17 março 2009

Lula e Obama




Imprensa internacional destaca reunião de Lula e Obama

Os principais diários, agências de notícias e telejornais do mundo, ao contrário da mídia brasileira, dedicaram boa parte de suas editorias políticas ao encontro dos presidentes Lula e Barack Obama ocorrido no sábado (14) em Nova York. Confira abaixo os destaques dos principais jornais internacionais.

Clarin
- O diário da Argentina afirma que o presidente Lula pediu a Barack Obama uma aproximação com Cuba, Venezuela e Bolívia e a construção de uma nova relação de "confiança e não-ingerência" entre Washington e a América Latina.

El País
- O periódico da Espanha destaca que Lula e Obama impulsionam um novo modelo de relações com o continente americano. "Nasce a aliança Obama-Lula", diz o título da reportagem, que aponta para a "necessidade de encontrar na reunião do G-20 uma resposta conjunta e decisiva para a crise econômica", opinião compartilhada pelos dois presidentes. O jornal espanhol de domingo foi além e, na reportagem "Nasce a aliança Obama-Lula", saudou do encontro o "novo modelo de relações no continente americano".

La Nación - O jornal argentino destaca a informalidade da coletiva, ao apontar que "o Salão Oval se encheu do calor brasileiro". "O certo é que Obama tratou de dar calor e um toque de informalidade ao corolário do encontro com seu par brasileiro."

The New York Times - O diário diz que Lula pressionou o presidente dos EUA a diminuir as tarifas que deixam os "biocombustíveis do Brasil fora do mercado norte-americano". Segundo a coluna 'Toda Mídia', da Folha, o New York Times noticiou o encontro, mas abrindo o texto pela resposta de Obama ao questionamento chinês dos títulos do Tesouro. Sobre o Brasil, destacou de Obama o "maravilhoso encontro de mentes".

Washington Post - Tratou da reunião na capa, mas um dia antes e sublinhando a disputa por Sean. Depois, publicou longa reportagem sobre as relações diplomáticas, com o secretário-assistente de Estado para a região, Thomas Shannon, descrevendo o Brasil como um país "à beira da grandeza" -e como "o tipo de parceiro que nós queremos".

Valor - Destaca pesquisa inédita sobre a imagem do Brasil no Congresso americano encomendada pela Fiesp a um escritório de lobby nos EUA e diz que uma das conclusões é que, ao contrário do que se poderia imaginar, deputados e senadores americanos evitam colocar no mesmo balaio Brasil, Argentina e Venezuela. O governo brasileiro não recebe dos parlamentares dos EUA rótulos como "esquerdista" ou "antiamericano". E o temor que o presidente Lula inspirou quando ganhou as eleições em 2002 é passado. Hoje, o ex-líder sindical é visto com simpatia pela nova legislatura, de maioria democrata. (Com a Agência Informes)

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