lembrou, ainda, que foi o PT quem pediu para abrir o inquérito policial desses fatos. “Enquanto eles falavam e nos acusavam, quem pediu a apuração na Polícia Federal foi o próprio PT. Nós somos os mais interessados em colocar isso em pratos limpos”, disse.

Ele afirmou que aqueles que quebraram o sigilo indevidamente devem ser punidos exemplarmente. “E queremos deixar claro que esses fatos não têm nada a ver com a candidatura de Dilma Rousseff e com o Partido dos Trabalhadores."
***
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Edição e grifos deste blog

01 setembro 2010

Editorial da Carta Maior





É HORA DO RASPUTIN

A candidatura Serra desidrata sob taxas alarmantes de perda de credibilidade. Um clima político seco envolve o representante do conservadorismo brasileiro. A menção ao nome 'Serra' registra níveis recordes de rejeição em todos os termômetros de intenção de voto. A pouco mais de 30 dias do escrutínio das urnas, o tucano não consegue obter uma única notícia positiva para mudar a sensibilidade predominantemente negativa da sociedade diante da hipótese de tê-lo como ocupante da Presidência da República.

À antipatia alia-se agora a convicção majoritária entre os brasileiros de que ele será derrotado em 3 de outubro. Mesmo os que o apóiam compartilham dessa convicção. Sondagem diária feita pela Vox Populi indicava nesta 4º feira que a candidata Dilma Rousseff já teria 51% das intenções de voto, contra 25% de Serra. Em uma palavra, Serra não aglutina no presente, nem motiva para o futuro. A isso se dá o nome de decadência.

A sua, a exemplo de toda decadência política, também inclui um Rasputin. Chama-se Ravi Singh, um autodenominado guru indiano que se anuncia especialista em milagres digitais para acudir aflitos na reta final de campanhas eleitorais. Mistura equivalente de santo milagreiro e charlatão, o Rasputin original, Grigori Rasputin, tornou-se eminência parda da autocracia russa entre 1905 e a queda do regime, em 1917.

Quando mais a monarquia russa era odiada pelo povo e perdia densidade política, mais Nicolau II e sua esposa, a imperatriz Alexandra Feodorovn, se cercavam de bruxos e charlatões. O mesmo se deu na decadência do peronismo na Argentina, nos anos 70. José López Rega, um ocultista e auto-proclamado vidente, passaria a exercer então influência terminal sobre a viúva de Perón, Isabel Martínez de Perón, que assumiu a presidência após a morte súbita do marido.

Lopez Rega, depois se soube, foi um dos organizadores da Triple A, organização para-militar envolvida no assassinato de dezenas de comunistas e militantes populares argentinos. Singh, o Rasputin de Serra, teria sido contratado por US$ 500 mil para promover 'a virada' no projeto de poder do tucano. O comando da campanha demotucana desaprovou as mudanças introduzidas pelo guru no site do candidato, que para isso ficou três dias fora do ar. Gonzales, o contestado marqueteiro de Serra, afirma desconhecer a origem da contratação.

O único fato novo trazido para a campanha de Serra no bojo da auto-proclamada 'virada' resume-se a uma obscura quebra de sigilo fiscal de que teria sido vítima sua filha, Verônica Serra. No leito da extrema-unção eleitoral, o fato nebuloso deu ao tucano o discurso de 'família agredida pela conspiração petista', enredo que inspira tanta confiabilidade quanto um envelope de Ki-suco sabor framboeza.

Verônica Serra, que foi sócia da irmã do banqueiro Daniel Dantas em empresa de internalização de capitais registrada em Miami, curiosamente, é apontada por tucanos como a responsável pela introdução do rasputin Ravi Singh na 'virada' prometida na campanha do pai. (Carta Maior; 02-09)

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'Quebra do sigilo' da filha de Serra: 'Mar de picaretagem'

Homem da procuração diz ser “eleitor do Serra”


Não sei se é de rir ou de chorar a entrevista que o tal Antonio Carlos Atella Ferreira admitiu ter levado uma procuração falsa da filha de José Serra para pedir, há um ano, uma cópia de sua declaração de renda.

O que ele diz é de fazer ficar em dúvida sobre achar que ele tem parafusos a menos mas dá uma certeza: há gente da mais baixa extração, do submundo, metida nesta história.

O tal Atella só admite uma exceção em matéria de seu “nojo” de políticos: o próprio Serra, do qual diz ser eterno eleitor.

Leia a entrevista de Atella na Folha Online e me diga se não te fica a impressão de que há um mar de picaretagem envolvido nesta história de roubar declarações a rodo.

E um mar de picaretagem na exploração política num episódio que é para parar na Delegacia de Defraudações. (Brizola Neto)

*Fonte: Tijolaço - http://www.tijolaco.com

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