Por Alexandre Padilha*
Lula fez isso, fez tudo exatamente como Marisa Letícia queria: no salão do sindicato – onde inclusive se conheceram e se casaram -, vestida de vermelho, com o salão aberto aos companheiros e companheiras e uma cerimônia de cremação discreta restrita a família e amigos mais íntimos.
Aliás, foi assim nos últimos dias de vida de Marisa no hospital. A cada decisão que teria que ser tomada, Lula (como é da sua característica) reunia todos os filhos e as noras e juntos falavam sobre os desejos de Marisa. Quem viveu os últimos dias (e também os últimos meses) perto da família sabe que o discurso de Lula foi o discurso dos filhos, noras, parentes, amigos mais próximos e poderia dizer, sem medo de errar, o da própria Marisa frente a situação que viveram .
Os que querem calar Lula menosprezam os sentimentos da própria Marisa que, do seu modo, também era um ser político, também era uma mulher metalúrgica, também cresceu junto com o sindicato, também queria um grito político.
*Médico, ex-ministro da Saúde de Lula.
(Com o Viomundo)
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