Tarso anunciou hoje Odir Tonollier como o próximo Secretário da Fazenda do RS
Porto Alegre/RS - Sul 21 - Depois de receber a confirmação, alguns dias atrás, de que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin (PT-RS), não iria deixar Brasília no primeiro ano do governo Dilma, o futuro governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, anunciou oficialmente o novo nome para o cargo.
Nesta segunda-feira (6), o economista e auditor externo do Tribunal de Contas do Estado Odir Tonollier (PT-RS) foi indicado para a secretaria da Fazenda do governo Tarso. Tonollier afirma que a sua principal missão na secretaria será a de incentivar o crescimento econômico do Rio Grande do Sul.
Desde o dia 22 de novembro, Tarso amadurecia sua decisão. Naquele dia recebeu telefonemas da futura presidente Dilma Rousseff e de membros da equipe de transição do governo federal, pedindo a permanência de Arno Augustin. O governador eleito no Rio Grande do Sul tratou o assunto com tranquilidade e já relatou à imprensa, em outras oportunidades, que considera saudável ter Arno como uma boa fonte no Tesouro Nacional.
A escolha por Odir Tonollier (foto) foi devido à sua experiência de gestão e proximidade com Arno. “Eles são do mesmo grupo”, declarou Tarso ainda em novembro. Odir já atuou como adjunto de Augustin no governo Olívio e foi o segundo homem da Secretaria da Fazenda durante a primeira gestão de Tarso na prefeitura de Porto Alegre.
Apesar de ele e Arno integrarem a mesma corrente do PT, a Democracia Socialista (DS), Odir Tonollier diz que o fato não foi determinante para sua indicação. “Casualmente somos da mesma corrente, mas, o que contou foi eu ter relação pessoal com ele (Arno) e já termos compartilhado gestões”, disse.
O convite e o desafio
Odir Tonollier disse que a combinação para que Arno permaneça na Secretaria do Tesouro Nacional no primeiro ano do governo Dilma foi tranquila e pode ultrapassar o período de 12 meses. “O acordado foi um ano, mas, não tem um teto. Eu não vejo problema nisso. O período que eu tiver para exercer as atividades vou fazer meu trabalho da melhor forma”, disse.
Sobre a situação financeira do estado, Odir disse que não está tranquilo em relação ao governo que irá assumir em 2011. “O estado não tem como mudar muito em poucos anos. A estrutura de gastos é igual a de quando desenvolvemos nossa gestão (governo Olívio). Vamos pagar a mesma coisa com a folha de pagamento, aposentados, pensionistas e inativos”, projetou.
A diferença entre o governo Olivio Dutra e a atualidade é, segundo ele, o bom momento da economia nacional. “Hoje há um crescimento econômico no país e temos uma possibilidade de adquirir recursos por meio de uma infinidade de programas sociais do governo federal, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, disse.
Odir já esteve reunido com o atual secretário da Fazenda do RS, Ricardo Englert, e disse que a tendência será manter a estrutura técnica da pasta. “Normalmente esta é uma área com maioria técnica e pretendemos manter a equipe. Temos lá pessoas que também já trabalharam no governo do PT”, falou.
Recuperação do crescimento
Para ampliar a receita do estado, o futuro titular da Fazenda no RS planeja aproveitar as fontes internacionais de financiamento já articuladas pelo futuro governador Tarso Genro: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Mundial.
“Pretendemos tratar estes empréstimos por meio de uma política que não gere dívidas para o estado e sim investimentos. Para isso vamos apresentar projetos que garantam às instituições nosso compromisso de melhora na gestão e na situação financeira do estado”, explicou.
Apesar de buscar fontes de recursos alternativas, Odir Tonollier diz que o principal objetivo do setor financeiro do governo Tarso é incentivar o crescimento econômico do estado. “O restante é paliativo. Precisamos aumentar a velocidade de crescimento da economia gaúcha. O restante vamos administrar com empréstimos pontuais e com os recursos próprios”, salientou. (Por Rachel Duarte)
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