13 março 2014

'GUSHIKEN FOI VÍTIMA DA DEGENERAÇÃO MORAL DA VEJA'




“A falácia é de doer na retina”, diz trecho da condenação da Veja.

Do sítio 'Conversa Afiada', editado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim:

A Veja não desceu, subitamente, ao abismo jornalístico a que chegou.

Foi um processo, foi uma caminhada em que houve marcos.

Isso me ocorre ao ler, agora, que a Justiça enfim condenou a revista a pagar uma indenização à família de Gushiken.
(Leia mais detalhes, em texto de Rodrigo Vianna: “Depois de morto, Gushiken derrota ‘Veja’: o caso das falsas contas no exterior”.)


É uma cifra irrisória perto do tamanho da infâmia, 100 000 reais, mas é melhor isso que os 10 000 reais anteriormente determinados pela Justiça.

Gushiken foi vítima de um dos marcos da transformação da Veja num panfleto canalha: uma reportagem que falava de alegadas contas no exterior de líderes petistas.

Entre os caluniados, estava Gushiken. No texto, a revista admitia que publicara acusações de tamanha gravidade mesmo sem ter conseguido comprová-las.

Mais que uma frase, é uma confissão de má fé assassina.


Que publicação digna mata a reputação de alguém sem comprovar a veracidade de dossiês que vão dar na redação por mãos altamente suspeitas?

No caso, por trás das acusações da revista – sabe-se agora – estava uma das personagens menos confiáveis do Brasil contemporâneo, Daniel Dantas.


Fora transposta uma barreira ali, na marcha da Veja rumo ao horror jornalístico. (...)

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